Bissexualidade: diferenças entre revisões

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{{Mais notas|data=outubro de 2019}}
{{Orientação Sexual}}
A '''bissexualidade''' é uma [[orientação sexual]] caracterizada pela capacidade de atração, seja sexual ou romântica, por mais de um sexo, não necessariamente ao mesmo tempo, da mesma maneira ou na mesma frequência.
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Tal impressão é devida à pouca discussão desta situação tanto em âmbito académico, como em meio popular, mantendo a tendência geral para uma ideia de orientação sexual como somente heterossexual ou homossexual.
 
== Definição ==
=== Visão social da bissexualidade ===
{{artigo principal|Bifobia}}
Embora, teoricamente, por se apresentar também nela uma faceta de heterossexualidade, no sentido da atração por indivíduos do sexo oposto, segundo o olhar de homossexuais exclusivos, a bissexualidade pode parecer mais facilmente aceita. A verdade é que, em geral, há incidências específicas de [[preconceito]] contra pessoas bissexuais partindo tanto de homossexuais quanto de heterossexuais, denominado como [[bifobia]]. Uma face da bifobia se dá quando certos homossexuais consideram a bissexualidade pouco mais que um meio-termo confortável entre a heterossexualidade estabelecida e a identidade homossexual pela qual lutam por estabelecer, ou até uma fase de transição da hétero para a homossexualidade. Este preconceito também causa certos julgamentos prévios sobre o indivíduo bissexual como a promiscuidade, inconstância, tendência à infidelidade, porte de doenças venéreas, ou mero modismo. Muitas vezes abordados como somente objeto de fetiche, bissexuais também podem receber respostas de repulsa de ambos os lados por conta do histórico de contato com os dois sexos.{{carece de fontes}}
 
Atualmente é comum também o uso do termo ''[[queer]]'' na denominação tanto de pessoas bissexuais como homossexuais, numa tentativa de fugir das categorizações restritas, englobando num único termo as pessoas que pura e simplesmente se afastam dos conceitos dominantes da "heterocisnormatividade". Contudo, uma vez que queer já foi usado como insulto e ainda pode ser considerado uma ofensa, deve ser aplicado unicamente a indivíduos que manifestem concordar com a aplicação do termo a si próprios, e não à comunidade inteira. No entanto, em termos históricos, o comportamento bissexual foi aceito e até encorajado em determinadas sociedades antigas, especificamente, entre outras, na [[Grécia]], e em determinadas nações do [[Oriente Médio]].{{carece de fontes}}
Este preconceito também causa certos julgamentos prévios sobre o indivíduo bissexual como a promiscuidade, inconstância, tendência à infidelidade, porte de doenças venéreas, ou mero modismo. Muitas vezes abordados como somente objeto de fetiche, bissexuais também podem receber respostas de repulsa de ambos os lados por conta do histórico de contato com os dois sexos.
 
=== Escala de Kinsey ===
Atualmente é comum também o uso do termo ''[[queer]]'' na denominação tanto de pessoas bissexuais como homossexuais, numa tentativa de fugir das categorizações restritas, englobando num único termo as pessoas que pura e simplesmente se afastam dos conceitos dominantes da "heterocisnormatividade". Contudo, uma vez que queer já foi usado como insulto e ainda pode ser considerado uma ofensa, deve ser aplicado unicamente a indivíduos que manifestem concordar com a aplicação do termo a si próprios, e não à comunidade inteira.
 
No entanto, em termos históricos, o comportamento bissexual foi aceito e até encorajado em determinadas sociedades antigas, especificamente, entre outras, na [[Grécia]], e em determinadas nações do [[Oriente Médio]].
 
