Praia Grande (São Paulo): diferenças entre revisões

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| nome = Estância Balneária de Praia Grande
| preposição = da
| foto = PraiaGUILHERMINA Grande- 2DEZ 2010 - panoramio (1).jpg
| leg_foto = Av. Marechal Mallet, Canto do Forte, [[Praia da Guilhermina]], Praça das Cabeças, Boqueirão,em Praia do Caiçara e Vista parcial da cidade a partir doGrande Itaipú
| apelido = Cidade de Todos"<br />"PG
| brasão = Brasao-Praia Grande.png
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| pib_per_capita = 21300.88
| data_pib_per_capita = [[IBGE]]/[[2017]]<ref name="IBGE_PIB"/>
| site_prefeitura = http://www.praiagrande.sp.gov.br/
| site_câmara = https://www.praiagrande.sp.leg.br/
}}
'''Praia Grande''' é um [[Municípios do Brasil|município]] na [[Região Metropolitana da Baixada Santista]], [[Unidades federativas do Brasil|estado]] de [[São Paulo (estado)|São Paulo]], [[Brasil]]. A estimativa da população, de acordo com a [[Censo brasileiro de 2010|revisão censitária]] do [[IBGE]] para 2018 era de {{fmtn|319146}} habitantes, sendo a terceira cidade mais populosa do [[Litoral de São Paulo|litoral paulista]], depois de [[São Vicente (São Paulo)|São Vicente]] e [[Santos]]. Com uma área de {{fmtn|149.253}} km², a [[densidade demográfica]] é de {{fmtn|1781}} habitantes/km².<ref name="IBGE_Pop_2018">{{citar web|url=https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/praia-grande/panorama|título=IBGE - Praia Grande/SP|data=1 de setembro de 2018|acessodata=1 de setembro de 2018|obra=Estimativa Populacional 2018|publicado=IBGE|ultimo=|primeiro=}}</ref> O município é formado pela sede e pelo distrito de [[Solemar (distrito)|Solemar]]<ref>{{citar web|url=http://www.igc.sp.gov.br/produtos/arquivos/municipios_e_distritos.pdf|titulo=Municípios e Distritos do Estado de São Paulo|data=|acessodata=|publicado=IGC - Instituto Geográfico e Cartográfico|ultimo=|primeiro=}}</ref><ref>{{citar web|url=ftp://geoftp.ibge.gov.br/organizacao_do_territorio/estrutura_territorial/divisao_territorial/2015/|titulo=Divisão Territorial do Brasil|data=|acessodata=|publicado=IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística|ultimo=|primeiro=}}</ref>.
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== História ==
<ref>https://www.achetudoeregiao.com.br/sp/praia_grande/historia.htm</ref>
[[Imagem:Itaipú Fortress.JPG|thumb|esquerda|Entrada da [[Fortaleza de Itaipu]], construída no início do século XX.]]
[[Imagem:Fortaleza Jurubatuba (Forte Itaipu).jpg|thumb|esquerda|[[Forte de Jurubatuba]], inaugurado em 1919.]]
 
Até a chegada dos portugueses, no [[século XVI]], as terras do atual município eram habitadas pelos [[Povos indígenas do Brasil|índios]] [[tupiniquins]].<ref>BUENO, E. ''Brasil'': uma história. Segunda edição revista. São Paulo. Ática. 2003. p. 18-19.</ref> A região foi uma das primeiras colonizadas pelos [[Portugal|portugueses]] no [[Brasil]]. Tal colonização se iniciou com a chegada de [[Martim Afonso de Sousa|Martim Afonso]] em [[1532]]. A primeira vila fundada pelo explorador, enviado pela [[Reino de Portugal|coroa portuguesa]], foi justamente a de [[São Vicente (São Paulo)|São Vicente]], de que Praia Grande foi parte até 1967.
 
Depois da emancipação, a cidade acelerou levemente o ritmo de crescimento experimentado desde a década de 1950, ganhando maior qualidade em seus serviços públicos, dada a proximidade do poder municipal com a realidade da população local. Na [[década de 1980]], a cidade ganhou novo impulso para seu crescimento, com a inauguração da [[Ponte do Mar Pequeno]] (no trecho final da [[Rodovia dos Imigrantes]]), ligando a [[Ilhailha de São Vicente (Brasil)|Ilha de São Vicente]] à cidade, e resolvendo dois problemas de uma só vez: além de desafogar o trânsito na saturada Ponte Pênsil, a cidade ganhava uma ligação direta à [[São Paulo|capital]], sem a necessidade de se passar pelas cidades de [[Santos]] e [[São Vicente (São Paulo)|São Vicente]], a fim de acessar a [[Via Anchieta]], então a única opção para se chegar à capital. Assim, Praia Grande passou a ser o balneário mais próximo da capital.
Desde o início, o processo de ocupação de Praia Grande teve um fator fundamental, sua localização geográfica, situada entre a Vila de São Vicente, da qual pertencia, e a Vila de Conceição de [[Itanhaém]]. Piaçabuçu, primeiro nome dado pelos indígenas à Praia Grande, do [[tupi-guarani]] "porto grande" era conhecida também como "Caminho de Conceição de Itanhaém".
 
No entanto, esta facilidade de acesso trouxe grandes inconvenientes, que viriam a ser solucionados a partir de [[1993]], quando a cidade iniciou uma verdadeira revolução: o sistema de transportes foi totalmente remodelado, mais de 90% por cento das ruas foramfoi pavimentadaspavimentada, o esgoto iniciou uma expansão em coleta (que começou com 60% por cento dos domicílios, com previsão de chegar a 100% por cento até [[2012]]), sendo tratado e arremessado a mais de 3 kmquilômetros da costa, a orla da praia e os principais pontos turísticos foram totalmente reurbanizados, proibiu-se a entrada de ônibus de excursões sem prévia licença da Prefeituraprefeitura, o sistema viário foi totalmente revisto e readequado, em intervenções que ocorreram até [[2006]].
Já possuía um considerável núcleo populacional de caráter essencialmente agrícola nos séculos [[século XVII|XVII]], [[século XVIII|XVIII]] e [[século XIX|XIX]].
 
