Grão Vasco: diferenças entre revisões

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== Estilo e Influências==
O local preciso onde aprendeu a arte da pintura, já que nenhum documento biográfico remonta a esse período, não se conhece em rigor. Todavia, considerando que em Viseu não existiu nenhum grande mestre a antecedeantecedê-lo, e considerando que manteve relações de amizade com [[Jorge Afonso]], o pintor do rei [[Manuel I de Portugal|D. Manuel I]], é provável que tenha aprendido o seu ofício em Lisboa, como os demais pintores que aí se formaram e que aí vieram a exercer o seu ofício.[[Ficheiro:Tríptico de Cook ou da Lamentação (Grao Vasco).jpg|miniaturadaimagem|328x328px|''Tríptico da Lamentação com Santos Franciscanos,'' Grão Vasco, 1534-35|alt=|esquerda]]A base de identificação do processo criativo do grande mestre do Renascimento português, ou as obras de autoria certa do Grão Vasco, são as duas pinturas que assinou – a ''[[Tríptico da Lamentação com Santos Franciscanos (Grão Vasco)|Lamentação com Santos Franciscanos]]'', de cerca de 1520, conhecida por ''Tríptico Cook'' por ter sido vendida a um coleccionador inglês, que se encontra actualmente no [[Museu Nacional de Arte Antiga]], e o retábulo com o tema ''[[Pentecostes (Grão Vasco)|Pentecostes]]'', pintado em 1535, que se conserva na Sacristia da Igreja de Santa Cruz de Coimbra – bem como os cinco painéis que restam do antigo retábulo da capela-mor da Catedral de Lamego, que se expõem no museu desta cidade, e o magnífico ''[[São Pedro (Grão Vasco)|S. Pedro]]'' desta colecção, pintado por volta de 1529 para a [[Diocese de Viseu|Catedral de Viseu]]. Através desta base segura, é possível incluir no seu universo criativo, apesar de algumas delas serem o expressivo resultado de um trabalho em colaboração, como sucede com os catorze painéis do antigo retábulo da Catedral, mais trinta e três painéis, ou seja, num total de quarenta e uma pinturas é possível identificar a participação e o desempenho individual do Grão Vasco.<ref>{{citar livro|título=Roteiro do Museu Grão Vasco|ultimo=Rodrigues|primeiro=Dalila|editora=|ano=2004|local=Museu Grão Vasco|páginas=|acessodata=}}</ref>
 
Relativamente ao percurso estético do nosso mestre pode dizer-se que evolui de influências [[Pintura flamenga|marcadamente nórdicas]] – bem patentes no retábulo da Sé de Viseu onde trabalhou com pintores de origem flamenga – para influências italianizantes. A vinda de D. Miguel da Silva de Roma para o bispado de Viseu (1525-1540), o mecenas que lhe encomenda, entre outras, os cinco grandes retábulos para a Catedral, um dos quais o ''S. Pedro'', foi um acontecimento decisivo no seu percurso estético.