Declaração da Maioridade: diferenças entre revisões

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m →‎Oposições no Brasil: Link estava apontando para o neto de d. Pedro II, não para ele, como é o correto.
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Piorando após a perda da Província Cisplatina, a situação na qual o imperador se encontrava ia desde dificuldades financeiras, por conta da falência do primeiro [[Banco do Brasil]] (1829), até problemas pessoas.
 
Com uma imagem cada vez mais desgastada, ono país emergira inúmeras manifestações de protestos contacontra o Primeiro Reinado.
 
A partir de 1835, começou a ganhar força a ideia de antecipar a ascensão do [[Pedro II do Brasil|jovem Pedro de Alcântara]] ao [[Império do Brasil|trono imperial]]. Os grandes proprietários de terras e escravos viam com desconfiança o processo de descentralização político-administrativa iniciado pelas autoridades do [[Período regencial (Brasil)|período regencial]]. Ao mesmo tempo, as revoltas sociais que rebentaram em várias [[Províncias do Império do Brasil|províncias]] exigiam alguma medida que garantisse a ordem e a paz social. Formava-se o consenso político de que somente o restabelecimento da [[Família imperial brasileira|autoridade monárquica]] poderia conter os excessos dos poderes locais e apaziguar as dissensões.
== Contexto histórico ==
Pressionado pela opinião pública e pelas elites agrárias, o Imperador [[Pedro I do Brasil|D. Pedro I]] ([[1798]] – [[1834]]) abdicou o trono no dia [[7 de abril]] de [[1831]], e deixou seu filho, [[Pedro de Alcântara de OrléansII edo BragançaBrasil|Pedro de Alcântara (]][[18751825]] – [[19401891]]), de seis anos como herdeiro brasileiro.<ref name=":0">{{Citar web|url=https://historiadomundo.uol.com.br/idade-contemporanea/periodo-regencial.htm|titulo=Período Regencial - História do Mundo|acessodata=2018-11-28|obra=História do mundo}}</ref>
 
Com a maioridade inicialmente definida para 21 anos, de acordo com a [[Constituição brasileira de 1824|Constituição de 1824]], foi preciso esperar o novo Imperador atingir a maioridade. Esse período de espera foi nomeado [[Período regencial (Brasil)|Período Regencial]].<ref name=":0" />
 
Entre 1831 e 1840, o [[Brasil]] passou por uma transição na qual o país foi governado por regentes, aguardando [[Pedro de Alcântara de Orléans e Bragança|Pedro de Alcântara]] ([[1875]] – [[1940]]) atingir a idade necessária. Considerado um dos períodos com mais crises do Império, o país passou por uma experiência de descentralização, grande polaridade partidária e experimentou diversas revoltas.<ref name=":0" />
 
Nesse meio tempo, [[Pedro de Alcântara de Orléans e Bragança|Pedro de Alcântara]] ([[1875]] – [[1940]]) recebeu ajuda de [[José Bonifácio de Andrada e Silva|José Bonifácio]] ([[1763]] — [[1838]]), para subir ao trono.<ref name=":0" />
 
O [[Período regencial (Brasil)|Período Regencia]]<nowiki/>l, que durou nove anos pode ser dividido em Regência Trina Provisória (1831), Regência Trina Permanente (1831-1835), Regência Una de [[Diogo Antônio Feijó|Feijó]] (1835-1837), Regência Una de [[Pedro de Araújo Lima|Araújo Lima]] (1837-1840).<ref name=":0" />
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[[Imagem:Pedro de Araujo Lima 1835.jpg|thumb|O regente único [[Pedro de Araújo Lima]], de [[Pernambuco]], um conservador "calmo, ponderado e tolerante".]]
 
