Cabinda (província): diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Linha 24:
[[Imagem:Cabinda pol77.jpg|190px|thumb|Mapa de Cabinda]]
}}
'''Cabinda''' é a província geograficamente mais a norteuma das 18 [[Províncias de Angola|províncias]] dade [[Angola|República de Angola]], sendolocalizada umna [[exclave]]Regiões limitadode aoAngola|região norte pela [[República]] do Congo]]país, sendo a lestemais setentrional e aotambém sul pelaúnico [[Repúblicaexclave]] Democráticada donação. Congo]]A ecapital é a oestecidade peloe município de [[OceanoCabinda Atlântico(cidade)|Cabinda]].
 
A capital da província de Cabinda é a cidade de [[Cabinda (cidade)|Cabinda]], conhecida também com o nome de ''Tchowa'', ''Tchiowa'' ou ''Chioua''.
 
Tem uma superfície de 7 283 km² e cerca de 716 076 habitantes.
 
A população de Cabinda pertence na sua quase totalidade aos povos [[bantus]], a um grupo antigamente chamado [[Fiote]], cuja língua, a [[Ibinda|língua cabinda (localmente chamada ''ibinda'')]], é considerada um [[dialecto]] do [[kikongo]].
 
Administrativamente, a província é constituída pelos municípios de [[Cabinda (cidade)|Cabinda]], [[Cacongo (Angola)|Cacongo]] (ex Landana), [[Buco-Zau]] e [[Belize (Cabinda)|Belize]].
Linha 40 ⟶ 36:
 
As elevações mais relevantes se encontram na [[Serra do Muabi]].
 
E um [[exclave]] da nação, sendo limitado ao norte pela [[República do Congo]], a leste e ao sul pela [[República Democrática do Congo]] e a oeste pelo [[Oceano Atlântico]].
 
=== Clima ===
O [[clima]] é [[clima tropical|tropical]] húmido, com precipitações anuais em torno de 800 mm. A [[temperatura]] média anual varia entre os 25 e os 30º Celsius.
 
=== Demografia ===
 
A população de Cabinda pertence na sua quase totalidade aos povos [[bantusbantos]], a umao grupo antigamente[[bacongo]] e chamadosubgrupo [[Fiotefiote]],; cujaa principal língua falada é o português, acom [[Ibinda|línguao cabindaprincipal (localmenteidioma chamadatradicional ''sendo a língua [[ibinda'')]], é consideradaconsiderado um [[dialecto]] do [[kikongoquicongo]].
 
== História ==
Linha 48 ⟶ 50:
 
=== Génese do enclave ===
Exploradores, missionários e comerciantes portugueses chegaram à foz do [[rio Congo]] na metade do [[século XV]], fazendo contacto com o [[Manicongomanicongo]] (nome pelo qual era chamado o mandatário do [[Reino do KongoCongo]]). O Manicongomanicongo controlava grande parte da região através da afiliação com reinos minoritários, tais como os do [[Ngoyo]], [[Reino de Luangu|Luango]] e [[KakongoCacongo]] , todos eles parte integrante do antigo reino do KongoCongo e situados na atual Cabinda.
 
Com o passar dos anos, [[portugueses]], [[holandeses]] e [[ingleses]] estabeleceram postos de comércio, fábricas de extração de madeira e de [[óleo de palma]] em Cabinda. O comércio continuou e a presença europeia cresceu, resultando em conflitos entre as potências coloniais rivais.
Linha 56 ⟶ 58:
Por ocasião da [[Conferência de Berlim]], realizada no mesmo ano, quando simultaneamente nasceram o [[Congo Belga]] (ex-Zaire e atual [[República Democrática do Congo]]) e o [[Congo Francês]] (ex-Congo Brazzaville e atual [[República do Congo]]), a atribuição de Cabinda a Portugal foi internacionalmente confirmada, adotando-se a designação [[Congo português]].
 
