Espanha: diferenças entre revisões

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{{Info/País/Espanha}}
'''Espanha''' ({{langx|es|''España''}}; {{IPA-tudo|esˈpaɲa||Es-España.ogg}}), conhecido como '''Reino de/da Espanha''' {{langp|es|''Reino de España''}}<ref name=ling group=nt/><ref name=const group=nt/> é um país principalmente localizado na [[Península Ibérica]] na [[Europa]]. Seu território também inclui dois arquipélagos: as ilhas [[Canárias]], na costa da [[África]], e as [[ilhas Baleares]], no [[mar Mediterrâneo]]. Os [[enclave]]s africanos de [[Ceuta]] e [[Melilla]] fazem da Espanha o único país europeu a ter uma fronteira física com um país africano ([[Marrocos]]). Várias pequenas ilhas no [[mar de Alborão]] também fazem parte do território espanhol. A Espanha continental é limitada a sul e a leste pelo Mediterrâneo, exceto por uma pequena fronteira terrestre com [[Gibraltar]]; a norte e a nordeste pela [[França]], por [[Andorra]] e pelo [[Golfo da Biscaia]]; e a oeste e noroeste por [[Portugal]] e pelo [[Oceano Atlântico]]. Com uma área de 505.990{{formatnum:505990}} quilômetros quadrados, a Espanha é o maior país da [[Europa Meridional]], o segundo maior país da [[Europa Ocidental]] e da [[União Europeia]] (UE) e o quarto maior país de todo o continente europeu. Também é o sexto país mais populoso da Europa e o quinto da UE. A capital e maior cidade é [[Madri]]; outras grandes áreas urbanas incluem [[Barcelona]], [[Valência]], [[Sevilha]], [[Málaga]] e [[BilbaoBilbau]].
 
Os [[Homo sapiens|humanos modernos]] chegaram pela primeira vez na Península Ibérica há cerca de {{formatnum:35000}} anos. As culturas [[Iberos|ibéricas]], juntamente com antigos povoamentos [[fenícios]], [[Grécia Antiga|gregos]], [[celtas]] e [[cartagineses]], desenvolveram-se na península até o início do [[Roma Antiga|domínio romano]] por volta de {{AC|200 a.C.|n}}, quando a região era denominada [[Hispânia]], baseada no antigo nome fenício ''Spania''.<ref>{{citar web|url=http://www.historiaclasica.com/2007/09/iberia-vs-hispania-origen-etimolgico.html|título=Iberia vs Hispania: Origen etimológico|urlmorta=não|wayb=20161227231455|df=dmy-all|acessodata=1 de novembro de -11-2019}}</ref> Com o [[Queda do Império Romano do Ocidente|colapso do Império Romano do Ocidente]], [[Tribos germânicas|confederações tribais germânicas]] migraram da Europa Central, [[Migrações dos povos bárbaros|invadiram a Península Ibérica]] e estabeleceram reinos relativamente independentes em suas províncias ocidentais, incluindo os [[suevos]], [[alanos]] e [[vândalos]]. EventualmenteNo final do {{séc|VI}}, os [[visigodos]] integrariamtinham integrado à força todos os territórios independentes remanescentes na península ao [[Reino de Toledo]], incluindo as províncias [[Império Bizantino|bizantinas]], o que de certa maneira unificaunificou politicamente, eclesiasticamente e juridicamente todas as antigas províncias romanas ou reinos sucessores da antiga Hispânia.
 
No início do século VIII, o [[Reino Visigótico]] caiu [[Invasão muçulmana da Península Ibérica|diante dos [[mouros]], que chegaram a governar a maior parte da península no ano de 726 (com duração de até sete séculos no [[Reino nasrida de Granada|Reino de Granada]]), deixando apenas um punhado de pequenos reinos cristãos no norte. Isto levou a muitas guerras durante um longo período, o que culminou na criação dos reinos de [[Reino de Leão|Leão]], [[Reino de Castela|Castela]], [[Reino de Aragão|Aragão]] e [[Reino de Navarra|Navarra]], que se tornaram as principais forças cristãs contra os [[árabes]]muçulmanos. Após a conquista mourisca, os europeus iniciaram um processo gradual de retomada da região conhecido como "[[Reconquista]]",<ref name="Dadson2014">{{cite book|url=https://books.google.com/books?id=RtDCAwAAQBAJ&pg=PA116|title=Tolerance and Coexistence in Early Modern Spain: Old Christians and Moriscos in the Campo de Calatrava|first=Trevor J.|last=Dadson|date=2014|publisher=Boydell & Brewer Ltd|via=Google Books|isbn=9781855662735}}</ref><ref>{{cite journal|last=Boase|first=Roger|date=4 de abril de 2002|title=The Muslim Expulsion from Spain|journal=History Today|volume=52|issue=4}}</ref> que no final do século {{séc|XV}} fez com que a Espanha surgisse como um país unificado sob o domínio dos [[Reis Católicos]]. No início da [[Era Moderna]], a nação tornou-se o [[Império Espanhol|primeiro império mundial da história]] e o [[Superpotência|país mais poderoso do mundo]], deixando um grande legado cultural e linguístico que inclui mais de 570&nbsp;milhões de [[Hispanofonia|hispanófonos]] ao redor do mundo,<ref>[https://www.cervantes.es/sobre_instituto_cervantes/prensa/2017/noticias/Presentación-Anuario-2017.htm Anuario 2017]. [[Instituto Cervantes]]. Acessado em 5 de dezembro de 2018.</ref> o que tornou o [[Língua espanhola|espanhol]] a [[Lista de línguas por total de falantes|segunda língua mais falada no mundo]], depois da [[língua chinesa]]. Durante o [[Século de Ouro Espanhol]] (séculos XVI e XVII) também houve muitos avanços nas artes, com pintores mundialmente famosos, como [[Diego Velázquez]]. A mais famosa obra literária espanhola, ''[[Dom Quixote]]'', também foi publicada durante este período. O país abriga o [[Património Mundial em Espanha|terceiro maior]] número de sítios classificados como [[Património Mundial]] pela [[UNESCO]].
 
A Espanha é uma [[democracia]] [[Parlamentarismo|parlamentar]] [[Secularismo|secular]] e uma [[monarquia constitucional]],<ref>{{citar web|url=http://www.congreso.es/consti/constitucion/indice/titulos/articulos.jsp?ini=1&fin=9&tipo=2|título=La Constitución española de 1978. Título preliminar.|publicado=Página oficial del Congreso de los Diputados|acessodata=30-9-2017|língua=es|urlmorta=não|wayb=20171027035711|df=dmy-all}}</ref> sendo que o rei {{lknb|Filipe|VI|de Espanha}} serve como [[chefe de Estado]]. É um dos principais [[países desenvolvidos]]<ref>{{citar jornal|último1=Whitehouse|primeiro1=Mark|título=Number of the Week: $10.2 Trillion in Global Borrowing|url=https://blogs.wsj.com/economics/2010/11/06/number-of-the-week-102-trillion-in-global-borrowing/|obra=[[The Wall Street Journal]]|data=6 de novembro de -11-2010|urlmorta=não|wayb=20170920064345|df=dmy-all}}</ref> e um país de alta renda, com a [[Lista de países por PIB nominal|14.ª maior economia do mundo por PIB nominal]] e a [[Lista de países por PIB (Paridade do Poder de Compra)|16.ª&nbsp;maior por paridade do poder de compra]]. É membro das [[Organização das Nações Unidas|Nações Unidas]] (ONU), [[União Europeia]] (UE), [[Zona Euro]], [[Conselho da Europa]] (CoE), [[Organização dos Estados Ibero-americanos]] (OEI), [[União para o Mediterrâneo]], [[Organização do Tratado do Atlântico Norte]] (OTAN), [[Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico]] (OCDE), [[Organização para a Segurança e Cooperação na Europa]] (OSCE), o [[Acordo de Schengen|Espaço Schengen]], a [[Organização Mundial do Comércio]] (OMC) e muitas outros organismos internacionais. Embora não seja um membro oficial, a Espanha também é um "convidado permanente" das cúpulas do [[G20]], participando de todos os encontros do grupo.<ref>{{citar periódico|primeiro2=Niels M.|título=The Group of 20: A Short Legal Anatomy|url=http://www.austlii.edu.au/au/journals/MelbJIL/2013/18.pdf|periódico=Melbourne Journal of International Law|volume=14|pagina=568|acessodata=23 de outubro de -10-2018|último1=Henley|primeiro1=Peter H.|último2=Blokker}}</ref>
 
== Etimologia ==
O nome Espanha deriva de [[Hispânia]], nome com o qual os [[ImpérioRoma RomanoAntiga|romanos]] designavam geograficamente a [[Península Ibérica]]. O nome ''Ibéria'' era o que os gregos davam à Península embora houvesse outras designações dadas pelos povos antigos.<ref>{{citar web|url=http://www.cervantesvirtual.com/obra/os-mais-primitivos-nomes-da-pennsula-hispnica-0/|título=Os mais primitivos nomes da Península Hispânica|acessodata=31 de outubro de -10-2019 |editor=[[Instituto Cervantes]]}}</ref> O facto do termo ''Hispânia'' não ter uma raiz [[latim|latina]] resultou na formulação de diversas teorias sobre a sua origem, algumas controversas. A opção mais consensual seria a de que o nome Hispânia provém do fenício ''i-spn-ea''.<ref>{{Citar web|url=http://www.opais.com/articulo/cultura/Hallado/Cadiz/muro/3000/anos/opepucul/20070930opepicul_7/Tes/|título=Sobre inscrição encontrada em Cádiz|acessodata=31 de outubro de -10-2019}}</ref> Os romanos tomaram essa denominação dos vencidos [[Cartago|cartaginenses]], interpretando o prefixo ''i'' como ''costa'', ''ilha'' ou ''terra'', e o sufixo ''ea'' com o significado de ''região''. O lexema ''spn'' foi traduzido como ''coelhos'' (na realidade [[dassie]]s, animais comuns no norte da [[África]]).
 
O nome de Espanha, evolução da designação do [[Império Romano]] [[Hispânia]] era, até ao {{séc|XVIII}}, apenas descritivo da [[Península Ibérica]], não se referindo a um país ou Estado específico, mas sim ao conjunto de todo o território ibérico e dos países que nele se incluíam. A Espanha é unificada durante o [[Iluminismo]], até então era um conjunto de reinos juridicamente e politicamente independentes governados pela mesma monarquia.{{Sfn|Corona|1981|p=55}} Até à data da unificação a monarquia era formada por um conjunto de reinos associados por herança e união dinástica ou por conquista. A forma de governo era conhecida como ''aeque principaliter'', os reinos eram governados cada um de forma independente, como se tivesse cada reino o seu próprio rei, cada reino mantinha o seu próprio sistema legal, a sua língua, os seus foros e os seus privilégios.{{Sfn|Robertson|2005|p=55}} As ''Leyes de extranjeria'' determinavam que o natural de qualquer um dos reinos era estrangeiro em todos os outros reinos ibéricos.{{Sfn|Valdés|1991|p=151}}<ref>[http://www.juridicas.unam.mx/publica/librev/rev/hisder/cont/4/est/est18.pdf La condición jurídica de "espanol" como producto del derecho indiano]. UNAM. Acessado em 31 de outubro de 2019.</ref>
A constituição de 1812 adota o nome ''As Espanhas'' para a nova nação.{{Sfn|Aranguren|2011|pp=74-75}}
A constituição de 1876 adota pela primeira vez o nome ''Espanha''.{{Sfn|Ruiz|2007|pp=25-26}}{{Sfn|Alonso|2004|p=143}}
 
Os termos "as Espanhas" e "Espanha" não eram equivalentes, e eram usados com muita precisão.{{Sfn|Rowe|2011|p=10}} O termo ''As Espanhas'' referia-se a um conjunto de unidades jurídico-políticas, ou seja, referia-se a um conjunto de reinos independentes, primeiramente apenas aos reinos cristãos da Península Ibérica, depois apenas aos reinos unidos sobre a mesma monarquia. O termo ''Espanha'' referia-se a um espaço geográfico e cultural que englobava diversos reinos independentes. A partir de [[Carlos I de Espanha|Carlos&nbsp;V]] o uso do título ''Rei das Espanhas'', referia-se à parte da Espanha que não incluía [[Portugal]], mas esta designação era apenas uma forma de designar coletivamente um extenso número de reinos, uma abreviação, que não tinha validade jurídica, para uma longa lista de títulos reais cuja forma oficial era rei de Castela, de Leão, de Aragão, de Navarra, de Granada, de Toledo, de [[Comunidade Valenciana|Valência]], da Galiza, de Maiorca, de Menorca, de Sevilha, etc. (da mesma forma utilizava-se o título Sua Majestade Lusitana para o rei de Portugal, ou rei Lusitano)<ref>{{citar web|url={{Googlebooks url|mDPF4ILESaUC|sufixo=&pg=RA2-PA33}}|título=European Treaties Bearing on the History of the United States and... pg 33|acessodata=31 de outubro de -10-2019}}</ref><ref>{{Googlebooks url|kuk3JG3DL0gC|612|lk=Los Quarenta libros del compendio historial de las chronicas y universal pg 612|acessodata=31 de outubro de -10-2019}}</ref><ref>{{citar web|url={{Googlebooks url|SskPWX1WCiYC|71|q=por%20la%20gracia%20de%20dios%20rey%20%20lusitano&f=false}}|título=Corps universel diplomatique du droit des gens pg 71|acessodata=31 de outubro de -10-2019}}</ref>
 
O uso do da designação de "reis de Espanha" pelos reis Fernando e Isabel foi considerado uma ofensa pelo rei de Portugal que considerava que o nome designava a Península.<ref>{{Googlebooks url|atc8AAAAYAAJ|83|lk=The history of Spain and Portugal from B.C. 1000 to A.D. 1814 pg 83}}. Acessado em 31 de outubro de 2019.</ref> A última vez que Portugal protestou oficialmente o uso do termo "coroa de Espanha" ou "monarquia de Espanha" pelo governo de Madrid foi, supõe-se, durante o [[Tratado de Utrecht]] em 1714.<ref>{{citar web|url={{Googlebooks url|Lv0AQzbnRlUC|sufixo=&pg=PR4}}|título=Stanley G. Payne. Spain: A Unique History pg 269}} Acessado em 31 de outubro de 2019.</ref>
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=== Pré-história e Antiguidade ===
{{Artigo principal|Pré-história da Península Ibérica|Conquista romana da Península Ibérica|Hispânia}}
{{imagem dupla|left|9_Bisonte_Magdaleniense_polícromo.jpg|230|Aqueduct_of_Segovia_08.jpg|208|[[Pintura rupestre]] de um [[bisão]] na [[Caverna de Altamira]].|[[Aqueduto de Segóvia]], construído durante o [[Hispânia|domínio romano]].}}
 
Os primeiros humanos modernos chegaram à [[Península Ibérica]] no território da atual Espanha há 35&nbsp;mil anos. No período histórico o território foi invadido e colonizado por [[celtas]], [[fenícios]], [[cartagineses]], [[Grécia Antiga|gregos]] e cerca de {{AC|218|x}}, a maior parte da Península Ibérica começou a formar parte do [[Império Romano]], sendo o [[rio Ebro]] a fronteira entre a Espanha romana e cartaginesa.<ref>{{citar web |url=https://www.britannica.com/place/Hispania-ancient-region-Iberian-Peninsula |editor=[[Enciclopédia Britânica]] |acessodata=4 de novembro de -11-2019 |titulotítulo=Hispania}}</ref>
 
Durante a [[Segunda Guerra Púnica]], uma expansão do Império Romano capturou colônias comerciais cartaginesas ao longo da costa do [[Mediterrâneo]], cerca de {{AC|210 a 205|x}} Os romanos levaram quase dois séculos para completar a conquista da Península Ibérica, apesar de terem o controle de boa parte dela há mais de 600 anos. O domínio romano era unido pela lei, idioma e as [[Estrada romana|estradas romanas]].<ref name=payne>{{citar web|último=Payne|primeiro=Stanley G.|título=A History of Spain and Portugal; Ch. 1 Ancient Hispania|publicado=The Library of Iberian Resources Online|ano=1973|url=http://libro.uca.edu/payne1/spainport1.htm|acessodata=9-8-2008}}</ref>
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=== Idade Média ===
==== Reino Visigótico ====
[[Imagem:Orfebrería visigoda en el MAN (14234939376) (2).jpg|thumb|upright|[[Coroa votiva]] de [[Recesvinto]], parte do [[Tesouro de Guarrazar]].]]
{{AP|Reino Visigótico}}
 
O enfraquecimento da jurisdição do [[Império Romano do Ocidente]] em Hispânia começou em 409, quando os [[povos germânicos]] [[suevos]] e [[vândalos]], juntamente com os [[alanos]] [[sármatas]], cruzaram o [[Rio Reno|Reno]] e devastaram a [[Gália]] e a Península Ibérica. Os [[visigodos]] atacaram a [[Ibéria]] no mesmo ano. Os suevos estabeleceram um reino no que hoje é a moderna [[Galiza]] e o [[Norte de Portugal]]. O [[império romano ocidental]] se desintegrava, mas a sua base social e econômica continuou, ainda que de forma modificada. Os seus regimes sucessores mantiveram muitas das instituições e das leis do Império, incluindo o cristianismo.<ref name=hbrit>{{citar web|url=https://www.britannica.com/place/Spain/History|editor=[[Enciclopédia Britânica]]|titulo=Spain - History|acessodata=31 de maio de -5-2018}}</ref>
 
