Brasil: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m
PauloMSimoes (discussão | contribs)
Linha 25:
A [[Povos indígenas do Brasil|população ameríndia]] era repartida em grandes nações indígenas compostas por vários grupos étnicos entre os quais se destacam os grandes grupos [[tupi-guarani]], [[macro-jê]] e [[aruaque]]. Os primeiros eram subdivididos em [[guaranis]], [[tupiniquim|tupiniquins]] e [[tupinambá]]s, entre inúmeros outros.<ref name="ME" />
 
Os [[tupis]] se espalhavam do atual [[Rio Grande do Sul]] ao [[Rio Grande do Norte]] de hoje,<ref name="ME">{{Citation |publicado= Abril |url= http://mundoestranho.abril.com.br/historia/pergunta_303242.shtml |título= Mundo Estranho |contribuição= Que índios dominavam o litoral do Brasil na época do Descobrimento? |local= BR |fechaacceso= 2010-04-24 |wayb=20090207094125|urlmorta= sim }}</ref> sendo "a primeira raça indígena que teve contato com o colonizador e decorrentemente a de maior presença, com influência no [[mameluco]], no [[mestiço]], no [[Luso-brasileiros|luso-brasileiro]] que nascia e no europeu que se fixava".<ref name="Cascudo II 865">CASCUDO, Luís da Câmara. ''Dicionário do folclore brasileiro'', vol. II, p. 865.</ref>
 
As fronteiras entre estes grupos e seus subgrupos, antes da chegada dos europeus, eram demarcadas pelas guerras entre os mesmos, oriundas das diferenças de cultura, língua e costumes.{{HarvRef|Fausto|2000|pp=45-46, 55 (último parágrafo)}} Guerras estas que também envolviam ações bélicas em larga escala, em terra e na água, com a [[Antropofagia#Antropofagia no Brasil|antropofagia ritual]] sobre os prisioneiros de guerra.{{HarvRef|nome=Fausto|Fausto|2000|pp=78-80}}
Linha 360:
De acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) o setor do [[agronegócio]] responde por 23% do [[PIB]] brasileiro (2013).<ref>{{citar web|url=http://economia.uol.com.br/agronegocio/noticias/redacao/2013/12/11/pib-agricola-bate-r-1-trilhao-e-chega-perto-de-14-do-pib-do-pais-diz-cna.htm |título=PIB agrícola bate R$ 1 trilhão e chega a 23% do PIB brasileiro, diz CNA |editor=[[Uol]] |data=11/12/2013 |acessodata=7/2/2015}}</ref> O Brasil está entre os países com maior produtividade no campo, apesar das barreiras comerciais e das políticas de [[subsídio]]s adotadas pelos [[País desenvolvido|países desenvolvidos]].<ref>{{Citar web|título=Agropecuária|obra=Economia|publicado=Página oficial do Governo do Brasil|url=http://www.brasil.gov.br/sobre/economia/setores-da-economia|acessodata=9/6/2008|wayb=20120114044557|urlmorta=sim}}</ref> Em relatório divulgado em 2010 pela [[Organização Mundial da Saúde|OMS]], o país é o terceiro maior exportador de produtos agrícolas do mundo, atrás apenas de [[Estados Unidos]] e [[União Europeia]].<ref name="exportaçãoagrícola">{{citar jornal|título=Brasil supera Canadá e se torna o terceiro maior exportador agrícola|publicado=O Estado de S. Paulo|data=7/3/2010|url=http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100307/not_imp520620,0.php|acessodata=7/3/2010|wayb=20110514064416|urlmorta= sim}}</ref>
 
