Nefertiti: diferenças entre revisões

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O seu marido não estava destinado a ser rei. Devido à morte do herdeiro, o filho mais velho de Amenófis III, Tutmés, Amenófis ocupou o lugar destinado ao irmão. Alguns autores defendem uma co-regência entre Amenófis III e Amenófis IV, mas a questão está longe de ser pacífica no meio [[Egitologia|Egitológico]]. A prática das co-regência era uma forma do rei preparar uma sucessão sem problemas, associando um filho ao poder alguns anos da sua morte.
 
Nos primeiros anos do reinado de Amenófis começaram a preparar-se as mudanças religiosas que culminariam na doutrina chamada de "atonismo" (dado ao facto do deus [[Aton]] ocupar nela uma posição central). Amenófis ordenou a construção de quatro templos dedicados a Aton junto ao templo de [[Amon]] em [[KarnakCarnaque]], o que seria talvez uma tentativa por parte do faraó de fundir os cultos dos dois deuses. Num desses templos, de nome Hutbenben (Casa da pedra Benben), Nefertiti aparece representada como a única oficiante do culto, acompanhada de uma filha, MeketatonMequetaton. Esta cena pode ser datada do quarto ano do reinado, o que é revelador da importância religiosa desempenhada pela rainha desde o início do reinado do seu esposo.
 
No ano quinto do reinado, Amenófis IV decidiu mudar o seu nome para Aquenáton, tendo Nefertiti colocado diante do seu nome de nascimento o nome Nefernefernuaton, "perfeita é a perfeição de Aton". Nefertiti passou a partir de então a ser representada com a coroa azul, em vez do toucado constituído por duas plumas e um disco solar, habitual nas rainhas egípcias.