Guerra Civil da Nigéria: diferenças entre revisões
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Etiqueta: Inserção de predefinição obsoleta |
m |
||
Linha 28:
A '''Guerra Civil da Nigéria''', também conhecida como '''Guerra Civil Nigeriana''', '''Guerra Nigéria-Biafra''' ou ainda '''Guerra do Biafra''' que durou de 6 de julho de 1967 a 13 de janeiro de 1970, foi um conflito político causado pela tentativa de separação das províncias ao Sudeste da Nigéria, como a República autoproclamada do [[Biafra]].
Teve início após uma desavença entre Hauçás e Ibos. Hauçás eram muçulmanos originários do Norte do País e viviam em um sistema semi-feudal. Os Ibos eram considerados a elite nigeriana, possuíam melhores cargos e melhores salários, provinham das tribos ao leste. Em 1966, soldados da etnia Igbo tomaram o poder do país em um golpe de estado. No entanto, os Hauçás tomaram o poder seis meses depois em um contra golpe de estado e iniciaram um massacre aos Ibos em todo país. Estima-se que cerca de 30.000 Igbos tenham sofrido nesse primeiro ataque. Os sobreviventes se refugiaram nas terras ao leste e proclamaram a República de Biafra.
Com apenas um ano de guerra, tropas do governo federal nigeriano tinham Biafra completamente sob cerco, capturando as instalações de petróleo da costa e a cidade de [[Porto Harcourt]]. Com o conflito se alastrando num impasse, o bloqueio imposto pelo governo nigeriano levou a uma fome em massa.<ref>Njoku, H. M. ''A Tragedy Without Heroes: The Nigeria—Biafra War''. Enugu: Fourth Dimension Publishing Co., Ltd., 1987. {{ISBN|978-156-238-2}}</ref> Durante a guerra, mais de 100 mil baixas foram
Em meados de 1968, imagens de crianças mal nutridas sofrendo com a fome chegaram as mídias [[Mundo ocidental|ocidentais]]. A comunidade internacional se dividiu com relação ao conflito. Os [[Estados Unidos]], o [[Reino Unido]] e a [[União Soviética]] apoiavam o governo central nigeriano, enquanto [[França]], [[Israel]] e [[China]] apoiavam a República de Biafra. A guerra acabou em janeiro de 1970, após uma ofensiva de três semanas do exército nigeriano. O presidente de Biafra, Odumegwu Ojukwu, partiu para o exílio e a resistência armada se desfez após a tomada de [[Owerri]] por tropas nigerianas.<ref>Ekwe-Ekwe, Herbert. ''The Biafra War: Nigeria and the Aftermath''. African Studies, Volume 17. Lewiston, NY: Edwin Mellen Press, 1990. {{ISBN|0-88946-235-6}}</ref>
|