Wilson Simonal: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m Desfeita a edição 55427842 de Dantadd: a mulher dele era Tereza com z; alcoólatra não está errado e é mais comum, não há razões para mudar.
Etiqueta: Desfazer
Linha 48:
Em 1960, Simonal deu baixa do exército como [[Sargento (militar)|sargento]]<ref name="biografia1"/> e, juntando-se ao irmão Zé Roberto e aos amigos Marcos Moran, Edson Bastos e Zé Ary, adotaram o nome de Dry Boys. O conjunto durou até os primeiros meses de 1961, quando se apresentaram no programa ''Clube do Rock'' de [[Carlos Imperial]], na [[Rede Tupi|TV Tupi]].<ref name="biografia1"/> Depois da apresentação tentaram um contrato com uma gravadora, por intermédio de Imperial, mas foram recusados. Isto levou o grupo ao fim, com Simonal seguindo carreira solo sob a proteção de Imperial, tornando-se também ''crooner'' do Conjunto Guarani,<ref name="biografia1"/> se apresentando como o "[[Harry Belafonte]] brasileiro", uma alusão ao Rei do [[Calipso (música)|calipso]] americano".<ref name="biografia1"/>
 
Com o fim dos Dry Boys, Simonal ficou sem ter onde morar, já que morar na casa da sua mãe em [[Areia Branca (Belford Roxo)|Areia Branca]]<ref name="biografia1"/> e trabalhar na Zona Sul não era possível. Carlos Imperial contratou-o como seu secretário, ao lado de [[Erasmo Carlos]], e arranjou um modo de Simonal morar na casa de [[Eduardo Araújo]] que, ainda adolescente, morava em uma quitinete alugada pelo seu pai, no Catete.<ref name="biografia1"/> Nesta época, Simonal chegou a substituir [[Cauby Peixoto]] em uma apresentação na antiga Rádio Nacional carioca, conseguindo um contrato.<ref name="biografia1"/> Entretanto, a estada na casa de Eduardo Araújo não é longa e Simonal logo se muda para um apartamento de Imperial. Numa das apresentações do ''Clube do Rock'' conhece TeresaTereza Pugliesi, que viria a ser sua esposa, e começa a namorá-la.<ref name="biografia1"/>
 
No mesmo ano torna-se crooner da boate ''Drink'', pela qual chega, inclusive, a gravar duas faixas para um [[Disco de vinil|LP]] que só sairia em 1962.<ref name="biografia1"/> A sua exposição na boate lhe rende um contrato com a gravadora [[EMI-Odeon|Odeon]] pela qual lançaria, em dezembro de 1961, seu primeiro compacto com "Terezinha", um [[Chá-chá-chá (música)|Chá-chá-chá]] de Imperial em homenagem a namorada de Simonal, e "Biquínis e Borboletas". Ainda em dezembro, troca a ''Drink'' pela boate ''Top Club''.<ref name="biografia1"/> Nos anos de 1962 e 1963, sua gravadora lançaria mais três compactos de Simonal de modo a testar sua receptividade em diferentes estilos musicais, antes de lançar seu disco de estréia em novembro de 1963, ''Tem "Algo Mais"''. Neste disco está "[[Balanço Zona Sul]]", seu primeiro sucesso nas rádios. Pouco antes do lançamento do álbum, casaria com Tereza Pugliesi (já grávida do primeiro filho do casal), em 24 de outubro de 1963.<ref name="biografia1"/>
Linha 163:
{{Quote2|Ele dizia para mim: "Eu não existo na história da música brasileira". Sandra Cerqueira, segunda mulher de Simonal em depoimento para o documentário [[Simonal - Ninguém Sabe o Duro que Dei]].<ref name="Documentário">Simonal - Ninguém Sabe o Duro que Dei. Dirigido por [[Claudio Manoel]], Micael Langer e Calvito Leal. Lançado em 2009.</ref>}}
 
Com o passar dos anos Simonal tornoufoi tornando-se [[alcoolismo|alcoolistaalcoólatra]], bebendo principalmente [[uísque]]. O consumo da bebida [[anestesia]]va as [[pregas vocais]] que eram forçadas pelo cantor sem que este percebesse. Com isso, Simonal foi gradativamente perdendo a capacidade vocal, chegando aos [[década de 1990|anos 90]] com a voz muito debilitada.<ref name="biografia1"/> O disco ''Os Sambas da minha Terra'', lançado em 1991, foi gravado apenas graças a uma fã que pagou as horas de estúdio, os músicos e o cachê de [[Roberto Menescal]] produzindo e arranjando. O próprio Menescal ofereceu-o a todas as grandes gravadoras brasileiras, mas só conseguiu o lançamento pela [[Columbia Records|Columbia]] da [[Venezuela]], que era dirigida por um amigo seu na época.<ref name="biografia1"/> Simonal ficou muito [[Depressão nervosa|deprimido]] nesse período, recuperando-se apenas com o segundo casamento, com Sandra Cerqueira em 1994.<ref name="biografia1"/>
 
Em 1994, saiu ''A Bossa e o Balanço'', primeiro registro de Simonal na era do [[Compact disc|CD]], contendo seus principais sucessos e com texto de Ronaldo Bôscoli (que viria a falecer dali alguns meses), a coletânea lançada pela [[Warner Music Brasil|WEA]] (através do selo "All the Best") foi o responsável por apresentar Simonal a toda uma nova geração.<ref name="biografia1"/> Com o lançamento da coletânea, Simonal voltou a ter mídia, aparecendo no humorístico ''[[Escolinha do Professor Raimundo]]'', de seu amigo Chico Anysio, e tendo a oportunidade de gravar um novo disco para o mercado brasileiro, depois de mais de uma década. O álbum ''Brasil'' sairia pela pequena gravadora Movieplay no início de 1995, com arranjos do próprio Simonal e repertório saudosista, variando entre regravações e clássicos do cancioneiro nacional.<ref name="biografia1"/> No ano seguinte, saiu ''Bem Brasil - Estilo Simonal'', por outra pequena gravadora (Happy Sound), contando com programações de teclados e uma pequena participação especial de Toninho e Sabá, revivendo dois terços do Som Três. O "revival" de Simonal continuava com o convite do produtor [[Max Pierre]], então diretor-artístico da [[PolyGram]], para que César Camargo Mariano produzisse um disco intitulado ''Casa da Bossa'', contando com a participação de músicos consagrados da bossa em duetos com músicos mais novos. César logo pensou em Simonal e marcou para ele um dueto com [[Ivete Sangalo]], mas, devido a problemas com a voz, [[Sandra de Sá]] foi quem acabou sendo escalada para o dueto em "Lobo Bobo".<ref name="biografia1"/>