Terrorismo islâmico: diferenças entre revisões
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'''Terrorismo islâmico''' ({{lang-ar|إرهاب إسلامي}}, [[transl.]] {{unicode|''ʾirhāb ʾislāmī''}}), também conhecido como '''terrorismo islamista''' ou '''terrorismo jihadista''', é uma forma de [[terrorismo religioso]]<ref name=falk>{{citar livro | autor = Falk, Avner|título = Islamic terror : conscious and unconscious motives|ano = 2008|editora = Praeger Security International|local Westport, Conn.|isbn= 978-0-313-35764-0|página = 4}}</ref> cometido por [[Fundamentalismo|extremistas]] [[Islão|islâmicos]] com o propósito de atingir variadas metas [[política]]s e/ou [[Religião|religiosas]]. O [[terrorismo]] islâmico foi identificado como tendo ocorrido em locais do [[Oriente Médio]], [[África]], [[Europa]], [[Ásia Meridional]] (incluindo [[Índia]] e [[Paquistão]]), [[Sudeste Asiático]], e nos [[Estados Unidos]], desde pelo menos a [[década de 1970]]. Organizações terroristas islâmicas se envolveram em táticas que incluem [[Ataque suicida|ataques suicidas]], [[sequestro]]s, [[Sequestro de avião|sequestros de aviões]] e vêm recrutando novos membros através da [[Internet]].
À data de 2015, por si só quatro grupos extremistas islâmicos foram responsáveis por 74% de todas as mortes causadas pelo terrorismo: [[Estado Islâmico do Iraque e do Levante|Estado Islâmico]], [[Boko Haram]], os [[Talibã|Taliban]] e a [[Al-Qaeda]], de acordo com o Índice Global de Terrorismo de 2016.<ref>http://economicsandpeace.org/wp-content/uploads/2016/11/Global-Terrorism-Index-2016.2.pdf</ref> Desde aproximadamente 2000, esses incidentes ocorreram em escala global, afetando não apenas os Estados de maioria muçulmana na África e na Ásia, mas também a Rússia, Austrália, Canadá, Israel, Índia, Estados Unidos e países da União Europeia. Tais ataques tiveram como alvo muçulmanos e não muçulmanos.<ref>{{Citar web|titulo=Isis: a contrived ideology justifying barbarism and sexual control {{!}} Mona Siddiqui {{!}} Comment is free {{!}} The Observer|url=https://web.archive.org/web/20140824131118/http://www.theguardian.com/commentisfree/2014/aug/24/isis-ideology-islamic-militants-british-appeal-iraq-syria|obra=web.archive.org|data=2014-08-24|acessodata=2019-11-24}}</ref> Em várias das regiões de maioria muçulmana mais afetadas, esses terroristas foram enfrentados por grupos de resistência armados <ref>{{Citar periódico|ultimo=Letsch|primeiro=Constanze|data=2014-11-01|titulo=Kurdish peshmerga forces arrive in Kobani to bolster fight against Isis|url=https://www.theguardian.com/world/2014/nov/01/kurdish-peshmerga-kobani-isis-syria|jornal=The Guardian|lingua=en-GB|issn=0261-3077}}</ref> grupos estatais e seus representantes, e seus actos condenados por figuras islâmicas proeminentes, algumas delas pertencentes a organizações também geralmente consideradas terroristas. <ref>{{Citar web|titulo=Islamic Statements Against Terrorism – Charles Kurzman|url=http://kurzman.unc.edu/islamic-statements-against-terrorism/|acessodata=2019-11-24|lingua=en-US}}</ref><ref>{{Citar web|titulo=Al-Qaida today: a movement at the crossroads {{!}} openDemocracy|url=https://web.archive.org/web/20141025152045/https://www.opendemocracy.net/article/al-qaida-today-the-fate-of-a-movement|obra=web.archive.org|data=2014-10-25|acessodata=2019-11-24}}</ref><ref>{{Citar web|titulo=Moderate Muslims Stand against ISIS|url=https://www.nationalreview.com/2014/09/moderate-muslims-stand-against-isis-christine-sisto/|obra=National Review|data=2014-09-23|acessodata=2019-11-24|lingua=en-US}}</ref>
As justificações dadas para os ataques a civis por grupos extremistas islâmicos provêm de interpretações extremas do [[Alcorão]] e dos [[Hádice|Hádices]], e da [[Xaria]] neles baseada.<ref>{{citar livro|título=The Al-Qaeda Doctrine: The Framing and Evolution of the Leadership's Public Discourse (Capítulo: Justifying Violence)|ultimo=Holbrook|primeiro=Donald|editora=Bloomsbury|ano=2014}}</ref> Estas incluem a retaliação pela [[jihad]] pelas injustiças cometidas pelos não crentes contra os muçulmanos (especialmente no caso da Al-Qaeda) <ref>https://www.aclu.org/files/fbimappingfoia/20111110/ACLURM001177.pdf</ref>; a crença de que a morte de muitos muçulmanos autoproclamados é necessária porque eles violaram a lei islâmica e, na verdade, são descrentes ([[Cafir|kafir]]); a necessidade de restaurar e purificar o Islão estabelecendo a Xaria, especialmente restaurando o Califado como um estado pan-islâmico (especialmente no caso do Estado Islâmico<ref>{{Citar periódico|ultimo=Wood|primeiro=Graeme|data=Março de 2015|titulo=What ISIS Really Wants|url=https://www.theatlantic.com/magazine/archive/2015/03/what-isis-really-wants/384980/|jornal=The Atlantic|issn=1072-7825|acessodata=}}</ref>;a glória e as recompensas celestiais do martírio; a supremacia do Islão sobre todas as outras religiões.
