Política do café com leite: diferenças entre revisões

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{{quote|text=''Se nos achássemos em condições normais de vida política, com partidos políticos bem assinalados entre si, obedecendo cada um à autoridade de seus chefes legítimos...conservar-me-ia em posição neutra para oferecer aos contendores todas as garantias eleitorais, mas bem diversa é a situação da república... e é preciso evitar, com decidido empenho, as agitações sem base no interesse nacional que não serviriam senão para levar à arena política as ambições perturbadoras que tem sido e serão sempre os eternos embaraços a proficuidade da ação administrativa''....(e explica a necessidade de um vice mineiro para Rodrigues Alves)..''Tenho motivos para acreditar que Minas só aceitará a combinação que também entrar um mineiro e para evitar embaraços julgo conveniente indicar [[Silviano Brandão]] para vice-presidente''!|autor=Campos Sales<ref>CAMPOS SALES, Manuel Ferraz de, ''Da Propaganda à Presidência'', Editora Senado Federal, Edição Fac Similar, Brasília, 1998</ref>}}
 
Assim, a política do café com leite, que teve início com o governo de [[Campos Sales]] na [[década de 1890]], só terminou oficialmente com a [[Revolução de 1930|Revolução de 30]], quando [[Getúlio Vargas]] assumiu o governo do [[Brasil]]. Não obstante, mostrara alguns sinais de fraqueza ainda no decorrer da [[República Velha]], quando movimentos políticos já buscavam quebrar o rodízio na presidência de mineiros e paulistas, como, por exemplo, a "Reação Republicana",quando da eleição do paraibano [[Epitácio Pessoa]] (1919) e a "[[Campanha Civilista]]"<ref name=Nagle>NAGLE,Jorge - Educação e Sociedade na Primeira República - EPU/MEC - São Paulo - 1ª Reimpressão - 1976 - pg.5</ref>, esta quando da eleição do gaúcho filho de alagoano [[Hermes da Fonseca]] (1910) – ainda que sendo, ao final, concessões das oligarquias paulista e mineira, o [[Pacto de Pedras Altas|Acordo de Pedras Altas]] (1923), e a formação da [[Aliança Libertadora]], no Rio Grande do Sul e do [[Partido Democrático (1930)]], em São Paulo.<ref name=Nagle />
 
Essa política foi quebrada quando o então presidente, [[Washington Luís]], paulista, apoiou a candidatura do também paulista [[Júlio Prestes]], o que desagradou à elite mineira, que se aliou à elite do [[Rio Grande do Sul]] formando a [[Aliança Liberal]] que lançou a candidatura do [[gaúcho]] Getúlio Vargas para disputar a presidência. Outro fator em favor da derrubada desta política foi a [[Crise de 1929]], quando os preços do [[Cafeeiro|café]] brasileiro despencaram no mercado internacional, retirando dos [[barões do café]] seu poder político.
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== Exceções ==
As exceções do período foram ao eleiçãogaúcho filho de alagoano [[Hermes da Fonseca]], do [[Partido Republicano Conservador]], PRC, que ocupou a Presidência da República de 1910 a 1914, e, emo [[1919]], foi eleito presidenteparaibano [[Epitácio Pessoa]], dado [[ParaíbaPartido Republicano Mineiro]], que governou de 1919 a [[1922]].
 
{{Referências}}