== Escala de Kinsey ==
{{artigo principal|Escala de Kinsey}}
Em termos de estudos quanto à bissexualidade, sublinha-se em notoriedade e importância para estudos posteriores do assunto os [[Estudos de Kinsey]], publicados em [[1948]] e [[1953]], quanto a um estudo cujas conclusões afirmavam, entre outras constatações, que grande parte da população estadunidense tinha comportamentos bissexuais de intensidade variante. Embora algo criticados, em particular quanto à seleção dos indivíduos a quem se aplicaram os inquéritos correspondentes ao estudo, estes vieram a tornar-se uma referência notória no que toca a estudos da sexualidade, e apresentaraM pela primeira vez a noção de que a bissexualidade é, possivelmente, muito mais comum do que se pensa.
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Esses relatórios mantiveram-se, portanto, também importantes em campos teóricos - em particular pela noção apresentada da sexualidade humana ser composta não por duas alternativas únicas, a heterossexualidade e a homossexualidade, mas por um espectro de interesse e comportamento sexual, que tem as duas como extremos.
 
=== Orientação sexual, identidade e comportamento ===
A [[Associação Americana de Psicologia]] afirma que a [[orientação sexual]]
{{quote2quote|descreve o padrão de atração sexual, comportamento e identidade, por exemplo, de homossexuais, bissexuais e heterossexuais. Atração sexual, comportamento e identidade podem ser incongruentes. Por exemplo, atração sexual e/ou comportamentos podem não ser, necessariamente, compatíveis com a identidade. Algumas pessoas podem se identificar como homossexuais ou bissexuais, sem ter tido qualquer experiência sexual. Outros tiveram experiências homossexuais, mas não se consideram [[gay]]s, lésbicas ou bissexuais. Além disso, a orientação sexual cai ao longo de um ''[[continuum]]''. Em outras palavras, alguém não tem que ser exclusivamente homossexual ou heterossexual, mas pode sentir vários graus de ambos. A orientação sexual se desenvolve através de uma vida. Diferentes pessoas percebem, em pontos diferentes em suas vidas, que são heterossexuais, bissexuais ou homossexuais.}}<ref>[http://www.aapa.org/clinissues/2007C03.pdf]</ref>}}
 
De acordo com Rosário, Schrimshaw, Hunter, Braun (2006),
{{quote2quote|o desenvolvimento de uma identidade sexual lésbica, gay ou bissexual é um processo complexo e muitas vezes difícil. Ao contrário dos membros de grupos minoritários (por exemplo, minorias étnicas e raciais), a maioria das pessoas LGB não são criados em uma comunidade de outros semelhantes, de quem eles aprendem sobre a sua identidade e que reforçar e apoiar essa identidade. contrário, as pessoas LGB são muitas vezes criados em comunidades que são ignorantes ou abertamente hostis em relação à homossexualidade.}}<ref name="Rosario et al.">Rosario, M., Schrimshaw, E., Hunter, J., & Braun, L. (Fevereiro, 2006). Sexual identity development among lesbian, gay, and bisexual youths: Consistency and change over time. Journal of Sex Research, 43(1), 46–58. Retrieved April 4, 2009, from PsycINFO database.</ref>
}}
 
Em um estudo longitudinal sobre o desenvolvimento da identidade sexual entre gays, lésbicas e bissexuais (LGB) jovens, os seus autores "encontraram considerável mudança na identidade LGB sexual ao longo do tempo". Jovens que haviam se identificado inicialmente tanto como gays/lésbicas quanto como bissexuais, tiveram aproximadamente três vezes mais chances de se identificar como gay/lésbica do que como bi em avaliações subsequentes. Dos jovens que haviam se identificado apenas como bi em avaliações anteriores, 60-70% continuaram a se identificar como bissexual, enquanto cerca de 30-40% assumiram uma identidade gay/lésbica ao longo do tempo. Os autores sugeriram que "embora haja jovens que constantemente se autoidentificaram como bissexuais ao longo do estudo, para outros jovens, uma identidade bissexual serviu como uma identidade de transição para uma futura identidade gay/lésbica.<ref name="Rosario et al."/>
 
