WikiLeaks: diferenças entre revisões
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De acordo com uma entrevista de janeiro de 2010, a equipe da ''WikiLeaks'' é constituída por menos de dez pessoas que trabalham em tempo integral, mas especula-se que a ''WikiLeaks'' conte com algo entre mil e dois mil voluntários, que colaboram ocasionalmente - a maioria sem qualquer contrapartida financeira. Entre os intelectuais, [[ativista]]s, [[jornalista]]s e [[programador]]es listados pela ''WikiLeaks'' como membros de seu conselho, estão o australiano [[Phillip Adams]] (produtor do clássico [[documentário]] ''[[Corações e mentes]]''), o [[brasil]]eiro [[Chico Whitaker]] (proponente e articulador do [[Fórum Social Mundial]]), o chinês [[Wang Dan]] (um dos líderes dos [[protestos da Praça Tiananmen em 1989]]) e [[Ben Laurie]] (criador do [[Servidor Apache|Apache]]-[[SSL]] e um dos maiores especialistas mundiais em [[segurança de rede]]).<ref>{{Citar web |url=http://www.wikileaks.org/wiki/Advisory_Board |titulo=Advisory Board |acessodata=2008-03-27 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20080327225000/http://www.wikileaks.org/wiki/Advisory_Board |arquivodata=2008-03-27 |urlmorta=no }}</ref><ref>{{citar web | url=http://www.comciencia.br/comciencia/?section=8&edicao=59&id=749 | título=Como o Wikileaks vem transformando jornalistas em decifradores de código | acessodata=2010-10-05 | arquivourl=https://web.archive.org/web/20101013042121/http://www.comciencia.br/comciencia/?section=8&edicao=59&id=749 | arquivodata=2010-10-13 | urlmorta=sim }} por Tiago C. Soares. ''Com Ciência'' ([[revista eletrônica]] de [[jornalismo científico]])</ref>
A organização não possui sede oficial. As despesas por ano são de cerca de 200.000 dólares, principalmente empregues em [[servidor]]es, burocracia e pagamento de advogados<ref>[http://www.wired.com/threatlevel/2012/07/wikileaks-visa-blockade/]</ref>, mas atingiria os 600.000 dólares se o trabalho doado pelos voluntários fosse remunerado. Para pagar suas despesas judiciais, a ''WikiLeaks'' conta com doações de centenas de milhares de dólares feitas por organizações de [[mídia]], tais como a ''[[Associated Press]]'', o ''[[Los Angeles Times]]'' e a ''[[National Newspaper Publishers Association]]''. As suas únicas fontes de rendimentos são as doações, mas a ''WikiLeaks'' planeja criar um modelo de [[leilão]], no qual será vendido o acesso precoce a documentos confidenciais. Segundo a fundação ''[[Wau Holland]]''<ref>
== Vazamentos ==
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Alguns analistas compararam este episódio a outro grande caso de vazamento, conhecido como ''[[Pentagon Papers]]'', ocorrido em [[1971]], quando o ''[[The New York Times]]'' iniciou a publicação seriada de um grande relatório do governo [[Lyndon Johnson]] sobre as ações políticas e militares dos EUA no [[guerra do Vietnã|Vietnã]]. Os documentos mostraram que o governo mentira acerca dos seus interesses e ações no conflito. [[Richard Nixon]], então no poder, conseguiu sustar a publicação na Justiça, alegando que o vazamento colocava em risco a segurança nacional, mas depois a Suprema Corte do país julgou que “só uma imprensa livre pode efetivamente expor as [[fraude]]s de um governo”. Assim, o ''Times'' pôde prosseguir na publicação do relatório.<ref>{{citar web | url=http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/o-hacker-por-tras-dos-vazamentos | título=O hacker por trás dos vazamentos|publicado= ''[[Veja ]]''|data= 1 de agosto de 2010}}</ref>
Sobre sua segurança pessoal, Assange revelou que algumas pessoas, como o famoso [[repórter investigativo]] [[Seymour Hersh]], fizeram chegar a ele recomendações para que se cuide. Também um ex-[[diplomata]] e jornalista australiano, especializado em segurança nacional, alertou-o de que o [[governo dos Estados Unidos]] tentou articular-se com os [[serviços de inteligência]] australianos para intensificar a vigilância e eventualmente efetuar a detenção do pessoal da ''WikiLeaks''. Segundo a mesma fonte, o governo australiano rejeitou a proposta.<ref>
[[Imagem:Jacob Appelbaum 4227.jpg|thumb|250px|'''Appelbaum''': voluntário da WikiLeaks interrogado por três horas no aeroporto.]]