Os aliados dos alanos, os vândalos [[asdingos]], estabeleceram um reino na [[Galécia]], ocupando grande parte da região, mas indo mais ao sul do [[rio Douro]]. Os vândalos [[silingos]] ocuparam a região que ainda tem o seu nome - Vandalúsia, a moderna [[Andaluzia]], na Espanha. Os [[bizantinos]] estabeleceram um enclave, [[Província da Espânia|Espânia]], no sul, com a intenção de reviver o Império Romano ao longo da Península Ibérica. Eventualmente, entretanto,A Hispânia foiacabou reunidaunida sob o [[Reino Visigótico|domínio visigótico]] no final do {{séc|VI}}.<ref name=hbrit/>
 
==== Ibéria muçulmana ====
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| image1 = Court of the Lions - 2013.07 - panoramio.jpg
| caption1 = [[Alhambra]], construído pelo [[Reino nasrida de Granada]].
 
| image2 = Mosque Cordoba.jpg
| caption2 = Interior da [[Mesquita-Catedral de Córdova]].
}}
 
No {{séc|VIII}}, quase toda a Península Ibérica foi conquistada {{nwrap||711|718}} por exércitos de [[mouros]] [[muçulmanos]] provenientes principalmente do [[Norte de África]]. Essas conquistas fizeram parte da expansão do [[Califado Omíada]]. Apenas uma pequena área montanhosa no noroeste da Península conseguiu resistir à invasão inicial muçulmana.<ref name=hbrit/>
 
Sob a [[Sharia|lei islâmica]], os cristãos e os [[Judaísmo|judeus]] receberam o estatuto subordinado de ''[[dhimmi]]''. Esse estatuto permitia que cristãos e judeus praticassem suas religiões como "[[povos do livro]]", mas eles eram obrigados a pagar um imposto especial e eram sujeitos a certas discriminações.<ref>Dhimma provides rights of residence in return for taxes. H. Patrick Glenn, ''Legal Traditions of the World''. Oxford University Press, 2007, pg. 218–219.</ref><ref>Dhimmi have fewer legal and social rights than Muslims, but more rights than other non-Muslims.Lewis, Bernard, The Jews of Islam. Princeton: Princeton University Press (1984). ISBN 978-0-691-00807-3 p. 62</ref> A conversão ao [[islamismo]] prosseguiu a um ritmo cada vez maior. Acredita-se que os ''[[muladi]]'' (muçulmanos de origem étnica ibérica) compreendiam a maioria da população de ''[[Al-Andalus]]'' até o final do {{séc|X}}.<ref>{{citar web|url=http://libro.uca.edu/ics/ics5.htm|título=Islamic and Christian Spain in the Early Middle Ages. Chapter 5: Ethnic Relations|autor=Thomas F. Glick}}</ref><ref name=stan2>{{citar web|último=Payne|primeiro=Stanley G.|título=A History of Spain and Portugal; Ch. 2 Al-Andalus|publicado=The Library of Iberian Resources Online|ano=1973|url=http://libro.uca.edu/payne1/spainport1.htm|acessodata=9-8-2008}}</ref>
 
A comunidade muçulmana na Península Ibérica era diversificada e atormentado por tensões sociais. Os povos [[berberes]] do Norte de África, que tinham fornecido a maior parte dos exércitos invasores, entraram em choque com a liderança [[Árabes|árabe]] do [[Oriente Médio]]. Ao longo do tempo, grandes populações árabes se estabeleceram, especialmente no vale do [[rio Guadalquivir]], na planície costeira de [[Valência (Espanha)|Valência]], no vale do [[rio Ebro]] (no final deste período) e na região montanhosa de [[Granada (Espanha)|Granada]].<ref name=stan2/>
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[[Imagem:Cantigas battle.jpg|thumb|Batalha da ''[[Reconquista]]'' nas ''[[Cantigas de Santa Maria]]'']]
 
A [[Reconquista]] foi o período de séculos em que o domínio cristão foi restabelecido sobre a [[Península Ibérica]]. A Reconquista é vista como tendo início na [[Batalha de Covadonga]], vencida por [[Pelágio das Astúrias|Don Pelayo]] em 722, e coince com o período do domínio muçulmano. A vitória do exército cristão sobre as forças muçulmanas levou à criação do [[Reino das Astúrias]] ao longo das montanhas costeiras do noroeste. Pouco depois, em 739, as forças muçulmanas foram expulsas da [[Galiza|Galícia]], que eventualmentedepois hospedaria um dos locais mais sagrados da Europa medieval, [[Santiago de Compostela]], e foi incorporada ao novo reino cristão. O [[Reino de Leão]] foi o reino cristão mais forte por séculos. O [[Reino de Castela]], formado a partir do território leonês, foi seu [[Estado sucessor|sucessor]] como o reino mais forte.<ref name=hbrit/>
 
Os exércitos muçulmanos também se mudaram para o norte dos Pirineus, mas foram derrotados pelas forças [[Francos|francas]] na [[Batalha de Poitiers (732)|Batalha de Poitiers]] e expulsos da região mais ao sul do [[Reino Franco]] ao longo da costa marítima nos anos 760. Mais tarde, as forças francas estabeleceram condados [[cristãos]] no lado sul dos Pireneus. Essas áreas deveriam crescer nos reinos de [[Reino de Navarra|Navarra]] e [[Reino de Aragão|Aragão]].<ref>{{cite web |last=Rinehart |first=Robert |last2=Seeley|first2=Jo Ann Browning |title = A Country Study: Spain – Castile and Aragon |publisher=Library of Congress Country Series |year=1998 |url=http://lcweb2.loc.gov/cgi-bin/query/r?frd/cstdy:@field(DOCID+es0016) |accessdate=9 de agosto de 2008}}</ref> A união destes dois reinos de Castela e Aragão através do casamento, em 1469, da rainha [[Isabel I de Castela]] com o rei [[Fernando II de Aragão]]. levou à criação do Reino da Espanha.<ref name=hbrit/>
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| image2 = Invincible_Armada.jpg
| caption2 = ''A [[Armada Espanhola]] e os navios ingleses em agosto de 1588'' (autor desconhecido, século {{séc|XVI.}}
}}
 
A unificação das coroas de [[Coroa de Aragão|Aragão]] e [[Reino de Castela|Castela]] lançou as bases para a Espanha moderna e para o Império Espanhol.<ref>{{citar web|url=http://www.ucalgary.ca/applied_history/tutor/eurvoya/Imperial.html|título=Imperial Spain|acessodata=2008-08-13|publicado=University of Calgary|wayb=20080629000351|urlmorta=yes}}</ref> A Espanha era a maior potência da Europa durante o {{séc|XVI}} e a maior parte do {{séc|XVI}}, uma posição reforçada pelo comércio e pela riqueza de suas possessões coloniais. Ela atingiu o seu apogeu durante os reinados dos dois primeiros [[habsburgos]] espanhóis - [[Carlos I da Espanha|Carlos I]] (1516-1556) e [[Filipe II da Espanha|Filipe II]] (1556-1598). Este período foi marcado pelas [[Guerras Italianas]], [[Guerra das Comunidades de Castela|Revolta dos Comuneiros]], [[Revolta Holandesa]], [[Rebelião das Alpujarras]], [[Guerras Otomanos-Habsburgos|conflitos com os otomanos]], a [[Guerra Anglo-Espanhola]] e as guerras com a [[França]].<ref>{{citar web|último=Payne|primeiro=Stanley G.|título=A History of Spain and Portugal; Ch. 13 The Spanish Empire|publicado=The Library of Iberian Resources Online|ano=1973|url=http://libro.uca.edu/payne1/spainport1.htm|acessodata=2008-08-09}}</ref>
 
Em 1492 também marcou a chegada de [[Cristóvão Colombo]] ao [[Novo Mundo]], durante uma viagem financiada por Isabela. A primeira viagem dele atravessou o Atlântico e chegou às ilhas do [[Caribe]], iniciando a exploração e conquista europeia das Américas, embora Colombo continuasse convencido de que havia chegado ao [[Oriente]]. Um grande número de [[ameríndios]] morreu em batalha contra os espanhóis durante a conquista,<ref>{{cite book |title=The Spanish Empire: A Historical Encyclopedia [2 volumes]: A Historical Encyclopedia |date=2016 |publisher=ABC-CLIO |isbn=978-1-61069-422-3 |page=221}}</ref> enquanto outros morreram por várias outras causas, como [[epidemia]]s de doenças trazidas pelos europeus. Alguns estudiosos consideram o período inicial da conquista espanhola - desde o primeiro desembarque de Colombo nas [[Bahamas]] até meados do século {{séc|XVI}} - como um dos casos mais notórios de [[genocídio]] na história da humanidade.<ref name="Naimark">{{cite book|last1=Naimark|first1=Norman|title=Genocide: A World History|page=35|date=2016}}</ref> O número de mortos pode ter atingido cerca de 70 milhões de indígenas (de uma população de 80 milhões) neste período.<ref name="Naimark" />
 
Por meio da exploração, conquista ou alianças dinásticas, o [[Império Espanhol]] expandiu-se para incluir [[Colonização espanhola da América|vastas áreas nas Américas]], ilhas na região [[Ásia]]-[[Pacífico]], áreas do que hoje é a [[Itália]], cidades no [[norte da África]] e partes do que atualmente é território de [[França]], [[Alemanha]], [[Bélgica]], [[Luxemburgo]] e [[Países Baixos]]. A primeira [[circunavegação]] do mundo foi realizada em 1519-1521. Foi o primeiro império no qual foi dito que o "Sol nunca se punha". Era uma época de descobertas, com ousadas explorações marítimas e terrestres, a abertura de novas rotas comerciais através dos oceanos, conquistas e o início do [[colonialismo europeu]]. Os exploradores espanhóis trouxeram de volta metais preciosos, especiarias e plantas anteriormente desconhecidas e tiveram um papel de liderança na transformação da compreensão europeia do globo.<ref>{{cite book |last=Thomas |first=Hugh |title = Rivers of gold: the rise of the Spanish Empire |publisher=George Weidenfeld & Nicolson |year=2003 |location=London |pages=passim|isbn=978-0-297-64563-4}}</ref> A eflorescência cultural testemunhada durante esse período é agora chamada de Idade de Ouro da Espanha.<ref>{{citar livro|último=Thomas|primeiro=Hugh|autorlink=Hugh Thomas|título=Rivers of gold: the rise of the Spanish Empire|publicado=George Weidenfeld & Nicholson|ano=2003|local=London|páginas=''passim''|isbn=978-0-297-64563-4}}</ref><ref name=hbrit/>
[[Imagem:Spanish_Empire_Complete.svg|thumb|upright=1.8|Mapa [[Anacronismo|anacrônico]] da extensão do [[Império Espanhol]] no mundo em seu auge]]
 
A [[Reforma Protestante]] arrastou o reino cada vez mais profundamente para o caos de guerras religiosas. O resultado foi um país forçado a expandir esforços militares em toda a Europa e no Mediterrâneo.<ref>{{cite web|url=http://libro.uca.edu/payne1/payne15.htm|title=The Seventeenth-Century Decline|accessdate=13 de agosto de 2008|publisher=The Library of Iberian resources online|archiveurlwayb=https://web.archive.org/web/20130921003150/http://libro.uca.edu/payne1/payne15.htm|archivedate=21 de setembro de 2013|df=dmy-all}}</ref> Nas décadas intermediárias do século {{séc|XVII}}, em uma [[Europa]] assolada pela guerra e pela [[peste negra]], os [[Habsburgos]] espanhóis haviam enredado o país em conflitos políticos e religiosos em todo o continente. Esses conflitos esgotaram seus recursos e minaram a economia em geral. A Espanha conseguiu manter a maior parte do império disperso e ajudar as forças imperiais do [[Sacro Império Romano-Germânico]] a reverter grande parte dos avanços feitos pelas forças protestantes, mas finalmente foi forçada a reconhecer a [[Guerra da Restauração|separação de Portugal]] e das [[Guerra dos Oitenta Anos|Províncias Unidas]] e, eventualmente,além de sofreusofrer algumas reviravoltas militares sérias na [[França]] nos últimos estágios da imensamente destrutiva [[Guerra dos Trinta Anos]].<ref>{{cite web |last=Payne |first=Stanley G. |title = A History of Spain and Portugal; Ch. 14 Spanish Society and Economics in the Imperial Age |publisher=The Library of Iberian Resources Online |year=1973 |url=http://libro.uca.edu/payne1/spainport1.htm |accessdate=9 de agosto de 2008}}</ref>
 
O declínio culminou em uma controvérsia sobre a sucessão ao trono que consumiu os primeiros anos do século {{séc|XVIII}}. A [[Guerra da Sucessão Espanhola]] foi um amplo conflito internacional combinado com uma guerra civil e custaria ao reino seus bens europeus e sua posição como uma das principais potências do continente.<ref>{{cite web |last=Rinehart |first=Robert |last2=Seeley |first2=Jo Ann Browning |title=A Country Study: Spain – Spain in Decline |publisher=Library of Congress Country Series |year=1998 |url=http://lcweb2.loc.gov/frd/cs/estoc.html |accessdate=9 de agosto de 2008|archiveurlwayb=https://web.archive.org/web/20080809003309/http://lcweb2.loc.gov/frd/cs/estoc.html |archivedate=9 de agosto de 2008 |df=dmy-all }}</ref> Durante essa guerra, uma nova dinastia originária da França, os [[Casa de Bourbon|Bourbons]], foi instalada. Por muito tempo unido apenas pela Coroa, um verdadeiro Estado espanhol foi estabelecido quando o primeiro rei Bourbon, [[{{lknb|Filipe |V |de Espanha|Filipe V]]}}, uniu as coroas de Castela e Aragão em um único Estado, abolindo muitos dos antigos privilégios e leis regionais.<ref>{{cite web |last=Rinehart |first=Robert |last2=Seeley |first2=Jo Ann Browning |title=A Country Study: Spain – Bourbon Spain |publisher=Library of Congress Country Series |year=1998 |url=http://lcweb2.loc.gov/frd/cs/estoc.html |accessdate=9 de agosto de 2008 |archiveurlwayb=https://web.archive.org/web/20080809003309/http://lcweb2.loc.gov/frd/cs/estoc.html |archivedate=9 de agosto de 2008 |df=dmy-all }}</ref>
 
=== Domínio napoleônico e Guerra Hispano-Americana ===
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| image1 = El Tres de Mayo, by Francisco de Goya, from Prado in Google Earth.jpg
| caption1 = ''[[Três de Maio de 1808 em Madrid]]'', pintura de [[Goya]] dos fuzilamentos da resistência durante a [[Guerra Peninsular]].
 
| image2 = USS_Olympia_art_NH_91881-KN_cropped.jpg
| caption2 = {{USS|Olympia|C-6|6}}, da esquadra asiática dos [[Estados Unidos]], a destruir a frota espanhola na [[Batalha de Cavite]], o primeiro grande conflito da [[Guerra Hispano-Americana]].
}}
 
Em 1793, a Espanha entrou em guerra contra a nova [[Primeira República Francesa|República Francesa revolucionária]] como membro da [[Primeira Coligação]]. A guerra subsequente dos Pirineus polarizou o país em uma reação contra as elites galicizadas e após a derrota no campo, um acordo de paz foi feita com a França em 1795 na [[Paz de Basileia]], na qual a Espanha perdeu o controle sobre dois terços da ilha de [[Hispaniola]]. O primeiro-ministro [[Manuel Godoy]] garantiu que a Espanha se aliasse à França na breve [[Guerra da Terceira Coalizão]], que terminou com a vitória naval britânica na [[Batalha de Trafalgar]], em 1805. Em 1807, um tratado secreto entre [[Napoleão]] e o impopular primeiro-ministro levou a uma nova declaração de guerra contra a [[Reino da Grã-Bretanha|Grã-Bretanha]] e [[Reino de Portugal|Portugal]]. As tropas de Napoleão entraram no país para invadir Portugal, mas ocuparam as principais fortalezas da Espanha. O rei espanhol abdicou em favor do irmão de Napoleão, [[José Bonaparte]].<ref name=hbrit/><ref>David A. Bell. "[https://archive.today/20120922013528/http://www.historynet.com/wars_conflicts/napoleonic_wars/6361907.html?page=2&c=y Napoleon's Total War]". TheHistoryNet.com</ref> No entanto, novas ações militares dos exércitos espanhóis, guerrilheiros e forças luso-britânicas de [[Arthur Wellesley, 1.º Duque de Wellington|Wellington]], combinadas com a [[Campanha da Rússia (1812)|desastrosa invasão da Rússia]] por Napoleão, levaram à expulsão dos exércitos imperiais franceses da Espanha em 1814 e ao retorno do rei [[{{lknb|Fernando |VII |de Espanha|Fernando VII]]}}.<ref>(Gates 2001, p.467)</ref>
 