Bissexuais, geralmente, começam a se identificar como bissexuais em seus primeiros vinte anos de vida, em média.<ref name=Fox.>Fox, Ronald C. (1995). Bisexual identities. In A. R. D'Augelli & C.J. Patterson (Eds.), ''Lesbian, gay, and bisexual identities over the lifespan.'' New York: Oxford University Press.</ref><ref name=Weinberg>Weinberg, Thomas S. (1994). Research in sadomasochism: A review of sociological and social psychological literature. ''Annual Review of Sex Research, 5,'' 257–279.</ref> Mulheres bissexuais têm mais frequentemente a sua primeira experiência heterossexual antes da sua primeira experiência homossexual, enquanto os homens bissexuais com mais frequência têm a sua primeira experiência homossexual antes da sua primeira experiência heterossexual.<ref name=Hyde>Hyde, Janet Shibley, John D. DeLamater. Understanding human sexuality, 361. New York, NY. 10th ed.</ref>
 
== História ==
{{AP|Homossexualidade na Grécia Antiga|Homossexualidade na Roma Antiga}}
[[Ficheiro:Japanesepederasty18thcentury.jpg|thumb|esquerda|upright=1.15|''[[Shudo]]'' ([[pederastia]] japonesa): um jovem rapazo entretém um amante mais velho, cobrindo os olhos enquanto beija sorrateiramente uma mulher [[serva]].]]
[[Ficheiro:Pederastic erotic scene Louvre F85bis.jpg|thumb|esquerda|upright=1.15|Rapaz e adolescente envolvidos em [[sexo intercrural]], fragmento de um copo [[ático]] de figuras negras, 550 aC a 525 aC, [[Museu do Louvre]].]]
 
[[Grécia Antiga|Gregos]] e [[Roma Antiga|romanos antigos]] não associavam relações sexuais a rótulos bem definidos, como a sociedade ocidental moderna faz. Homens que tinham amantes do sexo masculino não eram identificados como homossexuais e podem ter tido esposas ou outras amantes do sexo feminino.
 
Os textos religiosos gregos antigos, refletindo práticas culturais, incorporavam temas bissexuais. Os subtextos variaram, do místico ao didático.<ref name="livius">{{cite web|url=http://www.livius.org/ho-hz/homosexuality/homosexuality.html|title=Greek Homosexuality |accessdate=17 de fevereiro de 2007 |last=van Dolen |first=Hein}}</ref> Os [[espartanos]] pensavam que o amor e as relações eróticas entre soldados experientes e novatos solidificariam a lealdade do combate e a coesão da unidade, além encorajarar táticas heroicas à medida que os homens disputavam para impressionar seus amantes. Quando os soldados mais jovens atingiram a maturidade, o relacionamento deveria se tornar não sexual, mas não está claro o quão rigorosamente isso era seguido. Havia algum estigma associado aos rapazes que continuavam seus relacionamentos com seus mentores até a idade adulta.<ref name="livius"/> Por exemplo, [[Aristófanes]] os chama de ''euryprôktoi'', que significa "jumentos largos", e os descreve como [[mulher]]es.<ref name="livius"/>
 
Da mesma forma, na [[Roma Antiga]], o gênero não determinava se um parceiro sexual era aceitável, desde que o gozo de um homem não invadisse a integridade do outro. Era socialmente aceitável que um romano nascido livre quisesse sexo com parceiros masculinos e femininos, desde que assumisse o papel penetrante.<ref>Amy Richlin, ''The Garden of Priapus: Sexuality and Aggression in Roman Humor'' (Oxford University Press, 1983, 1992), p. 225.</ref> A moralidade do comportamento dependia da posição social do parceiro, não do gênero em si. Tanto mulheres quanto homens jovens eram considerados objetos normais do desejo, mas fora do casamento um homem deveria agir de acordo com seus desejos apenas com escravos, prostitutas (que geralmente eram escravos) e as infames. Era imoral fazer sexo com a esposa de outro homem nascido livre, sua filha em casamento, seu filho menor de idade ou com o próprio homem; o uso sexual do escravo de outro homem estava sujeito à permissão do proprietário. A falta de autocontrole, inclusive na administração da vida sexual, indicava que um homem era incapaz de governar os outros; muita indulgência no "baixo prazer sensual" ameaçava corroer a identidade do homem de elite como uma pessoa culta.<ref>Catharine Edwards, "Unspeakable Professions: Public Performance and Prostitution in Ancient Rome," in ''Roman Sexualities'', pp. 67–68.</ref>
 