Nesse contexto, o partido Regressista deu origem ao partido Conservador, enquanto o partido do regente deu origem ao partido Liberal. O período foi caracterizado por instabilidades políticas, democracia e projeto de liberdade, e terminoterminou com a renúncia de Feijó no dia 19 de setembro de 1837.<ref name=":6" />
 
=== Regência Una de Araújo Lima (1837-1840) ===
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=== A Campanha pela Antecipação da Maioridade ===
 
Conhecido como o Clube da Joana, os grupos de "palacianos" exerceram influência sobre a família real e sobre o Príncipe herdeiro. Conservadores, para eles a desordem devia-se aos excessos de liberdade por conta do [[Ato Adicional]]. Em [[1840]], foi criada a Sociedade Promotora da Maioridade, que logo passou a se chamar Clube da Maioridade.<ref name=":1">{{Citar web|url=http://www.multirio.rj.gov.br/historia/modulo02/antecipacao.html|titulo=A Campanha pela Antecipação da Maioridade|acessodata=2018-11-28|obra=www.multirio.rj.gov.br}}</ref>
 
Assim, a campanha ganhou a Câmara e o Senado. Além disso, havia diversas manifestações populares.<ref name=":1" />
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=== Ministério da Maioridade ===
Para auxiliar o novo imperador do país, o Ministério da Maioridade, conhecido como o Ministério dos Irmãos, surgiu após o juramentejuramento e era formado pelos irmãos Antônio Carlos e Martim Francisco de Andrada, e pelos dois irmãos Cavalcanti, futuros Viscondes de Albuquerque e de Suassuna. Além de ser responsável por dissolver a Câmara, convocou novas eleições.<ref name=":2">{{Citar web|url=http://www.multirio.rj.gov.br/historia/modulo02/ministerio.html|titulo=Ministério da Maioridade|acessodata=2018-11-28|obra=www.multirio.rj.gov.br}}</ref>
 
Seguindo uma ideologia liberal, o Ministério, na tentativa de derrubar a maioria conservadora, fez uso da violência para garantir vitória. Chamada pelos conservadores de "[[Eleições do Cacete|eleições do cacete]]", o período alterou o processo eleitoral e as mesas eleitorais foram assaltadas. A fraude foi uma das principais características dessa eleição, na qual além de ter tido a contagem de votos alteradas, também aceitava pessoas inexistentes e permitia e troca de identidade na hora de votar.<ref name=":2" />
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=== Segundo Reinado ===
O início do Governo de foi marcado pela maestria dos palacianos em usar o imperador para eliminar os inimigos políticos. Mantendo-o sempre ocupado, D. Pedro II era isolado em meio a distrações e não entendientendia como estava sendo explorado.<ref name=":4">{{Citar periódico|data=2018-10-11|titulo=Pedro II do Brasil|url=https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Pedro_II_do_Brasil&oldid=53351340|jornal=Wikipédia, a enciclopédia livre|lingua=pt}}</ref>
 
No dia [[30 de maio]] de [[1843]], ele e a Princesa [[Teresa Cristina de Bourbon-Duas Sicílias|Teresa Cristina]], do [[Reino das Duas Sicílias]], se casaram por procuração. A nova Imperatriz desembarcou no [[Rio de Janeiro]], no dia [[3 de setembro]].<ref name=":4" />
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Apesar de três crises enfrentadas pelo [[Segundo reinado|Segundo Reinado]], entre [[1848]] e [[1852]], o Império obteve sucesso em todas as atuações e aumentou a estabilidade da nação. Com isso, o exterior passou a ver o país como uma monarquia representativa que se firmava em meio as outras nações da [[América do Sul]] durante o período<ref name=":4" />
 
Com estabilidade econômica, o [[Brasil]] já gozava de linhas férreas, telegráficas e de navios a vapor. O sistema político era similar asàs outras nações [[Parlamentarismo|parlamentaristas]], e além do gabinete criado pelo imperador, havia outro partido para formar oposição.<ref name=":4" />
 
[[D. Pedro II]] tinha presença ativa no ambiente político, que também incluía os ministros, a [[Câmara dos Deputados do Brasil|Câmara dos Deputados]] e o [[Senado Federal do Brasil|Senado]]. Ao contrário de [[Pedro I do Brasil|D. Pedro I]], o novo imperador era apoiado por grande parte dos políticos.<ref name=":4" />