Carreta Furacão: diferenças entre revisões

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O grupo nesta altura havia sido também absorvido pela cultura dos [[gif]]s e [[meme]]s, ilustrando piadas sobre todos os assuntos,<ref name="Drewanz"/><ref name="Globo"/><ref name="Amaral"/> e segundo estudo de Piccoli & Lasta, chegam à categoria de "memes epidêmicos", aqueles caracterizados "pela sua vasta replicabilidade em várias redes e sites, atingindo indivíduos digitais diversos e de vários lugares do mundo, inclusive, tendo como característica principal um alto compartilhamento".<ref name="Piccoli"/> Para Caio Menezes, "o trenzinho Carreta Furacão é um dos memes mais amados da internet brasileira. [...] Tanto que depois da viralização da Carreta Furacão, outros vídeos de trenzinhos espalhados pelo Brasil começaram a pipocar no YouTube".<ref name="Menezes"> Menezes, Caio. [https://gente.ig.com.br/cultura/2016-04-14/inspirado-na-carreta-furacao-filme-mostra-a-cultura-dos-trenzinhos-no-brasil.html "Inspirado na Carreta Furacão, filme mostra a cultura dos trenzinhos no Brasil"]. ''iG'', 14/04/2016</ref> Para Caio Amaral, do Núcleo de Criatividade Digital da [[Faculdades Integradas Espírito-Santenses|FAESA]], "a Carreta Furacão atingiu em cheio a [[cibercultura]] e caiu no gosto popular, principalmente pela propagação dos memes e gifs. Sem contar que na Cultura da Convergência, qualquer assunto acaba sendo relacionado com a Carreta Furacão. Passando pela ameaça de ataque do [[Estado Islâmico]] ao Brasil, ao filme ''[[Mad Max]]'', brinquedos infantis, e até história em quadrinhos".<ref name="Amaral"/>
 
O Carreta Furacão já faz parte da [[cultura de Ribeirão Preto]].<ref name="Drewanz"/> Sua marca e imagem estão em camisetas, estampas, bonecos, brinquedos e outros produtos,<ref name="Piccoli">Piccoli, Clara Garnier Pires & Lasta, Elisangela. [http://portalintercom.org.br/anais/sul2019/resumos/R65-1101-1.pdf "Segura Essa Transformação, Mon Amour: Análise Sobre Memes Transmídias da Internet"]. In: ''XX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul''. Porto Alegre, 20-22/06/2019</ref> e segundo Clenon Ferreira foi um dos responsáveis pela popularização dos trenzinhos da alegria no Brasil.<ref>Ferreira, Clenon. [https://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:XMSi6W0sCZEJ:https://www.opopular.com.br/noticias/magazine/conhe%25C3%25A7a-as-hist%25C3%25B3rias-dos-artistas-da-carreta-da-alegria-1.1690246+&cd=25&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br "Conheça as histórias dos artistas da Carreta da Alegria"]. ''O Popular'', 22/12/2018</ref> Referindo-se à mistura de referenciais no Carreta, relacionando-a ao conceito de [[Movimento antropofágico|antropofagia]] cultivado pelos [[modernismo brasileiro|modernistas]], Luís Feitosa disse: "A comicidade dos personagens de trenzinhos está nessa espécie de antropofagia, ao importar personagens da [[cultura pop]] e inseri-los em um contexto brasileiro. Temos o Popeye dançando [[funk]] enquanto o Capitão América finge uma batucada. [...] E o Mickey tupiniquim cai no samba. No Brasil, [[Disney]], [[Marvel]] e tudo o que vier lá de fora viram feijoada. Ainda tem a cachaça para acompanhar".<ref>Feitosa, Luís. [http://www.varaldiverso.com.br/artigo/a-carreta-furacao-e-o-redescobrimento-do-brasil "A Carreta Furacão e o redescobrimento do Brasil"]. ''Varal Diverso — Guia cultural e gastronômico de Ribeirão Preto'', 10/06/2016 </ref>
 
O grupo foi o ponto de partida para a produção de uma pesquisa acadêmica, liderada por Gabriel Mendes Dias, que estudou a atividade dos trenzinhos da alegria no interior de São Paulo, e que se transformou em um documentário, intitulado ''Rebolão! Mas sua irmã gosta''. Segundo Dias,