[[Alfred Kinsey]] conduziu as primeiras grandes pesquisas sobre comportamento homossexual nos [[Estados Unidos]] durante a década de 1940. Os resultados chocaram os leitores de sua época porque eles fizeram o comportamento e as atrações do mesmo sexo parecerem tão comuns.<ref name="Bailey">{{cite journal|last1=Bailey|first1=J. Michael|last2=Vasey|first2=Paul|last3=Diamond|first3=Lisa|last4=Breedlove|first4=S. Marc|last5=Vilain|first5=Eric|last6=Epprecht|first6=Marc|title=Sexual Orientation, Controversy, and Science|journal=Psychological Science in the Public Interest|date=2016|volume=17|issue=2|pages=45–101|doi=10.1177/1529100616637616|pmid=27113562|url=https://www.researchgate.net/publication/301639075}}</ref> Seu trabalho de 1948, ''[[Estudos de Kinsey|Sexual Behavior in the Human Male]]'', afirmou que entre os homens "quase metade (46%) da população se envolve em atividades heterossexuais e homossexuais, ou reage a pessoas de ambos os sexos, no curso de sua vida adulta" e que " 37% da população masculina total tem pelo menos alguma experiência homossexual aberta até o orgasmo desde o início da adolescência."<ref name=Kinsey>{{cite book|author1=Kinsey, Alfred C. |author2=Pomeroy, Wardell B. |author3=Martin, Clyde E. |title=Sexual Behavior in the Human Male |publisher=W. B. Saunders Company |location=Philadelphia and London |year=1948 |isbn= |pages=650, 656, 657}}</ref> O próprio Kinsey não gostava do uso do termo bissexual para descrever indivíduos que se envolvem em atividades sexuais com homens e mulheres, preferindo usar bissexual em seu sentido biológico original para [[hermafrodita]], afirmando: "Até que seja demonstrado que o gosto em uma relação sexual depende do indivíduo que contém em sua anatomia estruturas masculinas e femininas, ou estruturas fisiológicas masculinas e femininas é lamentável chamar esses indivíduos de bissexuais."<ref name="Stange">{{cite book |title = Encyclopedia of Women in Today's World|isbn = 978-1-4129-7685-5|publisher=Sage Pubns|year=2011|pages=158–161|accessdate=23 de junho de 2012|url=https://books.google.com/?id=bOkPjFQoBj8C&pg=PA158|author1=Mary Zeiss Stange |author2=Carol K. Oyster |author3=Jane E. Sloan}}</ref><ref name=Kinsey/> Embora pesquisadores mais recentes acreditem que Kinsey superestimou a taxa de atração pelo mesmo sexo,<ref name=Bailey/><ref name=Balthazart>{{cite book |last=Balthazart |first=Jacques |date=2012 |title=The Biology of Homosexuality |url=https://books.google.com/books?id=3fjGjlcVINkC&printsec=frontcover#v=onepage&q&f=false |publisher=Oxford University Press |isbn=9780199838820 }}</ref>{{rp|9}}<ref name=Lehmiller>{{cite book |last=Lehmiller |first=Justin |date=2018 |title=The Psychology of Human Sexuality |edition=Second |url=https://books.google.com/books?id=JXJGDwAAQBAJ&printsec=frontcover#v=onepage&q&f=false |publisher=John Wiley & Sons Ltd |isbn=9781119164739 }}</ref>{{rp|147}} seu trabalho é considerado pioneiro e algumas das pesquisas sexuais mais conhecidas de todos os tempos.<ref name=Lehmiller/>{{rp|29}}
 