Durante a guerra, em 1810, um corpo revolucionário, as [[Constituição de Cádis|Cortes de CádizCádis]], foi reunido para coordenar o esforço contra o regime bonapartista e preparar uma constituição.<ref>{{cite book|author=Jaime Alvar Ezquerra|title=Diccionario de historia de España|url=https://books.google.com/books?id=l4JQIkW1yrsC&pg=PA209|year=2001|publisher=Ediciones Akal|isbn=978-84-7090-366-3|page=209}}</ref> Ele se reuniu como um único corpo e seus membros representaram todo o Império Espanhol.<ref>{{cite book|title=Independence of Spanish America|last=Rodríguez|publisher=Cambridge University Press}} [https://www.google.es/search?tbm=bks&hl=es&q=%22It+met+as+one+body%2C+and+its+members+represented+the+entire+Spanish+world%22&btnG=] citação: "It met as one body, and its members represented the entire Spanish world"</ref> Em 1812, uma [[Constituição de Cádis|constituição]] para uma representação universal sob uma [[monarquia constitucional]] foi declarada, mas após a queda do regime bonapartista, Fernando &nbsp;VII demitiu as Cortes Gerais e estava determinado a governar como um [[monarca absoluto]]. Esses eventos prenunciaram o conflito entre conservadores e liberais nos séculos XIX e XX.<ref name=hbrit/>
 
No final do século XIX, movimentos nacionalistas surgiram nas Filipinas e em Cuba. Em 1895 e 1896, a [[Guerra de Independência de Cuba]] e a [[Revolução Filipina]] eclodiram e, eventualmentefinalmente, os [[Estados Unidos]] se envolveram. A [[Guerra Hispano-Americana]] foi travada na primavera de 1898 e resultou na Espanha perdendo o último bastião de seu vasto império colonial fora do norte da África.<ref>{{citar web |url=https://www.britannica.com/event/Spanish-American-War |titulotítulo=Spanish-American War |editor=[[Enciclopédia Britânica]] |acessodata=6 de novembro de -11-2019}}</ref> ''El Desastre'' (o desastre), como a guerra ficou conhecida na Espanha, deu um impulso adicional à [[geração de 98]] que estava realizando uma análise do país.<ref>{{citar web |url=https://www.britannica.com/topic/Generation-of-1898 |titulotítulo=Generation of 1898 |editor=[[Enciclopédia Britânica]] |acessodata=6 de novembro de -11-2019}}</ref>
 
O {{séc|XX}} trouxe um pouco de paz; a Espanha desempenhou um papel menor na [[partilha da África]], colonizando o [[Saara Ocidental]], [[Marrocos Espanhol]] e a [[Guiné Equatorial]]. As pesadas perdas sofridas durante a [[guerra do Rif]], no Marrocos, ajudaram a minar a monarquia. Um período de governo autoritário do general [[Miguel Primo de Rivera]] (1923-1931) terminou com o estabelecimento da [[Segunda República Espanhola]]. A República ofereceu autonomia política ao [[País Basco]], [[Catalunha]] e à [[Galiza]] e deu direito de voto às mulheres.<ref name=hbrit/>
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| image1 = Belchite - Vista general01.JPG
| caption1 = [[Belchite]] foi mantida como uma [[cidade fantasma]] após ser destruída durante a [[Guerra Civil Espanhola]].
 
| image2 = 170208 FAS franko.jpg.CROP.promo-xlarge2.jpg
| caption2 = O ditador [[Francisco Franco]] em 1930.
}}
{{Artigo principal|Guerra Civil Espanhola|Franquismo}}
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=== Restauração da democracia ===
{{AP|Transição Espanhola}}
{{Imagem dupla|left|MITING CNT MONTJUÏC.jpg|225|000848_-_Madrid_(4278704192).jpg|200|[[Federica Montseny]] fala ao público da [[w:ConfederaciónConfederação Nacional deldo TrabajoTrabalho|CNT]] em Barcelona em 1977 após 36 anos no exílio.|Monumento à [[Constituição espanhola de 1978]] em [[Madrid]].}}
 
Com a morte de Franco, em novembro de 1975, [[Juan Carlos da Espanha|Juan Carlos]] o sucedeu como [[Rei de Espanha]] e [[chefe de Estado]], em conformidade com a lei. Com a aprovação da nova [[Constituição espanhola de 1978]] e a restauração da [[democracia]], o Estado descentralizou muito da sua autoridade para as regiões com governo local e criou uma organização interna baseada em [[Comunidades autónomas da Espanha|comunidades autónomas]].<ref name=hbrit/>
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Em 23 de fevereiro de 1981, elementos rebeldes entre as forças de segurança apreenderam Cortes em uma tentativa de impor um governo militar apoiado pelos Estados Unidos. O Rei Juan Carlos assumiu o comando pessoal dos militares e, com êxito, ordenou que os golpistas, através da televisão nacional, se rendessem.<ref name=hbrit/> Em 30 de maio de 1982 a Espanha aderiu à [[Organização do Tratado do Atlântico Norte]] (OTAN), após um referendo. Nesse ano, o [[Partido Socialista Operário Espanhol]] (PSOE) chegou ao poder, o primeiro governo de [[Esquerda política|esquerda]] em 43 anos. Em 1986 a Espanha aderiu à [[Comunidade Europeia]], que posteriormente tornou-se a [[União Europeia]] (UE). O PSOE foi substituído no governo pelo [[Partido Popular (Espanha)|Partido Popular]] (PP) em 1996.<ref name=hbrit/>
[[Imagem:Monumento 11M, Alcalá de Henares, España (15).JPG|thumb|Monumento às vítimas dos [[atentados de 11 de março de 2004 em Madrid]].]]
 
Em 1 de janeiro de 2002, a Espanha deixou de usar a [[peseta]] como moeda e substituíu-a pelo [[euro]], que compartilha com outros 15 países da [[zona euro]]. O país experimentou um forte crescimento econômico, bem acima da média da UE, mas as preocupações divulgadas e emitidas por muitos comentaristas econômicos no auge do ''boom'' dos preços imobiliários e dos elevados défices de comércio exterior de que o país estava susceptível a passar por um doloroso colapso econômico foram confirmadas por uma grave recessão que assola o país desde 2008.<ref>{{citar jornal|url=http://www.nytimes.com/2002/07/11/business/worldbusiness/11iht-a10_18.html?scp=1&sq=Economy%20reaps%20benefits%20of%20entry%20to%20the%20%27club%27%20:%20Spain%27s%20euro%20bonanza&st=cse|título=Economy reaps benefits of entry to the 'club' : Spain's euro bonanza|obra=International Herald Tribune|acessodata=2008-08-09|data=2002-07-11|autor=Pfanner, Eric}} See also: {{citar jornal|url=http://www.economist.com/displayStory.cfm?story_id=9118701|título=Spain's economy / Plain sailing no longer|obra=The Economist|data=2007-05-03|acessodata=2008-08-09}}</ref>
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Em 11 de março de 2004, [[atentados de 11 de março de 2004 em Madrid|uma série de bombas explodiram em trens]] de [[Madrid]]. Depois de um julgamento de cinco meses em 2007, concluiu-se que os atentados foram perpetrados por um grupo islâmico militante local inspirado pela organização [[Al-Qaeda]].<ref>{{citar jornal|url=http://news.bbc.co.uk/1/hi/world/europe/3509426.stm|publicado=BBC|título=Al-Qaeda 'claims Madrid bombings'|acessodata=2008-08-13|data=2004-03-14}} See also: {{citar jornal|url=http://news.bbc.co.uk/1/hi/world/europe/7070827.stm|publicado=BBC|título=Madrid bombers get long sentences|acessodata=2008-08-13|data=2007-10-31}}</ref> As explosões mataram 191 pessoas e feriram mais de 1800, e a intenção dos autores do [[atentado terrorista]] pode ter sido influenciar o resultado da eleição geral espanhola, realizada três dias depois.<ref>{{Citar web|url=http://www.realinstitutoelcano.org/wps/portal/rielcano/contenido?WCM_GLOBAL_CONTEXT=/Elcano_es/Zonas_es/Imagen+de+Espana/ARI+132-2004|título=Del 11-M al 14-M: estrategia yihadista, elecciones generales y opinión pública|acessodata=2008-08-09|publicado=Fundación Real Instituto Elcano}}</ref>
 
Embora as suspeitas iniciais tenham se focado no grupo basco ETA, logo surgiram evidências indicando um possível envolvimento de grupos extremistas islâmicos. Devido à proximidade da eleição, a questão da responsabilidade rapidamente se tornou uma controvérsia política, com os principais partidos concorrentes, PP e PSOE, trocando de acusações sobre a manipulação do resultado.<ref>{{citar jornal|url=http://news.bbc.co.uk/1/hi/world/europe/3509744.stm|publicado=BBC|título=Spain votes under a shadow|acessodata=2008-08-13|data=2004-03-14}}</ref> Em 14 de março de eleições, o PSOE, liderado por [[José Luis Rodríguez Zapatero]], obteve uma pluralidade suficiente para formar um novo gabinete, portanto, suceder a administração anterior do PP.<ref>{{citar jornal|url=http://news.bbc.co.uk/1/hi/world/europe/3512222.stm|publicado=BBC|título=Spain awakes to socialist reality|acessodata=2008-08-13|data=2004-03-15}}</ref>
{{Imagem dupla|left|Demonstration in front of the headquarters of the Spanish National Police in Barcelona.png|220|Carles_Puigdemont_el_10_d'octubre_de_2017.jpg|220|Manifestação na [[Greve geral na Catalunha em 2017|greve geral catalã]] em protesto contra a violência policial durante o [[Referendo sobre a independência da Catalunha em 2017|referendo de 2017]].|[[Carles Puigdemont]] [[Declaração de independência da Catalunha|declara a independência catalã]] ao [[Parlamento Catalão|parlamento regional]].}}
 
Nas [[Eleições gerais na Espanha em 2011|eleições de 20 de novembro de 2011]] o partido liderado por [[Mariano Rajoy]] obteve mais de {{formatnum:10800000}} votos e elegeu 186 deputados, conquistando a maioria absoluta e o melhor resultado de sempre do Partido Popular, que voltou ao poder.<ref>{{citar web|url=http://resultados.elpais.com/elecciones/generales.html|título=Elecciones generales 2011 - resultados|acessodata=21-11-2011}}</ref>
 
Um [[Referendo sobre a independência da Catalunha em 2017|referendo sobre a independência da Catalunha]] foi realizado em 1 de outubro de 2017 e, em 27 de outubro, o [[Parlamento Catalão]] votou [[Declaração de independência da Catalunha|declarar unilateralmente a independência da Espanha]] para formar uma República Catalã<ref>{{cite news|last1=Piñol|first1=Pere Ríos, Àngels|title=El Parlament de Cataluña aprueba la resolución para declarar la independencia|url=https://elpais.com/ccaa/2017/10/27/catalunya/1509105810_557081.html|work=[[El País]]|date=27 de outubro de -10-2017|language=es|archiveurlwayb=https://web.archive.org/web/20171029185252/https://elpais.com/ccaa/2017/10/27/catalunya/1509105810_557081.html|archivedate=29 de outubro de 2017|df=dmy-all}}</ref> no dia em que o [[Senado espanhol]] discutia a aprovação d a intervenção na região autônoma.<ref name="BBC-27Oct17-2">{{cite news|date=27 de outubro de -10-2017|title=Catalan crisis: Spain PM Rajoy demands direct rule|url=https://www.bbc.com/news/world-europe-41771294|publisher=BBC|access-date=27 de outubro de 2017|archiveurl=https://web.archive.org/web/20171029003630/http://www.bbc.com/news/world-europe10-41771294|archivedate=29 de outubro de 2017|dfwayb=dmy-all20171029003630}}</ref> Mais tarde naquele dia, o Senado concedeu o poder de impor o governo direto de Madrid na Catalunha, enquanto Rajoy dissolveu o Parlamento Catalão e convocou uma nova eleição.<ref>{{cite news |date=27 de outubro de -10-2017 |title=Catalonia independence: Rajoy dissolves Catalan parliament |url=https://www.bbc.com/news/world-europe-41783289 |work=BBC News |location=Barcelona, Madrid |access-date=27 de outubro de 2017|archiveurl=https://web.archive.org/web/20171028072348/http://www.bbc.com/news/world-europe10-41783289 |archivedate=28 de outubro de 2017 |dfwayb=dmy-all 20171028072348}}</ref> Nenhum país reconheceu a Catalunha como um Estado separado.<ref name="EuN_20171027">{{cite news|last1=Sandford|first1=Alasdair|title=Catalonia: what direct rule from Madrid could mean|url=http://www.euronews.com/2017/10/27/catalonia-what-direct-rule-from-madrid-could-mean|access-date=27 de outubro de -10-2017|work=euronews|date=27 de outubro de 2017|archiveurl=https://web.archive.org/web/20171027201407/http://www.euronews.com/2017/-10/27/catalonia-what-direct-rule-from-madrid-could-mean|archivedate=27 de outubro de 2017|dfwayb=dmy-all20171027201407}}</ref> Em 1 de junho de 2018, o Congresso dos Deputados aprovou uma moção de não-confiança contra Rajoy e o substituiu pelo líder do [[PSOE]], [[Pedro Sánchez]], trazendo os socialistas de volta ao poder após 7 anos.<ref>{{Cite news|url=https://www.nytimes.com/2018/06/01/world/europe/spain-mariano-rajoy-no-confidence.html|title=Spain's Prime Minister, Mariano Rajoy, Is Ousted in No-Confidence Vote|access-date=2018-06-18}}</ref>
 
== Geografia ==
[[Imagem:Spain topo.jpg|thumb|direita|miniaturadaimagem|upright=1.2|Mapa topográfico da Espanha]]
 
Situada na [[Europa Ocidental]], a Espanha ocupa a maior parte da [[Península Ibérica]] e, fora dela, dois [[arquipélago]]s principais (ilhas [[Canárias]] no [[oceano Atlântico]] e as ilhas [[Baleares]] no [[mar Mediterrâneo]]), duas cidades ([[Ceuta]] e [[Melilla]], no [[Norte de África|Norte da África]]), a [[ilha de Alborão]] e uma série de [[ilha]] e [[ilhota]]s que se encontram frente às costas peninsulares, como as [[ilhas Columbretes]]. Ademais, consta de possessões menores continentais, como as [[ilhas Chafarinas]], o [[ilhote de Vélez de la Gomera]] e o [[ilhote de Alhucemas]], todas elas frente à costa [[África|africana]].<ref name="britgeo">{{citar web|url=https://www.britannica.com/place/Spain#ref70257|titulo=Spain - Land|editor=[[Enciclopédia Britânica]]|acessodata=31 de maio de -5-2018}}</ref>
{{Artigo principal|Geografia da Espanha}}
Situada na [[Europa Ocidental]], a Espanha ocupa a maior parte da [[Península Ibérica]] e, fora dela, dois [[arquipélago]]s principais (ilhas [[Canárias]] no [[oceano Atlântico]] e as ilhas [[Baleares]] no [[mar Mediterrâneo]]), duas cidades ([[Ceuta]] e [[Melilla]], no [[Norte de África|Norte da África]]), a [[ilha de Alborão]] e uma série de [[ilha]] e [[ilhota]]s que se encontram frente às costas peninsulares, como as [[ilhas Columbretes]]. Ademais, consta de possessões menores continentais, como as [[ilhas Chafarinas]], o [[ilhote de Vélez de la Gomera]] e o [[ilhote de Alhucemas]], todas elas frente à costa [[África|africana]].<ref name="britgeo">{{citar web|url=https://www.britannica.com/place/Spain#ref70257|titulo=Spain - Land|editor=[[Enciclopédia Britânica]]|acessodata=31 de maio de 2018}}</ref>
 
Em extensão territorial, é o quarto maior país da [[Europa]], atrás apenas da [[Rússia]] (que é o maior país do mundo, tendo em conta apenas a parte europeia), [[Ucrânia]] e [[França]], e o segundo maior da [[União Europeia]], atrás apenas da França.<ref name=britgeo/> Os limites físicos da Espanha são os seguintes: [[Portugal]] e o oceano Atlântico a oeste; o mar Mediterrâneo a leste, o [[Estreito de Gibraltar]], mar Mediterrâneo e oceano Atlântico a sul; os [[Pirenéus]] a nordeste e o [[golfo da Biscaia]] e o [[mar Cantábrico]] a norte.<ref name=britgeo/>
Linha 180:
 
| image1 = Teide and Orotava Valley.jpg
| caption1 = O vulcão [[Teide]], em [[Tenerife]], nas [[Canárias]], o ponto mais alto do território espanhol.
 
| image2 = Circo de Soaso.jpg
| caption2 = [[Vale de Ordesa]], nos Pireneus aragoneses, parte do [[Parque Nacional de Ordesa e Monte Perdido]].
}}
A metade oeste inteira da [[Península Ibérica]], exceto a extremidade meridional, é constituída de rochas velhas (hercínicas); os geólogos costumam se referir a esse [[Maciço Hespérico]] com o nome de [[Meseta Central]]. A palavra ''[[Mesa (geografia)|meseta]]'' igualmente é utilizada por geógrafos e como [[toponímia|topônimo]] local para denominar o relevo que domina o centro da Península Ibérica.<ref name="britgeo" /> Os [[Pireneus]], uma porção dos [[Alpes]] europeus, constituem uma grande cordilheira que vai entre o Mediterrâneo e o [[Golfo da Biscaia]], há 430 km de distância.<ref name="britgeo" /> Muitas serras tendendo de noroeste a sudeste constituem a [[Sistema Ibérico|Cordilheira Ibérica]], a qual divide a depressão do Ebro da Meseta e se eleva mais com o pico de [[Monte Moncayo|Moncayo]], há 2 313 metros.<ref name="britgeo" />
Linha 198:
A Espanha se caracteriza por uma divisão climática sobreposta entre zonas [[Humidade|úmidas]], [[Clima semiárido|semiáridas]], [[Clima desértico|áridas]], [[Clima oceânico|oceânicas]], [[Clima continental|continentais]] e [[Clima temperado|temperadas]]. Essa complexidade é resultado da dimensão da península, que é suficientemente extensa para produzir um regime térmico bastante variado, assim como pela proximidade com o o [[Oceano Atlântico]] e o [[Norte da África]], o que expõe o país a influências do mar e do [[Saara]].<ref name="britgeo" />
 
