Espanha: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m →‎Culinária: corrigindo 1 desambiguação
Linha 4:
Os [[Homo sapiens|humanos modernos]] chegaram pela primeira vez na Península Ibérica há cerca de 35 mil anos. As culturas [[Iberos|ibéricas]], juntamente com antigos povoamentos [[fenícios]], [[Grécia Antiga|gregos]], [[celtas]] e [[cartagineses]], desenvolveram-se na península até o início do [[Roma Antiga|domínio romano]] por volta de {{AC|200|n}}, quando a região era denominada [[Hispânia]], baseada no antigo nome fenício ''Spania''.<ref>{{citar web|url=http://www.historiaclasica.com/2007/09/iberia-vs-hispania-origen-etimolgico.html|título=Iberia vs Hispania: Origen etimológico|urlmorta=não|wayb=20161227231455|acessodata=1-11-2019}}</ref> Com o [[Queda do Império Romano do Ocidente|colapso do Império Romano do Ocidente]], [[Tribos germânicas|confederações tribais germânicas]] migraram da Europa Central, [[Migrações dos povos bárbaros|invadiram a Península Ibérica]] e estabeleceram reinos relativamente independentes em suas províncias ocidentais, incluindo os [[suevos]], [[alanos]] e [[vândalos]]. No final do {{séc|VI}}, os [[visigodos]] tinham integrado à força todos os territórios independentes remanescentes na península ao [[Reino de Toledo]], incluindo as províncias [[Império Bizantino|bizantinas]], o que de certa maneira unificou politicamente, eclesiasticamente e juridicamente todas as antigas províncias romanas ou reinos sucessores da antiga Hispânia.
 
No início do {{séc|VIII}}, o [[Reino Visigótico]] caiu [[Invasão muçulmana da Península Ibérica|diante dos mouros]], que chegaram a governar a maior parte da península no ano de 726 (com duração de até sete séculos no [[Reino nasrida de Granada|Reino de Granada]]), deixando apenas um punhado de pequenos reinos cristãos no norte. Isto levou a muitas guerras durante um longo período, o que culminou na criação dos reinos de [[Reino de Leão|Leão]], [[Reino de Castela|Castela]], [[Reino de Aragão|Aragão]] e [[Reino de Navarra|Navarra]], que se tornaram as principais forças cristãs contra os muçulmanos. Após a conquista mourisca, os europeus iniciaram um processo gradual de retomada da região conhecido como "[[Reconquista]]",<ref name="Dadson2014">{{cite bookSfn|url=https://books.google.com/books?id=RtDCAwAAQBAJ&pg=PA116|title=Tolerance and Coexistence in Early Modern Spain: Old Christians and Moriscos in the Campo de Calatrava|first=Trevor J.|last=Dadson|date=2014|publisher=Boydell & Brewer Ltd|via=Google Books|isbnp=9781855662735116}}</ref><ref>{{cite journal|last=Boase|first=Roger|date=4 de abril de 2002|title=The Muslim Expulsion from Spain|journal=History Today|volume=52|issue=4}}</ref> que no final do {{séc|XV}} fez com que a Espanha surgisse como um país unificado sob o domínio dos [[Reis Católicos]]. No início da [[Era Moderna]], a nação tornou-se o [[Império Espanhol|primeiro império mundial da história]] e o [[Superpotência|país mais poderoso do mundo]], deixando um grande legado cultural e linguístico que inclui mais de 570&nbsp;milhões de [[Hispanofonia|hispanófonos]] ao redor do mundo,<ref>[https://www.cervantes.es/sobre_instituto_cervantes/prensa/2017/noticias/Presentación-Anuario-2017.htm Anuario 2017]. [[Instituto Cervantes]]. Acessado em 5 de dezembro de 2018.</ref> o que tornou o [[Língua espanhola|espanhol]] a [[Lista de línguas por total de falantes|segunda língua mais falada no mundo]], depois da [[língua chinesa]]. Durante o [[Século de Ouro Espanhol]] (séculos XVI e XVII) também houve muitos avanços nas artes, com pintores mundialmente famosos, como [[Diego Velázquez]]. A mais famosa obra literária espanhola, ''[[Dom Quixote]]'', também foi publicada durante este período. O país abriga o [[Património Mundial em Espanha|terceiro maior]] número de sítios classificados como [[Património Mundial]] pela [[UNESCO]].
 
A Espanha é uma [[democracia]] [[Parlamentarismo|parlamentar]] [[Secularismo|secular]] e uma [[monarquia constitucional]],<ref>{{citar web|url=http://www.congreso.es/consti/constitucion/indice/titulos/articulos.jsp?ini=1&fin=9&tipo=2|título=La Constitución española de 1978. Título preliminar.|publicado=Página oficial del Congreso de los Diputados|acessodata=30-9-2017|língua=es|urlmorta=não|wayb=20171027035711}}</ref> sendo que o rei {{lknb|Filipe|VI|de Espanha}} serve como [[chefe de Estado]]. É um dos principais [[países desenvolvidos]]<ref>{{citar jornal|último1=Whitehouse|primeiro1=Mark|título=Number of the Week: $10.2 Trillion in Global Borrowing|url=https://blogs.wsj.com/economics/2010/11/06/number-of-the-week-102-trillion-in-global-borrowing/|obra=[[The Wall Street Journal]]|data=6-11-2010|urlmorta=não|wayb=20170920064345}}</ref> e um país de alta renda, com a [[Lista de países por PIB nominal|14.ª maior economia do mundo por PIB nominal]] e a [[Lista de países por PIB (Paridade do Poder de Compra)|16.ª&nbsp;maior por paridade do poder de compra]]. É membro das [[Organização das Nações Unidas|Nações Unidas]] (ONU), [[União Europeia]] (UE), [[Zona Euro]], [[Conselho da Europa]] (CoE), [[Organização dos Estados Ibero-americanos]] (OEI), [[União para o Mediterrâneo]], [[Organização do Tratado do Atlântico Norte]] (OTAN), [[Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico]] (OCDE), [[Organização para a Segurança e Cooperação na Europa]] (OSCE), o [[Acordo de Schengen|Espaço Schengen]], a [[Organização Mundial do Comércio]] (OMC) e muitas outros organismos internacionais. Embora não seja um membro oficial, a Espanha também é um "convidado permanente" das cúpulas do [[G20]], participando de todos os encontros do grupo.<ref>{{citar periódico|primeiro2=Niels M.|título=The Group of 20: A Short Legal Anatomy|url=http://www.austlii.edu.au/au/journals/MelbJIL/2013/18.pdf|periódico=Melbourne Journal of International Law|volume=14|pagina=568|acessodata=23-10-2018|último1=Henley|primeiro1=Peter H.|último2=Blokker}}</ref>
Linha 15:
A constituição de 1876 adota pela primeira vez o nome ''Espanha''.{{Sfn|Ruiz|2007|pp=25-26}}{{Sfn|Alonso|2004|p=143}}
 
