Baile da Ilha Fiscal: diferenças entre revisões

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[[Ficheiro:Página do cardápio do último Baile da Ilha Fiscal.tif|miniaturadaimagem|241x241px|Página do cardápio do último Baile da Ilha Fiscal, 1889. [[Arquivo Nacional (Brasil)|Arquivo Nacional]].]]
<blockquote>''dignidade", discursou Constant na ocasião, tendo como alvo justamente o Visconde de Ouro Preto. Longe dali, ao lado da família imperial, o visconde desmanchava-se em sorrisos ao comandar seu suntuoso festim. A família imperial chegou ao cais pouco antes das 10 horas. D. Pedro II, fardado de almirante, a imperatriz Teresa Cristina e o príncipe D. Pedro Augusto embarcaram primeiro. Quinze minutos depois foi a vez da princesa Isabel e do conde D’Eu. Uma vez no palácio, foram conduzidos a um salão em separado, onde já se achavam reunidos membros do corpo diplomático estrangeiro oficiais e alguns eleitos da sociedade carioca. O guarda-roupa da imperatriz não chegou a causar impressão especial entre os convidados - um vestido de renda de chantilly preta, guarnecido de vidrilhos. A toalete da princesa Isabel, no entanto, causou exclamações de admiração pelo luxo e pela beleza. Ela portava uma roupa de moiré preta listrada, tendo na frente um corpinho alto bordado a ouro. Nos cabelos, carregava um diadema de brilhantes. "''<ref>[http://veja.abril.com.br/historia/republica/sociedade-baile-imperio-ilha-fiscal.shtml '''Veja na História''', Festança sobre o Vulcão]</ref></blockquote>
Um fato irônico, até hoje não confirmado, ocorreu logo após a chegada da família real, às 10 horas da noite: conta-se que D. Pedro II, ao entrar no salão do baile, desequilibrou-se e levou um tombo. Foi amparado por dois jornalistas. Ao recompor-se, exclamou: ''"O monarca escorregou, mas a monarquia não caiu!".'' Apesar do sucesso do baile, o imperador pouco se divertiu. Ficou sentado, visto que já estava em idade avançada, o tempo todo e foi embora à 1h da manhã, sem jantar.
 
Outro acontecimento curioso ocorreu no término da festa. Às 5 horas da manhã, após a saída dos convidados, os trabalhos de limpeza revelaram alguns artigos inusitados espalhados pelo chão: além de copos quebrados e garrafas espalhadas, foram recolhidas condecorações perdidas e até peças de roupas íntimas femininas. O fato pode, entretanto, ser fictício, uma vez que foi relatado na coluna humorística ''Foguetes'', do periódico carioca "[[O Paiz]]", no dia [[12 de novembro]], nestes termos:<blockquote>"Houve quem perdesse dragonas, chapéos de sol, chapéos de cabeça, lenços, e até - parece incrivel, mas é rigorosamente verdadeiro - uma senhora deixou lá ficar o espartilho!!!"<ref>{{citar web|url=http://memoria.bn.br|titulo=O Paiz|data=12/11/1889|acessodata=16/03/2018|publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref></blockquote>
 
==Repercussão==
A distribuição dos 5.000 convites começou no dia 4 de novembro. As roupas finas das lojas do Rio de Janeiro se esgotaram. Setenta e duas horas antes do baile já não havia vagas nos cabeleireiros. As senhoras lotavam as lojas de roupas finas e os cavalheiros recorriam aos alfaiates, para ajustar suas casacas e às barbearias, para cortar o cabelo ou aparar os bigodes e barbas. Muitas senhoras chegavam às 9 h da manhã, para fazer os cabelos