== Prevalência ==
[[Ficheiro:Kinsey Scale.svg|miniaturadaimagem|A [[Escala de Kinsey]] indica a orientação sexual de um indivíduo.]]
Um estudo realizado em [[2002]] nos [[Estados Unidos]] pelo ''[[National Center for Health Statistics]]'' (Centro Nacional Para Estatísticas da Saúde) descobriu que 1,8% dos homens com idade entre 18-44 se consideravam bissexuais, 2,3% homossexuais e 3,9% se identificavam como "algo mais". O mesmo estudo descobriu que 2,8% de mulheres com idades entre 18-44 se consideravam bissexuais, 1,3% homossexual, e 3,8% como "algo mais".<ref name="Kinsey FAQ">{{Citar web|url=http://www.kinseyinstitute.org/resources/FAQ.html |título=Frequently Asked Sexuality Questions to the Kinsey Institute |acessodata=16 de fevereiro de 2007 |publicado=The Kinsey Institute}}</ref> O ''The Janus Report on Sexual Behavior'', publicado em [[1993]], mostrou que 5% dos homens e 3% de mulheres se consideram bissexuais e 4% dos homens e 2% de mulheres se consideravam homossexuais.<ref name="Kinsey FAQ"/> A seção 'Saúde' do [[The New York Times]] declarou que "1,5 por cento de mulheres americanas e 1,7 por cento de homens americanos identificar-se [como] bissexual."<ref name=Carey>{{citar jornal|último =Carey |primeiro =Benedict |título=Straight, Gay or Lying? Bisexuality Revisited |publicado=The New York Times |data=5 de julho de 2005 |url=http://select.nytimes.com/gst/abstract.html?res=F20714FB3B550C768CDDAE0894DD404482 |acessodata=24 de fevereiro de 2007}}</ref>
 
Um estudo realizado em [[2002]] nos [[Estados Unidos]] pelo ''[[National Center for Health Statistics]]'' (Centro Nacional Para Estatísticas da Saúde) descobriu que 1,8% dos homens com idade entre 18-44 se consideravam bissexuais, 2,3% homossexuais e 3,9% se identificavam como "algo mais". O mesmo estudo descobriu que 2,8% de mulheres com idades entre 18-44 se consideravam bissexuais, 1,3% homossexual, e 3,8% como "algo mais".<ref name="Kinsey FAQ">{{Citar web|url=http://www.kinseyinstitute.org/resources/FAQ.html |título=Frequently Asked Sexuality Questions to the Kinsey Institute |acessodata=16 de fevereiro de 2007 |publicado=The Kinsey Institute}}</ref> O ''The Janus Report on Sexual Behavior'', publicado em [[1993]], mostrou que 5% dos homens e 3% de mulheres se consideram bissexuais e 4% dos homens e 2% de mulheres se consideravam homossexuais.<ref name="Kinsey FAQ"/> A seção 'Saúde' do [[The New York Times]] declarou que "1,5 por cento de mulheres americanas e 1,7 por cento de homens americanos identificar-se [como] bissexual."<ref name=Carey>{{citar jornal|último =Carey |primeiro =Benedict |título=Straight, Gay or Lying? Bisexuality Revisited |publicado=The New York Times |data=5 de julho de 2005 |url=http://select.nytimes.com/gst/abstract.html?res=F20714FB3B550C768CDDAE0894DD404482 |acessodata=24 de fevereiro de 2007}}</ref>
O trabalho do doutor [[Alfred Kinsey]] em [[1948]], "''[[Estudos de Kinsey|Sexual Behavior in the Human Male]]''", descobriu que "46% da população masculina tinha apresentado tanto atividades heterossexuais como homossexuais, ou 'reagido' às pessoas de ambos os sexos, no decurso da sua vida adulta."<ref name=institute>[http://www.kinseyinstitute.org/research/ak-data.html Research Summary] from the [http://www.kinseyinstitute.org Kinsey Institute].</ref> Kinsey não gostou do uso do termo "bi" para descrever os indivíduos que participem em atividades sexuais tanto com pessoas do sexo masculino como do feminino, preferindo usar o "bi" em seu sentido original biológico como hermafrodita: "Até que seja demonstrado que o gosto em uma relação sexual depende do indivíduo conter em sua anatomia estruturas de ambos os sexos, ou capacidades fisiológicas masculinas e femininas, é lamentável chamar essas pessoas de bissexuais "(Kinsey et al., 1948, p.&nbsp;657).<ref>Kinsey, A. C., Pomeroy, W. B., & Martin, C. E. (1948). ''Sexual behavior in the human male.'' Philadelphia and London: W. B. Saunders.</ref> Dr. [[Fritz Klein]] acredita que a atração emocional e social são elementos muito importantes na atração bissexual. Um terço dos homens em cada grupo não apresentaram excitação significativa. O estudo não provava serem eles assexuais, Rieger e afirmou que a falta de resposta não alterou as conclusões gerais.
 
