Calheta (Açores): diferenças entre revisões

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A '''Calheta''' é uma [[vila]] [[Portugal|portuguesa]] na ilha de [[Ilha de São Jorge|São Jorge]], [[Região Autónoma dos Açores]], com cerca de {{fmtn|1200}} habitantes (Censo 2011).
 
A [[Ilha de São Jorge|ilha de S. Jorge]] foi descoberta em meados do século XV, iniciando-se o seu povoamento entre [[1439]] e [[1470]]. Calheta foi elevada a vila e a concelho em 1534, por [[João III de Portugal|D. João III]]. A economia do concelho estava integrada na ilha e baseava-se no cultivo da vinha e do trigo e na exportação de pastel e urzelina para as tinturarias da Flandres e da [[Europa]], conhecendo nessa altura algum desenvolvimento económico. A ocupação espanhola e o facto de não oferecer bons portos de abrigo levaram a que a ilha de S. Jorge não prosperasse como as ilhas vizinhas. Apesar disso, sofreu vários ataques de corsários durante os séculos de XVI a XVIII, incluindo dos famosos corsários conde Essex e Du-Gnay-Trouin. Além disso, nesse período a população esteve sujeita a várias calamidades, tais como sismos, erupções vulcânicas e maus anos de colheitas, que acabaram por originar um ainda maior isolamento da ilha.
 
Já no [[século XX]], a construção do [[aeroporto]] e a reabilitação dos portos de Calheta e Velas promoveram o desenvolvimento económico da região.<ref name="Acco">Infopédia. [http://www.infopedia.pt/$calheta-(acores) Calheta (Açores)] Geografia. Página visitada em 19 de maiuo de 2012 (em [[Língua portuguesa|português]])</ref>
 
== História ==
A vila da Calheta é uma das mais antigas povoações da [[ilha de São Jorge]], depois da sua fundação em [[1483]] rapidamente cresceu graças a possuir um porto que lhe facilitava bastante a comunicação com a [[ilha Terceira]], próxima.
[[Ficheiro:Vista parcial da Calheta, ilha de São Jorge, Açores, Portugal.JPG|thumb|250px|esquerda|Vista parcial da Calheta, ilha de São Jorge]]
 
Foi elevada a vila em [[3 de Junho]] de [[1534]], por carta régia de D. [[João III de Portugal]]. (''Arquivo dos Açores'', Vol. V, pág. 141) A [[12 de Maio]] de [[1718]], autorização da fundação do convento da vila da Calheta. Em 1732, tem início da reedificação da sua Igreja Matriz, a [[Igreja de Santa Catarina (Calheta)|Igreja de Santa Catarina]].<ref name="Acco"/>
 
É sede de um [[concelho|município]] com {{fmtn|126.51|km²}} de área e {{fmtn|4069}} habitantes (2001), subdividido em 5 [[freguesia]]s. O concelho é limitado a noroeste pelo concelho de [[Velas]], sendo banhado pelo [[Oceano Atlântico]] em todas as outras direcções.
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Ao longo da sua história esta localidade foi por diversas vezes atacada e saqueada por [[pirata]]s e [[corsário]]s. Só no ano de [[1597]] a população conseguir repelir um ataque, chegando ao ponto de se apoderarem da bandeira dos piratas.
 
Arrasada pelo grande [[sismo|terramoto]] de [[9 de Julho]] de [[1757]], que ficou conhecido na história como o [[Mandado de Deus]] ao que "ficou sem casa onde se recolhesse o Santíssimo Sacramento".<ref>{{citar web|URL=http://archive.org/stream/archivodosaore04pont#page/354/mode/2up|autor=Arquivo dos Açores, Volume IV|data=|publicado=|acessodata=6 de Setembro de 2017}}</ref>, foi atingida em 1945, a 4 de Outubro, por grande Levante do Mar.
, foi atingida em [[1945]], a [[4 de Outubro]], por grande Levante do Mar.
 