== História ==
{{Terrorismo}}
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O [[Islão]] é uma [[religião]], ou seja, um conjunto de crenças relacionadas com aquilo que os seus praticantes/crentes consideram como divinas e sagradas. A palavra Islão, que significa submissão, deriva da palavra arábica 'Silm" / "Salam', cujo significado é paz. 'Salam' pode também significar "saudar um ao outro com paz". Mas, mais do que isso: submissão a um só Deus, e viver em paz com o Criador, consigo mesmo, com outras pessoas e com o ambiente.<ref>{{citar web|url=http://www.culturabrasil.org/alcorao.htm#AL_ANFAL|titulo=Alcorão - Al Anfal - 8|data=|acessodata=|obra=12 E de quando o teu Senhor revelou aos anjos: Estou convosco; firmeza, pois, aos fiéis! Logo infundirei o terror nos corações dos incrédulos; decapitai-os e decepai-lhes os dedos!|publicado=Centro Cultural Beneficente Árabe Islâmico de Foz do Iguaçu|ultimo=|primeiro=}}</ref> <ref>{{citar web|url=https://islamqa.info/en/14305|titulo=It is essential to respond to those who defame the Prophet (É essencial responder áqueles que difamam o profeta - em inglês)|data=Data não indicada|acessodata=2016|publicado=Islam Question and Answer|ultimo=Muhammad Saalih al-Munajjid|primeiro=Shaykh}}</ref>Assim o Islão constitui, um sistema, não apenas espiritual religioso, mas também ideológico. O Islão é, por isso, um sistema abrangente, com uma lei ([[Alcorão]]) que premeia e molda o tecido social.
Perante estas duas definições, concluem muitos muçulmanos que terrorismo tem o sinónimo de terror/violência e o Islão de [[paz]] (contudo, é difícil conciliar esta afirmação com as próprias palavras de Maomé:" "Quem mudar da sua religião islâmica, então matem-no" (Bukhari 9.84.57). Então, segundo os crentes, por definição e significados estas duas palavras são opostas, constituindo sempre que associadas um [[oxímoro]].Porém, e apesar de que Islão significaria paz, muitos grupos de terroristas cometem actos violentos e de terror invocando o nome de Deus ([[Allah|Al]]<nowiki/>á) ou a religião Islâmica.<ref>{{citar web|url=http://www.culturabrasil.org/alcorao.htm#AL_MAIDA|titulo=Alcorão 5.33 : O castigo, para aqueles que lutam contra Deus e contra o Seu Mensageiro e semeiam a corrupção na terra, é que sejam mortos, ou crucificados, ou lhes seja decepada a mão e o pé opostos, ou banidos. Tal será, para eles, um aviltamento nesse mundo e, no outro, sofrerão um severo castigo.|acessodata=15 de Maio de 2018|obra=|publicado=Centro Cultural Beneficente Árabe Islâmico de Foz do Iguaçu|ultimo=|primeiro=}}</ref>
O objectivo declarado da Al-Qaeda é a utilização da [[jihad]] para defender e proteger o Islão contra o [[sionismo]], o [[cristianismo]], o [[hinduísmo]], o Ocidente secular e governos muçulmanos como o da [[Arábia Saudita]], que considera insuficientemente islâmico e demasiado ligado aos Estados Unidos.<ref>{{Citar web|titulo=Aljazeera.Net - Full transcript of bin Ladin's speech|url=https://web.archive.org/web/20061114224216/http://english.aljazeera.net/NR/exeres/79C6AF22-98FB-4A1C-B21F-2BC36E87F61F.htm|obra=web.archive.org|data=2006-11-14|acessodata=2019-11-24}}</ref><ref>{{Citar periódico|data=2004-10-29|titulo=Excerpts: Bin Laden video|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/middle_east/3966817.stm|lingua=en-GB}}</ref>
== Ver também ==
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