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=== Eleições dos EUA em 2016 ===
Um ano antes das eleições, o site publicou dados sobre negociações secretas do acordo comercial com a [[APEC]], [[NAFTA]] e [[União Europeia]]<ref>
=== Documentos secretos acerca da guerra do Iraque ===
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In 2010, at least a dozen key supporters of WikiLeaks have left the website.<ref>{{citar web|sobrenome=Taylor |nome=Jerome |url=http://www.independent.co.uk/news/media/online/secret-war-at-the-heart-of-wikileaks-2115637.html |título=Secret war at the heart of Wikileaks|editora=independent.co.uk |data=25 de outubro de 2010 |acessodata=}}</ref> -->
''WikiLeaks'' recebeu vários prêmios para [[novas mídias]], incluindo o ''New Media Award 2008'' da revista ''[[The Economist]]''.<ref>{{citar web | url=http://www.indexoncensorship.org/2008/04/winners-of-index-on-censorship-freedom-of-expression-award-announced/ | título=Winners of Index on Censorship Freedom of Expression Award Announced }} 22 de abril de 2008.</ref> Em junho de 2009, a ''WikiLeaks'' e Julian Assange ganharam o ''Media Award 2009'' (categoria ''New Media'') da [[Anistia Internacional]]<ref>{{citar web | url=http://www.amnesty.org.uk/news_details.asp?NewsID=18227 | título=Amnesty announces Media Awards 2009 winners | acessodata=2014-07-08 | arquivourl=https://web.archive.org/web/20101103122915/http://www.amnesty.org.uk/news_details.asp?NewsID=18227 | arquivodata=2010-11-03 | urlmorta=yes }} Amnesty.org.uk, 2 de junho de 2009</ref> pela publicação de ''Kenya: The Cry of Blood - Extra Judicial Killings and Disappearances'', em 2008,<ref>{{citar web | url=http://wikileaks.org.uk/wiki/Kenya:_The_Cry_of_Blood_-_Report_on_Extra-Judicial_Killings_and_Disappearances,_Sep_2008 | título=Kenya: The Cry of Blood - Extra Judicial Killings and Disappearances, Sep 2008 | acessodata=2010-07-27 | arquivourl=https://web.archive.org/web/20101222030635/http://wikileaks.org.uk/wiki/Kenya:_The_Cry_of_Blood_-_Report_on_Extra-Judicial_Killings_and_Disappearances,_Sep_2008 | arquivodata=2010-12-22 | urlmorta=sim }} WikiLeaks.</ref> tratando-se de um relatório da Comissão Nacional Queniana de Direitos Humanos sobre a política de extermínio no [[Quênia]]. Em maio de 2010, a ''WikiLeaks'' foi referida como o número 1 entre os "''websites'' que poderiam mudar completamente o formato atual das notícias".<ref>
Em abril de 2010, a ''WikiLeaks'' postou, no ''website'' ''Collateral Murder'', um vídeo feito em [[12 de julho]] de [[2007]], que mostrava civis iraquianos sendo mortos durante um ataque aéreo das forças militares dos Estados Unidos. Em julho do mesmo ano, a organização ganhou maior visibilidade mundial, ao divulgar o ''Afghan War Diary'', uma compilação de mais de 76.900 documentos secretos do [[governo americano]] sobre a [[Guerra no Afeganistão (2001-presente)|Guerra do Afeganistão]].
No mês de outubro 2010, em articulação com grandes organizações da mídia, a ''WikiLeaks'' publicou um pacote com quase 400.000 documentos secretos, denominado ''Iraq War Logs'', reportando torturas de prisioneiros e ataques a civis pelos norte-americanos e seus aliados, na [[Guerra do Iraque]]. Segundo os vazamentos, o governo brasileiro prendeu árabes em segredo,<ref>
Em 2016, de acordo com telegramas diplomáticos sobre documentos oficiais do governo americano, o [[Presidente do Brasil|presidente interino]], [[Michel Temer|Temer]],<ref>{{Citar web|url=http://www.vanguardia.com.mx/articulo/michel-temer-fue-informante-de-la-cia-en-2006-asegura-wikileaks|titulo=Michel Temer fue informante de la CIA en 2006, asegura Wikileaks|acessodata=2016-05-16|obra=Vanguardia|lingua=es}}</ref> tem sido um informante da embaixada EUA no Brasil<ref>{{Citar web|url=http://primeraplanainfo.com/2016/05/15/afirman-que-temer-fue-informante-de-cia/|titulo=Temer fue informante de CIA Primera Plana primeraplanainfo.com/2016/05/15/afirman-que-temer-fue-informante-de-cia/ |acessodata=2016-05-16}}</ref> e é descrito como um trunfo<ref>{{Citar web|url=http://www.theguardian.com/world/2016/may/12/dilma-rousseff-brazil-president-impeached-senate-vote|titulo=Dilma Rousseff suspended as senate votes to impeach Brazilian president|data=2016-05-12|acessodata=2016-05-16|obra=the Guardian}}</ref> para os interesses das empresas americanas em vários documentos diplomáticos desclassificados.<ref>[https://www.rt.com/news/342933-temer-us-brazil-spying/ Brazil's acting president used to be US intel informant – WikiLeaks]. rt.com (13 May 2016)</ref><ref>{{Citar web|url=https://www.sott.net/article/318251-Wikileaks-reveals-new-Brazilian-president-Michel-Temer-was-informant-for-US-intelligence|titulo=Wikileaks reveals new Brazilian president Michel Temer was informant for US intelligence -- Sott.net|acessodata=2016-05-16|obra=SOTT.net|lingua=en}}</ref>
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* [[OpenLeaks]]
{{referências|col=
== Bibliografia ==
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