Projeto Manhattan: diferenças entre revisões

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== Inteligência estrangeira ==
{{Artigo principal|Operação Alsos}}
Além de desenvolver a bomba atômica, o Projeto Manhattan foi acusado de espionagem sobreespionar o [[projeto de energia nuclear alemão]]. Acredita-se que o [[Programa de armas nucleares japonês|programa nuclear japonês]] não era muito avançado, porque o Japão tinha pouco acesso a minério de urânio, mas inicialmente se temia que a Alemanha estavaestivesse muito perto de desenvolver suas próprias armas. Por iniciativa do Projeto Manhattan, uma [[Sabotagem de água pesada na Noruega|campanha de bombardeio e sabotagem]] foi realizadorealizada contra as usinas de água pesada na Noruega ocupada pelos alemães.<ref>{{harvnb|Groves|1962|pp=191–192}}.</ref> Uma pequena missão foi criada, composta em conjunto pelo [[Gabinete de Inteligência Naval dos Estados Unidos|Gabinete de Inteligência Naval]], OSRD, Projeto Manhattan, e a Inteligência do Exército (G-2), para investigar os avanços científicos inimigos., Nãomas não era estavaalgo restritarestrito às pessoas envolvendo armas nucleares.<ref>{{harvnb|Groves|1962|pp=187–190}}.</ref> O Chefe da Inteligência do Exército, major-general [[George V. Strong]], nomeado Boris Pash para comandar a unidade,<ref>{{harvnb|Jones|1985|p=281}}.</ref> que escolheu o codinome "Alsos", uma palavra grega que significa "bosque".<ref>{{harvnb|Groves|1962|p=191}}.</ref>
 
[[Imagem:German Experimental Pile - Haigerloch - April 1945.jpg|thumb|left|300px|Soldados aliados desmantelando o reator nuclear experimental alemão em [[Haigerloch]].]]
A Missão Alsos na Itália questionou a equipe do laboratório de física na [[Universidade de Roma "La Sapienza"|Universidade de Roma]] após a captura da cidade em junho de 1944.<ref>{{harvnb|Jones|1985|p=282}}.</ref> Enquanto isso Pash formou a missão Alsos em conjunto com os britânicos e americanos em Londres, sob o comando do capitão Horace K. Calvert para participar na [[Operação Overlord]].<ref>{{harvnb|Groves|1962|pp=194–196}}.</ref> Groves considerou o risco de que os alemães poderiam tentar atrapalhar o [[Desembarques da Normandia|desembarque na Normandia]] com venenos radioativos eram suficientes para alertar o general [[Dwight D. Eisenhower]] e enviar um oficial para informar seu chefe de gabinete, o tenente-general [[Walter Bedell Smith]].<ref>{{harvnb|Groves|1962|pp=200–206}}.</ref> Sob o codinome [[Operação Peppermint]], os equipamentos especiais foram preparados e as equipes de serviço de guerra química foram treinadas para seu uso.<ref>{{harvnb|Jones|1985|pp=283–285}}.</ref>
 
A Missão Alsos na Itália questionou a equipe do laboratório de física na [[Universidade de Roma "La Sapienza"|Universidade de Roma]] após a captura da cidade em junho de 1944.<ref>{{harvnb|Jones|1985|p=282}}.</ref> Enquanto isso, Pash formou a missão Alsos em conjunto com os britânicos e norte-americanos em Londres, sob o comando do capitão Horace K. Calvert para participar na [[Operação Overlord]].<ref>{{harvnb|Groves|1962|pp=194–196}}.</ref> Groves considerou o risco de que os alemães poderiam tentar atrapalhar oos [[Desembarquesdesembarques da Normandia|desembarque na Normandia]] com venenos radioativos eram suficientes para alertar o general [[Dwight D. Eisenhower]] e enviar um oficial para informar seu chefe de gabinete, o tenente-general [[Walter Bedell Smith]].<ref>{{harvnb|Groves|1962|pp=200–206}}.</ref> Sob o codinome [[Operação Peppermint]], os equipamentos especiais foram preparados e as equipes de serviço de guerra química foram treinadas para seu uso.<ref>{{harvnb|Jones|1985|pp=283–285}}.</ref>
Seguindo na sequência dos exércitos aliados que avançavam, Pash e Calvert entrevistaram [[Frédéric Joliot-Curie]] sobre as atividades dos cientistas alemães. Eles falaram com funcionários da ''Union Minière du Haut Katanga'' sobre remessas de urânio para a Alemanha. Eles rastrearam 68 toneladas de minério, na [[Bélgica]] e 30 toneladas na [[França]]. O interrogatório dos prisioneiros alemães indicaram que o urânio e o tório estavam sendo processados em [[Oranienburg]], a 32&nbsp;km ao norte de [[Berlim]], assim Groves planejou para que ela seja bombardeada em 15 de março de 1945.<ref>{{harvnb|Jones|1985|pp=286–288}}.</ref>
 