[[Ficheiro:Falésias da Costa norte da ilha de São Jorge junto à Vila da Calheta, ilha de São Jorge, Açores, Portugal.JPG|thumb|250px|Falésias da Costa sul da ilha de São Jorge junto à Vila da Calheta, ilha de São Jorge]]
 
Esta vila possui monumentos e edifícios de interesse público e arquitectónico, seja pela arquitectura utilizada seja pela sua imponência ou características próprias. Exemplo deste caso é a [[Igreja de Santa Catarina (Calheta)|Igreja de Santa Catarina]] cuja construção é posterior a [[1639]], pois a [[8 de Janeiro]] desse ano, um grande incêndio destruiu a primeira que remontava ao [[século XVI]].
 
O desenvolvimento humano da localidade foi progredindo ao longo dos séculos. Sendo que uma das maiores manifestações populares organizativas são as filarmónicas que existem desde [[1868]].
 
O desenvolvimento humano da localidade foi progredindo ao longo dos séculos. Sendo que uma das maiores manifestações populares organizativas são as filarmónicas que existem desde [[1868]].
Além dos recentes festivais musicais organizados pela [[Câmara Municipal da Calheta]] e as actividades desenvolvidas pela Escola de Ensino Complementar "[[Padre]] [[Manuel de Azevedo da Cunha]]".
 
[[Ficheiro:Vista parcial da Igraja da calheta, ilha de São Jorge, Açores, Portugal.JPG|thumb|250px|esquerda|Vista parcial da Igreja da Calheta, ilha de São Jorge]]
 
Duas unidades fabris destinadas à transformação do [[Atumatum]], uma das quais, localizada na [[Fajã Grande, ilha de São Jorge|Fajã Grande]] e outra próxima do [[Porto da Calheta]] trouxeram um surto económico à localidade. Com a queda da quantidade de pescado no [[Atlântico]] a actividade destas unidades foi suspensa.
 
A Fabrica localizada junto ao Porto da Calheta e que se enquadra numa excelente baía deverá ser convertida numa [[estalagem]] com vista a apoiar o desenvolvimento do sector do [[turismo]].
 
Em tempos idos no Porto da Calheta chegaram a ser construídos navios que faziam a rota de [[Gibraltar]] e da [[América do Norte]]. A primeira plataforma portuária digna deste nome e que substituiu o pequeno cais então existente foi construído em [[1755]], no entanto só lhe foi colocado um [[farol]]im de sinalização em [[1873]].
 
[[Ficheiro:Antiga fabrica de conservas na Baía da Calheta para onde está projectado um hotel, ilha de São Jorge, Açores, Portugal.JPG|thumb|250px|Antiga fabrica de conservas na Baía da Calheta para onde está projectado um hotel, ilha de São Jorge]]
 
Nesta localidade existem vários [[Banco|balcões bancários]] e comerciais. Em [[1980]] foi fundado pela população a Corporação de Bombeiros Voluntários que juntamente como a [[Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Calheta]] prestam apoio social a doentes e necessitados.
 
Junto à Igreja de Santa Catarina foi construído um [[Império do Divino Espírito Santo (Calheta)|Império do Divino Espírito Santo]], as instalações da Junta de Freguesia e, um pouco mais afastado, o jardim com o palanque para a [[música]] e o busto do [[maestro]] [[Francisco de Lacerda]].
 
Facto curioso e histórico foi construído em lugar alto, destacado e bastante visível a partir do mar, sobre a vila da Calheta uma [[forca]] que durou até [[1666]]. Nunca foi utilizada como tal. Esta forca tinha por finalidade servir de aviso à ameaça representada pelos piratas e corsários que se aproximassem da povoação.
 
Nesta vila existe ainda uma igreja dedicada à evocação de Santo António que se encontra na Rua de Baixo, estrada de ligação com a Ribeira Seca. [[Esta Igreja de Santo António (Calheta)|Igreja de Santo António]] foi concluída em [[1816]]. é ainda de mencionar nesta vila um [[fontanário]] cuja construção recua a [[1878]].
 
