Profilaxia pré-exposição: diferenças entre revisões

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'''Profilaxia pré-exposição''' ('''PrPE''' ou em sua versão inglesa '''''PrEP''''') é qualquer procedimento médico ou sanitário usado antes da exposição a um [[patógeno]] capaz de provocar uma doença, com o propósito de prevenir, e não tratar ou curar, essa doença; especialmente referido ao de [[VIH]].<ref>[http://www.seres.org.pt/4-2-2-profilaxia-pre-exposicao/ Profilaxia pré-exposição.] SERES.</ref> Trata-se de um procedimento opcional para pessoas sãs HIV-negativas, mas que têm um risco substancial, mais alto que a média, de contrair uma infecção por HIV.<ref>{{es}} [http://www.infosida.es/que-es-el-tratamiento-arv/profilaxis-por-exposicion-ppre-para-el-vih Profilaxis por exposición (PPRE) para el VIH.] Infosida.</ref>
 
Na actualidade, o único [[fármaco]] recomendado para a profilaxia pré-exposição do HIV é [[Truvada]], uma combinação de [[emtricitabina]] e [[tenofovir]]. Conforme os ''Centros para o Controle e Prevenção de Doenças'' a PPrE pode ser uma poderosa ferramenta de prevenção do VIH ao combinar-se com [[preservativo]]s e outros métodos de [[prevenção]] para proporcionar uma protecção ainda maior que quando se utilizam por separado. No entanto, as pessoas que usam PrEP devem se comprometer a tomar o medicamento todos os dias e manter um rastreamento ao menos a cada 3 meses.<ref name="Clinicaltrials">{{en}} [http://www.cdc.gov/hiv/prevention/research/prep/ Pre-Exposure Prophylaxis (PrEP) Clinical Trials.] Centers for Disease Control and Prevention.</ref> PPrE está recomendado para o uso combinado com [[preservativo]]s, de maneira que cada método pode compensar os déficits de eficácia ocasionais do outro.<ref name="Clinicaltrials"/>
 
Existe uma divisão social entre o apoio e a oposição ao uso da profilaxia pré-exposição como método de [[Síndrome da imunodeficiência adquirida#Prevençã|prevenção da infecção por VIH]]. Em fevereiro de 2016 documentou-se o primeiro caso de uma pessoa que, tomando adequadamente a PPrE, contagiou-se de uma cepa multirresistente ao tratamento,<ref>{{en}} [http://www.aidsmap.com/Almost-certain-case-of-PrEP-failure-due-to-drug-resistance-reported-at-CROI-conference/page/3039748/ Almost-certain case of PrEP failure due to drug resistance reported at CROI 2016.] AIDS map. 25 de febrero de 2016.</ref> seguido por um segundo caso em outubro do mesmo ano.<ref>{{en}} [http://www.aidsmap.com/Second-case-report-of-PrEP-failure-due-to-drug-resistant-virus/page/3093327/ Second case report of PrEP failure due to drug-resistant virus.] AIDS Map. 18 de octubre de 2016.</ref>
==Ingredientes==
Um dos ingredientes ativos da preparação é o [[tenofovir|disoproxil fumarato de tenofovir]], que é um análogo de nucleotídeo que inhibe a [[transcriptase reversa]], bloqueando eficazmente a incorporação do material genético do VIH no [[genoma]] do [[hóspede]], e portanto, evitando a infecção por HIV.<ref>{{en}} [http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3139281/ Pre-exposure prophylaxis of HIV.] Indian Journal of Sexually Transmited Diseases and AIDS. 2011.</ref>
==Pesquisa==
 
A maioria dos estudos de PrPE utiliza o medicamento que é administrado por via oral. Mas muitas pessoas que iniciam a PrPE não aderem a ela ou tomam as pílulas apenas intermitentemente, prejudicando sua eficácia. Um implante de liberação lenta de um medicamento anti-retroviral experimental fornece uma proteção eficaz contra o HIV por um ano ou mais. É uma estratégia de ARV que oferece uma opção mais simples para tratar ou prevenir o HIV e, se for amplamente usada, pode mudar o curso da epidemia de AIDS.<ref>{{Citar web|titulo=Simpler HIV treatment and prevention strategies take center stage|url=https://www.sciencemag.org/news/2019/07/simpler-hiv-treatment-and-prevention-strategies-take-center-stage|obra=Science {{!}} AAAS|data=2019-07-23|acessodata=2019-07-24|lingua=en|primeiro=Jon|ultimo=CohenJul. 24|ultimo2=2019|primeiro3=11:00|ultimo3=Am}}</ref>
PPrE está recomendado para o uso combinado com [[preservativo]]s, de maneira que cada método pode compensar os déficits de eficácia ocasionais do outro.<ref name="Clinicaltrials"/>
 
Existe uma divisão social entre o apoio e a oposição ao uso da profilaxia pré-exposição como método de [[Síndrome da imunodeficiência adquirida#Prevençã|prevenção da infecção por VIH]]. Em fevereiro de 2016 documentou-se o primeiro caso de uma pessoa que, tomando adequadamente a PPrE, contagiou-se de uma cepa multirresistente ao tratamento,<ref>{{en}} [http://www.aidsmap.com/Almost-certain-case-of-PrEP-failure-due-to-drug-resistance-reported-at-CROI-conference/page/3039748/ Almost-certain case of PrEP failure due to drug resistance reported at CROI 2016.] AIDS map. 25 de febrero de 2016.</ref> seguido por um segundo caso em outubro do mesmo ano.<ref>{{en}} [http://www.aidsmap.com/Second-case-report-of-PrEP-failure-due-to-drug-resistant-virus/page/3093327/ Second case report of PrEP failure due to drug-resistant virus.] AIDS Map. 18 de octubre de 2016.</ref>
 
==Em Portugal==
Um estudo académico levado a cabo por Rui Baptista Gonçalves, estudante do [[Mestrado]] Integrado em [[Medicina]] da [[Universidade do Algarve]] demonstra que três em cada quatro profissionais de saúde que trabalham na área do VIH em Portugal concordam com a implementação da PrEP - Profilaxia Pré-Exposição, em Portugal.<ref>[http://dezanove.pt/estudo-profissionais-de-saude-concordam-1007042#cutid1 Estudo: Profissionais de saúde concordam com a PrEP em Portugal, dezanove.pt, 24.10.2016]</ref>