Os termos "as Espanhas" e "Espanha" não eram equivalentes, e eram usados com muita precisão.{{Sfn|Rowe|2011|p=10}} O termo ''As Espanhas'' referia-se a um conjunto de unidades jurídico-políticas, ou seja, referia-se a um conjunto de reinos independentes, primeiramente apenas aos reinos cristãos da Península Ibérica, depois apenas aos reinos unidos sobre a mesma monarquia. O termo ''Espanha'' referia-se a um espaço geográfico e cultural que englobava diversos reinos independentes. A partir de [[Carlos I de Espanha|Carlos&nbsp;V]] o uso do título ''Rei das Espanhas'', referia-se à parte da Espanha que não incluía [[Portugal]], mas esta designação era apenas uma forma de designar coletivamente um extenso número de reinos, uma abreviação, que não tinha validade jurídica, para uma longa lista de títulos reais cuja forma oficial era rei de Castela, de Leão, de Aragão, de Navarra, de Granada, de Toledo, de [[Comunidade Valenciana|Valência]], da Galiza, de Maiorca, de Menorca, de Sevilha, etc. (da mesma forma utilizava-se o título Sua Majestade Lusitana para o rei de Portugal, ou rei Lusitano)<ref>.{{citar webSfn|url={{Googlebooks urlDavenport|mDPF4ILESaUC1917|sufixop=&pg=RA2-PA33}}|título=European Treaties Bearing on the History of the United States and... pg 33|acessodata=31-10-2019}}</ref><ref>{{Googlebooks url|kuk3JG3DL0gC|612|lk=Los Quarenta libros del compendio historial de las chronicas y universal pg 612|acessodata=31-10-2019}}</ref><ref>{{citar web|url={{Googlebooks url|SskPWX1WCiYC|71|q=por%20la%20gracia%20de%20dios%20rey%20%20lusitano&f=false}}|título=Corps universel diplomatique du droit des gens pg 71|acessodata=31-10-2019}}</ref>
 
O uso do da designação de "reis de Espanha" pelos reis Fernando e Isabel foi considerado uma ofensa pelo rei de Portugal que considerava que o nome designava a Península.<ref>{{Googlebooks url|atc8AAAAYAAJ|83|lk=The history of Spain and Portugal from B.C. 1000 to A.D. 1814 pg 83}}. Acessado em 31 de outubro de 2019.</ref> A última vez que Portugal protestou oficialmente o uso do termo "coroa de Espanha" ou "monarquia de Espanha" pelo governo de Madrid foi, supõe-se, durante o [[Tratado de Utrecht]] em 1714.<ref>{{citar web|url={{Googlebooks url|Lv0AQzbnRlUC|sufixo=&pg=PR4}}|título=Stanley G. Payne. Spain: A Unique History pg 269}} Acessado em 31 de outubro de 2019.</ref>
Linha 604:
*{{citar livro|sobrenome=Aranguren|nome=Asdrúbal Aguiar|título=La Constitucion de Cadiz de 1812|editora=Universidad Católica Andrés Bello|ano=2011|local=Caracas|ref=harv}}
*{{citar livro|sobrenome=Corona|nome=Carlos E.|coautor=Vicente, José Antonio Armillas|título=Historia general de España y América: La España de las reformas|editora=Rialp|volume=2|ano=1981|local=Madri|ref=harv}}
*{{citar livro|sobrenome=Dadson|nome=Trevor J.|título=Tolerance and Coexistence in Early Modern Spain: Old Christians and Moriscos in the Campo de Calatrava|editora=Boydell & Brewer Ltd|ano=2014|local=Suffolk|ISBN=9781855662735|ref=harv}}
*{{citar livro|sobrenome=Davenport|nome=Frances G.|título=European Treaties Bearing on the History of the United States and Its Dependencies|editora=The lawbook exchange|ano=1917|local=Nova Jérsei|ref=harv}}
*{{citar livro|sobrenome=Robertson|nome=John|título=The Case for The Enlightenment: Scotland and Naples 1680–1760|editora=Cambridge University Press|ano=2005|local=[[Cambridge]]|ISBN=9781139448079|ref=harv}}
*{{citar livro|sobrenome=Rowe|nome=Erin Kathleen|título=Saint and Nation: Santiago, Teresa of Avila, and Plural Identities in Early Modern Spain|editora=Penn State Press|ano=2011|local=Pensilvânia|ISBN=9780271037738|ref=harv}}