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[[imagem:022 MS 65 F9 V.jpg|thumb|O castelo senhorial dominando a paisagem medieval, iluminura nas ''[[Très Riches Heures du Duc de Berry]]'', c. 1410]]
 
Com a consolidação do feudalismo entre os séculos XII e XIII, cristalizou-se a concepção moderna de nobreza, dependente de uma outorga régia ou senhorial, firmada juridicamente, transmissível hereditariamente, em geral por via masculina, e portadora de uma cultura e um estilo de vida peculiares. Segundo Donati,
 
::"A mudança se nota a partir do fim do {{séc|XII}}, graças a uma série de fatores concomitantes: a compilação dos costumes, ou seja, o recolhimento e registro dos direitos consuetudinários das diferentes regiões, onde a ideia de uma nobreza juridicamente definida com base no nascimento (sangue) encontrou uma primeira manifestação orgânica; a introdução por parte das monarquias das [[carta-patente|cartas-patentes]] de nobreza, com as quais se conferia um estatuto privilegiado a pessoas que se distinguissem no serviço régio; a divulgação das obras de [[Aristóteles]], especialmente a ''[[Política (Aristóteles)|Política]]'', de onde se extraiu a identificação da nobreza com a descendência de ancestrais ilustres e ricos; a popularização da literatura [[genealogia|genealógica]] e a moda dos poemas cavaleirescos. Estes poemas foram, por sua vez, a manifestação daquilo que muitos estudiosos consideram o fator decisivo da transformação do {{séc|XII}}, ou seja, a difusão e a formalização dos ritos de cavalaria através dos quais [...] a nobreza encontrou um modo de se autodefinir no plano jurídico como uma classe militar, animada por valores e ideais comuns, e dotada de privilégios transmissíveis à sua descendência".<ref name="Donati"/>