No entanto, como a [[Bélgica]] reivindicou uma saída para o [[Atlântico]] para o [[Congo Belga]], agora constituído como tal, foi-lhe concedido um "corredor" constituído pelos territórios adjacentes ao [[Zaire (rio)|rio Congo]]. Desta maneira foi cortada a ligação por terra, anteriormente existente, entre Cabinda e o restante Reino do KongoCongo.
 
Completada, até meados dos anos 1920, a ocupação efetiva do território que constitui a atual [[Angola]], Portugal deu por findo o estatuto de protetorado separado, passando a considerar Cabinda como parte integrante (com o estatuto de [[distrito]]) da então [[Colónia]], mais tarde chamada [[Província Ultramarina]]) de Angola.
 
=== Período colonial e descolonização (anos 1920 a 1975) ===
[[Imagem:Poste de Massabe en 1896-Congo Français.jpg|thumb|200px|esquerda|Posto de Massabi, em 1896.]]
No quadro do sistema colonial estabelecido em Angola, Cabinda teve alguma importância económica que levou a um significativo desenvolvimento da cidade de Cabinda que chegou a ser dotada de um [[porto]] e de um [[aeroporto]].
Linha 68 ⟶ 70:
A situação mudou dramaticamente quando, em [[1967]], foram descobertos importantes jazidos de [[petróleo]] ao largo da costa de Cabinda, o que levou Portugal a promover de imediato a sua exploração.
 
=== Descolonização ===
Porém, ao mesmo tempo a luta anticolonial tomou corpo também em Cabinda.
No fim dosda anosdécada de 1950/ e inícios dosda década anosde 1960, constituíram-se no território vários grupos que se insurgiam contra a dominação colonial; neste meio havia desde o início a ideia de uma independência de Cabinda separada de Angola{{Nota de rodapé|Ficaram em evidência o ''Mouvement pour la Libération de l'Enclave de Cabinda''(MLEC), apoiado pelo Congo-Brazzaville, o ''Comité d'Action d'Union Nationale des Cabindais'' (CAUNC)e a Alliance de Mayumbe (Alliama), porta-voz do grupo étnico Maiombe, como se pode verificar no livro, {{citar livro|autor=John Marcum|título=The Angolan Revolution, Exile Politics and Guierrilla Warfare (1962-1976)|volume=II|editora=MIT Press|local=Cambridge/Mass. & Londres|ano=1978|páginas=|id=}}.}}.
Em [[1962]], estes grupos uniram-se, formando em Brazzaville a [[FLEC|Frente para a Libertação do Enclave de Cabinda (FLEC)]].<ref name=Marcum">{{citar livro|autor=John Marcum|título=The Angolan Revolution, Exile Politics and Guierrilla Warfare (1962-1976)|volume=II|editora=MIT Press|local=Cambridge/Mass. & Londres|ano=1978|páginas=|id=}}</ref> A designação inicial da FLEC foi "Front pour la Libération de l'Enclave de Cabinda".
Este movimento teve desde o início o propósito de promover para Cabinda uma independência separada da pretendida para Angola, desde os [[anos 1950]], pelos movimentos nacionalistas [[FNLA]] e [[MPLA]], e a partir de [[1966]], também o da [[UNITA]].
Neste sentido, a FLEC constituiu em [[1967]] um "Governo de Cabinda no Exílio", com sede em [[Ponta Negra (Congo)|Ponta Negra]] (''Pointe Noire''), no Congo Brazzaville.
As atividades desenvolvidas pela FLEC foram, durante esta fase, no essencial de mobilização política em Cabinda, e de procura, por via diplomática, de um reconhecimento internacional alargado.
 