Os [[Pireneus]] e as cadeias de montanhas da [[Cantábria]] exercem uma função fundamental no [[clima da Espanha]], ao manter as massas de ar subtropicais na Espanha nos os meses de verão. Geralmente, os ventos ocidentais do [[Oceano Atlântico|Atlântico Norte]] dominam a maioria do ano, ao passo que a massa de ar cálida e seca do [[Deserto do Saara|Saara]] sopra fortemente de maneira menos frequente. A Espanha setentrional, entre a [[Galiza]] e a [[Catalunha]], se caracteriza por um [[clima temperado]] marítimo ou úmido.<ref name="britgeo" />
 
O clima do restante da península é [[Clima mediterrânico|mediterrâneo]] com tendências continentais. O clima dos vales do Guadalquivir e do Ebro igualmente é [[clima continental|continental]], o Guadalquivir mais frio e mais seco e o Ebro mais úmido e mais quente. As [[Comunidades autónomas da Espanha|comunidades autônomas]] [[Catalunha|catalã]], [[Valência|valenciana]] e [[Baleares|baleárica]] têm um clima mais temperado, muito mais altamente chuvoso na Catalunha, ao passo que o clima da comunidade autônomadas [[Canárias|canarina]] é [[Clima subtropical|atlântico subtropical]].<ref name="britgeo" />
 
A Espanha é um país especialmente afetado pelo fenômeno da [[seca]]: durante o período 1880–2000, mais da metade dos anos foram classificados como secos ou muito secos. Sete anos da década dos 1980 e cinco da década de 1990 foram considerados secos ou muito secos. As [[mudanças climáticas]] devem trazer graves problemas ambientais, agravando as características mais extremas do clima local.<ref>{{Citar web|url=http://www.mma.es/portal/secciones/acm/aguas_continent_zonas_asoc/ons/|título=Ministerio de Medio Ambiente da Espanha|acessodata=1 de novembro de -11-2019}}</ref>
 
=== Meio ambiente ===
Linha 211:
 
| image1 = 291114B-_Tablas_Daimiel_-_El_puente_-_Castilla-La_Mancha.jpg
| caption1 = Vegetação do [[Parque Nacional das Tablas de Daimiel]].
 
| image2 = Iberian Wolf AdF 001.jpg
| caption2 = Um [[lobo-ibérico]] na comunidade autônoma de [[Castela e Leão]].
}}
 
Linha 223:
As águas do país abrigam diversos [[Peixe|peixes]] e [[Fruto do mar|mariscos]], principalmente na região em que o [[Oceano Atlântico|Atlântico]] e o [[Mar Mediterrâneo|Mediterrâneo]] se encontram (o [[Mar de Alborão|Mar de Alborán]]). Espécies como [[salmonete]], [[Scombridae|cavala]], [[atum]], [[polvo]], [[peixe-espada]], [[sardinha]] (''Sardinia pilchardus'') e [[anchova]] (''[[Engraulis encrasicolus|Engraulis encrasicholus]]'') são comuns. Dentre as [[Demersal|espécies demersais]] (de fundo) estão [[pescada]] e [[Bacalhau-do-atlântico|badejo]]. As águas de Espanha sul-oriental são habitadas pelo [[golfinho-riscado]], por [[baleias]] e pelo [[Golfinho-roaz]].<ref name="britgeo" />
 
Desde 1996 o índice de emissões de [[Dióxido de carbono|CO₂]] subiu notavelmente em Espanha, descumprindo os objetivos do [[Protocolo de Quioto]] sobre emissões geradoras do [[efeito estufa]] e contribuintes da mudança climática. [[Ban Ki-moon]], secretário-geral da [[ONU]], pediu a Espanha uma “liderança mais ativa” na luta contra a mudança climática.<ref>{{Citar web|url=https://web.archive.org/web/20071117203123/http://www.ecoticias.com/detalle_noticia.asp?id=27582|título=Ecoticias Notícia sobre Ban Ki-Moon|data=14 de novembro de -11-2007|acessodata=1 de novembro de -11-2019}}</ref> Segundo [[Al Gore]], Espanha é o [[Lista de países da Europa|país europeu]] mais vulnerável ao [[efeito estufa]].<ref>{{Citar web|url=http://www.ecoticias.com/detalle_noticia.asp?id=27235|título=Ecoticias Notícias Al Gore.|data=outubro de 2009|acessodata=1 de novembro de -11-2019}}</ref>
 
== Demografia ==
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=== Composição étnica ===
Os [[espanhóis]] nativos compõem 88% da população total da Espanha. Depois da [[taxa de natalidade]] ter caído na década de 1980, a taxa de crescimento populacional da Espanha diminuiu, mas a população novamente cresceu baseada inicialmente no regresso de muitos espanhóis que emigraram para outros países europeus durante os anos 1970 e, mais recentemente, alimentada por um grande número de imigrantes que constituem 12% da população. Os imigrantes são originários principalmente na [[América Latina]] (39%), [[Norte da África]] (16%), [[Europa Oriental]] (15%) e [[África subsaariana]] (4%).<ref>{{Citar web|url=http://www.ine.es/inebase/cgi/axi?AXIS_PATH=/inebase/temas/t20/e245/p04/a2005/l0/&FILE_AXIS=00000010.px&CGI_DEFAULT=/inebase/temas/cgi.opt&COMANDO=SELECCION&CGI_URL=/inebase/cgi/|publicado=Instituto Nacional de Estadística|título=Población extranjera por sexo, país de nacionalidad y edad|acessodata=2008-08-13|wayb=20080325043135|urlmorta=yes}}</ref>
[[Imagem:Distribución de la población extranjera en España (2005).png|thumb|upright=1.3|Distribuição de estrangeiros no território espanhol]]
 
Em 2008, o país concedeu a cidadania a {{formatnum:84170}} pessoas, principalmente para pessoas vindas do [[Equador]], [[Colômbia]] e [[Marrocos]].<ref>"[http://epp.eurostat.ec.europa.eu/cache/ITY_PUBLIC/3-06072010-AP/EN/3-06072010-AP-EN.PDF EU27 Member States granted citizenship to 696 000 persons in 2008] {{Wayback|url=http://epp.eurostat.ec.europa.eu/cache/ITY_PUBLIC/3-06072010-AP/EN/3-06072010-AP-EN.PDF|date=20140906072250}}" (PDF). [[Eurostat]]. 6 de julho de 2010.</ref> Uma parte considerável dos residentes estrangeiros na Espanha também vêm de outros países da [[Europa Ocidental]] e [[Europa Central|Central]]. Estes são em sua maioria [[britânicos]], [[franceses]], [[alemães]], [[holandeses]] e [[noruegueses]]. Eles residem principalmente na costa do Mediterrâneo e nas [[ilhas Baleares]], onde muitos escolhem para viver sua aposentadoria.
 
Populações substanciais descendentes de colonos espanhóis e imigrantes existem em outras partes do mundo, com destaque para a América Latina. Começando no final do {{séc|XV}}, um grande número de colonos ibéricos estabeleceram-se no que se tornou a América Latina e no momento a maior parte dos latino-americanos [[brancos]] (que representam cerca de um terço da população da América Latina) são de origem espanhola ou [[Portugueses|portuguesa]]. No {{séc|XVI}}, estima-se que {{formatnum:240000}} espanhóis emigraram, principalmente para [[Peru]] e [[México]].<ref>{{citar web|url=http://www.let.leidenuniv.nl/history/migration/chapter53.html|título=Migration to Latin America}} Universiteit Leiden.</ref> A eles se juntaram {{formatnum:450000}} que emigraram no século seguinte.<ref>{{Citar periódico|url=http://www.millersville.edu/~columbus/data/art/AXTELL01.ART|título=The Columbian Mosaic in Colonial America|primeiro=James|último=Axtell|periódico=Humanities|data=Set–Out 1991|volume=12|número=5|páginas=12–18|acessodata=2008-10-08|wayb=20080517052031|urlmorta=yes}}</ref> Entre 1846 e 1932 estima-se que cerca de 5&nbsp;milhões de espanhóis emigraram para a [[América]], especialmente para [[Argentina]] e [[Brasil]]<ref name="People">{{citar web|url=http://www.britannica.com/EBchecked/topic/557573/Spain/70267/People|título=Spain – People|editor=Enciclopédia Britânica|acessodata=1 de novembro de -11-2019}}</ref> Cerca de dois milhões de espanhóis migraram para outros países da Europa Ocidental entre 1960 e 1975. Durante o mesmo período, cerca de {{formatnum:300000}} foram para a América Latina.<ref>{{citar web|url=http://www.focus-migration.de/Spain_Update_08_200.5420.0.html?&L=1|título=Spain|editor=Focus–Migration|acessodata=1 de novembro de -11-2019}}</ref>
 
=== Imigração e migração ===
[[Imagem:Inmigracion en España por pais.png|thumb|esquerda|upright=1.3|Principais países de origem de imigrantes que vivem na Espanha]]
 
Os [[Migração humana|movimentos migratórios]], tanto internos quanto externos, foram determinantes na composição demográfica moderna da Espanha. Entre o final do {{séc|XIX}} e início do {{séc|XX}}, houve uma significativa corrente imigratória da Espanha para países ibero-americanos. Entre os principais destinos estavam [[Argentina]] e [[Brasil]].<ref name="People"/> A densidade populacional da Espanha é menor que a da maioria dos países europeus. As populações rurais estão se movendo para as cidades. Nos últimos anos a Espanha apresenta uma considerável diminuição na taxa de imigração neta, deixando de possuir a maior taxa de [[imigração]] de Europa (em 2005 de 1,5% anual somente superado na UE pelo Chipre)<ref>{{Citar web|url=http://epp.eurostat.ec.europa.eu/portal/page?_pageid=1073,46587259&_dad=portal&_schema=PORTAL&p_product_code=KS-NK-06-001|título=Eurostat: População na Europa - 2005, População na Europa - 2004(disponível em francês, inglês e alemão)|acessodata=21 de Outubro de -10-2008|wayb=20060823041359|urlmorta=yes}}</ref> atualmente sua taxa de imigração neta chega a 0,99%, ocupando a 15ª posição na [[União Europeia]].<ref>{{Citar web|url=http://indexmundi.com/g/r.aspx?v=27&l=es|título=Index Mundi: Taxa de imigração neta, comparação países|editor=indexmundi.com|acessodata=1 de novembro de -11-2019}}</ref> além disso, o 9° país com maior porcentagem de imigrantes dentro da UE, abaixo de países como [[Luxemburgo]], [[Irlanda]], [[Áustria]] e [[Alemanha]].<ref>{{Citar web|url=http://www.un.org/esa/populatção/publicatçãos/2006Migratção_Chart/2006IttMig_chart.htm|título=‘‘International Migration 2006’‘, United Nations, Department of Economic and Social Affairs, Population Division. United Nattions Publications, No. E.06.XIII. 6 de março de 2006.}}</ref>
 
Em 2005 a Espanha recebeu 38,6% da imigração para a União Europeia, principalmente de cidadãos de origem [[América Latina|latino-americana]], de outros países da [[Europa Ocidental]], da [[Europa Oriental]] e do [[Magrebe]]. A população estrangeira na Espanha em 2007 cifrava-se em 4 144 166, um incremento de 11,1% em reação ao ano anterior. Este valor representa 9,3% dos {{formatnum:44708964}} habitantes na Espanha.<ref>{{Citar web|url=http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro_digital/news.asp?sectção_id=19&id_news=82871|titulo=Mais de 80&nbsp;mil portugueses vivem em Espanha|acessodata=2008-07-27|publicado=diariodigital}}</ref>
 
=== Cidades mais populosas ===
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{{legenda|#fede99|[[Língua aragonesa|aragonês]]}}
{{dividir em colunas fim}}]]
A Espanha é abertamente um país multilingue.<ref>{{citar web|url=http://easyweb.easynet.co.uk/conversi/smooth.pdf|último=Conversi|primeiro=Daniele|título=The Smooth Transition: Spain’s 1978 Constitution and the Nationalities Question|publicado=Carfax Publishing, Inc.|obra=National Identities, Vol.&nbsp;4, N.º&nbsp;3|ano=2002|acessodata=2008-01-28|wayb=20080511172945|urlmorta=yes|língua=es}}</ref> O idioma oficial e o mais falado no conjunto da Espanha, por 98,9% da população, é o [[Língua castelhana|castelhano]], língua materna de 89% dos espanhóis,<ref>{{Citar web|url=http://ec.europa.eu/commfrontoffice/publicopinion/archives/ebs/ebs_243_en.pdf|título=Eurobarômetro 243: os europeus e suas línguas|publicado=Comissão Europeia|língua=en|data=fevereiro de 2006|acessodata=4-12-2018|formato=PDF}}</ref><ref name = "DemografíaLengEsp">{{Citation|url=http://eprints.ucm.es/8936/1/DT03-06.pdf|título=Demografía de la lengua española|página=28|local=Espanha|língua=ca|publicado=Instituto Complutense de Estudios Internacionales (ICEI)}}, to countries with official spanish status.</ref> que pode receber a denominação alternativa de espanhol.<ref>{{Citar web|url=http://buscon.rae.es/draeI/SrvltConsulta?TIPO_BUS=3&LEMA=CastelhanoDefinição|titulo=de '''castelhano''' no Dicionário da Real Academia Espanhola: Língua espanhola, especialmente quando se quer uma distinção de outras línguas faladas também como próprias na Espanha|publicado=Real Academia Espanhola|acessodata=4-12-2018|língua=es}}</ref> A estimativa do seu número de falantes em todo o mundo vai desde os 450<ref>{{Citar web|url=http://www.fundacionblu.org/noticias.htm|título=La ministra de cultura presenta las conclusiones de la I Acta Internacional de la Lengua Española|publicado=Fundación Biblioteca de Literatura Universal|acessodata=23 de Outubro de -10-2008|wayb=20080526155611|urlmorta=yes|língua=es}}</ref> aos 500&nbsp;milhões<ref>{{citar web|url=https://elpais.com/cultura/2007/04/26/actualidad/1177538408_850215.html|titulo=El español es el segundo idioma que más se estudia en el mundo, según el Instituto Cervantes|publicado=El País|data=26-4-2007|acessodata=4-12-2018|língua=es}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://archive.is/20121209175150/http://www.lllf.uam.es/~fmarcos/coloquio/Ponencias/MMelgar.doc|título=Universidad de México|publicado=Universidade Autónoma de Mexico|acessodata=4-12-2018|língua=es}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://www.suapesquisa.com/musicacultura/idiomas_mais_falados.htm|título=Idiomas mais falados no Mundo - Lista dos dez idiomas mais falados no mundo, línguas mais faladas, países em que são falados, quantidade de pessoas que falam, cultura|publicado=Sua pesquisa|acessodata=4-12-2018}}</ref> de pessoas, sendo a segunda língua materna mais falada depois do [[Língua chinesa|Chinês]].<ref name=esmat>{{Citar web|url=http://www.sil.org/ethnologue/top100.html|wayb=19990429232804|título=Ethnologue: Languages of the World - Top 100 Languages by Population|publicado=Ethnologue|data=fevereiro de 1999|acessodata=4-12-2018|língua=en|datali=maio de 2019}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.davidpbrown.co.uk/help/top-100-languages-by-population.html|titulo=Top 100 Languages by Population|publicado=Davidp Brown|acessodata=4-12-2018|língua=en}}</ref><ref name="Factbook">{{Citar web|url=https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/fields/2098.html|título=CIA Factbook (ver dados de ‘‘World’‘ na coluna de ‘‘Country’‘)|publicado=The World Factbook|autor=CIA|acessodata=4-12-2018|língua=en}}</ref> Há previsões que se torne a segunda língua de comunicação internacional depois do [[Língua inglesa|inglês]] no futuro, e, após este, é a segunda língua mais estudada.<ref>{{Citar web|url=http://www.eluniversal.com.mx/notas/345069.html|título=Instituto Cervantes em noticias de ‘‘O Universal’‘|publicado=El Universal|acessodata=4-12-2018|língua=es}}</ref>
 
A Constituição Espanhola reconhece a riqueza linguística de Espanha como património cultural sujeito a especial respeito e proteção, e declara que o "resto de línguas espanholas" são oficiais nas comunidades autónomas segundo os seus estatutos de autonomia, apesar de ser apenas um dever e obrigação o conhecimento do castelhano.<ref>{{citar web|url=https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/sp.html|título=Spain|publicado=The World Factbook|acessodata=30-4-2011|autor=CIA|língua=en}}</ref>
 
