Júlio César Machado: diferenças entre revisões

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Depois de uma breve passagem pelo [[Colégio Militar (Portugal)|Colégio Militar]], de onde fugiu devido aos maus tratos do professor de [[Latim]], matriculou-se no liceu. Datam dessa época as suas primícias literárias: ''Estrela d'Alva'', em formato de [[folhetim]], romance dos catorze anos, será publicado na revista ''A Semana'', de [[Camilo Castelo Branco]], de quem obteve apoio. A morte prematura do pai em 1852, que lhe deixou várias dívidas, forçou-o a ganhar a vida sozinho com a escrita, tornando-se tradutor efectivo do [[Teatro Gymnasio|Teatro do Ginásio]]. Nesta altura passa a viver com a avó paterna Gertrudes e as tias-avós, Ana e Maria, viúvas, na Rua do Ouro. Com apenas dezassete anos, publicou o romance ''Cláudio'', confessadamente influenciado pelas ''Memórias de um Doido'', de Pedro Lopes de Mendonça, que viria a ser o seu mestre, tanto no romance como no folhetim; a partir de [[1858]], Machado substituiu-o como folhetinista regular em ''A Revolução de Setembro''. No mesmo ano, publicou o romance contemporâneo ''A Vida em Lisboa''. Seguiram-se-lhe ''Contos ao Luar'' ([[1861]]), porventura a sua obra mais interessante do ponto de vista literário, ''Cenas da minha Terra'' ([[1862]]) e ''Contos a Vapor'' ([[1863]]). Em [[1864]], ocupou o lugar de secretário do [[Instituto Industrial de Lisboa]] e em [[1870]] tornou-se um dos co-fundadores da Associação de Homens de Letras.
 
Escreveu [[biografia]]s, [[comédia]]s, [[conto]]s, [[crónica]]s, [[drama]]s e [[romance]]s. Trabalhou como folhetinista no ''Diário de Notícias''<ref name="Trindade, Luís 2007 p. 18">Trindade, Luís (2007) ''Primeiras Páginas - O século XX nos jornais portugueses'', Tinta-da-China, p. 18</ref> e colaborou com alguns textos da sua autoria no ''[[Paquete do Tejo]]'' <ref>{{Citar web |autor=Rita Correia |data=12 de março de 2013 |título=O paquete do Tejo (1866-1867) |url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/FichasHistoricas/PaquetedoTejo.pdf |publicado=[[Hemeroteca Municipal de Lisboa]] |acessodata=20 de fevereiro de 2015}}</ref> (1866-1867), ''[[Revista Contemporânea de Portugal e Brasil]]'' <ref>{{Citar web |autor=Pedro Mesquita |data=06 de dezembro de 2013 |título= Ficha histórica:Revista Contemporânea de Portugal e Brasil (1859-1865) |url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/FichasHistoricas/RevistaContemporaneadePortugaleBrasil.pdf | formato=pdf |publicado=[[Hemeroteca Municipal de Lisboa]] |acessodata=13 de Abril de 2014}}</ref> (1859-1865), ''[[Renascença (1878)|Renascença]]'' <ref>{{Citar web |autor=Helena Roldão |data=03 de outubro de 2013 |título=Ficha histórica: A renascença : orgão dos trabalhos da geração moderna |url= http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/FichasHistoricas/ARenascenca.pdf|formato=pdf |publicado=[[Hemeroteca Municipal de Lisboa]] |acessodata=31 de março de 2015}}</ref> (1878-1879?) e, ''[[Ribaltas e Gambiarras]]'' <ref>{{Citar web |autor=Pedro Mesquita |data=26 de março de 2013 |título=Ficha histórica:Ribaltas e gambiarras (1881) |url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/FichasHistoricas/RibaltaseGambiarras.pdf |publicado=[[Hemeroteca Municipal de Lisboa]] |acessodata=19 de junho de 2015}}</ref> (1881) e ''[[Lisboa creche: jornal miniatura]]'' <ref>{{Citar web |autor=Catálogo BLX | título=Lisboa crèche : jornal miniatura oferecido em benefício das creches a sua majestade a Rainha a Senhora Dona Maria Pia, maio de 1884, página 2, ficha técnica – registo bibliográfico. |url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/Periodicos/LisboaCreche/NUnico/NUnico_item1/P2.html | acessodata=21 de maio de 2020}}</ref> (1884). Nas suas obras retratou a vida lisboeta, da sua época, de forma crítica e humorística. Passava os seus tempos livres na pequena localidade de [[A-dos-Ruivos]], no [[concelho]] de [[Bombarral]], e por esse facto o seu nome consta na [[toponímia]] duma das artérias locais, precisamente aquela onde se localizava a sua casa, rua na qual foi erigido também um [[busto]] em sua homenagem.
 
Sabe-se que era homem virtuoso, de inúmeras paixões, tendo tido várias amantes ao longo da sua vida, destacando-se [[Adelaide Borghi-Mamo]], [[cantora lírica]] italiana, e [[Guiomar Torresão]], escritora [[Feminismo|feminista]].