Em [[1962]], estes grupos uniram-se, formando em Brazzaville a [[FLEC|Frente para a Libertação do Enclave de Cabinda]] (FLEC)]].<ref name=Marcum">{{citar livro|autor=John Marcum|título=The Angolan Revolution, Exile Politics and Guierrilla Warfare (1962-1976)|volume=II|editora=MIT Press|local=Cambridge/Mass. & Londres|ano=1978|páginas=|id=}}</ref> AEste designaçãomovimento inicialteve desde o início o propósito de promover para Cabinda uma independência separada da FLECpretendida foipara "FrontAngola, pourdesde laos Libération[[anos de1950]], l'Enclavepelos movimentos nacionalistas [[FNLA]] e [[MPLA]], e a partir de Cabinda"[[1966]], também o da [[UNITA]].
Em simultâneo, a FNLA e o MPLA desenvolveram a partir do Congo-Kinshasa (e o MPLA mais tarde a partir do Congo-Brazzaville) operações militares em Cabinda, no essencial em regiões do interior, de acesso mais difícil.
Estas operações obrigaram Portugal a reforçar consideravelmente a sua presença militar em Cabinda, conseguindo deste modo conter a penetração dos dois movimentos - tarefa facilitada pelos frequentes conflitos armados entre ambos. No fim das [[anos 1960]], a FNLA cessou praticamente as suas operações em Cabinda, enquanto o MPLA marcou alguma presença militar até ao fim da era colonial. MPLA e FLEC rivalizaram fortemente no campo da mobilização política.
 
Neste sentido, a FLEC constituiu em [[1967]] um "Governo de Cabinda no Exílio", com sede em [[Ponta Negra (Congo)|Ponta Negra]] (''Pointe Noire''), no Congo Brazzaville. As atividades desenvolvidas pela FLEC foram, durante esta fase, no essencial de mobilização política em Cabinda, e de procura, por via diplomática, de um reconhecimento internacional alargado.
Após a [[Revolução dos Cravos|Revolução do 25 de Abril]] de [[1974]] em Portugal, o MPLA obteve rapidamente o controle militar de Cabinda, defendendo a continuação do enclave como parte integrante de Angola, e procurando neutralizar os militantes da FLEC.
 
Por sua vez a FLEC, na altura dividida em várias correntes, declarou a independência separada de Cabinda e criou rapidamente um pequena força militar.
Em simultâneo, a FNLA e o MPLA desenvolveram a partir do [[Congo-Quinxassa]] (e o MPLA mais tarde a partir do [[Congo-Brazzavile]]) operações militares em Cabinda, no essencial em regiões do interior, de acesso mais difícil. Estas operações obrigaram Portugal a reforçar consideravelmente a sua presença militar em Cabinda, conseguindo deste modo conter a penetração dos dois movimentos - tarefa facilitada pelos frequentes conflitos armados entre ambos. No fim das [[anos 1960]], a FNLA cessou praticamente as suas operações em Cabinda, enquanto o MPLA marcou alguma presença militar até ao fim da era colonial. MPLA e FLEC rivalizaram fortemente no campo da mobilização política.
Esta tentou uma incursão a partir do Congo-Kinshasa, mas foi sem problemas maiores rechaçada pelo MPLA. A partir deste momento, a FLEC deixou de ter qualquer papel no processo conflituoso que levou à [[Independência de Angola]].
 
Após a [[Revolução dos Cravos|Revolução do 25 de Abril]] de [[1974]] em Portugal, o MPLA obteve rapidamente o controle militar de Cabinda, defendendo a continuação do enclave como parte integrante de Angola, e procurando neutralizar os militantes da FLEC. Por sua vez a FLEC, na altura dividida em várias correntes, declarou a independência separada de Cabinda e criou rapidamente um pequena força militar. Esta tentou uma incursão a partir do Congo-Quinxassa, mas foi sem problemas maiores rechaçada pelo MPLA. A partir deste momento, a FLEC deixou de ter qualquer papel no processo conflituoso que levou à [[Independência de Angola]].
 
=== Período pós-colonial ===
{{VT|Conflito de Cabinda}}
Na constelação resultante das circunstância em que foi alcançada a independência de Angola - o MPLA a conquistar o poder, e UNITA e FNLA a desencadearem de imediato a [[Guerra Civil Angolana]] - o petróleo de Cabinda tornou-se no recurso económico vital para a sobrevivência do novo regime político. Por um lado, este investiu fortemente na protecção militar das instalações de extração do ''crude'', valendo-se durante algum tempo do apoio por parte de unidades cubanas; por outro lado, concluiu rapidamente contratos com companhias americanas, especializadas na extração de ''crude''.
 