Esta localidade tem um Parque de Campismo que foi Inaugurado no dia [[3 de Julho]] de [[1993]]. A sua localização foi pensada de forma aproveitar as características excepcionais do local que o transformou num ponto privilegiado para o lazer e prática da natação e pesca. Encontra-se próximo da costa, junto às [[Poças de Vicente Dias (Calheta)|Poças de Vicente Dias]] e à [[Baía de Simão Dias]].
 
==População==
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== Cronologia ==
=== século XV ===
* [[1480]] ou [[1490]] – Datas entre as quais se considera ter sido fundada a povoação do [[Vila do Topo|Topo]].
* [[1483]][[4 de Maio]] - Doação da [[Capitania da ilha de São Jorge]] a [[João Vaz Corte-Real]].
* 1483 - Data tida como provável chegada de [[Lista dos sobrenomes das primeiras famílias que povoaram os Açores|colonos]] à Calheta, [[ilha de São Jorge]], [[Açores]].
 
=== século XVI ===
* [[1500]] - Morre o povoador [[Willem van der Haegen]] sendo sepultado na [[capela]] anexa ao [[Solar dos Tiagos (Topo)|Solar dos Tiagos]], e muito mais antiga que este, que foi pertença do último [[capitão-mor]] do Topo, [[António da Silveira Ávila]], e cuja construção é de meados do [[século XVIII]] finais do [[século XIX]].
* [[1510]][[12 de Setembro]] - Elevação da Vila do Topo a concelho
* [[1534]] - [[3 de Junho]], Por carta régia de D. [[João III de Portugal]] a localidade da Calheta é levada a vila..<ref>Arquivo dos Açores'', Vol. V, pág. 141</ref>
* [[1550]] – Registo históricos que dão a [[Fajã de São João]] como habitada embora se saiba que já o era antes..<ref>São Jorge, Açores, Guia do Património Cultural. Edição Atlantic View – Actividades Turísticas, Lda. Dep. Legal n.º 197839/03. ISBN 972-96057-2-6, 1ª edição, 2003</ref>
* 1550 – É benzida a [[Ermida de São João]], na Fajã de São João, data que se encontra envolta em polémica já que alguns historiadores afirmam que a data da construção estará algures entre [[1618]] e [[1652]]. Numa pedra existente sobre a porta de entrada da ermida é possível ler-se a data de [[1762]], que deverá ser a data de alguma reconstrução ou restauro.
* [[1560]] – São feitas grandes melhorias no acesso ao [[Porto de Vila do Topo|Porto do Topo]] de forma de este funcionar como plataforma de ligação com a [[ilha Terceira]].
* [[1597]] ataque [[pirata]] à vila da Calheta, a população consegue repelir o ataque, e consegue apodera-se da bandeira dos piratas.
 
