Eudoxo de Cízico: diferenças entre revisões

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'''Eudoxo '''ou''' Eudoxus de Cízico''' ({{Lang-grc|Ευδοξος}} [[Língua grega antiga|grego]]: <span lang="grc" contenteditable="false">Ευδοξος</span>) (c. [[150 a.C.|150]] a. C. - c. [[100 a.C.|100]] a. C.) foi um navegante e geógrafo grego antigo que se supõe teria explorado o [[mar Arábico]] para o faraó [[Ptolemeu VIII Evérgeta II]], da [[Dinastia ptolemaica|dinastía Ptolemaica]], que reinou por vários períodos no [[Período helenístico|Egito helenístico]] entre [[170 a.C.|170]] a. C. e [[116 a.C.|116]] a. C. Também se lhe atribui ter sido o primeiro navegante grego que teria conseguido viajar à [[Índia]] e depois ter tentado, sem sucesso, circunavegar a África.
 
Seu nome derivaria de seu provável lugar de nascimento, [[Cízico]], uma antiga cidade costeira de [[Mísia|Misia]], em [[Anatólia]] (hoje Turquia). Depois, sua propriedade foi confiscada por [[Ptolemeu IX Sóter II|Ptolemeu IX]] (ou Sóter II, [[116 a.C.|116]] a. C. - [[110 a.C.|110]] a. [[110 a.C.|C.]])
 
== Viagens à Índia ==
Segundo [[Posidónio|Posidônio]], mais tarde reconhecido na ''[[Geografia (Estrabão)|Geographica]]'' de [[Estrabão]], o sistema de ventos monçônicos do [[oceano Índico]] teria sido aproveitado por vez primeira por Eudoxo de Cízico em 118 ou 116 a.C.<ref>[http://penelope.uchicago.edu/Thayer/E/Roman/Texts/Strabo/2C*.html#3.4 Strabo's Geography - Book II Chapter 3], LacusCurtius.</ref>C. Posidônio disse que um marinheiro náufrago da Índia teria sido resgatado no mar Vermelho e levado a [[Alexandria]] ante Ptolemeu VIII. O índio, não identificado, ofereceu guiar os navegantes gregos a seu país. Ptolemeu teria nomeado a Eudoxo de Cízico, que teria feito duas viagens do Egito até a Índia: na primeira, no ano 118 a.C., teria sido guiado pelo marinheiro índio; numa segunda viagem, que se levou a cabo em 116 a. C., após regressar com um cargamento de produtos aromáticos e pedras preciosas, teria partido já sem um guia.
 
Estrabão, cuja ''Geographica'' é a principal fonte sobrevivente da história desse período, mostrou-se cético a respeito de sua verdade. Os eruditos modernos tendem a considerar que é relativamente credível. Durante o século II a.C. os barcos gregos e índios reuniam-se para comerciar em portos árabes como o de [[Áden]] (Eudaemon para os gregos). As tentativas de navegar para além de Áden eram raras, e desencorajáveis, já que consistiam numa longa e laboriosa navegação costeira. Os navegantes árabes estavam desde muito tempo ao tanto dos ventos de monção e os barcos índios os utilizavam para navegar até a Arábia, mas nenhum barco grego o tinha feito ainda. Para os gregos, adquirir a experiência de um piloto índio significou a oportunidade de passar por alto os portos árabes e estabelecer vínculos comerciais diretos com a Índia. Seja ou não verdadeira a história contada por Posidônio sobre esse piloto náufrago que teria instruído Eudoxo sobre ventos monçônicos, os barcos gregos usaram muito cedo esses ventos para navegar à Índia. Em [[50 a. C.]] já havia um marcado aumento no número de barcos gregos e romanos que navegavam pelo mar Vermelho para o oceano Índico.<ref>[http://www.unesco.org/csi/pub/source/alex5.htm Greatest emporium in the world], CSI, UNESCO.</ref>
 
Outro navegante grego, Hippalus, atribui-se-lhe às vezes a descoberta da rota do vento de monção até a Índia. Às vezes se conjectura que ele poderia ter feito parte das expedições de Eudoxo.<ref>Para más información sobre el establecimiento de rutas de navegación directa desde Egipto hasta la India, sobre el conocimiento ancestral de los vientos del monzón, y detalles acerca de Eudoxo y Hippalus, ver: {{Cita libro|apellidos = Hourani|nombre = George F.|título = Arab Seafaring in the Indian Ocean in Ancient and Early Medieval Times|año = 1995|editorial = Princeton University Press|isbn = 0-691-00032-8|páginas = 24–26}}</ref>
 
== Tentativas de circunavegacão da África ==
Quando Eudoxo regressava de sua segunda viagem à Índia, o vento lhe obrigou a ir ao sul do [[golfo de Áden]] e descer a costa de África uma certa distância. Em algum lugar ao longo da costa oriental africana, encontrou os restos de um barco. Devido a sua aparência e pela história contada pelos indígenas, Eudoxo chegou à conclusão de que o navio era de Gades (a atual [[Cádis]] daem Espanha) e que teria navegado e chegado do sul depois de rodear a África. Isso lhe inspirou para tentar realizar uma [[Circum-navegação|circunavegação]] do continente. A organização da expedição correu por sua conta e zarpou também de Gades, começando a descer pela costa atlântica africana. As dificuldades foram demasiado grandes e viu-se obrigado a regressar a Europa.<ref>{{Cita libro|apellidos = Hourani|nombre = George F.|título = Arab Seafaring in the Indian Ocean in Ancient and Early Medieval Times|año = 1995|editorial = Princeton University Press|isbn = 0-691-00032-8|páginas = 24–26}}</ref>
 
Após esse fracasso, de novo dispôs-se a circunavegar a África. Seu destino final é desconhecido. Ainda que alguns, como [[Plínio, o Velho|Plínio o Velho]], afirmassem que Eudoxo conseguiu seu objetivo, a conclusão mais provável é que ele morreu na viagem.<ref>{{Cita libro|apellidos = Hourani|nombre = George F.|título = Arab Seafaring in the Indian Ocean in Ancient and Early Medieval Times|año = 1995|editorial = Princeton University Press|isbn = 0-691-00032-8|páginas = 24–26}}</ref>
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{{Referências}}
 
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[[Categoria:Exploradores da Grécia]]
[[Categoria:Exploradores da África]]