A indústria de [[Automóvel|automóveis]], [[aço]], [[petroquímica]], [[computador]]es, [[aeronave]]s e [[Bem (economia)|bens]] de consumo duradouros contabilizam 30,8% do [[produto interno bruto]] brasileiro. A atividade industrial está concentrada geograficamente nas [[Regiões metropolitanas do Brasil|regiões metropolitanas]] de [[Região Metropolitana de São Paulo|São Paulo]], [[Região Metropolitana do Rio de Janeiro|Rio de Janeiro]], [[Região Metropolitana de Curitiba|Curitiba]], [[Região Metropolitana de Campinas|Campinas]], [[Região Metropolitana de Porto Alegre|Porto Alegre]], [[Região Metropolitana de Belo Horizonte|Belo Horizonte]], [[Região Metropolitana de Manaus|Manaus]], [[Região Metropolitana de Salvador|Salvador]], [[Região Metropolitana do Recife|Recife]] e [[Região Metropolitana de Fortaleza|Fortaleza]].<ref>{{Citation|url=http://www.fpabramo.org.br/conteudo/economia-o-novo-mapa-da-industria-brasileira|título=Economia: O novo mapa da indústria brasileira|publicado=FPabramo|fechaacceso=2010-04-24|wayb=20150924015025|urlmorta= sim}}</ref> Entre as empresas mais conhecidas do Brasil estão: [[Brasil Foods]], [[Perdigão S.A.|Perdigão]], [[Sadia]] e [[JBS]] (setor alimentício); [[Embraer]] (setor aéreo); [[Havaianas]] e [[Calçados Azaleia]] (calçados); [[Petrobras]] (setor petrolífero); [[Companhia Vale do Rio Doce]] (mineração); [[Marcopolo]] e [[Busscar]] (carroceiras); [[Gerdau]] (siderúrgicas) e [[Organizações Globo]] (comunicação).
 
A [[Corrupção no Brasil|corrupção]], no entanto, custa ao Brasil quase 41 bilhões de dólares por ano e 69,9% das empresas do país identificam esse problema como um dos principais entraves para conseguirem penetrar com sucesso no mercado global.<ref>{{citar web |url=http://www.latinbusinesschronicle.com/app/article.aspx?id=4550 |título=Brazil: Corruption Costs $41 Billion |publicado=Latin Business Chronicle |acessodata=22/3/2013 |wayb=20140327133150 |urlmorta=sim}}</ref> No [[Índice de Percepção da Corrupção]] de 2014, criado pela [[Transparência Internacional]], o Brasil é classificado na 69ª posição entre os 175 países avaliados.<ref>{{citar web |url=http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2014-12-03/brasil-sobe-tres-posicoes-em-ranking-mundial-sobre-percepcao-da-corrupcao.html |título=Brasil sobe três posições em ranking mundial sobre percepção da corrupção |editor=[[Último Segundo]] |data=3/12/2014 |acessodata=7/2/2015}}</ref> O [[Paridade do poder de compra|poder de compra]] brasileiro também é corroído pelo conjunto de problemas nacionais chamado "[[custo Brasil]]". Além disso, o país apresenta uma das menores taxas de participação do [[comércio exterior]] no PIB, sendo classificado como uma das economias mais fechadas do mundo.<ref>{{citar web |url=http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2015/02/1592933-por-que-o-brasil-cresce-tao-pouco-em-relacao-aos-outros-emergentes.shtml |título=Por que o Brasil cresce tão pouco em relação aos outros emergentes? |editor=[[Folha de S.Paulo]] |data=22/2/2015 |acessodata=23/2/2015|wayb=20160408173331}}</ref><ref name="brcost">{{citar web |url=http://mobile.bloomberg.com/news/2011-09-27/rousseff-crisis-spurred-by-lula-debts-as-brazil-boom-diminishes |título=Rousseff Crisis Spurred by Lula Debts as Brazil Boom Diminishes- Bloomberg |publicado=Mobile.bloomberg.com |data=27/9/2011 |acessodata=7/4/2012 |wayb=20131220215334 |urlmorta=sim}}</ref> No [[Índice de Liberdade Econômica]] de 2015, por exemplo, o país foi classificado no 118º lugar entre 178 nações avaliadas.<ref>{{citar web |url=http://www.heritage.org/index/excel/2015/index2015_data.xls |título=2015 IEF (XLS) table download |publicado=Heritage Foundation |acessodata=2/2/2015}}</ref> Apesar de também ser um problema crônico, desde 2001 os níveis de [[desigualdade social]] e [[Desigualdade econômica|econômica]] vêm caindo, chegando em 2011 aos níveis de 1960, embora o país ainda esteja entre os 12 mais desiguais do planeta.<ref>{{citar web|url=http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/redacao/2012/9/25/apesar-de-avanco-brasil-continua-entre-os-12-paises-mais-desiguais-segundo-ipea.jhtm|título=Apesar de avanço, Brasil continua entre os 12 países mais desiguais, segundo Ipea|editor=[[UOL]]|data=25/9/2013|acessodata=31/5/2014}}{{Ligação inativa|data=outubro de 2019 }}</ref>
Linha 418:
Ao longo das últimas três décadas o Brasil tem trabalhado para criar uma alternativa viável à [[gasolina]]. Com o seu combustível à base de [[cana-de-açúcar]], a nação pode se tornar energicamente independente neste momento. O [[Pró-álcool]], que teve origem na década de 1970, em resposta às incertezas do mercado do petróleo, aproveitou sucesso intermitente. Ainda assim, grande parte dos [[brasileiros]] utilizam os chamados "[[Veículo flex|veículos flex]]", que funcionam com [[etanol]] ou gasolina, permitindo que o [[consumidor]] possa abastecer com a opção mais barata no momento, muitas vezes o etanol.<ref>{{citar jornal|título=Brasil alcança marca de 10 milhões de carros flex|publicado=O Estado de S. Paulo|data=4/3/2010|url=http://economia.estadao.com.br/noticias/not_7582.htm|acessodata=27/3/2010|wayb=20100529132514|urlmorta= sim}}</ref> Os países com grande consumo de [[combustível]], como a [[Índia]] e a [[República Popular da China|China]], estão seguindo o progresso do Brasil nessa área.<ref>{{Citation|url=http://veja.abril.com.br/70307/p_064.shtml|título=China, Índia and Brazilian ethanol|jornal=Veja|publicado=Abril|data=7/3/2007|língua=inglês|local=São Paulo|wayb=20171019102126|urlmorta= sim}}</ref> Além disso, países como o [[Japão]] e [[Suécia]] estão importando etanol brasileiro para ajudar a cumprir as suas obrigações ambientais estipuladas no [[Protocolo de Quioto]].<ref>{{Citation|url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142010000100017|título=Programas de energia alternativa nos EUA, União Europeia e Japão podem favorecer etanol brasileiro|publicado=Universia|wayb=20140504063455}}</ref>
 