=== século XVII ===
* [[1625]] – A [[Fajã de São João]] é alvo de um ataque de [[Piratas da Barbária|piratas argelinos]] que levaram cativos alguns dos seus habitantes.
* [[1637]] - São feitas grandes melhorias no acesso ao Porto do Topo de forma de este posso funcionar como plataforma de ligação com a [[ilha Terceira]] com melhores condições.
* [[1639]] - [[8 de Janeiro]], um incêndio destrói a [[Igreja de Santa Catarina (Calheta)|Igreja de Santa Catarina]], cuja primeira construção remontava ao [[século XVI]], dando-se o facto de, segundo os anais da história, se encontrar no braseiro, e retirar dele, completamente intacta, a [[Hóstia]] do [[Sacrário]].
* [[1661]] Fundação pelo padre [[Diogo de Matos da Silveira]] do [[Convento de São Diogo]], que foi pertença da [[Ordem dos Frades Menores|Ordem dos Frades Franciscanos]].
* [[1666]] – Registo de se encontrar construído em lugar alto, destacado e visível a partir do mar, sobre a vila da Calheta uma [[forca]] que durou até pelo menos este ano e que tinha por finalidade servir de aviso à ameaça representada pelos [[pirata]]s e [[corsário]]s que se aproximassem da povoação.
* [[1668]][[23 de novembro]], grande tempestade causa prejuízos na Calheta, uma violenta tempestade provocou "tal alteração de mar que este entrou pela dita vila derrubando casas" e obstruindo o porto com ''penedia''.
* [[1686]] - Ataque de piratas a bordo de um [[Piratas da Barbaria|navio corsário de [[Salé]], os piratas desembarcaram parte da sua tripulação sem haver em terra quem lhe fizesse frente, tendo demolido um [[Forte|fortim]], saqueado as casas e destruído a [[Ermida de São João]].
* [[1690]] – Construção da [[Ermida]] de São Lázaro do [[Norte pequenoPequeno]], que em [[1757]] deu lugar à [[Igreja de São Lázaro (Norte Pequeno)|Igreja de São Lázaro]], no Norte Pequeno.<ref name="autogenerated3">São Jorge, Açores, Guia do Património Cultural. Edição Atlantic View – Actividades Turísticas, Lda. Dep. Legal n.º 197839/03. ISBN 972-96057-2-6, 1ª edição, 2003.</ref>
 
=== século XVIII ===
* [[1707]] – Planos para a construção de um forte para protecção da costa da [[Fajã dos Vimes]] que só se concretiza em [[1738]].
* [[1712]] – Elevação a curato da Ermida de São Lázaro do Norte pequeno, que em [[1757]] deu lugar à [[Igreja de São Lázaro (Norte Pequeno)|Igreja de São Lázaro]], no Norte Pequeno.
* [[1718]] - [[12 de Maio]], é autorizado por alvará real a fundação de um convento da vila da Calheta.
* [[1732]], tem início da reedificação da Igreja Matriz da vila da Calheta, a [[Igreja de Santa Catarina (Calheta)|Igreja de Santa Catarina]].
* [[1738]] – Novembro, é dada ordem para a construção de um forte para protecção da costa da [[Fajã dos Vimes]] embora já fosse referido num documento de [[1707]]..<ref>Boletim do [[Instituto Histórico da Ilha Terceira]] IHIT, ao abrigo da denominação Vol. XLV, Tomo II, 1987 – Da poliorcética à fortificação nos Açores – Introdução ao estudo do sistema defensivo nos Açores nos séculos XVI-XIX, Alberto Vieira</ref><ref>Boletim do Instituto Histórico da Ilha Terceira IHIT, ao abrigo da denominação Vol. L, 1992 – Documentação Sobre as fortificações dos Açores Existentes nos Arquivos de Lisboa – Catálogo, Investigação de Carlos Neves e Filipe Carvalho – Coordenação de Artur Teodoro de Matos</ref>
