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'''Adolf Hitler''' ({{IPA-de|ˈadɔlf ˈhɪtlɐ|lang|GT AH AMS.ogg}}; [[Braunau am Inn]], [[20 de abril]] de [[1889]] – [[Berlim]], [[30 de abril]] de [[1945]]), por vezes em português '''Adolfo Hitler''',<ref>[http://books.google.com./books?id=_fcVs5w3pjsC&pg=PA281
Hitler nasceu na [[Áustria]], então parte do [[Áustria-Hungria|Império Austro-Húngaro]], e foi criado na cidade de [[Linz]]. Mudou-se para a Alemanha em 1913 e serviu com distinção no [[Deutsches Heer#Primeira Guerra Mundial (1914–1918)|exército alemão]] durante a [[Primeira Guerra Mundial]]. Juntou-se ao [[Partido Alemão dos Trabalhadores]], precursor do Partido Nazista, em 1919, e tornou-se seu líder em 1921. Em 1923, organizou [[Putsch da Cervejaria|um golpe de estado]] em Munique para tentar tomar o poder. O fracassado golpe resultou na prisão de Hitler. Enquanto preso, ele ditou seu primeiro trabalho literário, a sua autobiografia e manifesto político, ''[[Mein Kampf]]'' ("Minha Luta"). Quando foi solto da cadeia, em 1924, Hitler ganhou apoio popular pela Alemanha com sua forte oposição ao [[Tratado de Versalhes (1919)|Tratado de Versalhes]] e promoveu suas ideias de [[pangermanismo]], [[antissemitismo]] e [[anticomunismo]], com seu carisma e forte [[Propaganda nazi|propaganda]]. Ele frequentemente criticava o sistema [[capitalista]] e [[comunista]] como sendo parte de uma conspiração [[Judeus|judia]]. Em 1933, o Partido Nazista tornou-se o maior partido eleito no [[Reichstag]], com seu líder, Adolf Hitler, sendo apontado [[Chanceler da Alemanha]] no dia 30 de janeiro do mesmo ano. Após novas eleições, ganhas por sua coalizão, o Parlamento aprovou a [[Lei de Concessão de Plenos Poderes de 1933|Lei habilitante de 1933]], que começou o processo de transformar a [[República de Weimar]] na [[Alemanha Nazista]], uma ditadura de [[Unipartidarismo|partido único]] [[Totalitarismo|totalitária]] e [[Autocracia|autocrática]] de ideologia [[Nazismo|nacional socialista]]. Hitler pregava a eliminação dos judeus da Alemanha e o estabelecimento de uma [[Nova Ordem (nazismo)|Nova Ordem]] para combater o que ele via como "injustiças pós-Primeira Grande Guerra", numa Europa dominada pelos [[Reino Unido|britânicos]] e [[França|franceses]].
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Em 1923, Hitler se aproximou do general [[Erich Ludendorff]], que também era veterano da primeira guerra mundial, para tentar tomar o poder na [[Baviera]] através de um golpe (conhecido como "[[Putsch da Cervejaria]]"). O Partido Nazista se inspirou no [[Itália fascista|fascismo italiano]] como modelo para sua aparência, estilo e até políticas. Hitler queria emular a "[[Marcha sobre Roma]]" de [[Benito Mussolini]], feita em 1922, dando seu próprio golpe em Munique, desafiando o governo central em [[Berlim]]. Hitler e Ludendorff buscaram apoio do ''Staatskommissar'' (comissário do estado) [[Gustav Ritter von Kahr]], o ''de facto'' governador da Baviera. Contudo, Kahr, junto com o chefe de polícia [[Hans Ritter von Seisser]] e o general do exército [[Otto von Lossow]], queriam tentar seu próprio golpe e instituir no país uma [[ditadura militar]] sob sua liderança, sem a participação de Hitler.{{sfn|Kershaw|2008|p=126}}
Em 8 de novembro de 1923, Hitler e vários membros da [[Sturmabteilung|SA]] invadiram uma reunião pública, organizada por Kahr, onde 3 000 pessoas estavam reunidas na [[Bürgerbräukeller]], uma grande cervejaria de Munique. Interrompendo o discurso de Kahr, ele
[[Ficheiro:Mein Kampf dust jacket.jpeg|miniaturadaimagem|Sobrecapa do livro ''[[Mein Kampf]]'' (1926–27).]]