O Brasil possui a segunda maior reserva de [[petróleo]] bruto na [[América do Sul]] e é um dos produtores de petróleo que mais aumentaram sua produção nos últimos anos.<ref>{{Citation|url=http://www.eia.doe.gov/cabs/Brazil/Oil.html|título=Oil reserves in Brazil|língua=inglês|publicado=Department of Energy|local=EUA|wayb=20081218022943|urlmorta=sim}}</ref> O país é um dos mais importantes do mundo na produção de [[energia hidrelétrica]]. Da sua capacidade total de geração de [[eletricidade]], que corresponde a 90 mil mega[[watt]]s (MW), a energia hídrica é responsável por {{fmtn|66000|MW}} (74%).<ref name="Hidroeletricidade">{{Citation|url=http://www.newton.freitas.nom.br/artigos.asp?cod=322|título=Hydroelectric power in Brazil|língua=inglês|último=Freitas|primeiro=Newton|local=BR|fechaacceso=2008-11-01|wayb=20120107031823|urlmorta= sim}}</ref> A [[energia nuclear]] representa cerca de 3% da matriz energética brasileira.<ref name=wna>{{Citar web|publicado=World Nuclear Association|url=http://www.world-nuclear.org/info/inf95.html|título=Nuclear Power in Brazil|lingua=inglês|acessodata=26/3/2010}}</ref> O Brasil pode se tornar uma potência mundial na produção de petróleo, com grandes descobertas desse recurso nos últimos tempos na [[Bacia de Santos]].<ref>{{citar jornal|título=Oil discovery rocks Brazil|publicado=CNN|data=9/11/2007|url =http://www.cnn.com/2007/WORLD/americas/11/8/brazil.oil.ap/index.html|acessodata=9/6/2008|wayb=20071109212704}}</ref><ref>{{citar jornal|último =Schneyer|primeiro =Joshua|língua=inglês|título=Brazil, the New Oil Superpower|publicado=Business Week|data=9/11/2007|url=http://www.businessweek.com/bwdaily/dnflash/content/nov2007/db20071115_045316.htm?chan=top+news_top+news+index_businessweek+exclusives|acessodata=9/6/2008}}</ref><ref>{{citar jornal|título=More bounty|publicado=The Economist|data=17/4/2008|url=http://www.economist.com/displaystory.cfm?story_id=11049391|acessodata=9/6/2008}}</ref>
{{panorama|Itaipu à noite.jpg|1000px|Vista panorâmica da [[Usina Hidrelétrica de Itaipu]], na [[fronteira Brasil–Paraguai]]. Em 2015, era a maior [[hidrelétrica]] do mundo em geração de energia.<ref name="itaipu2015">{{citar web|url=http://g1.globo.com/pr/oeste-sudoeste/noticia/2016/01/itaipu-reassume-lideranca-mundial-em-producao-de-energia-em-2015.html|título=Itaipu reassume liderança mundial em produção de energia em 2015|data=7/01/2016|publicado=[[G1]]|acessodata=7/01/2016}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.itaipu.gov.br/energia/geracao|título=Geração|editor=Itaipu Binacional|acessodata=17/5/2014}}</ref> Aproximadamente 75% da [[Política energética do Brasil|matriz energética]] brasileira, uma das mais limpas do mundo, é proveniente da [[hidroeletricidade]]<ref name="Hidroeletricidade" />}}
 