* [[1748]] – Desligamento da Ermida de São Lázaro do Norte pequeno, que em 1757 deu lugar à [[Igreja de São Lázaro (Norte Pequeno)|Igreja de São Lázaro]], no Norte Pequeno, da [[Igreja de Santa Catarina (Calheta)|Igreja de Santa Catarina]], da Calheta.<ref name=autogenerated3 />
* [[1755]] - É construída a primeira plataforma portuária digna deste nome na vila, que vem substituir um pequeno cais então existente.
* [[1757]] - [[9 de Julho]] - A vila da Calheta é arrasada pelo grande [[sismo|terramoto]] de 1757 que ficou conhecido na história como o [[Mandado de Deus]].
* 1757 - 9 de Julho destruição do [[Convento de São Diogo]] pelo terramoto que na história ficou conhecido por "O Mandado de Deus"
* 1757 – 9 de Julho, o Mandado de Deus causa praticamente a destruição total do povoado existente na [[Fajã dos Cubres]].
* 1757 – 9 de Julho destruição da [[Igreja de São Tiago Maior (Ribeira Seca)|Igreja de São Tiago Maior]], da [[Ribeira Seca (Calheta)|Ribeira Seca]], pelo Mandado de Deus, templo que datava do [[século XVI]].
* 1757 – 9 de Julho, Devastação quase total da [[Vila do Topo]] pelo Mandado de Deus.
* 1757 – 9 de Julho, o Mandado de Deus destrói a Ermida de São Lázaro do [[Norte pequenoPequeno]], que em 1757 deu lugar à [[Igreja de São Lázaro (Norte Pequeno)|Igreja de São Lázaro]], no Norte Pequeno. Sob a iniciativa do padre [[Nicolau António Silveira]], deu-se início a reconstrução, tendo nascido a actual igreja. As obras foram efectuadas por [[José de Avelar de Melo]] e terminadas [[1761]].<ref name=autogenerated3 />
* 1757 - 9 de Julho, destruição da [[Igreja de Santo Antão (Calheta)|Igreja de Santo Antão]] do concelho da Calheta, pelo Mandado de Deus. Depois de reconstruído foi elevado a paróquia em [[1888]].<ref name=autogenerated3 />
* [[1761]] – Inicia-se a reconstrução da[[IgrejadaIgreja de São Tiago Maior (Ribeira Seca)|Igreja de São Tiago Maior]], da [[Ribeira Seca (Calheta)|Ribeira Seca]], destruída em 9 de Julho de 1757 pelo Mandado de Deus, templo que datava do [[século XVI]].
* 1761 – Terminam as obras de reconstrução da [[Igreja de São Lázaro (Norte Pequeno)|Igreja de São Lázaro]], no Norte Pequeno, destruída em 9 de Julho de 1757 pelo Mandado de Deus.
* [[1778]] início da construção da [[Ermida de Nossa Senhora do Socorro]] nos [[Biscoitos (Calheta)|Biscoitos]] que foi concluída em [[1788]], ampliada em [[1831]] e restaurada na década de [[1990]].
* [[1781]] – Construção do [[Solar dos Noronhas (Ribeira Seca)|Solar dos Noronhas]].
* 1781 – Construção da [[Ermida de Nossa Senhora dos Milagres]] anexa ao [[Solar dos Noronhas (Ribeira Seca)|Solar dos Noronhas]].
* [[1787]] – Inicio da construção de uma ermida no lugar dos [[Biscoitos (Calheta)|Biscoitos]], ermida que em [[1831]] dá origem a actual [[Ermida de Nossa Senhora do Socorro]].<ref name=autogenerated3 />
* [[1799]] – Existência de referência documentais à [[Capela de São Sebastião (Fajã dos Vimes)|Capela de São Sebastião]], que se sabe ser de data anterior e onde esteve instalada a [[Ordem Terceira do Carmo|Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo]].
 
