Alaiandê Xirê: diferenças entre revisões

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De acordo com a pesquisadora Lisa Earl Castillo, o festival tem ampla repercussão na imprensa e entre o público universitário,<ref name="Castillo"/> além de atrair profissionais de diversas vertentes, como músicos, artistas, professores, antropólogos e sociólogos.<ref name="Senado"/> Um portal na internet oferece informação aos interessados. O Opô Afonjá foi o primeiro terreiro baiano a ter um portal na internet, e segundo Castillo tem despertado grande interesse entre os [[etnografia|etnógrafos]]. Além disso, "a posição privilegiada do Opô Afonjá nos textos etnográficos tem um paralelo na produção paraetnográfica. Na Bahia, a grande maioria dos textos de sacerdotes-autores provém do Opô Afonjá, [...] o terreiro mais elogiado na etnografia como modelo de autenticidade africana".<ref name="Castillo">Castillo, Lisa Earl. ''Entre a oralidade e a escrita: a etnografia nos candomblés da Bahia''. EDUFBA, 2008, p. 139</ref>
[[Ficheiro:Ile opo afonja.jpg|thumb|O terreiro Ilê Axé Opó Afonjá, palco dos festivais até 2006.]]
 
Em 2000 o Opó Afonjá foi tombado pelo [[Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional]] (Iphan), que declarou:
Em 2003 o então ministro da Cultura [[Gilberto Gil]] abriu o festival, louvando as tradições e a atuação de Mãe Stella. Na mesma ocasião foram entregues os Prêmios Xangô a pessoas que deram um apoio relevante à comunidade afro.<ref>parés, Luis Nicolau. "Xangô in Afro-Brazilian Religion". In: Tishken, Joel E.; Falola, Toyin; Akínyẹmí, Akíntúndé (eds). ''Ṣàngó in Africa and the African Diaspora''. Indiana University Press, 2009, p. 248-272 </ref> Em 2013 o festival foi premiado pelo [[Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional]], reconhecendo-o como um evento exemplar na "preservação, valorização e documentação do patrimônio cultural dos povos e comunidades tradicionais de matriz africana".<ref>IPHAN. [http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/1314/ "Prêmio Patrimônio Cultural dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana"].</ref> O festival hoje conta com o apoio do Instituto Alaiandê Xirê<ref name="identidade"/> e se tornou um evento de alcance nacional<ref>Campos, Zuleica Dantas Pereira. ''Os afro-descendentes do Ilê Obá Ogunté: espaços e deslocamentos híbridos''. Resumo. Unicap, 2011 </ref> e um dos maiores da cultura do candomblé.<ref name="Senado">[https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2004/09/03/rodolpho-tourinho-registra-evento-da-cultura-do-candomble "Rodolpho Tourinho registra evento da cultura do candomblé"]. Assessoria de Imprensa do Senado Federal, 03/09/2004</ref> Entrega anualmente o Troféu Alaiandê Xiré.<ref>Oliveira, Dennis de. [https://revistaforum.com.br/blogs/quilombo/nao-e-intolerancia-religiosa-e-sim-racismo-afirma-paulo-cesar-oliveira/ “Não é intolerância religiosa e sim racismo, afirma Paulo Cesar Oliveira"]. ''Revista Fórum'', 31/20/2013</ref>
 
::"A Comunidade do Ilê Axé Opô Afonjá é detentora de uma das casas religiosas de matriz africana mais antigas do Brasil. Fundada em 1910, em São Gonçalo do Retiro, na periferia de Salvador, por Mãe Aninha, importante personagem da luta pela liberdade do culto afro-brasileiro,ou religião dos Orisa (alcançada tardiamente, por meio de Decreto de Getúlio Vargas). Para assegurar os princípios e valores da tradição, criou em 1936 a Sociedade Cruz Santa do Ilê Axé Opô Afonjá. O tombamento do terreiro aconteceu em julho de 2000, pelo IPHAN, conferindo-lhe o título de Patrimônio Cultural do Brasil e reconhecendo-o como “área de proteção cultural e paisagística".<ref>Prêmio Patrimônio Cultural dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana. [http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/folder_catalogo_IPHAN_web.pdf "Sociedade Cruz Santa do Axé Opó Afonjá - Ilê Axé Opô Afonjá. Salvador, BA"]. In: IPHAN. ''Edital de Apoio e Fomento ao Patrimônio Cultural de Comunidades de Terreiro — Catálogo dos Premiados,'' 2014.</ref>
 
Em 2003 o então ministro da Cultura [[Gilberto Gil]] abriu o festival, louvando as tradições e a atuação de Mãe Stella. Na mesma ocasião foram entregues os Prêmios Xangô a pessoas que deram um apoio relevante à comunidade afro.<ref>parés, Luis Nicolau. "Xangô in Afro-Brazilian Religion". In: Tishken, Joel E.; Falola, Toyin; Akínyẹmí, Akíntúndé (eds). ''Ṣàngó in Africa and the African Diaspora''. Indiana University Press, 2009, p. 248-272 </ref> Em 2013 o festival foi premiado pelo [[Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional]],Iphan reconhecendo-o como um evento exemplar na "preservação, valorização e documentação do patrimônio cultural dos povos e comunidades tradicionais de matriz africana".<ref>IPHAN. [http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/1314/ "Prêmio Patrimônio Cultural dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana"].</ref> O festival hoje conta com o apoio do Instituto Alaiandê Xirê<ref name="identidade"/> e se tornou um evento de alcance nacional<ref>Campos, Zuleica Dantas Pereira. ''Os afro-descendentes do Ilê Obá Ogunté: espaços e deslocamentos híbridos''. Resumo. Unicap, 2011 </ref> e um dos maiores da cultura do candomblé.<ref name="Senado">[https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2004/09/03/rodolpho-tourinho-registra-evento-da-cultura-do-candomble "Rodolpho Tourinho registra evento da cultura do candomblé"]. Assessoria de Imprensa do Senado Federal, 03/09/2004</ref> Entrega anualmente o Troféu Alaiandê Xiré.<ref>Oliveira, Dennis de. [https://revistaforum.com.br/blogs/quilombo/nao-e-intolerancia-religiosa-e-sim-racismo-afirma-paulo-cesar-oliveira/ “Não é intolerância religiosa e sim racismo, afirma Paulo Cesar Oliveira"]. ''Revista Fórum'', 31/20/2013</ref>
 
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