Estado Português da Índia: diferenças entre revisões

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O Estado da Índia foi fundado em 1505, seis anos após a [[Descoberta do caminho marítimo para a Índia|descoberta da rota entre Portugal e o subcontinente indiano]], com vista a servir de referência administrativa para uma cadeia de fortificações, [[Feitorias portuguesas|feitorias]] e [[colónia]]s ultramarinas. O primeiro [[vice-rei]] foi D. [[Francisco de Almeida (vice-rei da Índia)|Francisco de Almeida]], que estabeleceu o seu governo em [[Cochim]]. Os [[Lista de governadores da Índia Portuguesa|governadores]] subsequentes não receberam o título de vice-rei. Em 1510, a capital do Estado da Índia foi transferida para [[Goa Velha|Goa]].<ref name=dhp/>. No transcurso do {{séc|XVI}} ocorreu a expansão e estabilização na luta contra várias estruturas estatais asiáticas, comandadas por muçulmanos de origem árabe e turcos otomanos. No entanto, os portugueses nunca conseguiram exercer plenamente o poder nas zonas do estreito de [[Malaca Portuguesa|Malaca]] ou dominar o [[mar Vermelho]], mesmo após o contorno do [[Cabo da Boa Esperança]] (1498), mas exerceram o monopólio, por muito tempo, sobre a única rota marítima de produtos orientais para os mercados europeus. Antes do {{séc|XVIII}}, o governador português ali estabelecido exercia sua autoridade em todas as possessões portuguesas no [[oceano Índico]], desde o [[cabo da Boa Esperança]], a oeste, passando pelas [[ilhas Molucas]], [[Macau (Portugal)|Macau]] e [[Nagasaki|Nagasáqui]] (esta nunca foi formalmente parte dos domínios portugueses) ao leste.
 
O declínio do domínio português na Ásia começou em nível econômico na década de 1670 e, politicamente, desde o fim do {{séc|XVI}}, com a entrada de outros países europeus, especialmente aos [[Império Neerlandês#Ásia|Holandaholandeses]], no [[Oceano Índico]]. Depois de um período de lutas ferozes nos três primeiros quartos do {{séc|XVII}}, nas quais os monarcas asiáticos desempenharam um papel importante, a superioridade portuguesa foi dissipada. Em 1752, [[África Oriental Portuguesa|Moçambique]] passou a ter um governo próprio e, em 1844, foi a vez dos territórios de [[Macau (Portugal)|Macau]], [[Solor]] e [[Timor Português|Timor]], restringindo a autoridade do governador do Estado da Índia às possessões portuguesas na [[costa do Malabar]], assim permanecendo até 1961. Antes da [[independência da Índia]], ocorrida em 1947, a [[província ultramarina]] restringia-se aos territórios de [[Goa]], [[Damão]], [[Diu]], e [[Dadrá e Nagar-Aveli]]. [[Portugal]] perdeu o controlo efetivo dos enclaves de [[Dadrá e Nagar-Aveli]] em 1954 e, finalmente, o resto dos territórios do [[subcontinente indiano]] em dezembro de 1961, quando foram tomados por uma [[Invasão de Goa|operação militar]] indiana. Apesar da tomada pela [[Índia]] dos territórios portugueses no subcontinente, [[Portugal]] reconheceu oficialmente o controlo indiano somente em 1975, após a [[Revolução de 25 de Abril]] e da queda do [[Estado Novo (Portugal)|Estado Novo]].
 
== Os primeiros contactos (1415-1505)==