=== século XIX ===
* [[1808]] - [[1 de Maio]], [[Erupção|Erupçãoerupção vulcânica]] que afecta toda a ilha de São Jorge, particularmente o concelho de [[Velas]].
* [[1816]] Construção da [[Ermida de Santo António (Calheta)|Ermida de Santo António]].
* [[1831]] – Construção do [[Império do Espírito Santo dos Biscoitos (Calheta)|Império do Espírito Santo dos Biscoitos]].
* 1831 – Construção da [[Ermida de Nossa Senhora do Socorro]], nos [[Biscoitos (Calheta)|Biscoitos]], em substituição de uma que datava de [[1787]] e que se mostrava inadequada dado o crescimento da população.<ref name=autogenerated3 />
* [[1832]] – Inicio da construção da [[Igreja de Santo Cristo]], localizada na [[Fajã da Caldeira de Santo Cristo]], foi benzida em [[10 de Novembro]] de [[1835]].<ref name=autogenerated3 />
* [[1835]][[10 de Novembro]], É benzida a [[Igreja de Santo Cristo]], localizada na [[Fajã da Caldeira de Santo Cristo]].
* [[1854]] – Fundação da Filarmónica a Sociedade União Popular de Instrução e Recreio, da freguesia da [[Ribeira Seca (Calheta)|Ribeira Seca]].
* [[1855]] Construção da [[Ermida de Nossa Senhora do Livramento (Loural)|Ermida de Nossa Senhora do Livramento]] do [[Loural (Ribeira Seca)|Loural]] a mando do então padre [[João Silveira de Carvalho]], em [[1884]] é elevada a curato.<ref name=autogenerated3 /><ref name=autogenerated4>Guia do Património Cultural de São Jorge, Dep. Legal nº 197839/2003</ref>
* 1855 - [[24 de Outubro]], [[Vila do Topo]] deixa de ser concelho e é inserida no concelho da Calheta com efeitos a partir de [[1 de Abril]] de [[1870]].
* [[1862]] – Graças à actuação do Dr. [[José Pereira da Cunha da Silveira e Sousa]], o mesmo que fundara a [[Ermida de São José]] do lugar do [[Toledo (Velas)|Toledo]], foi criado o curato respectivo com côngrua para o padre no lugar dos [[Biscoitos (Calheta)|Biscoitos]].<ref name=autogenerated3 />
* [[1867]] – Fortes protesto da população da Vila do Topo contra a extinção do concelho e a sua inserção no concelho da Calheta.
* [[1868]] Fundação da primeira filarmónica da Vila da Calheta.
* [[1870]][[1 de abril]], A Vila do Topo inserida no concelho da Calheta.
* [[1872]] Colocação do primeiro [[farol]]im no [[Porto da Calheta]] apesar de este estar construído desde [[1757]].
* [[1877]][[6 de junho]], Por deliberação do [[Câmara Municipal da Calheta]] é colocado um [[farol]] no [[Porto de Vila do Topo]], que foi o primeiro da [[ilha de São Jorge]].
* [[1878]] Construção de um dos principais [[fontanário]]s da vila.
* [[1884]] – A [[Ermida de Nossa Senhora do Livramento (Loural)|Ermida de Nossa Senhora do Livramento]] do [[Loural (Ribeira Seca)|Loural]] mandada erguer em [[1855]] pelo então padre [[João Silveira de Carvalho]], é elevada a curato.<ref name=autogenerated3 /><ref name=autogenerated4 />
* [[1885]] – É fundada a primeira companha destinada a da ilha à caça ao [[cachalote]], no [[Porto de Vila do Topo]] que passa a dar abrigo aos respectivos [[Bote baleeiro|botes baleeiros]].
* 1885 - Na [[Fajã dos Vimes]] o [[Destacamento Fiscal de Angra do Heroísmo]] abre um dependência.
* [[1886]][[12 de Abril]] - Construção da Escola primária da [[Fajã dos Vimes]].
* [[1889]] - Elevação a paróquia da [[Igreja de Santo Antão (Calheta)|Igreja de Santo Antão]] do concelho da Calheta.<ref name=autogenerated3 />
* [[1889]] – Inicio da construção da [[Ermida do Senhor Bom Jesus (Fajã Grande)|Ermida do Senhor Bom Jesus]] da [[Fajã Grande (Ilha de São Jorge)|Fajã Grande]] que terá perdurado até [[1895]], a responsabilidade da construção deve-se à iniciativa de [[José de Azevedo Machado]]..<ref name=autogenerated2>Guia do Património Cultural de São Jorge, Açores, Dep. Legal nº 197839/03</ref>
* [[1889]] - [[6 de Junho]], Elevação do lugar de [[Santo Antão (Calheta)|Santo Antão]] à categoria de freguesia.
* [[1890]] – Colocação de um [[órgão de tubos]] construído na [[ilha do Faial]], por [[Manuel de Serpa da Silva]] na [[Ermida de Nossa Senhora do Socorro]] dos [[Biscoitos (Calheta)|Biscoitos]].
* [[1893]] — [[Furacão]] provoca grande destruição no Grupo Central - A [[28 de Agosto]] a maior tempestade de que há memória nos Açores atingiu o Grupo Central, provocando grande enchente de mar e arruinando casas, igrejas e palheiros. Também os portos foram severamente atingidos com perda de muitas embarcações. A destruição dos milhos nos campos causou fome generalizada no ano seguinte. A [[ilha de São Jorge]] foi severamente atingida, particularmente o Topo. Os danos do Furacão de 1893 ainda são visíveis (em 2010) nalguns pontos da costa, nomeadamente na antiga, e hoje abandonada, [[Igreja Velha de São Mateus da Calheta]], na [[Terceira]], e nas ruínas da [[Baía do Refugo]], no [[Porto Judeu]].
* [[1895]] – [[Ermida de São João]] localizada na [[Fajã de São João]] é submetida a restauros e é-lhe acrescentada a [[torre sineira]] que actualmente possui.
* 1895 - Fim das obras de construção da [[Ermida do Senhor Bom Jesus (Fajã Grande)|Ermida do Senhor Bom Jesus]] da [[Fajã Grande (Ilha de São Jorge)|Fajã Grande]] que tiveram início em [[1889]], a responsabilidade da construção deve-se à iniciativa de [[José de Azevedo Machado]], foi benzida a [[18 de Outubro]] de [[1896]]..<ref name=autogenerated2 />
* 1896 - [[18 de Outubro]], É benzida a [[Ermida do Senhor Bom Jesus (Fajã Grande)|Ermida do Senhor Bom Jesus]] da [[Fajã Grande (Ilha de São Jorge)|Fajã Grande]], cujo início das obras ocorreu em [[1889]] e terminou em [[1895]]..<ref>Guia do Património Cultural de São Jorge, Açores, Dep. Legal nº 197839/03.</ref>
* [[1899]][[3 de Fevereiro]], grandes estragos no [[Porto da Fajã dos Vimes]] devido a forte temporal e enchente de mar.
 
