Manuel Marques de Sousa: diferenças entre revisões

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Porto Alegre assumiu o comando do exército brasileiro em Uruguaiana no dia 21 de agosto de 1865.<ref name=doratioto181 > {{harvnb|Doratioto|2002|p=181}} </ref><ref> {{harvnb|Rio Branco|1999|pp=389, 391}} </ref> Desde o início ele teve uma relação acrimoniosa com seus aliados [[Bartolomé Mitre]], presidente da Argentina, e [[Venancio Flores]], presidente do Uruguai, que lideravam seus respectivos exércitos. Os anos não haviam diminuído o preconceito que Porto Alegre sentia por hispano-americanos; pelo contrário, haviam piorado. Flores sugeriu em 2 de setembro um ataque imediato a Uruguaiana, uma opção rejeitada por Porto Alegre e [[Joaquim Marques Lisboa|Joaquim Marques Lisboa, Visconde de Tamandaré]] (posterior Marquês de Tamandaré), o comandante geral da [[Marinha do Brasil|Marinha Brasileira]].<ref name=doratioto181 /> Tamandaré era primo em primeiro grau de Porto Alegre; suas mães eram irmãs.<ref name=sales /> Quando Flores afirmou que poderia derrotar o exército paraguaio sozinho, foi caçoado pelos dois oficiais brasileiros.<ref name=doratioto182 > {{harvnb|Doratioto|2002|p=182}} </ref>
 
[[Ficheiro:Le liutenant-général brésilien de Porto-Alegre.jpg|thumb|O tenente-general Porto Alegre (''[[L'Illustration]]'', [[24 de novembro|24/11]]/[[1866]].).]]
 
Desde que havia chegado em Uruguaiana, Mitre reivindicava a posição de comandante geral de todas as forças aliadas participando do cerco – uma precedência que Porto Alegre veementemente se recusou a reconhecer. Ele lembrou o presidente argentino que, de acordo com o [[Tratado da Tríplice Aliança]], o exército imperial seria liderado por um oficial brasileiro enquanto estivesse em solo brasileiro.<ref name=doratioto182 /> Porto Alegre mais tarde afirmou que "Eu preferiria responder a uma [[corte marcial]] ao invés de me subjugar, em nosso território, ao comando de um general estrangeiro".<ref> {{harvnb|Maul, Antunes & Graça|2005|p=142}} </ref> A disputa foi temporariamente colocada de lado quando Pedro II chegou pessoalmente ao fronte. O imperador resolveu a disputa ao sugerir que o exército aliado fosse dividido em três forças, uma liderada por Porto Alegre e outras duas lideradas por Mitre e Flores.<ref name=doratioto182 /> A guarnição paraguaia se rendeu em 18 de setembro sem maiores derramamentos de sangue.<ref> {{harvnb|Doratioto|2002|p=183}} </ref>