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No começo de 1940, Hitler começou a engrossar as defesas no oeste da Alemanha e a convocar tropas para campanhas militares. Em abril, forças alemãs [[Operação Weserübung|invadiram e tomaram de assalto]] a [[Noruega]] e a [[Dinamarca]]. No dia 9 desse mês, Hitler proclamou o [[Grande Reich Germânico]], sua visão de um império unificado de todas as nações germânicas da Europa, com os [[holandeses]], [[flamengos]] e [[escandinavos]] se juntando a política de "pureza racial" sob a liderança alemã.{{sfn|Winkler|2007|p=74}} Em maio de 1940, a Alemanha [[Batalha de França|atacou a França]], e conquistou [[Ocupação alemã de Luxemburgo|Luxemburgo]], a [[Batalha dos Países Baixos|Holanda]] e a [[Batalha da Bélgica|Bélgica]]. Essas vitórias convenceram Mussolini a trazer a [[Itália]] para a guerra ao lado dos alemães a 10 de junho. Sem alternativa, os franceses decidiram pedir a cessação das hostilidades. A França e a Alemanha assinaram [[Armistício de 22 de junho de 1940|um armistício]] em 22 de junho.{{sfn|Shirer|1960|pp=696–730}} [[Arthur Greiser]] afirmou que a popularidade de Hitler – e o apoio a guerra – dentre o povo alemão chegou ao seu auge em 6 de julho de 1940, quando Hitler voltou para Berlim após visitar [[Paris]]. Milhares de pessoas foram nas ruas para saudar o [[Führer]].{{sfn|Kershaw|2008|p=562}} Após as vitórias rápidas nas frentes de batalha, Adolf Hitler promoveu doze generais para a patente de [[marechal de campo]].{{sfn|Deighton|2008|pp=7–9}}{{sfn|Ellis|1993|p=94}}
Os britânicos, cujas tropas foram derrotadas na [[batalha de Dunquerque]] e tiveram que evacuar de forma desesperada da França através da [[operação Dínamo]],{{sfn|Shirer|1960|pp=731–737}} continuaram a lutar na [[Batalha do Atlântico]] junto com seus [[Commonwealth|Domínios ultramarinos]]. Hitler chegou a fazer propostas de paz para o líder britânico, [[Winston Churchill]], mas este rejeitou, jurando lutar até a morte. Irritado, Hitler ordenou uma série de ataques aéreos para destruir as bases da [[Força Aérea Real|força área britânica]] e seus postos de radar no sul da [[Inglaterra]]. A [[Luftwaffe]] (força
Em 27 de setembro de 1940, o [[Pacto Tripartite]] foi assinado em Berlim com [[Saburō Kurusu]] do [[Império do Japão]], Hitler e o ministro de relações exteriores italiano, Galeazzo Ciano.{{sfn|Kershaw|2008|p=580}} O acordo de cooperação se expandiu, abrangendo a [[Reino da Hungria|Hungria]], a [[Romênia]] e a [[Reino da Bulgária|Bulgária]], formando o [[Potências do Eixo|Eixo]]. A tentativa de Hitler [[Negociações sobre a adesão da União Soviética ao Eixo|de integrar a União Soviética ao bloco anti-britânico]] falhou em novembro. Então, em busca de novas regiões para conquistar novas matérias primas (principalmente minério de ferro e petróleo), foi iniciado o planejamento de invasão do território soviético.{{sfn|Roberts|2006|pp=58–60}}
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Ao fim de 1944, o [[exército vermelho]] e os [[Aliados da Segunda Guerra Mundial|Aliados Ocidentais]] (principalmente os [[Estados Unidos]], o [[Reino Unido]] e a [[França Livre]]) continuavam avançando a todo o vapor contra a Alemanha. [[Paris]] havia sido libertada e o exército alemão havia quase que completamente sido expulso da França, da [[Bélgica]] e [[Holanda]]. Na Itália, as forças [[Nazifascismo|nazifascistas]] também recuavam para o norte, mas o principal perigo estava no leste, com Stalin tomando os países da Europa oriental um a um. Assim, reconhecendo a força e determinação dos soviéticos, Hitler decidiu que seria quebrando as linhas do inimigo [[Frente Ocidental (Segunda Guerra Mundial)|no Ocidente]] que a maré da guerra poderia mudar em favor dos alemães. Ele então começou a planejar um ataque contra os americanos e ingleses.{{sfn|Weinberg|1964}} Em 16 de dezembro, os nazistas lançaram a [[Batalha das Ardenas|Ofensiva das Ardenas]] para tentar desunir os Aliados e talvez convence-los assim a parar de lutar.{{sfn|Crandell|1987}} Apesar de sucessos iniciais, a batalha das Ardenas terminou em fracasso e as últimas reservas de homens e máquinas da Alemanha foi perdida.{{sfn|Bullock|1962|p=778}} No começo de 1945, a situação dos alemães era precária. Aviões aliados bombardeavam o país dia e noite, deixando várias cidades alemãs e seus principais centros industriais em ruínas. O exército estava em frangalhos e pouco podiam fazer a não ser recuar em todas as frentes de batalha. Hitler falou então no rádio ao povo alemão: "Mesmo sendo grave a crise neste momento, ela irá, apesar de tudo, ser domada por nossa vontade inalterável."{{sfn|Rees|Kershaw|2012}} Hitler nutria esperanças de que a morte do presidente americano [[Franklin D. Roosevelt]] pudesse resultar em paz no Ocidente em 12 de abril de 1945, mas nada aconteceu e a determinação dos Aliados permaneceu forte.{{sfn|Crandell|1987}}{{sfn|Bullock|1962|pp=753, 763, 780–781}} Agindo conforme sua visão de que os fracassos militares alemães significavam abrir mão do seu direito de sobreviver como nação, Hitler ordenou a destruição da infraestrutura industrial e tecnológica alemã, para que estes não caíssem em mãos dos Aliados.{{sfn|Bullock|1962|pp=774–775}} O ministério dos armamentos, sob a liderança de Albert Speer, recebeu ordens de adotar uma política de [[terra arrasada]], mas tais instruções secretamente não foram obedecidas.{{sfn|Bullock|1962|pp=774–775}}{{sfn|Sereny|1996|pp=497–498}}
Em 20 de abril, no seu aniversário de 56 anos, Hitler saiu pelo última vez do ''[[Führerbunker]]'', em [[Berlim]], para a superfície. No meio do jardim arruinado da Chancelaria do Reich, enquanto as bombas
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