=== século XX ===
* [[1901]] – Fundação da Sociedade Clube Estímulo que era constituída à altura por uma [[filarmónica]], um [[teatro]], um clube e também um gabinete de leitura.
* 1901 – ([[26 de Outubro]]), Inauguração da [[Ermida de Nossa Senhora da Boa Viagem (Portal)|Ermida de Nossa Senhora da Boa Viagem]] do [[Portal (Ribeira Seca)|Portal]],<ref name=autogenerated1>Guia do Património Cultura de São Jorge, Dep. Legal nº 197839/2003.</ref>
* [[1908]][[18 de Outubro]], É iniciada a construção da [[Ermida de Nossa Senhora de Lourdes (Fajã dos Cubres)|Ermida de Nossa Senhora de Lourdes]], na [[Fajã dos Cubres]].
* [[1920]] – É benzida a primeira [[Ermida de São Tomé]], localizada na povoação de [[São Tomé (Calheta)|São Tomé]], este templo foi destruído pelo terramoto de [[1 de Janeiro]] de [[1980]].<ref name=autogenerated3 />
* [[1927]] – Construção do [[Farol da Ponta do Topo]]..<ref>Furtado, Eduardo Carvalho Vieira. Guardiães do Mar dos Açores: uma viagem pelas ilhas do Atlântico. s.l.: s.e., 2005. 298p. mapas, fotos. ISBN 972-9060-47-9</ref>
* [[1945]] - [[4 de Outubro]], A Vila da Calheta foi atingida por grande Levante do Mar.
* [[1960]] – A [[Ermida de São João]] localizada na [[Fajã de São João]] é sujeita a restauros importantes.
* [[1970]] – Nesta data o [[Porto de Vila do Topo]] perde a sua importância para o [[Porto da Calheta]] e para o [[Porto de Velas]].
* [[1980]] Foi fundado pela população a Corporação de Bombeiros Voluntários da Calheta.
* 1980 – [[1 de Janeiro]] – Um fatídico terramoto causa grandes estragos causados no [[Convento de São Diogo]].
* 1980 – [[1 de Janeiro]] – Um fatídico terramoto causa grandes estragos no povoada existente na [[Fajã dos Cubres]].
* 1980 – 1 de Janeiro – Um fatídico terramoto causa acentuados estragos na [[Igreja de São Tiago Maior (Ribeira Seca)|Igreja de São Tiago Maior]], da [[Ribeira Seca (Calheta)|Ribeira Seca]], templo que datava do [[século XVI]] e que já em [[1757]] havia sido atingida pelo [[Mandado de Deus]]. Só foi completamente restaurada em [[1990]] e [[1993]].<ref name=autogenerated1 />
* 1980 – 1 de Janeiro, destruição pelo terramoto da primeira [[Ermida de São Tomé]], localizada na povoação de [[São Tomé (Calheta)|São Tomé]], cuja primeiro templo tinha sido benzido em [[1920]]. Após a reconstrução abriu ao culto em [[1993]].<ref name=autogenerated3 />
* 1980 – 1 de Janeiro da Vila do Topo é duramente atingida pelo terramoto.
* [[1981]][[17 de Dezembro]] - Fundação da Filarmónica Recreio de São Lázaro, na freguesia do [[Norte Pequeno]].
* [[1983]] – A área envolvente ao Porto de Vila do Topo é classifica [[Rede de Áreas Protegidas dos Açores|Reserva Natural Parcial]], pelo [[Governo Regional dos Açores]].<ref>Decreto Legislativo Regional n.º 13/84/A, de 20 de Fevereiro</ref>
* [[1984]] – A [[Lagoa da Fajã de Santo Cristo]] é classificada como [[Área protegida|Reserva Natural]], pelo [[Governo Regional dos Açores]].
* [[1991]] – É criado o [[Museu de São Jorge (Calheta)|Museu de São Jorge]], vila da Calheta.
* [[1993]] - [[3 de Julho]] - construído o primeiro Parque de Campismo oficial desta vila.
* 1993 – É asfaltada a estada que leva à [[Fajã dos Cubres]].
* 1993 – É reaberta ao culto a [[Ermida de São Tomé]], localizada na povoação de [[São Tomé (Calheta)|São Tomé]], cujo primeiro templo tinha sido benzido em [[1920]].<ref name=autogenerated3 />
 