Dada a rápida decadência da FNLA enquanto força militar, e a impossibilidade de a UNITA chegar até Cabinda, esta não foi, porém, afetada pelas operações militares, durante e Guerra Civil. Em contrapartida, a FLEC - apesar das suas divisões internas - retomou algum fôlego, menos em termos de ações armadas, mas com uma significativa capacidade de mobilização política. Esta última foi de certo modo facilitada pela repressão dura por parte do governo do MPLA<ref>{{citar web|url=http://www.cabinda.net/international_criminal_court.htm|título=International criminal court|autor=|data=|publicado=cabinda.net|acessodata=21 de fevereiro de 2011}}</ref>
 
Os conflitos, que duraram longos anos, suscitaram a intervenção de várias forças da sociedade civil de Cabinda, com destaque para a Igreja Católica, com o fim de conseguir a pacificação. Porém, só depois do fim da Guerra Civil, aem 2003, foi assinado, em {{DataExt|1|7|2006}}, foi assinado um "Memorando de Entendimento para a Paz e a Reconciliação da Província de Cabinda", entre o Governo de Angola e o Fórum Cabindês para o Diálogo, órgão da sociedade civil que também integra parte das tendências da FLEC.
 
Em consequência deste entendimento, os efectivos militares da FLEC foram aquarteladas e a {{DataExt|6|1|2007}}, alguns destes elementos incorporados nas [[FAA|Forças Armadas Angolanas]] e na [[Polícia Nacional (Angola)|Polícia Nacional]]. Um dirigente da FLEC, António Bento Bembe, passou a integrar o governo de Luanda. Um contingente de bolsas de estudo foi atribuído a pessoas anteriormente envolvidas na oposição ao Estado angolano. O governo do MPLA prometeu atribuir a Cabinda uma parcela maior dos lucros obtidos no setor petrolífero. Entre várias outras melhorias, destaca-se a criação, em 2009, da [[Universidade 11 de Novembro]], na cidade de Cabinda.
Dada a rápida decadência da FNLA enquanto força militar, e a impossibilidade de a UNITA chegar até Cabinda, esta não foi, porém, afetada pelas operações militares, durante e Guerra Civil. Em contrapartida, a FLEC - apesar das suas divisões internas - retomou algum fôlego, menos em termos de ações armadas, mas com uma significativa capacidade de mobilização política.
Esta última foi de certo modo facilitada pela repressão dura por parte do governo do MPLA<ref>{{citar web|url=http://www.cabinda.net/international_criminal_court.htm|título=International criminal court|autor=|data=|publicado=cabinda.net|acessodata=21 de fevereiro de 2011}}</ref>
 