== Símbolos ==
[[Imagem:BisexualThe Pridebisexual Flagpride flag (3673713584).svgjpg|thumb|[[Bandeira do orgulho bissexual|A bandeira do orgulho bissexual.]]]]
Um símbolo comum da comunidade bissexual é a [[bandeira do orgulho bissexual]], que tem uma faixa magenta na parte superior para a atração pelo mesmo sexo ou gênero, uma azul na parte inferior para a atração pelo sexo ou gênero diferente, e uma violeta, misturada a partir do [[magenta]] e do azul, no meio, para representar a bissexualidade.<ref>{{Citar web|url=http://www.biflag.com/Activism.asp |título=Bi Pride Flag |acessodata=16 de fevereiro de 2007 |autor=Page, Michael |citação=The pink color represents sexual attraction to the same sex only, homosexuality, the blue represents sexual attraction to the opposite sex only, heterosexuality, and the resultant overlap color purple represents sexual attraction to both sexes (bi).}}</ref>
[[Imagem:bi triangles.svg|thumb|esquerda|Os triângulos sobrepostos.]]
 
Outro símbolo com o mesmo esquema de cores é um par de sobreposição de triângulos rosa e azul (o triângulo rosa é um símbolo bem conhecido para a comunidade homossexual) sendo o centro roxo na parte onde os triângulos se encontram.<ref name="lambda symbols">{{Citar web|url=http://www.lambda.org/symbols.htm |título=Symbols of the Gay, Lesbian, Bisexual, and Transgender Movements |acessodata=27 de fevereiro de 2007 |data=26 de dezembro de 2004}}</ref>
 
[[Imagem:Bisexual-moon-symbol.svg|thumb|[[Símbolo]] bissexual da [[lua]].]]
 
Muitos indivíduos homossexuais e bissexuais têm um problema com o uso do símbolo do [[triângulo rosa]], uma vez que era o símbolo que o regime de [[Hitler]] utilizava para marcar e perseguir os homossexuais (semelhante à [[Estrela de Davi]] amarela, constituída de dois triângulos sobrepostos). Portanto, o símbolo da lua dupla foi concebido especificamente para evitar o uso dos triângulos.<ref name="symbol">{{Citar web|url=http://andrejkoymasky.com/lou/sym/sym05.html |título=Gay Symbols: Other Miscellaneous Symbols |acessodata=18 de fevereiro de 2007 |autor=Koymasky, Matt |coautores=Koymasky Andrej |data=14 de agosto de 2006}}</ref> O símbolo da lua dupla é comum na Alemanha e nos países vizinhos. Outro símbolo usado para a bissexualidade é um diamante roxo, conceitualmente, derivado do cruzamento de um dois triângulos, rosa e azul (respectivamente), colocados sobrepostos um ao outro.
 
== Ver também ==
{{commonscat|Bisexuality}}
{{Wikiquote|Bissexualidade}}
* [[Orientação Sexual]]
* [[Heterossexual]]
* [[Homossexual]]
* [[Pansexualidade]]
 
{{Referências}}
 
== Ligações externas ==
{{commonscat|Bisexuality}}
{{Wikiquote|Bissexualidade}}
* {{link|pt|2=http://cienciaesaude.uol.com.br/ultnot/bbc/2007/08/20/ult4432u534.jhtm |3=Cientista italiano diz que humanidade será bissexual}}
 
{{LGBT}}
{{Identidade sexual}}
{{controle de autoridade}}
{{Portal3|LGBT|Sexualidade}}
 
[[Categoria:LGBT]]