Seguindo na sequência dos exércitos aliados que avançavam, Pash e Calvert entrevistaram [[Frédéric Joliot-Curie]] sobre as atividades dos cientistas alemães. Eles falaram com funcionários da ''Union Minière du Haut Katanga'' sobre remessas de urânio para a Alemanha. Eles rastrearam 68 toneladas de minério, na [[Bélgica]] e 30 toneladas na [[França]]. O interrogatório dos prisioneiros alemães indicaram que o urânio e o tório estavam sendo processados em [[Oranienburg]], a 32&nbsp;km ao norte de [[Berlim]], assim Groves planejou para que elafosse seja bombardeada em 15 de março de 1945.<ref>{{harvnb|Jones|1985|pp=286–288}}.</ref>
Uma equipe Alsos foi para [[Staßfurt]] na [[Zona de ocupação soviética na Alemanha|zona de ocupação soviética]] e recuperou 11 toneladas de minério da ''[[WIFO]]''.<ref>{{harvnb|Groves|1962|p=237}}.</ref> Em abril de 1945, Pash, no comando de uma força composta conhecida como ''T-Force'', realizou a [[Operação Harborage]], uma varredura de atrás das linhas inimigas das cidades de [[Hechingen]], [[Bisingen]] e [[Haigerloch]] que eram o coração do esforço nuclear alemão. ''T-Force'' capturou os laboratórios nucleares, documentos, equipamentos e suprimentos, incluindo água pesada e 1.5 toneladas de urânio metálico.<ref>{{harvnb|Jones|1985|pp=289–290}}.</ref><ref>{{harvnb|Goudsmit|1947|pp=174–176}}.</ref>
 
Uma equipe da Alsos foi para [[Staßfurt]], na [[Zona de ocupação soviética na Alemanha|zona de ocupação soviética]] na [[Alemanha]], e recuperou 11 toneladas de minério da ''[[WIFO]]''.<ref>{{harvnb|Groves|1962|p=237}}.</ref> Em abril de 1945, Pash, no comando de uma força composta conhecida como ''T-Force'', realizou a [[Operação Harborage]], uma varredura de atrás das linhas inimigas das cidades de [[Hechingen]], [[Bisingen]] e [[Haigerloch]], que eram o coração do esforço nuclear alemão. ''T-Force'' capturou os laboratórios nucleares, documentos, equipamentos e suprimentos, incluindo água pesada e 1.,5 toneladas de urânio metálico.<ref>{{harvnb|Jones|1985|pp=289–290}}.</ref><ref>{{harvnb|Goudsmit|1947|pp=174–176}}.</ref>
A equipes Alsos capturou os cientistas alemães, incluindo [[Kurt Diebner]], [[Otto Hahn]], [[Walther Gerlach]], [[Werner Heisenberg]] e [[Carl Friedrich von Weizsäcker]], que foram levados para a [[Inglaterra]], onde foram internados em [[Operação Epsilon|''Farm Hall'']], uma casa com escutas em [[Godmanchester]]. Após as bombas foram detonadas no Japão, os alemães foram forçados a enfrentar o fato de que os Aliados haviam feito o que eles não puderam.<ref>{{harvnb|Groves|1962|pp=333–340}}.</ref>
 
A equipes da Alsos também capturou os cientistas alemães, incluindo [[Kurt Diebner]], [[Otto Hahn]], [[Walther Gerlach]], [[Werner Heisenberg]] e [[Carl Friedrich von Weizsäcker]], que foram levados para ao [[InglaterraReino Unido]], onde foram internados em [[Operação Epsilon|''Farm Hall'']], uma casa com escutas em [[Godmanchester]]. Após as bombas foramterem sido detonadas no Japão, os alemães foram forçados a enfrentar o fato de que os Aliados haviam feito o que eles não puderamconseguiram.<ref>{{harvnb|Groves|1962|pp=333–340}}.</ref>
 
== Bombardeio de Hiroshima e Nagasaki ==