Na Espanha, gozam da mesma proteção que o idioma espanhol as seguintes línguas: [[Língua catalã|catalão]] (entre 9% e 17% da população);<ref>{{Citar web|url=http://www.gva.es/cidaj/cas/c-normas/5-1982.htm#9|título=Artigo 7 do Título I do Estatuto da Comunidade Valenciana|acessodata=23 de Outubro de -10-2008|wayb=20070706063412|urlmorta=yes|publicado=Centro de Información y Documentación Jurídico Administrativa de la Generalitat Valenciana|língua=es}}</ref><ref name=lei102009>{{citar periódico|data=30/12/2009|titulo=Ley 10/2009, de 22 de diciembre, de uso, protección y promoción de las lenguas propias de Aragón.|jornal=Boletín Oficial de Aragón|numero=252|url=http://www.boa.aragon.es/cgi-bin/BOAE/BRSCGI?CMD=VEROBJ&MLKOB=478436853737|língua=es}}</ref> [[Língua galega|galego]] (entre 5% e 7% da população);<ref>{{citar periódico|data=30-4-1998|titulo=LEY 1/1998, de 23 de marzo, de uso y promoción del bable/asturiano.|jornal=Boletín Oficial del Estado|numero=103|url=http://www.boe.es/boe/dias/1998/04/30/pdfs/A14573-14576.pdf|língua=es}}</ref> [[Língua basca|basco]] (1% da população);<ref>{{Citar web|url=http://www.cfnavarra.es/webgn/sou/instituc/ct/normativa/presidencia/8E010000.htm|titulo=Ley Foral 18/86, de 15 de diciembre de 1986, del Vascuence. Regulación de su uso normal y oficial.|acessodata=27-4-2017|publicado=CF Navarra|lingua=basco}}</ref> [[asturo-leonês]];<ref>{{Citar web|url=http://www.uoc.edu/euromosaic/web/document/asturia/an/i1/i1.html|titulo=Asturian in Spain|obra=www.uoc.edu|publicado=Agencia Estatal Boletín Oficial Del Estado|acessodata=4-12-2018|lingua= espanhol}}</ref> [[Língua aragonesa|aragonês]];<ref name=lei102009/> [[Língua occitana|occitano]];<ref>{{citar periódico|titulo=Article 6. La llengua pròpia i les llengües oficials|jornal=Estatut d'Autonomia de Catalunya|url=http://www.parlament.cat/document/cataleg/48089.pdf|acessodata=4-12-2018|língua=es}}</ref> [[Português europeu|português]];<ref>{{citar livro|url={{Googlebooks url|kZ9JBaN7Lu0C|36}}|título=El mirandés: situación sociolingüística de una lengua minoritaria en la zona fronteriza portugués-española|ultimo=Merlan|primeiro=Aurelia|editora=Academia de la Llingua Asturiana|ano=2009|página=44|citacao=En el sur hay también, [...] del lado español, encontramos islotes portugueses o galaico-portugueses, como Alamedilla, en la provincia de Salamanca, Valverde del Fresno, Eljas, San Martín de Trevejo, Cedillo, Herrera de Alcántara, en la Província de Cáceres, y Olivenza en la provincia de Badajoz.|acessodata=4-12-2018}}</ref> [[Língua rifenha|tarifit]] (em [[Melilha]]);<ref>{{Citar web|url=http://www.abc.es/agencias/noticia.asp?noticia=163091|titulo=Lengua tamazight de Melilla, - ABC.es - Noticias Agencias|acessodata=27-4-2017|publicado=ABC Agencia|lingua=es}}</ref> e [[Língua árabe|árabe]] (em [[Ceuta]] e [[Melilha]]). A Espanha ratificou em 9 de abril de 2001 a [[Carta Europeia das Línguas Regionais ou Minoritárias]]<ref>{{Citar web|url=http://www.boe.es/boe/dias/2001/09/15/pdfs/A34733-34749.pdf|título=Carta Europea de las Lenguas Minoritarias o Regionales|publicado=Agencia Estatal Boletín Oficial Del Estado|língua=es|acessodata=4-12-2018|data=15-9-2001}}</ref> do [[Conselho Europeu]].<ref>{{Citar web|url=http://www.coe.int/T/E/Legal_Affairs/Local_and_regional_Democracy/Regional_or_Minority_languages/2_Monitoring/Monitoring_table.asp|título=Monitorização da aplicação da Carta. Os informes sobre a Espanha estão em castelhano.|acessodata=23 de Outubro de -10-2008|wayb=20100102060232|urlmorta=yes}}</ref>
 
=== Religião ===
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A maioria dos espanhóis não frequentam templos religiosos regularmente. O estudo apontou que, dos espanhóis que se dizem religiosos, 61% raramente frequenta a missa, 14% frequenta a missa algumas vezes ao ano, 10% algumas vezes ao mês e 14% todos os domingos ou várias vezes na semana. Embora uma maioria dos espanhóis seja católica, a maior parte, especialmente os [[jovens]], ignora as doutrinas morais conservadoras em assuntos como [[Sexo pré-marital|sexo antes do casamento]], [[orientação sexual]] e [[métodos contraceptivos]].<ref>{{citar jornal|último=Tarvainen|primeiro=Sinikka|título=Reforms anger Spanish church|publicado=Dawn International|data=2004-09-26|url=http://www.dawn.com/2004/09/26/int5.htm|acessodata=2008-03-21}}</ref><ref>{{citar jornal|título=Zapatero accused of rejecting religion|publicado=Worldwide Religious News|data=2004-10-15|url=http://www.wwrn.org/article.php?idd=15453&sec=59&con=53|acessodata=2008-03-21}}</ref><ref>{{citar jornal|último=Pingree|primeiro=Geoff|título=Secular drive challenges Spain's Catholic identity|publicado=Christian Science Monitor|data=2004-10-01|url=http://www.csmonitor.com/2004/1001/p07s02-woeu.htm|acessodata=2008-10-21}}</ref><ref name="LAM">{{citar jornal|último=MacHarg|primeiro=Kenneth D.|título=Spain’s Awakening:Is revival around the corner for Spain?|publicado=Latin American Mission|url=http://www.lam.org/news/article.php?id=230|acessodata=2008-10-21}}</ref>
 
A segunda religião em número de membros é a [[Islão|muçulmana]]. Calcula-se que há cerca de {{formatnum:800000}} fiéis, vindos fundamentalmente das recentes ondas de imigração. Há também um número crescente de igrejas [[protestantes]], que somam cerca de {{formatnum:400000}} fiéis (a estatística própria dos protestantes em Espanha indica {{formatnum:1200000}}, dos quais {{formatnum:400000}} são espanhóis e o resto são estrangeiros que residem na Espanha durante pelo menos seis meses ao ano).<ref>{{Citar web|url=http://www.ferede.org/general.php?pag=estad#1|título=Federação de Entidades Religiosas Evangélicas da Espanha - FEREDE|acessodata=21 de Outubro de -10-2008|wayb=20110930083055|urlmorta=yes}}</ref>
 
== Política ==
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| image1 = Palacio Real de Madrid Julio 2016.jpg
| caption1 = [[Palácio Real de Madrid|Palácio Real]] em [[Madrid]].
 
| image2 = Spain's_Ministry_of_the_Presidency_Building.png
| caption2 = [[Palácio da Moncloa]], [[residência oficial]] do [[Lista de presidentes do Governo da Espanha|Presidente do Governo da Espanha]].
 
}}
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A Espanha é uma [[monarquia]] [[parlamentarismo|parlamentarista]], com um monarca hereditário que exerce como [[Chefe de Estado]] – o [[Rei da Espanha]], e um parlamento bi-cameral, as ''[[Cortes Generales]]''.<ref name="Wiki Source Spa Constitution 78"/>
 
O [[poder executivo]] é formado por um Conselho de Ministros presidido pelo Presidente do Governo, que exerce como Chefe de Governo, e o [[poder judicial]] está formado pelo conjunto de Juizados e Tribunais, integrado por Juízes e Magistrados, que têm a potestade de administrar justiça em nome do Rei. O [[poder legislativo]] se estabelece nas Cortes Gerais, que é o órgão supremo de representação do povo espanhol. As Cortes Gerais são compostas de uma câmara baixa, o [[Congresso dos Deputados]], e uma câmara alta, o [[Senado da Espanha|Senado]].<ref name="Wiki Source Spa Constitution 78">{{citar web|url=http://es.wikisource.org/wiki/Constituci%C3%B3n_espa%C3%B1ola_de_1978:_04|título=Título II. De la Corona, Wikisource|acessodata=1 de novembro de -11-2019}}</ref>
 
O Congresso dos Deputados é formado por 350 membros eleitos por votação popular, em listas fechadas e através de representação proporcional mediante circunscrições provinciais, para servir em legislaturas de quatro anos. O sistema não é absolutamente proporcional, já que existe um número mínimo de cadeiras por circunscrição (3) e se usa um sistema proporcional levemente corrigido para favorecer as listas majoritárias (o [[Sistema d'Hondt]]).<ref>{{citar web|url=http://www.congreso.es/portal/page/portal/Congreso/Congreso/Hist_Normas/Funciones1|titulo=Funciones|editor=[[Câmara dos Deputados da Espanha]]|acessodata=13 de julho de 2017}}</ref>
 
O Senado possui 259 membros, dos quais 208 são eleitos diretamente mediante voto popular, por circunscrições provinciais, em cada uma das quais se elegem 4 senadores, seguindo um sistema majoritário (3 para a lista majoritária, 1 para a seguinte), exceto nas ilhas Baleares e nas ilhas Canárias, onde cada circunscrição é uma ilha. Os outros 51 são designados pelos órgãos regionais para servir, também, por períodos de quatro anos.<ref>{{citar web|url=http://www.senado.es/web/composicionorganizacion/senadores/composicionsenado/senadoresenactivo/consultagrupoparlamentario/index.html|titulo=Grupos Parlamentarios|editor=[[Senado da Espanha]]|acessodata=13 de janeiro de -1-2017}}</ref>
 
No dia 2 de junho de 2014, o rei Juan Carlos I abdicou do trono a favor do seu filho, que tornou-se o rei [[Filipe VI de Espanha|Filipe VI]]. Foi a primeira vez em mais de cinquenta anos que um rei abdica do trono na Espanha.<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2014/06/1472620-novo-rei-de-espanha-felipe-de-bourbon-tem-imagem-de-modernidade.shtml|título=Novo rei de Espanha, Felipe de Bourbon tem imagem de modernidade|editor=[[Folha de S. Paulo]]|data=19 de junho de 2014|acessodata=7 de julho de 2015}}</ref>
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|url=http://news.bbc.co.uk/1/hi/world/europe/2400673.stm
|título=Q&A: Gibraltar's referendum|publicado=BBC News
|data=8 de novembro de -11-2002
|acessodata=19 de fevereiro de 2010}}</ref> As resoluções da [[ONU]] apelam ao [[Reino Unido]] e à Espanha para chegarem a um acordo sobre o estatuto de Gibraltar.<ref>{{citar web|url=http://daccess-dds-ny.un.org/doc/RESOLUTION/GEN/NR0/218/33/IMG/NR021833.pdf?OpenElement|título=Resolution 2070: Question of Gibraltar|data=16-12-1965|publicado=Nações Unidas|acessodata=19 de fevereiro de 2010|wayb=20110503183726|urlmorta=yes}}</ref><ref>{{citar web|url=http://daccess-dds-ny.un.org/doc/RESOLUTION/GEN/NR0/005/34/IMG/NR000534.pdf?OpenElement|título=Resolution 2231: Question of Gibraltar|data=20-12-1966|publicado=[[Nações Unidas]]|acessodata=19 de fevereiro de 2010|urlmorta=yes|wayb=20110503183729}}</ref>
 
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=== Forças armadas ===
{{Artigo principal|Forças Armadas da Espanha}}
[[Imagem:08.05.11_Las_Palmas_001.JPG|thumb|[[Navio de assalto anfíbio]] [[Juan Carlos I (L-61)|''Juan Carlos I'']], o [[navio-chefe]] da [[Armada Espanhola]].]]
 
As [[forças armadas da Espanha]] tem como [[comandante-em-chefe]] o [[rei da Espanha]], [[Felipe VI]].<ref>{{Citar web|url=http://www.casareal.es/laCorona/laCorona-iden-idweb.html|título=Article 62 of the Spanish Constitution of 1978|publicado=Official site of the Royal Household of HM the King|acessodata=2008-08-13}}</ref> Elas são responsáveis por garantir a soberania e independência da Espanha, defensora de sua integridade territorial e da ordem constitucional, de acordo com as funções confiadas na Constituição de 1978. São formações: [[Exército da Espanha|Exército]], [[Força Aérea Espanhola|Força Aérea]], [[Armada Espanhola|Armada Espanhola]], Guarda Real e Unidade Militar de Emergência, bem como o chamado Corpo Comum.<ref>{{Citar web|url=http://www.senado.es/constitu_i/index.html|título=Article 8 of the Spanish Constitution of 1978|publicado=Official site of the Spanish Senate|acessodata=2008-11-29}}</ref>
 
As forças armadas espanholas são uma força profissional com 121.900 funcionários ativos e 4.770 na reserva. O país também possui a Guarda Civil de 77.000 soldados, que está sob o controle do Ministério da Defesa em tempos de emergência nacional. O orçamento da defesa espanhola é de cerca de 5,7 bilhões de euros (2015).<ref>{{cite web|url=http://www.janes.com/article/43968/update-spain-to-increase-defence-spending|title=Update: Spain to increase defence spending|work=janes.com|accessdate=8 de maio de 2015|archive-url=https://web.archive.org/web/20150518073610/http://www.janes.com/article/43968/update5-spain-to-increase-defence-spending|archive-date=18 de maio de 2015|dfwayb=dmy-all20150518073610}}</ref>
 
O [[Exército Espanhol]] consiste em 15 brigadas ativas e 6 regiões militares. A infantaria moderna possui diversas capacidades e isso se reflete nos diversos papéis que lhes são atribuídos. Existem quatro papéis operacionais que os batalhões de infantaria podem cumprir: assalto aéreo, infantaria blindada, infantaria mecanizada e infantaria leve.<ref>{{cite web|url=http://www.army-technology.com/features/feature129251/|title=Snapshot: the Spanish defence industry to 2015|work=army-technology.com|accessdate=8 de maio de 2015|archive-url=https://web.archive.org/web/20150807224700/http://www.army5-technology.com/features/feature129251|archive-date=7 de agosto de 2015|dfwayb=dmy-all20150807224700}}</ref>
[[Imagem:Agrupación_Aérea_Expedicionaria_Red_Flag_17-2_(32667860920).jpg|thumb|esquerda|Vários [[Eurofighter Typhoon]]s da [[Força Aérea Espanhola|Força Aérea]]]]
 
O atual [[navio-chefe]] da [[Marinha Espanhola]] é o [[navio de assalto anfíbio]] [[Juan Carlos I (L-61)|''Juan Carlos I'']], que também é usado como [[porta-aviões]]. Além disso, a frota é composta por: 2 docas de transporte anfíbio, 11 fragatas, 3 submarinos, 6 embarcações de contramedidas para minas, 23 embarcações de patrulha e vários navios auxiliares. O deslocamento total da Marinha Espanhola é de aproximadamente 220.000 toneladas. Em 2012, a Armada contava com 20.838 funcionários.<ref>{{cite web|url=http://www.defensa.gob.es/Galerias/presupuestos/presupuesto-defensa-2012.pdf|format=PDF|title=Military Budget 2012|page=454|website=defensa.gov.es|language=espanhol|access-date=2013-02-12|archive-urlwayb=https://web.archive.org/web/20130125221512/http://www.defensa.gob.es/Galerias/presupuestos/presupuesto-defensa-2012.pdf|archive-date=2013-01-25}}</ref>
 
A Espanha possui 10 esquadrões de caça, cada um com 18 a 24 aviões. A força aérea também possui 15 bases aéreas operacionais em todo o país e mantém cerca de 450 aeronaves no total, das quais cerca de 130 são aeronaves de combate, incluindo vários [[Eurofighter Typhoon]]s.<ref>{{citar web |url=https://web.archive.org/web/20120722023429/http://www.airbus.com/presscentre/pressreleases/press-release-detail/detail/front-section-for-first-flyable-a350-xwb-arrives-at-toulouse-fal/ |titulotítulo=Front section for first flyable A350 XWB arrives at Toulouse FAL |editor=[[Airbus]] |data=16 de julho de 2012 |acessodata=1 de novembro de -11-2019}}</ref>
 
A Espanha pertence à [[Organização do Tratado do Atlântico Norte]] (OTAN) desde 1982. A decisão foi ratificada em um referendo em 1986 pelo povo espanhol. As condições foram a redução das bases militares norte-americanas, nenhuma integração da Espanha na estrutura militar da OTAN e a proibição de introduzir [[armas nucleares]] no território espanhol.<ref>{{citar web |url=http://www.exteriores.gob.es/Portal/en/PoliticaExteriorCooperacion/ProyeccionAtlantica/Paginas/EspLaOTAN.aspx |titulotítulo=Spain and Nato |editor=Governo da Espanha |acessodata=31 de outubro de -10-2019}}</ref>
 
== Subdivisões ==
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| image1 = Cuatro Torres Business Area.JPG
| caption1 = Complexo de ''[[Cuatro Torres Business Area|Cuatro Torres]]'', em [[Madrid]].
 