=== século XXI ===
* [[2003]][[24 de Junho]] – Por força de lei desta mesma data a localidade do [[Topo (Nossa Senhora do Rosário)|Topo]] recupera o estatuto de Vila, mantendo-se no entanto inserida no concelho da Calheta.
 
== [[Naufrágio]]s ocorridos no Porto da Calheta e suas envolvências ==
* [[Século XVI]] (finais) – [[Nau]] de guerra [[Inglaterra|inglesa]] não identificada, no sítio do bairro da Ribeira;
* [[1706]] ([[28 de novembro]]) - Sumaca (conhecida também como balandra) "York", na baía da Calheta, com uma carga de [[Caesalpinia echinata|pau brasil]] e [[tabaco]];
* [[1783]] ([[13 de fevereiro]]) – [[Fragata]] inglesa "[[HMS Pallas]]", a meio da baía, junto ao Porto da Calheta, vítima de incêndio, que a queimou até à borda da água;
* [[1821]] ([[2 de março]]) – [[Brigue]] [[Portugal|português]] "Conceição e Almas", registado em [[Ponta Delgada]] ([[ilha de São Miguel]]), no porto da Calheta;
* [[1864]] (maio) – Barca [[França|francesa]] "Mont-Ferran", no porto da Calheta; tratava-se de um [[Tráfico negreiro|navio negreiro]], com uma carga de [[linhaça]];
* [[1867]] ([[26 de janeiro]]) – Brigue [[França|francês]] "Rosélie", junto da ponta do Açougue, 400 metros a [[oeste]] do porto da Calheta, logo abaixo da Igreja Matriz;
* [[1888]] ([[9 de Novembro]]) – Falucho português "Amizade", no sítio das Três Pedras, a 400 metros do porto da Calheta.
 
== Freguesias ==