Batalha de Pirajá: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m
Juniorpetjua (discussão | contribs)
Linha 26:
A '''Batalha de Pirajá''' ocorreu no contexto da [[Guerra da Independência do Brasil]] na então Província da [[Bahia]], a [[8 de novembro]] de [[1822]]. Constituiu-se em um embate decisivo entre o Exército Pacificador e as forças [[Portugal|portuguesas]], nomeadamente a Legião Constitucional, com a vitória brasileira, consolidando a situação de derrota política e militar dos portugueses na Bahia. Tais fatores iriam contribuir para a [[Independência da Bahia]], deflagrada a [[2 de julho]] de [[1823]] — considerada, para muitos pesquisadores e comentaristas, como um marco para a efetiva e prática [[Independência do Brasil]].
 
O General [[Pedro Labatut]], mercenário francês com experiência na campanha napoleônica e em guerras na América Espanhola, foi contratado por [[D. Pedro I]] para lutar em favor da independência do Brasil.<ref name=":0">{{citar web|url=http://200.187.16.144:8080/jspui/bitstream/bv2julho/844/1/RM_n02_General%20Labatut.pdf|titulo=General Labatut|data=2014|acessodata=29/05/2020|publicado=Ramos Marinho, Simone e Borges dos Santos, Lucas}}</ref>, foi contratado por [[D. Pedro I]] para lutar em favor da independência do Brasil. Reforçou as tropas que sitiavam a capital baiana com a Brigada do Major (depois coronel) [[José de Barros Falcão de Lacerda]], composta por 1.300 soldados de [[Pernambuco]], Bahia e [[Rio de Janeiro]], que repeliu três ataques portugueses, ocasionando dezenas de mortos e feridos.<ref name="Acioli">{{citar web|url=https://www.literaturabrasileira.ufsc.br/documentos/?action=download&id=42688|título=Memórias históricas e políticas da província da Bahia - Tomo II|volume=2|página=176|autor=Inácio Acioli de Cerqueira e Silva|ano=1835|publicado=Biblioteca Digital de Literaturas de Língua Portuguesa - UFSC|acessodata=4-7-2019}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.badmqgex.eb.mil.br/patio-das-batalhas/patio-das-batalhas/07-artigo-07|título=As guerras da Independência|publicado=Quartel-General do Exército|acessodata=4-7-2019}}</ref><ref name=":1">{{citar livro|título=A Batalha de Pirajá (8 de novembro de 1822)|ultimo=ALMEIDA|primeiro=Miguel Calmon Du Pin de|editora=|ano=1923|local=Rio de Janeiro|página=|páginas=27-35}}</ref>
== História ==
No comando das forças portuguesas na Bahia, encontrava-se o comandante [[Inácio Luís Madeira de Melo]], enviado por Portugal para sufocar os rumores de independência e a dissidência político-administrativa. O general francês [[Pedro Labatut]] foi nomeado pelo [[Pedro I do Brasil|Príncipe-regente D. Pedro]], a [[3 de julho]] de 1822, como o comandante do Exército Pacificador, que assumiria o comando das forças brasileiras que enfrentaram Madeira de Melo, na Bahia.
Linha 32:
A batalha ocorreu em Salvador, na região dos bairros de [[Pirajá (Salvador)|Pirajá]], [[Campinas de Pirajá|Campinas do Pirajá]] e [[Alto do Cabrito]]. O confronto se iniciou quando tropas portuguesas tentaram romper o bloqueio aos caminhos que ligavam a capital ao centro e ao norte do país. <ref name=":0" /><ref name=":1" />
 
Um fato curioso sobre essa batalha é um relato, citado por [[Tobias Monteiro]] em seu "''A elaboração da independência''", sobre um episódio no qual o Major Barros Falcão, que comandava as tropas brasileiras em certo ponto, dera ordem de retirada, mas o [[Corneteiro Luís Lopes|Corneteiro Luíz Lopes]], por conta própria, trocou o toque para "cavalaria, avançar e degolar". <ref name="Acioli"/><ref name=":1" /> Os portugueses, assustados por tal movimento (que era impossível, já que não havia cavalaria brasileira na batalha), entraram em pânico e recuaram, dando o momento da batalha aos soldados de Pernambuco, que, mais experientes, atacaram com renovado entusiasmo, impondo aos adversários um número de baixas considerável. As forças brasileiras saíram vitoriosas.<ref name=":0" /><ref name="Acioli"/>
 
Ofícios e notícias do período divergem quanto ao número de baixas e feridos. Em um ofício publicado no mesmo dia da batalha, o General Labatut estimou o número de mortos em 200. Já a Idade de Ouro, o partido lusitano da província, declarou uma estimativa bem menor: de 30 feridos e poucas casualidades. <ref name=":1" />
 
==Ver também==