| image2 = SEAT Ibiza V - prawy przód (MSP17).jpg
| caption2 = [[SEAT Ibiza|Ibiza]] da [[SEAT]], a maior fabricante de carros do país.
 
| image3 = Tarragona Poligon Nord.png
| caption3 = IndústriaComplexo químicasindustrial empetroquímico na [[Tarragonès|região de Tarragona]].
}}
 
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=== Turismo ===
[[Imagem:Benidorm_-_Playa_de_Poniente_26.jpg|thumb|[[Benidorm]], emna província de [[Alicante (província)|Alicante]], na [[Comunidade Valenciana]].]]
{{Artigo principal|Turismo na Espanha}}
 
Em 2017, a Espanha foi o segundo país mais visitado do mundo, registrando 82 milhões de turistas, que marcaram o quinto ano consecutivo de números recorde. A sede da [[Organização Mundial de Turismo]] está localizada em [[Madri]].<ref>{{cite web |url=http://www.lamoncloa.gob.es/lang/en/gobierno/news/Paginas/2018/20180110_balancetourist17.aspx |title=Spain posts record number of 82 million inbound tourists in 2017 |date=10 de janeiro de -1-2018 |accessdate=10 de fevereiro de 2018}}</ref>
 
A localização geográfica da Espanha, costas populares, paisagens diversas, legado histórico, cultura vibrante e excelente infraestrutura fizeram da indústria turística internacional do país uma das maiores do mundo. Nas últimas cinco décadas, o turismo internacional na Espanha cresceu e se tornou o segundo maior do mundo em termos de gastos, no valor de aproximadamente 40 bilhões de euros ou cerca de 5% do PIB do país em 2006.<ref name="guru">{{cite web|url=http://www.theglobalguru.com/article.php?id=60&offer=GURU001 |title=Global Guru {{pipe}} analysis |accessdate=13 de agosto de 2008 |publisher=The Global Guru |archiveurlwayb=https://web.archive.org/web/20110106210622/http://www.theglobalguru.com/article.php?id=60&offer=GURU001 |archivedate=6 de janeiro de 2011 |df= }}</ref><ref>{{cite web|url=http://www.bde.es/informes/be/boleco/coye.pdf |publisher=[[Banco de Espanha]] |title=Economic report |accessdate=13 de agosto de 2008 |archiveurlwayb=https://web.archive.org/web/20080726044741/http://www.bde.es/informes/be/boleco/coye.pdf |archivedate=26 de julho de 2008}}</ref>
 
== Infraestrutura ==
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[[Imagem:PS10_solar_power_tower.jpg|thumb|esquerda|Torre de energia solar [[PS10]], em [[Sanlúcar la Mayor]], perto de [[Sevilha]]]]
 
A Espanha é um dos países líderes mundiais no desenvolvimento e produção de [[energia renovável]].<ref>{{cite web |url=http://www.idae.es/articulos/renewable-energies-spain |title=Renewable energies in Spain |first=Marisa |last=Olano |date=25 de abril de 2014 |access-date=6 de julho de 2018 |work=IDAE |publisher=Ministerio para la Transición Ecológica, Governo da Espanha}}</ref> Em 2010, a Espanha se tornou a líder mundial em [[energia solar]], quando ultrapassou os [[Estados Unidos]] com uma enorme usina chamada La Florida, perto de [[w:es:Alvarado (Badajoz)|Alvarado]], [[Badajoz]].<ref>{{cite web |url=https://www.npr.org/templates/story/story.php?storyId=128532115 |title=Spain Is World's Leader in Solar Energy |publisher=NPR |date=15 de julho de 2010 |accessdate=4 de setembro de 2010 |archiveurlwayb=https://web.archive.org/web/20100919210041/http://www.npr.org/templates/story/story.php?storyId=128532115 |archivedate=19 de setembro de 2010 |df=dmy-all }}</ref><ref>{{cite web|url=http://www.europeanfutureenergyforum.com/renewable-energy-news/spain-becomes-solar-power-world-leader |title=Spain becomes solar power world leader |publisher=Europeanfutureenergyforum.com |date=14 de julho de 2010 |accessdate=4 de setembro de 2010 |archiveurlwayb=https://web.archive.org/web/20101124024231/http://europeanfutureenergyforum.com/renewable-energy-news/spain-becomes-solar-power-world-leader |archivedate=24 de novembro de 2010 |df= }}</ref> A Espanha também é o principal produtor de [[energia eólica]] da Europa.<ref>{{cite web |url=https://phys.org/news/2018-05-spain-bilbao-european-power-sector.html |title=Spain's Bilbao fights to lead European wind power sector |first=Alvaro |last=Villalobos |date=6 de maio de -5-2018 |access-date=6 de julho de 2018 |work=Phys.org |language=es}}</ref><ref>{{cite web |url=https://www.thelocal.es/20180506/spains-bilbao-fights-to-lead-european-wind-power-sector |title=Spain's Bilbao fights to lead European wind power sector |author=AFP |author-link=Agence France-Presse |date=6 de maio de -5-2018 |access-date=6 de julho de 2018 |work=The Local |language=es}}</ref> Em 2010, suas turbinas eólicas geraram 42.976 GWh, responsáveis ​​por 16,4% de toda a energia elétrica produzida na Espanha.<ref>{{cite web |url=http://www.eolicenergynews.org/?p=4082 |title=Spain becomes the first European wind energy producer after overcoming Germany for the first time |publisher=Eolic Energy News |date=31 de dezembro de 2010 |accessdate=30 de abril de 2011 |archiveurlwayb=https://web.archive.org/web/20110427085056/http://www.eolicenergynews.org/?p=4082 |archivedate=27 de abril de 2011 |df=dmy-all }}</ref> Em 9 de novembro de -11-2010, a energia eólica atingiu um pico histórico instantâneo, cobrindo 53% da demanda continental de eletricidade<ref>{{cite web|url=http://www.renovablesmadeinspain.es/noticia/pagid/205/titulo/La%20e%C3%B3lica%20en%20Espa%C3%B1a%20bate%20de%20nuevo%20su%20marca%20de%20potencia%20instant%C3%A1nea/len/en/ |title=Wind power in Spain breaks new instantaneous power record |publisher=renovablesmadeinspain.es |date=9 de novembro de -11-2010 |accessdate=5 de junho de 2011 |archiveurlwayb=https://web.archive.org/web/20111214141437/http://www.renovablesmadeinspain.es/noticia/pagid/205/titulo/La%20e%C3%B3lica%20en%20Espa%C3%B1a%20bate%20de%20nuevo%20su%20marca%20de%20potencia%20instant%C3%A1nea/len/en/ |archivedate=14 de dezembro de 2011}}</ref> e gerando uma quantidade de energia equivalente à de 14 [[reatores nucleares]].<ref>{{cite web |url=http://www.elpais.com/articulo/sociedad/reactores/nucleares/movidos/viento/elpepusoc/20101109elpepusoc_4/Tes|title=14 reactores nucleares movidos por el viento |work=El País |date=9 de novembro de -11-2010 |accessdate=5 de junho de 2011}}</ref> Outras energias renováveis ​​usadas na Espanha são [[hidrelétrica]]s, [[biomassa]] e [[Energia marinha|marinha]] (2 usinas em construção).<ref>{{cite web |url=http://revista.consumer.es/web/es/20050501/medioambiente/69696.php|title=La Fuerza del Mar|publisher=revista.consumer.es|accessdate=5 de junho de 2011|archiveurlwayb=https://web.archive.org/web/20110826034707/http://revista.consumer.es/web/es/20050501/medioambiente/69696.php|archivedate=26 de agosto de 2011|df=dmy-all}}</ref>
 
As fontes de energia não renováveis ​​usadas na Espanha são [[Energia nuclear|nucleares]] (8 reatores operacionais), [[gás natural]], [[carvão]] e [[petróleo]]. Juntos, os [[combustíveis fósseis]] geraram 58% da eletricidade da Espanha em 2009, logo abaixo da média da [[OCDE]] de 61%. A energia nuclear gerou outros 19% e a energia eólica e a hidrelétrica cerca de 12% cada.<ref name="SverigeE">Energy in Sweden, Facts and figures, The Swedish Energy Agency, (in Swedish: Energiläget i siffror), Table for figure 49. Source: IEA/OECD [http://webbshop.cm.se/System/TemplateView.aspx?p=Energimyndigheten&view=default&cat=/Broschyrer&id=e0a2619a83294099a16519a0b5edd26f]. {{webarchive|url=https://web.archive.org/web/20131016045634/http://webbshop.cm.se/System/TemplateView.aspx?p=Energimyndigheten&view=default&cat=%2FBroschyrer&id=e0a2619a83294099a16519a0b5edd26f|date=16 de outubro de -10-2013}}</ref>
 
=== Transportes ===
Linha 439:
 
| image1 = Autovia olivar.jpg
| caption1 = ''Autovía del Olivar'' que liga [[Úbeda]] com [[Estepa]], na [[Andaluzia]].
 
| image2 = RENFE Class 730 Viaducto Martin Gil.jpg
| caption2 = [[Alta Velocidad Española|AVE]] no Viaduto Martin Gil, perto de [[Zamora]].
 
| image3 = Port_of_Valencia.jpg
| caption3 = [[Porto de Valência]].
}}
O sistema rodoviário espanhol é principalmente centralizado, com seis rodovias que ligam [[Madrid]] ao [[Comunidade Autónoma do País Basco|País Basco]], [[Catalunha]], [[Comunidade Valenciana|Valência]], [[Andaluzia]] Ocidental, [[ExtremaduraEstremadura (Espanha)|Estremadura]] e [[Galiza]]. Além disso, existem rodovias ao longo das costas do Atlântico (Ferrol a Vigo), CantabriaCantábria ([[Oviedo]] a São[[San SebastiãoSebastián]]) e Mediterrâneo ([[Girona]] a Cádiz[[Cádis]]). A Espanha estabeleceu a meta de colocar um milhão de [[Veículo elétrico|carros elétricos]] nas estradas até 2014 como parte do plano do governo para economizar energia e aumentar a eficiência energética.<ref>{{citar web|url=http://www.triplepundit.com/2008/07/algae-based-biofuels-in-plain-english-why-it-matters-how-it-works/|título=Algae Based Biofuels in Plain English: Why it Matters, How it Works. (algae algaebiofuels carbonsequestration valcent vertigro algaebasedbiofuels ethanol)|publicado=Triplepundit.com|data=30 de julho de 2008|acessodata=19 de novembro de -11-2008}}</ref> O ex-ministro da Indústria, Miguel Sebastián, disse que "o veículo elétrico é o futuro e o motor de uma revolução industrial".<ref>{{citar web|url=http://www.enn.com/energy/article/37798|título=Spain to Put 1&nbsp;million Electric Cars on the Road|publicado=Triplepundit.com|data=30 de julho de 2008|acessodata=19 de novembro de -11-2008}}</ref>
 
A Espanha possui a mais extensa rede [[Comboio de alta velocidade|ferroviária de alta velocidade]] na [[Europa]] e a segunda mais extensa do mundo, depois da [[China]].<ref>{{citar web|url=http://blog.raileurope.com/high-speed-rail-news/the-need-for-speed-high-speed-rail-in-europe-do-you-speak-spanish|título=The Need for Speed–High Speed Rail in Europe: Do You Speak Spanish? Europe on Track|publicado=Blog.raileurope.com|acessodata=1 de novembro de -11-2011|urlmorta=yes|wayb=20110202103102}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.theolivepress.es/spain-news/2010/11/17/spain-speeds-ahead/|título=Spain has developed Europe's largest high-speed rail network &#124; Olive Press Newspaper &#124; News|publicado=Theolivepress.es|acessodata=1 de novembro de -11-2011}}</ref> Em outubro de 2010, a o país possuía um total de 3.500&nbsp;km de trilhos de alta velocidade ligando [[Málaga]], [[Sevilha]], Madrid, [[Barcelona]], [[Valência]] e [[Valladolid]], com trens com velocidades até 300&nbsp;km/h. Em média, o trem de alta velocidade espanhol é o mais rápido do mundo, seguido do [[Shinkansen|trem-bala japonês]] e do [[Train à Grande Vitesse|TGV francês]].<ref>{{citar web|url=http://www.elmundo.es/mundodinero/2010/11/09/economia/1289304399.html|título=El AVE español, el más veloz del mundo y el segundo en puntualidad|publicado=www.elmundo.es|data=10 de novembro de -11-2010|acessodata=5 de junho de 2011}}</ref> Em relação à pontualidade, é o segundo lugar no mundo (98,54% de chegada no horário) após o japonês Shinkansen (99%).<ref>{{citar web|url=http://web.archive.org/web/20120119180057/http://www.railpro.co.uk/magazine/?idArticles=34|título=Spain powers ahead with high-speed rail|publicado=www.railpro.co.uk|data=Janeiro de 2010|acessodata=5 de junho de 2011}}</ref> Caso os objetivos do ambicioso programa [[Alta Velocidad Española|AVE]] (trens de alta velocidade espanhóis) sejam atendidos, até 2020, a Espanha terá 7.000&nbsp;km de trens-bala que ligam quase todas as cidades provinciais a Madrid em menos de três horas e a Barcelona em quatro horas.
 
Existem 47 aeroportos públicos na Espanha. O mais movimentado é o [[Aeroporto de Madrid-Barajas|aeroporto de Madrid]] (Barajas), com 50&nbsp;milhões de passageiros em 2016, sendo o [[Lista de aeroportos por número de passageiros|25º aeroporto mais movimentado do mundo]], bem como o quarto mais ocupado da [[União Europeia]]. O [[Aeroporto de Barcelona-El Prat|aeroporto de Barcelona]] (El Prat) também é importante, com 44&nbsp;milhões de passageiros em 2016, sendo o 33.º &nbsp;aeroporto mais movimentado do mundo. Outros principais aeroportos estão localizados em [[Aeroporto de Palma de Maiorca-Son Sant Joan|Maiorca]] (23&nbsp;milhões de passageiros), [[Aeroporto de Málaga|Málaga]] (13&nbsp;milhões de passageiros), [[Aeroporto de Gran Canária|Las Palmas]] (11&nbsp;milhões de passageiros), [[Aeroporto de Alicante-Elche|Alicante]] (10&nbsp;milhões de passageiros) e menores, com número de passageiros entre 4 e 10&nbsp;milhões, como o [[Aeroporto de Tenerife Sul|aeroporto de Tenerife]] (dois aeroportos), [[Aeroporto de Valência|Valência]], [[Aeroporto de Sevilha|Sevilha]], [[Aeroporto de Bilbau|Bilbao]], [[Aeroporto de Ibiza|Ibiza]], [[Aeroporto de Lanzarote|Lanzarote]] e [[Aeroporto de Fuerteventura|Fuerteventura]]. Além disso, mais de 30 aeroportos com o número de passageiros abaixo de 4&nbsp;milhões.<ref>{{citar web|url=http://www.panynj.gov/airports/pdf-traffic/ATR2016.pdf|título=2016 Annual Airport Traffic Report|publicado=Port Authority of New York and New Jersey|data=2017-04-28|acessodata=2017-05-10}}</ref>
 
Os portos e portos mais importantes são [[Algeciras]], Barcelona, Valência e Bilbao outros: [[Cádiz]], [[Cartagena (Espanha)|Cartagena]], [[Ceuta]], [[Huelva]], [[La Coruña]], [[Las Palmas]], [[Málaga]], [[Melilla]], [[Gijón]], [[Palma de Maiorca]], [[Sagunto]], [[Santa Cruz de Tenerife]], Los Cristianos (Tenerife), Santander, Tarragona, Vigo, Motril, Almería, Sevilha, Castellón de la Plana, Alicante, Pasaia, Avilés e Ferrol.<ref name="Factbook"/>
 
=== Saúde ===
[[Imagem:Alcorcón - Hospital Universitario Fundación Alcorcón 2.jpg|thumb|Hospital Universitário Fundação Alcorcón, em [[Madrid]].]]
O sistema de saúde da Espanha (''Sistema Nacional de Saúde'') é considerado um dos melhores do mundo, na 7ª posição no ranking elaborado pela [[Organização Mundial da Saúde]] (OMS).<ref>World Health Organisation, World Health Staff, (2000), Haden, Angela; Campanini, Barbara, eds., [https://www.who.int/whr/2000/en/whr00_en.pdf The world health report 2000 - Health systems: improving performance (PDF)], Geneva, Switzerland: World Health Organisation, {{ISBN|92-4-156198-X}}</ref> A assistência médica é pública, universal e gratuita para qualquer cidadão espanhol.<ref>{{citar web |url=http://www.seg-social.es/wps/portal/wss/internet/Conocenos/HistoriaSeguridadSocial |titulotítulo=Historia de la Seguridad Social|editor=Seguridad Social |acessodata=1 de novembro de -11-2019}}</ref>
 
