Guerra dos Sete Anos: diferenças entre revisões

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== Desenrolar da guerra ==
[[Imagem:7yearswar.PNG|thumb|upright=2.0300px|Operações do exército russo partindo do território polonês]]
Ao longo dos sete anos, 1756-1763, as grandes potências europeias levam a guerra às suas possessões em todo o mundo. Enquanto nas colônias americanas e da [[Índia]] os sucessos pertencem aos Ingleses, e apesar da tentativa do [[Pacto de Família]] com os [[Bourbon]]s da [[Espanha]], na [[Europa]], numa fase inicial, a aliança franco-austríaca é bem sucedida, contando com a ajuda dos príncipes [[Alsácia|alsacianos]], da [[Suécia]] e do [[Império Russo]].
 
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Embora tivesse o melhor exército da Europa, a situação estratégica da Prússia era preocupante. A Prússia, como um todo, estava ameaçada ao norte pela Suécia (que dispunha de um exército pequeno) e pela Áustria ao sul. A oeste, um punhado de príncipes alemães, fiéis a Maria Teresa, formara um exército contrário a Frederico e que viria a operar na Saxônia. A noroeste, o [[Hanôver]], apoiado por tropas britânicas, oferecia uma ilusória proteção aos prussianos. A leste, a neutra [[Polônia]] era uma nação permeável às tropas russas que, em um primeiro momento, estavam interessadas em ocupar a [[Prússia Oriental]].
 
[[Imagem:Seven Years' War - Operations, 1756.gif|thumb|esquerda|upright=2.0300px|Operações da Guerra dos Sete Anos em 1756]]
 
Durante o ano de 1756, as tropas prussianas conquistaram uma série de vitórias. Frederico II invadiu a [[Boêmia]] e, em 6 de maio de 1757, bateu os austríacos na disputada [[Batalha de Praga]]. Mas no dia 18 de junho, Frederico acabou sendo derrotado pelo marechal austríaco Daun em [[Batalha de Kolin|Kolin]], o que o obrigou a abandonar a [[Boêmia]]. A Prússia, a partir de então, foi obrigada a enfrentar uma guerra defensiva em três frentes: a Suécia atacou a [[Pomerânia]]; as tropas russas invadiram a região oriental do território prussiano, obtendo uma importante vitória; a França penetrou na Prússia ocidental e os austríacos marcharam sobre a [[Silésia]].
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Em situação precária, o rei recuperou sua capacidade ofensiva graças a um novo tratado com a [[Inglaterra]], que lhe forneceu a ajuda financeira necessária ao prosseguimento da guerra. Em 1760, as tropas prussianas iniciaram seu avanço em direção à Silésia, onde venceram os russos e os austríacos. As forças militares do monarca prussiano, embora prodigiosas, começavam a mostrar sinais de esgotamento. Nesse mesmo ano seria travado o último grande combate de Frederico II: a Batalha de Torgau, em que prussianos e austríacos sofreram pesadas baixas.
 
[[Ficheiro:Erstes pr. Bataillon Leibgarde in Schlacht bei Kollin.jpg|miniaturadaimagem|upright=1.5300px|Tropas prussianas em combate<br><small>Por [[Richard Knötel]]</small>]]
Ocorreu então o que é chamado pelos historiadores austríacos de o [[milagre da Casa de Brandemburgo]]: com a morte da czarina Isabel, em 1762, subiu ao trono russo seu sobrinho, [[Pedro III da Rússia|Pedro III]], que nutria grande admiração por Frederico e pela Prússia. Rompeu-se assim a coalizão antiprussiana. O novo czar não apenas reverteu sua política e assinou um armistício com Frederico II (deixando o rei livre da frente oriental), como também atuou como mediador entre prussianos e suecos. Pôs seu exército à disposição do rei e se juntou aos prussianos para expulsar os austríacos da Silésia. Pedro III foi assassinado meses depois de subir ao trono, mas sua viúva e sucessora, [[Catarina II da Rússia]], manteve a paz com a Prússia.
 
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== Operações nas colônias ==
[[Imagem:SevenYearsWar.png|thumb|upright=2.0300px|esquerda|Participantes da Guerra dos Sete Anos
{{legenda|#4D6DF3|[[Império Britânico|Reino Unido]], [[Reino da Prússia]], [[Império Português|Portugal]], com aliados}}
{{legenda|#22B14C|[[Império colonial francês|França]], [[Império Espanhol|Espanha]], [[Monarquia de Habsburgo]], [[Império Russo]], [[Suécia]], com aliados}}
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== A paz ==
[[Imagem:New_Map_of_North_America_(1763).JPG|thumb|upright=2.0300px|''Um novo mapa da América do Norte'', produzido após o [[Tratado de Paris (1763)|Tratado de Paris]]]]
Todos estavam dispostos a um acordo de paz. No cômputo global do conflito, a [[Grã-Bretanha|Inglaterra]] e o [[Reino da Prússia]] foram os grandes vitoriosos.
 
Em 1762, o Tratado de São Petersburgo devolveu a [[Pomerânia]] ao [[Reino da Prússia]], antigo território Germânico, tomado pelos Suecos na Guerra dos Trinta Anos. Pelo [[Tratado de Paris (1763)|Tratado de Paris]], firmado em 1763, franceses, austríacos e ingleses assinarem a paz. No acordo firmado, os ingleses ganham o [[Canadá]] e parte da [[Louisiana]], [[Flórida]] (que foi cedida pela Espanha), algumas ilhas das [[Antilhas]] ([[São Vicente e Granadinas]], [[Tobago]], [[Granada (país)|Granada]], [[São Luís]]), e [[feitoria]]s costeiras do [[Senegal]], na [[África]], além de ter de reconhecer todas as conquistas [[Britânicas|inglesas]] nas [[Índias Ocidentais]]. A favor de Espanha, para compensá-la dos prejuízos advindos da guerra, a França cedeu o resto da [[Louisiana]] e [[Nova Orleans]]. Os franceses perdiam também toda a influência na [[Índia]].
 
[[Imagem:Denkmal Hueckelsmay Krefeld.jpg|thumb|esquerda|upright=1.0300px|Memorial da Guerra dos Sete Anos em [[Krefeld]] ([[Renânia do Norte-Vestfália]])]]
Finalmente, em 15 de fevereiro de 1763, foi firmada a paz definitiva em Hubertusburgo. Pelo [[Tratado de Hubertsburg]], a Áustria renunciou definitivamente à [[Silésia]] e a cedeu à Prússia, enquanto a [[Polônia]] era dividida pela [[Primeira Partilha da Polônia|primeira vez]], ocupada pelo [[Reino da Prússia]], [[Império Russo]] e [[Monarquia de Habsburgo]].