Linha 493:
{{Artigo principal|Lista de rádios do Brasil|Lista de emissoras de televisão do Brasil|Lista de jornais do Brasil}}
 
A imprensa brasileira tem seu início em 1808 com a [[Transferência da corte portuguesa para o Brasil|chegada da família real portuguesa]] ao Brasil, sendo até então proibida toda e qualquer atividade de imprensa — fosse a publicação de [[jornal|jornais]] ou [[livro]]s.<ref>{{Citar web|título=200 anos da Imprensa no Brasil, 50 anos do Jornal Pequeno|publicado=Rede Alfredo de Carvalho|url=http://www.redealcar.jornalismo.ufsc.br/wilsonaraujo.htm|acessodata=2/12/2008|wayb=20090413182938|urlmorta= sim}}</ref> A imprensa brasileira nasceu oficialmente no [[Rio de Janeiro]] em 13 de maio de 1808, com a criação da Impressão Régia, hoje [[Imprensa Nacional]], pelo [[príncipe-regente]] [[João VI de Portugal|Dom João]].<ref>{{Citation|url=http://portal.in.gov.br/in/imprensa1/a-imprensa-nacional/|título=A Imprensa Nacional|publicado=Imprensa Nacional|local=BR|wayb=20120515075448|acessodata=22/10/2014|urlmorta=sim}}</ref> A ''[[Gazeta do Rio de Janeiro]]'', o primeiro jornal publicado em território nacional,<ref>{{Citation| url=http://www.novomilenio.inf.br/idioma/200009u.htm|contribuição=Primeira página da primeira edição da Gazeta do Rio de Janeiro|título=Novo milênio|local=BR}}</ref> começa a circular em 10 de setembro de 1808. Atualmente a imprensa escrita consolidou-se como um meio de comunicação em massa e produziu grandes jornais que hoje estão entre as maiores do país e do mundo como a ''[[Folha de S.Paulo]]'', ''[[O Globo]]'' e o ''[[Estado de S. Paulo]]'', e publicações das editoras [[Editora Abril|Abril]] e [[Editora Globo|Globo]].<ref>{{Citar web|url=http://www.anj.org.br/a-industria-jornalistica/jornais-no-brasil/maiores-jornais-do-brasil|contribuição=Maiores jornais do Brasil|publicado=Associação Nacional de Jornais|título=A indústria jornalística|fechaacceso=2010-04-24|arquivourl=https://www.webcitation.org/6A5IXbWe4?url=http://www.anj.org.br/a-industria-jornalistica/jornais-no-brasil/maiores-jornais-do-brasil|arquivodata=2012-08-21|urlmorta= sim}}</ref>
 
A [[radiodifusão]] surgiu em 7 de setembro de 1922,<ref>{{Citar web|título=História do Rádio no Brasil|url=http://www.abert.org.br/web/index.php/quemsomos/historia-do-radio-no-brasil|acessodata=2/12/2008|wayb=20141220081936}}</ref> data do centenário da independência, sendo a primeira transmissão um discurso do então [[Presidente do Brasil|presidente]] [[Epitácio Pessoa]], porém a instalação do rádio de fato ocorreu apenas em 20 de abril de 1923 com a criação da "Rádio Sociedade do Rio de Janeiro".<ref>{{Citation|url=http://www.grupoescolar.com/materia/historia_do_radio_no_brasil.html|contribuição=História do Rádio no Brasil|título=Grupo escolar}}</ref>