Segundo a [[Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico]] (OCDE), os gastos totais em saúde representaram 9,4% do PIB espanhol em 2011, ligeiramente acima da média da OCDE de 9,3%. A Espanha é classificada em 1º no mundo em [[transplantes de órgãos]].<ref>{{Cite web|url=https://www.thelocal.es/20170915/how-spain-became-world-leader-at-organ-transplants|title=How Spain became the world leader in organ transplants|date=2017-09-15|website=www.thelocal.es|language=en-GB|access-date=2019-06-23}}</ref><ref>{{Cite web|url=https://www.thelocal.es/20160225/global-transplant-leader-spain-reaches-its-100000th-transplant|title=Global leader Spain carries out its 100,000th transplant|date=2016-02-25|website=www.thelocal.es|language=en-GB|access-date=2019-06-23}}</ref>
 
O setor público é a principal fonte de financiamento da saúde. No país, 73% dos gastos com saúde foram financiados por fontes públicas em 2011, muito próximo da média de 72% nos países da OCDE. Desde 2010, os gastos a longo prazo em saúde diminuíram.<ref>{{cite web|url=http://www.oecd.org/els/health-systems/Briefing-Note-SPAIN-2014.pdf|title=OECD Health Statistics 2014 How does Spain compare? }}</ref>
 
=== Educação, ciência e tecnologia ===
{{imagem dupla|left|Universidad de Salamanca, Escuelas Mayores.jpg|220|Ing_telescopes_sunset_la_palma_july_2001.jpg|247|[[Universidade de Salamanca]], onde [[Francisco de Vitória]] criou a [[Escola de Salamanca]] e o [[direito internacional]].|[[Observatório do Roque de los Muchachos]], do [[Instituto de Astrofísica das Canárias]].}}
 
A educação estatal na Espanha é gratuita e [[Educação obrigatória|obrigatória]] dos 6 aos 16 anos de idade. O sistema educacional atual foi estabelecido pela lei educacional de 2006, a LOE (''Ley Orgánica de Educación'') ou Lei Orgânica de Educação.<ref name=LOE_juridicas>{{citar web|url=http://noticias.juridicas.com/base_datos/Admin/lo2-2006.html|título=''La Ley Orgánica 2/2006''}} Acessado em 23 de setembro de 2009</ref> Em 2014, a LOE foi parcialmente modificada pela lei LOMCE mais nova e controversa (''Ley Orgánica para la Mejora de la Calidad Educativa''), ou Lei Orgânica para a Melhoria do Sistema Educacional, comumente chamada ''Ley Wert''.<ref name=LOMCE_juridicas>{{citar web|url=http://noticias.juridicas.com/base_datos/Admin/517990-lo-8-2013-de-9-dic-para-la-mejora-de-la-calidad-educativa.html|título=''Ley Orgánica 8/2013''}} Acessado em 9 de dezembro de 2013</ref> Desde 1970 a 2014, a Espanha teve sete leis educacionais diferentes (LGE, LOECE, LODE, LOGSE, LOPEG, LOE e LOMCE).<ref>{{citar web|url=http://www.teinteresa.es/educa/siete-leyes-educativas-franco-wert-zapatero-aznar-ucd-psoe-pp_0_1007900025.html|título=''De la LGE a la LOMCE: Así son las siete leyes educativas españolas de la democracia''|editor=teinteresa.es|acessodata=1 de novembro de -11-2019}}</ref> A [[Institución Libre de Enseñanza]] foi um projeto educacional que se desenvolveu em Espanha por meio século, de 1876 até 1936, por [[Francisco Giner de los Ríos]] e [[Gumersindo de Azcárate]]. O instituto inspirou-se na filosofia do [[krausismo]]. [[Concepción Arenal]] no [[feminismo]] e [[Santiago Ramón y Cajal]] na [[neurociência]] estavam no movimento.<ref>Arturo Ruiz, Alberto Sánchez e Juan Pedro Bellón, ''Historiografía ibérica y el problema nacional.'' [http://www.ujaen.es/centros/caai/faseIareaI.htm] {{Wayback|url=http://www.ujaen.es/centros/caai/faseIareaI.htm|date=20100918124358}}</ref>
 
Nos séculos XIX e XX, a ciência na Espanha foi retida por uma grave instabilidade política e consequente subdesenvolvimento econômico. Apesar destas condições, surgiram alguns cientistas e engenheiros importantes. Os mais notáveis foram [[Miguel Servet]], [[Santiago Ramón y Cajal]], [[Narcís Monturiol]], [[Celedonio Calatayud]], [[Juan de La Cierva y Codorniu]], [[Leonardo Torres y Quevedo]], [[Margarita Salas]] e [[Severo Ochoa]]. O [[Conselho Superior de Investigações Científicas]] (CSIC) é o principal órgão público dedicado à pesquisa científica no país. Classificou-se como a 5ª principal instituição científica governamental em todo o mundo (e a 32ª no geral) no ranking de instituições SCImago de 2018.<ref>{{Cite web|url=https://www.scimagoir.com/rankings.php?sector=all|title=Scimago Institution Rankings|accessdate=5 de janeiro de -1-2018}}</ref>
 
== Cultura ==
{{Artigo principal|Cultura da Espanha}}
{{Anexo|Património Mundial em Espanha|Sítios em Espanha candidatos a Património Mundial}}
A Espanha é conhecida pelo seu patrimônio cultural diversificado, tendo sido influenciado por muitas nações e povos ao longo de sua história. A cultura espanhola tem suas origens nas culturas ibérica, [[Celtas|celta]], [[Celtiberos|celtibera]], [[Cultura romana|latina]], [[Visigodos|visigótica]], [[católica romana]], e [[Cultura islâmica|islâmica]]. A definição de uma cultura nacional espanhola tem sido caracterizada pela tensão entre o [[estado]] [[Centralismo|centralizado]], dominado nos últimos séculos por [[Castela]], e muitas regiões e povos minoritários. Além disso, a história da nação e de seu ambiente mediterrânico e atlântico desempenharam papéis importantes na formação de sua cultura. A Espanha tem 47 [[patrimônios da humanidade]], o que inclui a paisagem de [[Monte Perdido]], nos [[Pirineus]], que é compartilhada com a [[França]], os sítios de [[arte rupestre]] pré-históricos do [[Sítios de arte rupestre do Vale do Coa|Vale do Côa]] e o [[Siega Verde]], que é compartilhado com [[Portugal]], o [[Património do mercúrio. Almadén e Idrija|Patrimônio de Mercúrio]], compartilhado com a [[Eslovênia]] e as [[florestas primárias de faias dos Cárpatos e de outras regiões da Europa]], compartilhadas com outros países da Europa.<ref>{{cite web|title=Spain|url=http://whc.unesco.org/en/statesparties/es|publisher=UNESCO Culture Sector|accessdate=14 de setembro de 2014|archiveurlwayb=https://web.archive.org/web/20140926042250/http://whc.unesco.org/en/statesparties/es|archivedate=26 de setembro de 2014|df=dmy-all}}</ref> Além disso, a Espanha também possui 14 [[Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade|patrimônios culturais imateriais]], ou "tesouros humanos".<ref>{{cite web|title=Spain – Intangible Cultural Heritage|url=http://www.unesco.org/culture/ich/en/state/es|publisher=UNESCO Culture Sector|accessdate=14 de setembro de 2014|archiveurlwayb=https://web.archive.org/web/20140914115731/http://www.unesco.org/culture/ich/en/state/es|archivedate=14 de setembro de 2014|df=dmy-all}}</ref>
 
=== Artes ===
{{Artigo principal|Arte na Espanha}}
{{imagem dupla|right|Las Meninas, by Diego Velázquez, from Prado in Google Earth.jpg|160|579px-Les Demoiselles d'Avignon.jpg|180|''[[Las Meninas]]'' (1656), [[Diego Velázquez]], [[MuseoMuseu deldo Prado]].|''[[Les demoiselles d'Avignon]]'', de [[Pablo Picasso]] (1907), [[Museu de Arte Moderna (Nova Iorque)|Museu de Arte Moderna de Nova Iorque]].}}
 
Artistas da Espanha têm tido grande influência no desenvolvimento de vários [[movimentos artísticos]] europeus e norte-americanos. Devido à diversidade histórica, geográfica e geracional, a arte espanhola conheceu um grande número de influências. A herança mediterrânea com [[Mundo greco-romano|greco-romana]] e alguns mouros e influências na Espanha, especialmente na [[Andaluzia]], ainda é evidente hoje. As influências europeias incluem [[Itália]], [[Alemanha]] e [[França]], especialmente durante os períodos [[renascentista]], [[barroco espanhol]] e [[neoclássico]]. Existem muitos outros estilos autóctones, como a arte e a [[Arte pré-românica|arquitetura pré-românica]], a [[Herrerianismo|arquitetura herreriana]] ou o [[gótico isabelino]].<ref name="Artes">{{citar web |url=https://www.donquijote.org/spanish-culture/art/ |titulotítulo=Spanish art history |acessodata=31 de outubro de -10-2019 |editor=donquijote.org}}</ref>
 
Durante a [[Século de Ouro Espanhol|Era de Ouro]], os pintores que trabalhavam na Espanha incluíam [[El Greco]], [[José de Ribera]], [[Bartolomé Esteban Murillo]] e [[Francisco Zurbarán]]. Também no período barroco, [[Diego Velázquez]] criou alguns dos retratos espanhóis mais famosos, como ''[[Las Meninas]]'' e ''[[As Fiandeiras (Velázquez)|Las Hilanderas]]''.<ref name="Artes"/>
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[[Imagem:Bronze statues of Don Quixote and Sancho Panza.jpg|thumb|esquerda|upright|Estátuas de [[Dom Quixote]] e [[Sancho Panza]]]]
 
O desenvolvimento da literatura espanhola coincide e frequentemente se cruza com o de outras tradições literárias de regiões dentro do mesmo território, principalmente a [[literatura catalã]]; o [[Literatura galega|galego]] também se cruza com as tradições literárias latinas, judaicas e árabes da península ibérica. A [[literatura da América Latina]] é um importante ramo da literatura espanhola, com suas próprias características particulares que remontam aos primeiros anos da [[Colonização espanhola da América|conquista espanhola das Américas]].<ref name="Literatura">{{citar web |url=https://www.britannica.com/art/Spanish-literature |titulotítulo=Spanish literature |acessodata=31 de outubro de -10-2019 |editor=[[Enciclopédia Britânica]]}}</ref>
 
A [[Conquista romana da Península Ibérica|conquista e ocupação romana da Península Ibérica]], iniciada no século {{-séc|III a.C.}}, trouxe uma cultura latina aos territórios espanhóis. A [[Invasão muçulmana da Península Ibérica|chegada dos invasores muçulmanos]] em 711 d.C. trouxe as culturas do [[Oriente Médio]] e [[Extremo Oriente]]. Na literatura espanhola [[Idade Média|medieval]], os primeiros exemplos registrados de uma [[Vernáculo|literatura vernacular]] misturam a cultura muçulmana, judaica e cristã. Uma das obras notáveis ​​é o [[poema épico]] ''[[Cantar de Mio Cid]]'', escrito em 1140. A [[prosa]] espanhola ganhou popularidade em meados do século {{séc|XIII}}. A [[poesia lírica]] na Idade Média inclui poemas populares e a poesia cortês dos nobres. Durante o século {{séc|XV}}, ocorreu o pré-renascimento e a produção literária aumentou muito. No [[Renascimento]], os tópicos importantes eram poesia, literatura religiosa e prosa. Na era barroca do século {{séc|XVII}}, importantes obras foram a prosa de [[Francisco de Quevedo]] e [[Baltasar Gracián]].<ref name="Literatura"/> [[Miguel de Cervantes]] é provavelmente o autor mais famoso da Espanha, e sua obra ''[[Dom Quixote]]'' é considerado a obra mais emblemática no cânone da literatura espanhola e um clássico fundador da literatura ocidental.<ref name="The top 100 books of all time">{{citar jornal|url=http://www.guardian.co.uk/world/2002/may/08/books.booksnews|título=The top 100 books of all time|obra=The Guardian|acessodata=2008-08-14|local=London|data=2006-05-11}}</ref>
 
Na [[iluminismo|era iluminista]] do século {{séc|XVIII}}, obras notáveis ​​incluem a prosa de [[Benito Jerónimo Feijoo]], [[Gaspar Melchor de Jovellanos]] e [[José Cadalso]]; os poemas líricos de [[Juan Meléndez Valdés]], [[Tomás de Iriarte]] e [[Félix María Samaniego]] e o teatro de [[Leandro Fernández de Moratín]] e [[Ramón de la Cruz]]. No [[romantismo ]](início do século {{séc|XIX}}), tópicos importantes são: a poesia de [[José de Espronceda]] e outros poetas e o teatro, com [[Ángel de Saavedra]] (duque de Rivas), [[José Zorrilla]] e outros autores. No [[realismo]] (final do século {{séc|XIX}}), misturado ao [[naturalismo]], temas importantes são o romance, com [[Juan Valera]], [[José Maria de Pereda]], [[Benito Pérez Galdós]], [[Emilia Pardo Bazán]], [[Leopoldo Alas]], [[Armando Palacio Valdés]] e [[Vicente Blasco Ibáñez]].<ref name="Literatura"/>
[[Imagem:Federico_García_Lorca._Huerta_de_San_Vicente,_Granada.jpg|thumb|upright|[[Federico García Lorca]], membro da [[Geração de 27]].]]
 
No [[modernismo]], aparecem várias correntes: [[parnasianismo]], [[simbolismo]], [[futurismo]] e [[Criacionismo (poesia)|criacionismo]]. A [[Batalha de Santiago de Cuba|destruição da frota espanhola em Cuba]] pelos [[Estados Unidos]] em 1898 provocou uma crise na Espanha. Um grupo de escritores mais jovens, entre eles [[Miguel de Unamuno]], [[Pío Baroja]] e [[Azorín|José Martínez Ruiz]], fez alterações na forma e no conteúdo da literatura. No ano de 1914 - o ano da eclosão da [[Primeira Guerra Mundial]] e da publicação do primeiro grande trabalho da voz principal da geração, [[José Ortega y Gasset]] - vários escritores haviam estabelecido seu próprio lugar na cultura espanhola. Entre as principais vozes estão o poeta [[Juan Ramón Jiménez]], os acadêmicos e ensaístas [[Ramón Menéndez Pidal]], [[Gregorio Marañon]], [[Manuel Azaña]], [[Eugeni d'Ors]] e [[Ortega y Gasset]], e os romancistas [[Gabriel Miró]], [[Ramón Pérez de Ayala]] e [[Ramón Gómez de Serna]]. Por volta de 1920, um grupo mais jovem de escritores - principalmente poetas - começou a publicar obras que, desde o início, revelavam até que ponto os artistas mais jovens estavam absorvendo a experimentação literária dos escritores de 1898 e 1914. Os poetas estavam intimamente ligados à academia formal. Romancistas como [[Rosa Chacel]], [[Francisco Ayala]] e [[Ramón J. Sender]] foram igualmente experimentais e acadêmicos.<ref name="Literatura"/>
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=== Música ===
[[Imagem:Belen maya.jpg|thumb|esquerda|upright|Dançarina de [[flamenco]]]]
A música espanhola é muitas vezes considerada exterior como sinônimo de [[flamenco]], um gênero musical do oeste da [[Andaluzia]] que, ao contrário da crença popular, não é muito comum fora dessa região. Vários estilos regionais de música folclórica abundam em [[Aragão]], [[Catalunha]], [[Valência (Espanha)|Valência]], [[Castela]], [[País Basco (Espanha)|País Basco]], [[Galiza]] e [[Astúrias]]. Pop, rock, hip hop e heavy metal também são populares.<ref name="Música">{{citar web |url=https://www.britannica.com/place/Spain/Music |titulotítulo=Music |acessodata=31 de outubro de -10-2019 |editor=[[Enciclopédia Britânica]]}}</ref>
 
No campo da música clássica, a Espanha produziu uma série de compositores notáveis como [[Isaac Albéniz]], [[Manuel de Falla]] e [[Enrique Granados]] e cantores e artistas como [[Plácido Domingo]], [[José Carreras]], [[Montserrat Caballé]], [[Alicia de Larrocha]], [[Alfredo Kraus]], [[Pablo Casals]], [[Ricardo Viñes]], [[José Iturbi]], [[Pablo de Sarasate]], [[Jordi Savall]] e [[Teresa Berganza]]. Na Espanha, existem mais de 40 orquestras profissionais, incluindo o [[Orquestra Sinfônica de Barcelona e Nacional da Catalunha]], [[Orquestra Nacional de Espanha]] e a [[Orquestra Sinfônica de Madrid]]. As casas de ópera mais importantes incluem o [[Teatro Real]], o ''[[Gran Teatre del Liceu]]'', o [[Teatro Arriaga]], o [[Palácio Euskalduna]] e o [[Palácio das Artes Rainha Sofia]].<ref name="Música"/>
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=== Moda e cinema ===
{{AP|Cinema da Espanha}}
{{imagem dupla|right|Pedro Almodovar and Penélope Cruz 2.jpg|220|Zara_Mallorca.jpg|200|[[Pedro Almodóvar]] e [[Penélope Cruz]] em [[Oviedo]] para os [[Prémios Princesa das Astúrias|Prêmios Princesa das Astúrias]].|Uma loja da marca espanhola [[Zara]] em [[Mallorca]].}}
 
