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::"Mesmo estando presentes da bibliografia principal sobre a região geralmente apenas em menções breves, e antes geralmente apresentando as intervenções pontuais de personagens isolados do que penetrando no desempenho do grupo familiar, sendo sem dúvida periféricos aos grandes acontecimentos políticos e sociais do momento, alguns autores lhes deram considerável atenção — mais notadamente Ausserer, Bitschnau e Landi — explorando alguns aspectos essenciais, e uma rica quantidade de fontes avulsas permite juntar um quadro coerente, onde fica claro que desempenharam um papel de algum relevo na política do principado entre o fim do século XII até o início do século XIV, bastante bem documentado, como agentes de alto escalão dos principais poderes em atuação naquela época nesta área, os condes de Appiano e os bispos de Trento, liderando por vezes grandes equipes de funcionários e cavaleiros, num período que foi caracterizado por uma acirrada disputa pelo poder entre a Igreja, o Império e a nobreza, com uma fraca estrutura de poder centralizado na região, sempre ameaçada pelas investidas dos condes do Tirol e por constantes atritos entre a turbulenta nobreza local. Além disso, foram a origem de uma série de ramos cadetes que receberam vários senhorios e castelos e obtiveram outros títulos, deixando uma marca sensível na região e além.
 
::"A documentação, embora relativamente farta, não permite rechear de muita carne o esqueleto que é possível reconstituir com segurança, mas com a estrutura familiar e social razoavelmente esclarecida, o contexto da época relativo à nobreza funcionária, já bem conhecido, acrescenta as cores necessárias para formar uma pintura bastante evocativa da atividade e das tensões e contradições que permeavam a vida de uma família típica da sua classe — que de acordo com as evidências ela representou geralmente com decoro e consistente competência —, que permanecia à sombra dos grandes mas era essencial para o atingimento dos seus objetivos, enquanto que continuava ciosa de sua própria honra e interesses privados, vendo-se como membros legítimos da nobreza hereditária e terratenente, florescendo em um período crítico da história do principado, quando o poder episcopal acabaria, em breve, por se estabelecer, através de soberanos afirmativos como [[Federico Vanga]], apoiados pelos próprios imperadores, interessados no apaziguamento e submissão da região, embora não sem fazer significativas concessões à nobreza sempre insatisfeita e à [[burguesia]] em crescente [[empoderamento]]. A história dos senhores de Girlan mostra como era necessário obedecer e se enquadrar, talvez nem sempre de bom grado, numa sociedade elitista, altamente competitiva, agressiva e em muitos aspectos opressiva, e se adaptar para sobreviver entre forças em conflito superiores às suas e sobre as quais não exerciam nenhum poder decisório significativo, embora, por sua própria posição intermediária entre a alta elite governante e os estratos mais populares, possuindo feudos e servos em seu próprio direito, inevitavelmente influíram nos destinos de diversas vilas e comunidades rurais".<ref name="Frantz3"/>
 
===Ramos principais===