=== Década de 2010 ===
Os conflitos, que duraram longos anos, suscitaram a intervenção de várias forças da sociedade civil de Cabinda, com destaque para a Igreja Católica, com o fim de conseguir a pacificação. Porém, só depois do fim da Guerra Civil, a {{DataExt|1|7|2006}}, foi assinado um "Memorando de Entendimento para a Paz e a Reconciliação da Província de Cabinda", entre o Governo de Angola e o Fórum Cabindês para o Diálogo, órgão da sociedade civil que também integra parte das tendências da FLEC.
No entanto, elementos inconformados da FLEC acabaram por realizar ataques esporádicos contra forças do governo nas selvas e também contra instalações de empresas sediadas no território. Para demonstrar normalidade, Cabinda havia sido escolhida como uma das sub-sedes do [[Campeonato Africano das Nações]] de futebol, organizado por Angola em 2010. A FLEC aproveitou esta oportunidade para levar a cabo um ato terrorista, atacando o autocarro que fazia o transporte da [[Seleção Togolesa de Futebol|selecção do Togo]], matando o motorista e ferindo dois jogadores.<ref>{{citar web|url=http://oglobo.globo.com/esportes/mat/2010/01/08/onibus-da-selecao-de-futebol-de-togo-metralhado-915489771.asp|título=Onibus da seleção de futebol de Togo metralhado|autor=|data=|publicado=Globo.com|acessodata=22 de fevereiro de 2011}}</ref> Este ato suscitou fortes reações da comunidade internacional e da parte dos serviços de segurança de Angola.
Em consequência deste entendimento, os efectivos militares da FLEC foram aquarteladas e a {{DataExt|6|1|2007}}, alguns destes elementos incorporados nas [[FAA|Forças Armadas Angolanas]] e na [[Polícia Nacional (Angola)|Polícia Nacional]].
Um dirigente da FLEC, António Bento Bembe, passou a integrar o governo de Luanda. Um contingente de bolsas de estudo foi atribuído a pessoas anteriormente envolvidas na oposição ao Estado angolano. O governo do MPLA prometeu atribuir a Cabinda uma parcela maior dos lucros obtidos no setor petrolífero.
Entre várias outras melhorias, destaca-se a criação, em 2009, da [[Universidade 11 de Novembro]], na cidade de Cabinda.
 
Em inícios de março de 2011, as [[Forças Armadas Angolanas]] capturaram o chefe do estado maior das Forças Armadas de Cabinda (FAC; braço armado da FLEC).<ref> Ver ''O País'' (Luanda) de 7/3/2011</ref>
Globalmente, a situação em Cabinda normalizou-se nos últimos anos.
No entanto, elementos inconformados da FLEC têm vindo a realizar ataques esporádicos contra forças do governo nas selvas e também contra instalações de empresas sediadas no território. Para demonstrar normalidade, Cabinda foi escolhida como uma das sub-sedes do [[Campeonato Africano das Nações]] de futebol, organizado por Angola em 2010.
A FLEC aproveitou esta oportunidade para levar a cabo um ato terrorista, atacando o autocarro que fazia o transporte da [[Seleção Togolesa de Futebol|selecção do Togo]], matando o motorista e ferindo dois jogadores.<ref>{{citar web|url=http://oglobo.globo.com/esportes/mat/2010/01/08/onibus-da-selecao-de-futebol-de-togo-metralhado-915489771.asp|título=Onibus da seleção de futebol de Togo metralhado|autor=|data=|publicado=Globo.com|acessodata=22 de fevereiro de 2011}}</ref> Este ato suscitou fortes reações da parte dos serviços de segurança de Angola.
Em inícios de Março de 2011, as Forças Armadas Angolanas capturaram o chefe do estado maior das FAC (Forças Armadas de Cabinda, o braço armado da FLEC).<ref> Ver ''O País'' (Luanda) de 7/3/2011</ref> Resultou daí a expectativa de que no futuro não haveria mais conflitos armados em Cabinda.<ref> Sobre toda esta problemática, ver Miguel Domingos Bembe, ''Análise do processo de paz no Enclave de Cabinda'', ''Cadernos de Estudos Africanos'' (Lisboa), 20, 2011, pp.27 - 53 </ref> Entretanto, a Igreja Católica - sob pressão do regime angolano - parece empenhada em evitar um envolvimento de elementos seus em atitudes e actos de resistência em Cabinda. Não apenas nomeou para a Diocese de Cabinda um bispo, Filomeno Vieira Dias, que não é natural da região e tem ligações com figuras do poder central, como retirou o estatuto de sacerdote a três padres de Cabinda que tinham, repetidamente, articulado as reclamações da população contra "Luanda".<ref> ''Público'' (Lisboa), 27-4-2011.</ref> Entretanto, a FLEC parece ter mudado o nome para "Frente de Libertação do ''Estado'' de Cabinda",<ref> ''Novo Jornal'', 6/1/2001</ref>
 
== Economia ==
Linha 153 ⟶ 150:
 
[[Categoria:Cabinda| ]]
 
[[ro:Cabinda]]