A Semana de Moda de Madrid é uma das [[semanas de moda]] mais importantes da Europa.<ref>{{citar web |url=https://www.lookoutpro.com/en/the-worlds-most-important-fashion-weeks/ |titulotítulo=The world’s most important fashion weeks |editor=LookoutPro |acessodata=31 de outubro de -10-2019 |data=13 de junho de 2019}}</ref> A espanhola [[Zara]] é uma das maiores empresas de moda ''[[prêt-à-porter]]'' do mundo.<ref>{{citar web |url=https://www.istoedinheiro.com.br/noticias/negocios/20130517/renner-quer-ser-rainha-fast-fashion/2745 |titulotítulo=A Renner quer ser a rainha do fast-fashion |editor=[[IstoÉ]] |acessodata=17 de maio de -5-2013 |data=13 de junho de 2019}}</ref> Designers de moda como [[Cristóbal Balenciaga]] estão entre os mais influentes do século {{séc|XX}}.<ref name="met">{{cite web | last = Charleston | first =Beth Duncuff | title =Cristobal Balenciaga (1895-1972)| work=Timeline of Art History| publisher =[[Metropolitan Museum of Art]] |date=outubro de 2004 | url =http://www.metmuseum.org/toah/hd/bale/hd_bale.htm| accessdate = 2007-06-06 }}</ref>
 
O [[cinema espanhol]] alcançou grande sucesso internacional, incluindo [[Oscar]]s de filmes recentes como ''[[O Labirinto do Fauno]]''<ref name="Academy Awards">{{cite web|url=http://www.oscars.org/79academyawards/nomswins.html |title=79th Annual Academy Awards Nominees and Winners |accessdate=23 de maio de -5-2007 |publisher=[[Academy Awards]] |archiveurlwayb=https://web.archive.org/web/20070501001557/http://www.oscars.org/79academyawards/nomswins.html |archivedate=1 de maio de 2007 |df=dmy }}</ref> e ''[[Volver]]''.<ref>{{Cite web|url=https://variety.com/2007/film/awards/foreign-oscar-list-down-to-nine-1117957521/ |title=Foreign Oscar list down to nine |first=Steven |last=Zeitchik |date=16 de janeiro de -1-2007 |accessdate=7 de junho de 2019 |work=[[Variety]]}}</ref> Na longa história do cinema espanhol, o grande cineasta [[Luis Buñuel]] foi o primeiro a obter reconhecimento mundial, seguido por [[Pedro Almodóvar]] na década de 1980 (''[[Movida Madrileña|La Movida Madrileña]]''). O cinema espanhol também teve sucesso internacional ao longo dos anos, com diretores como [[Segundo de Chomón]], [[Florián Rey]], [[Luis García Berlanga]], [[Carlos Saura]], [[Julio Medem]], [[Isabel Coixet]], [[Alejandro Amenábar]], [[Icíar Bollaín]] e os irmãos [[David Trueba]] e [[Fernando Trueba]]. As atrizes [[Sara Montiel]] e [[Penélope Cruz]] ou o ator [[Antonio Banderas]] estão entre os que se tornaram estrelas de [[Hollywood]]. Os festivais internacionais de cinema de [[Semana Internacional de Cine de Valladolid|Valladolid]] e [[Festival Internacional de Cinema de San Sebastián|San Sebastian]] são os mais antigos e mais relevantes da Espanha.<ref name="Cinema">{{citar web |url=https://www.britannica.com/place/Spain/Cinema |titulotítulo=Cinema |acessodata=31 de outubro de -10-2019 |editor=[[Enciclopédia Britânica]]}}</ref>
 
=== Culinária ===
{{AP|Culinária de Espanha|Dieta mediterrânica}}
[[Imagem:01_Paella_Valenciana_original.jpg|thumb|esquerda|Uma ''[[paella]]'' valenciana.]]
 
A culinária espanhola consiste em uma grande variedade de pratos que resultam de diferenças de geografia, cultura e clima. É fortemente influenciada pelos [[frutos do mar]] disponíveis nas águas que cercam o país e reflete as profundas raízes mediterrâneas da nação. A extensa história da Espanha, com muitas influências culturais, levou a uma culinária única.<ref name="Culinária">{{citar web |url=https://www.enforex.com/culture/history-spanish-food.html |titulotítulo=History os Spanish Food |editor=Enforex |acessodata=31 de outubro de -10-2019}}</ref>
 
Na região mediterrânea, da [[Catalunha]] à [[Andaluzia]], há uso intenso de frutos do mar, como ''pescaíto'' frito (peixe frito); várias sopas frias como [[gaspacho]]; e muitos pratos à base de arroz, como a ''[[paella]]'' valenciana<ref name="paella">{{cite news |url=http://www.timesonline.co.uk/tol/travel/article2277058.ece |title=Spain's perfect paella |date=19 de agosto de 2007 |last=Richardson |first=Paul |work=The Times |location=Londres |accessdate=6 de agosto de 2010 |archiveurlwayb=https://web.archive.org/web/20100604174210/http://www.timesonline.co.uk/tol/travel/article2277058.ece |archivedate=4 de junho de 2010 |df=dmy-all }}</ref> e o [[arroz negro]] catalão.<ref>{{cite news |url=http://www.villagevoice.com/2009-12-01/restaurants/spain-gain-at-mercat-negre/ |title=Spain Gain at Mercat Negre |work=The Village Voice |date=1 de dezembro de 2009 |last=DiGregorio |first=Sarah |location=New York |accessdate=6 de agosto de 2010 |archiveurlwayb=https://web.archive.org/web/20091208050334/http://www.villagevoice.com/2009-12-01/restaurants/spain-gain-at-mercat-negre/ |archivedate=8 de dezembro de 2009 |df=dmy-all }}</ref>
 
No interior, é o comum o consumo de sopas quentes e grossas, como a sopa castelhana à base de pão e alho, juntamente com ensopados substanciais, como o [[cozido madrileno]]. Os alimentos são tradicionalmente conservados com salga, como o presunto espanhol, ou imersos em [[azeite]], como o [[queijo manchego]].<ref name="Culinária"/>
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{{Artigo principal|Arquitetura de Espanha}}
 
{{imagem dupla|right|Barcelona_Tres_-_009_(3466918784).jpg|220|Guggenheim , Bilbao 2.jpg|230|A ''[[Templo Expiatório da Sagrada Família|Sagrada Família]]'', em [[Barcelona]].|[[Museu Guggenheim Bilbao|Museu Guggenheim]], em [[Bilbau]].}}
 
Devido à sua diversidade histórica e geográfica, a arquitetura espanhola tem atraído a partir de uma série de influências. Uma cidade importante da província fundada pelos romanos e com uma infraestrutura extensa da [[era romana]], Córdova se tornou a capital cultural, incluindo uma arquitetura em estilo árabe, feita durante a época do [[Califado Omíada]].<ref>{{citar livro|primeiro=Jo|último=Cruz|título=Western Views of Islam in Medieval and Early Modern Europe: Perception and Other|editor=Edited by David R. Blanks and Michael Frassetto|local=New York|publicado=Saint Martin's Press|ano=1999|página=56}}</ref> A arquitetura de estilo árabe mais tarde continuou a ser desenvolvida sob as sucessivas dinastias islâmicas, terminando com os [[Nasridas]], que construíram seu famoso complexo do palácio em Granada. Simultaneamente, os [[Reinos cristãos peninsulares|reinos cristãos]] gradualmente surgiram e desenvolveram seus próprios estilos, desenvolvendo um [[Arte pré-românica|estilo pré-românico]], quando por um tempo isolado das principais influências arquitetônicas contemporâneas europeias durante o início da [[Idade Média]], que mais tarde integraram os fluxos [[Arquitetura românica|românico]] e [[Arquitetura gótica|gótico]].<ref name="Arquitetura">{{citar web |url=https://www.britannica.com/place/Spain/Architecture |titulotítulo=Architecture |acessodata=31 de outubro de -10-2019 |editor=[[Enciclopédia Britânica]]}}</ref>
 
Houve então um extraordinário florescimento do estilo gótico, que resultou em inúmeras construções que forma sendo construídas em todo o território. O estilo [[mudéjar]], a partir dos séculos XII a XVII, foi desenvolvido através da introdução de motivos de estilo árabe, padrões e elementos em arquitetura europeia. A chegada do [[modernismo]] na área acadêmica produziu grande parte da arquitetura do {{séc|XX}}. Um estilo influente no centro de Barcelona, conhecido como [[modernismo catalão]], produziu uma série de importantes arquitetos, dos quais [[Gaudí]] é um deles. O estilo internacional foi liderado por grupos como [[GATEPAC]]. A Espanha está atualmente a viver uma revolução na arquitetura contemporânea e arquitetos espanhóis como [[Rafael Moneo]], [[Santiago Calatrava]], [[Ricardo Bofill]], entre outros, ganharam renome mundial.<ref name="Arquitetura"/>
{{panorama|Valencia Panoramica.jpg|1000px|Panorama da [[Cidade das Artes e das Ciências]], em [[Valência]].}}
 
=== Esportes ===
{{Artigo principal|Esporte na Espanha}}
[[Imagem:World_Cup_celebration_-_2.jpg|thumb|esquerda|Comemoração em [[Madrid]] pela vitória da [[Seleção Espanhola de Futebol]] na [[Copa do Mundo FIFA de 2010]].]]
 
A [[Volta a Espanha]] (''Vuelta a España'' ou simplesmente ''Vuelta'') é um dos principais eventos esportivos do país, que junto ao [[Giro d’Italia]] e o [[Tour de France]], é uma das três ''[[Grandes Voltas]]'' do ciclismo mundial. A ''Vuelta'' teve sua primeira edição em 1935, porém não houve edições durante a [[Segunda Guerra Mundial]]. Teve seu retorno em 1955 até atualmente. Até 2009 foram realizadas 63 edições da ''Vuelta a España''.<ref name="Esportes">{{citar web |url=https://www.britannica.com/place/Spain/Sports-and-recreation |titulotítulo=Sports and recreation |editor=[[Enciclopédia Britânica]] |acessodata=31 de outubro de -10-2019}}</ref>
 
Os esportes na Espanha são dominados, principalmente, pelo [[ciclismo]], o [[futebol]] (desde o {{séc|XX}}), o [[basquete]], o [[ténis]], o [[andebol]], e pelos esportes de [[motor]], principalmente o [[Motociclismo]]. A partir dos [[Jogos Olímpicos de Barcelona 1992|Jogos Olímpicos de 1992]], disputados na cidade de [[Barcelona]], o país entrou na elite mundial em diversos esportes. Tem como maior ídolo no esporte [[Alberto Contador]], da equipe [[Nursultan]] Pro Cycling Team. Contador é vencedor do [[Tour de France 2007]] e 2009, além do [[Giro d'Italia 2008]] e Volta a Espanha também em 2008, entre outras vitórias em voltas. É considerado o melhor ciclista da atualidade, e um dos grandes nomes do esporte de todos os tempos. Em 2010 a Espanha consagrou-se campeã de futebol mundial, tendo vencido a [[Copa do Mundo FIFA de 2010|Copa do Mundo]] na [[África do Sul]] e tornou-se a única seleção de futebol a ser campeã do mundo e bicampeã da Europa, tendo vencido os campeonatos europeus de [[Campeonato Europeu de Futebol de 2008|2008]], realizado na [[Suíça]] e na [[Áustria]], e [[Campeonato Europeu de Futebol de 2012|2012]], na [[Polónia]] e [[Ucrânia]].<ref name="Esportes"/>
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=== Feriados ===
{{AP|Feriados na Espanha}}
{{imagem dupla|right|La Tomatina 2014.jpg|220|Bull Run.jpg|220|''[[Tomatina|La Tomatina]]'', festa típica de [[Buñol]], em [[Valência (província)|Valência]].|[[Festas de São Firmino]], realizadarealizadas em [[Pamplona]], em [[Navarra]].}}
 
Os feriados comemorados na Espanha incluem uma mistura de festividades religiosas ([[católicas romanas]]), nacionais e regionais. Cada município pode declarar um máximo de 14 feriados por ano; até nove deles são escolhidos pelo governo nacional e pelo menos dois são escolhidos localmente.<ref>{{cite web|url=http://www.bank-holidays.com/holidays_2007_58.htm|title=Bank holidays in Spain|publisher=bank-holidays.com|accessdate=13 de agosto de 2008|archiveurlwayb=https://web.archive.org/web/20080918001803/http://www.bank-holidays.com/holidays_2007_58.htm|archivedate=18 de setembro de 2008|df=dmy-all}}</ref> O Dia Nacional da Espanha (''Fiesta Nacional de España'') é 12 de outubro, aniversário da [[Descoberta da América]] e comemora a festa de [[Nossa Senhora do Pilar]], padroeira de Aragão e de toda a Espanha.<ref name="Feriados">{{citar web |url=https://www.britannica.com/place/Spain/Festivals-and-holidays#ref258828 |titulotítulo=Festivals and holidays |acessodata=31 de outubro de -10-2019 |editor=[[Enciclopédia Britânica]]}}</ref>
 
Alguns dos festivais espanhóis são conhecidos em todo o mundo, e todos os anos milhões de turistas estrangeiros vão à Espanha para participar. Um dos mais famosos são as [[Festas de São Firmino]], em [[Pamplona]]. Embora seu evento mais famoso seja o ''[[encierro]]''', ou a corrida de touros, que acontece na manhã de 14 de julho, a celebração de uma semana envolve muitos outros eventos tradicionais e folclóricos. Seus eventos foram centrais para o enredo de ''[[The Sun Also Rises]]'', de [[Ernest Hemingway]], que o levou à atenção geral das pessoas que falam [[Língua inglesa|inglês]]. Como resultado, tornou-se uma das festas de renome internacional na Espanha, com mais de 1.000.000 de pessoas presentes todos os anos.<ref name=ay4>{{Citar web|url=https://sedeelectronica.pamplona.es/VerDocumento/VerDocumento.aspx?IDdoc=272948|titulo=Casi 1,6 millones de personas participan en los actos de unos Sanfermines con un 6% menos de denuncias y con un 13% menos de corredores en los encierros|data=15 de julho de 2013|publicado=Ayuntamiento de Pamplona. sedeelectronica.pamplona.es|lingua3=es|acessodata=28 de junho de 2014|arquivourlwayb=http://wayback.archive.org/web/20140628032512/https://sedeelectronica.pamplona.es/VerDocumento/VerDocumento.aspx?IDdoc=272948|arquivodata=28 de junho de 2014|formato=PDF|página=1|ref=ay4x}}</ref> Outros festivais incluem: o festival de tomate La Tomatina em Buñol, Valência, os carnavais nas Ilhas Canárias, as quedas em Valência ou a Semana Santa na Andaluzia e Castela e Leão.<ref name="Feriados"/>
 
{{Notas|grupo=nt|refs=
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=== Bibliografia ===
{{refbegin}}
*{{citar livro|sobrenome=Alonso|nome=Francisco Javier Paredes|coautor=Paredes, Javier|título=Historia contemporánea de España: Siglo XIX|editora=Grupo Planeta|ano=2004|local=[[Bilbau]]|ISBN=9788434467552|ref=harv}}
*{{citar livro|sobrenome=Aranguren|nome=Asdrúbal Aguiar|título=La Constitucion de Cadiz de 1812|editora=Universidad Católica Andrés Bello|ano=2011|local=Caracas|ref=harv}}
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*{{citar livro|sobrenome=Ruiz|nome=Joaquín del Moral|coautor=Ruiz, Juan Pro; Bilbao, Fernando Suárez|título=Estado y territorio en España, 1820-1930: la formación del paisaje nacional|editora=Catarata|ano=2007|local=Madri|ISBN=9788483193358|ref=harv}}
*{{citar livro|sobrenome=Valdés|nome=Manuel Álvarez|título=La extranjería en la historia del derecho español|editora=Universidad de Oviedo|ano=1991|local=Oviedo|ISBN=9788474687378|ref=harv}}
{{refend}}
 
==== Leitura adicional ====
{{refbegin}}
 
*Carr, Raymond, ed. ''Spain: a history''. Oxford University Press, USA, 2000.
*{{citar livro|autor=Gates, David|titulo=The Spanish Ulcer: A History of the Peninsular War|editora=Da Capo Press|local=[[Cambridge (Massachusetts)|Cambridge]]|ano=2001|isbn=978-0-306-81083-1|página=20}}
{{refend}}
 
== Ligações externas ==
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}}
{{Refbegin}}
* {{LinkLk|lingnome=br|es|2url=http://www.casareal.es|3título=Casa Real de Espanha}}
* {{LinkLk|lingnome=br|es|2url=http://www.lamoncloa.es|3título=Presidência do Governo da Espanha}}
* {{LinkLk|lingnome=br|es|2url=http://www.congreso.es|3título=Câmara Legislativa da Espanha}}
* {{LinkLk|lingnome=br|es|2url=http://www.constitucion.es|3título=Constituição espanhola}}
* {{LinkLk|lingnome=br|es|2url=http://www.ine.es|3título=Instituto Nacional de Estatística}}
* {{LinkLk|lingnome=br|en|2url=http://www.spain.info|3título=Web oficial do turismo em Espanha}}
* {{LinkLk|lingnome=br|en|2url=https://www.cia.gov/librare/publicatçãos/the-world-factbook/geos/sp.html|3título=Estatísticas da Espanha no ''CIA World Factbook''}}
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|Monarquias
|Comitê de Ajuda ao Desenvolvimento
{{|Controle de autoridade}}
}}
{{Controle de autoridade}}
{{Portal3|Espanha|União Europeia|Europa|Países}}