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Correções e adequações de semântica e sintaxe
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[[Thomas Kuhn]] (1922-1996) , físico célebre por suas contribuições à história e filosofia da ciência em especial do processo que leva à evolução do desenvolvimento científico, designou como paradigmáticas as realizações científicas que geram modelos que, por períodos mais ou menos longos e de modo mais ou menos explícito, orientam o desenvolvimento posterior das pesquisas exclusivamente na busca da solução para os problemas por elas suscitados<ref>{{Citar livro|url=http://worldcat.org/oclc/923761021|título=Filosofia da ciência de Thomas Kuhn : conceitos de racionalidade científica.|ultimo=Laskowski.|primeiro=Tozzini, Daniel|data=2000|editora=Editora Atlas S.A|isbn=9788522488995|oclc=923761021}}</ref>.
 
Em seu livro a ''[[Estrutura das Revoluções Científicas]]'' <ref>Kuhn, Thomas. Estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 1978. - [http://books.google.com.br/books?id=xnjS401VuFMC&printsec=frontcover&dq=thomas+kuhn&hl=pt-BR&ei=-ZQ4TujRNqnZ0QG9zNzYAw&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=1&ved=0CCkQ6AEwAA#v=onepage&q&f=false Google Books] <small>Aug. 2011</small> </ref> apresenta a concepção de que "um paradigma, é aquilo que os membros de uma comunidade partilham e, inversamente, uma comunidade científica consiste em pessoas que partilham um paradigma", e define "o estudo dos paradigmas como o que prepara basicamente o estudante para ser membro da comunidade científica na qual atuará mais tarde".
 
Hoisel, 1998, <ref>Hoisel B. Anais de um Simpósio Imaginário SP, Editora Palas Athena, 1998 ISBN 85-7242-022-3</ref> autor de um ensaio ficcional, que aborda como a ciência haveria de se encontrar em 2008, chama atenção para o aspecto relativo da definição de paradigma, observando que enquanto o termo é relacionado a uma constelação de pressupostos e crenças, escalas de valores, técnicas e conceitos compartilhados pelos membros de uma determinada comunidade científica num determinado momento histórico, é também simultaneamente um conjunto dos procedimentos consagrados, capazes de condenar e excluir indivíduos de suas comunidades de pares. Nos mostra como este pode ser compreendido como um conjunto de "vícios" de pensamento e bloqueios lógico-metafísicos que obrigam os cientistas de uma determinada época a permanecer confinados ao âmbito do que definiram como seu universo de estudo e seu respectivo espectro de conclusões ardentemente admitidas como plausíveis.
 
Em seu livro ''Anais de um simpósio imaginário'', Hoisel destaca ainda que uma outra conseqüência da adoção irrestrita de um paradigma é o estabelecimento de formas específicas de questionar a natureza, limitando e condicionando previamente as respostas que esta nos fornecerá, um alerta que já nos foi dado pelo físico [[Werner Karl Heisenberg|Heisenberg]] quando mostrou que, nos experimentos científicos o que vemos não é a natureza em si, mas a natureza submetida ao nosso modo peculiar de interrogá-la.
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[[Ficheiro:GiordanoBrunoStatueCampoDeFiori.jpg|thumb|[[Giordano Bruno]] (1548 — 1600) condenado à morte na fogueira pela [[Inquisição]] romana por [[heresia]].]]
 
O ajuste ou limitação da visão do objeto a um método de pesquisa, pré estabelecido através de tradições universitárias, arquitetura de texto, adequação bibliográfica, etc., é o que está em questão. Tanto [[Michel Foucault|Foucault]] quanto Kuhn assinalam a presença de padrões de continuidades e descontinuidades na produção de conhecimento de uma área do saber: as revoluções e rupturas epistemológicas. <ref> Alvarenga, Lídia. Bibliometria e arqueologia do saber de Michel Foucault – traços de identidade teórico-metodológica. Ciência da Informação, V. 27, n. 3 (1998)[http://www.scielo.br/pdf/ci/v27n3/27n3a02.pdf PDF] Ag. 2011</ref> <ref>Foucault, M. Arqueologia do saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1997. [http://www.livrosgratis.net/download/578/a-arqueologia-do-saber-michel-foucault.html e-Book] <sup>Ag. 2011</sup></ref>
 
== A comunidade científica ==