Segundo o primeiro recenseamento da Capitania, em [[1765]], o trecho da orla onde hoje fica Praia Grande era uma região em que existia muitos sítios e agricultores que utilizavam o trabalho de negros livres e escravos para produzir e abastecer as vilas de [[São Vicente (São Paulo)|São Vicente]] e [[Santos]] de produtos agrícolas e artesanais.
 
Pelos recenseamentos do início do [[século XIX]], os moradores daqui criavam algumas cabeças de [[gado]] e plantavam [[arroz]], [[mandioca]], [[cana-de-açúcar]], [[milho]], [[feijão]], [[batata-doce]], [[abacaxi]], [[pimenta]], [[tomate]], [[laranja]] e [[café]]. Cortavam árvores para produzir madeira e faziam chapéus de palha, aguardente e farinha, que vendiam parte nas vilas de São Vicente e Santos para comprar outros produtos que necessitavam. Quem fazia os trabalhos rurais e os serviços domésticos eram os negros escravos.
 
O transporte era feito por canoas que navegavam pelo [[rio Piaçabuçu]], até o Porto do Piaçabuçu, atual bairro de [[Caieiras (Praia Grande)|Caieiras]]. Desse ponto em diante, as pessoas seguiam caminho pela areia dura da praia em direção a [[Itanhaém]]. Outro caminho utilizado era sair do Porto do Tumiarú (São Vicente) e atravessar para o Porto do Campo, conhecido hoje como Portinho.
 
As primeiras décadas do [[século XX]] determinaram uma nova forma de ocupação e fixação na região com as construções da [[Fortaleza de Itaipu]], em [[1902]]; da Estrada de Ferro [[Santos]]-[[Juquiá]], em [[1912]] e, principalmente, a construção da [[Ponte Pênsil de São Vicente|Ponte Pênsil]] em [[1914]], que durante muito tempo constituiu a principal via terrestre de acesso à Praia Grande, o que despertou o interesse de investidores imobiliários, atraídos pela faixa de 22,5 km de praias contínuas.
 
A partir dessa época, os sítios começaram a ceder lugar aos primeiros loteamentos, entre eles: Jardim Guilhermina, [[1926]]; Jardim Matilde, [[1925]] e Cidade Ocian, [[1953]].
 
As transformações ocorridas a partir da [[década de 1950]] no desenvolvimento populacional e imobiliário, os interesses de lideranças políticas locais, o sentimento de isolamento e abandono em relação a administração de São Vicente, aliados a falta de infraestrutura e serviços básicos, foram os fatores que determinaram o início do movimento a favor da emancipação político-administrativa de Praia Grande.
 
A articulação locais com lideranças de influência no âmbito estadual e a participação dos moradores, realizando um plebiscito em [[1963]], onde, dos 707 eleitores moradores, 680 votaram a favor da Emancipação, levaram o [[Supremo Tribunal Federal]] a legitimar o desmembramento de Praia Grande do município de São Vicente em [[26 de outubro]] de [[1966]].
 
Em [[19 de janeiro]] de [[1967]], Praia Grande finalmente se emancipa de [[São Vicente (São Paulo)|São Vicente]] e [[Nicolau Paal]] é nomeado interventor federal.
 
Na [[década de 1980]], a cidade ganhou novo impulso para seu crescimento, com a inauguração da [[Ponte do Mar Pequeno]] (no trecho final da [[Rodovia dos Imigrantes]]), ligando a [[Ilha de São Vicente (Brasil)|Ilha de São Vicente]] à cidade, e resolvendo dois problemas de uma só vez: além de desafogar o trânsito na saturada Ponte Pênsil, a cidade ganhava uma ligação direta à [[São Paulo|capital]], sem a necessidade de se passar pelas cidades de [[Santos]] e [[São Vicente (São Paulo)|São Vicente]], a fim de acessar a [[Via Anchieta]], então a única opção para se chegar à capital. Assim, Praia Grande passou a ser o balneário mais próximo da capital.
 
No entanto, esta facilidade de acesso trouxe grandes inconvenientes, que viriam a ser solucionados a partir de [[1993]], quando a cidade iniciou uma verdadeira revolução: o sistema de transportes foi totalmente remodelado, mais de 90% das ruas foram pavimentadas, o esgoto iniciou uma expansão em coleta (que começou com 60% dos domicílios, com previsão de chegar a 100% até [[2012]]), sendo tratado e arremessado a mais de 3 km da costa, a orla da praia e os principais pontos turísticos foram totalmente reurbanizados, proibiu-se a entrada de ônibus de excursões sem prévia licença da Prefeitura, o sistema viário foi totalmente revisto e readequado, em intervenções que ocorreram até [[2006]].
 
Alguns projetos ainda deverão ser implantados na cidade, independentemente da administração, como o Aeroporto de Cargas na região do [[Andaraguá (Praia Grande)|Andaraguá]], os ''campi'' da [[Universidade Estadual Paulista|Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho]] e da [[Universidade Federal de São Paulo]], a transformação do aterro sanitário municipal em parque ecológico (que aguarda descontaminação do solo) e a Rota 700, que ligará o [[Anhanguera (Praia Grande)|Anhanguera]] à Imigrantes.