Fagner: diferenças entre revisões

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{{Ver desambig|o futebolistajogador de futebol|Fagner (futebolista)}}
{{Info/Música/artista
| nome = Fagner
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O nome de Fagner vem sendo incluído na lista dos maiores cantores de [[música latina]], principalmente pela sua filiação com outros músicos latinos não-brasileiros, como [[Mercedes Sosa]]<ref>[http://g1.globo.com/Noticias/Musica/0,,MUL1328984-7085,00.html Mercedes Sosa era uma guerreira, diz Fagner]</ref>.
 
== BiografiaInfância e família ==
=== Vida pessoal ===
 
Nascido em [[Fortaleza]], capital do estado do [[Ceará]], foi [[registro civil|registrado]] e se considera nascido no município de [[Orós]], onde cresceu, passou a infância e ainda visita regularmente. <ref>[http://www.revistahost.com.br/publisher/preview.php?edicao=0507&id_mat=999 Revista HOST]</ref> <ref>[http://blogs.opovo.com.br/pliniobortolotti/2010/01/16/oros-a-cidade-onde-e-proibido-falar-mal-de-fagner/]</ref>
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[[File:Fagner (1973).tif|thumb|Fagner (1973).]]
[[Ficheiro:Fagner, Ronaldo Boscoli, Luiz Carlos Miele e Elis Regina.tif|miniaturadaimagem|Fagner, [[Ronaldo Bôscoli]], [[Luís Carlos Miele]] e [[Elis Regina]], 1972.]]
Em [[1971]] gravou seu primeiro [[compacto simples]] em parceria com outro cearense, Wilson Cirino. Foi lançado pela gravadora RGE, e não fez grande sucesso. O Objetivo da gravadora era bater o sucesso de cantores como [[Antônio Carlos (cantor)|Antônio Carlos]] e [[Jocafi]]. Ainda em 71 foi para o [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]], onde [[Elis Regina]] gravou "Mucuripe", que se tornou o primeiro sucesso de Fagner como compositor e também como cantor, pois gravou a mesma música em um compacto da série Disco de Bolso, do [[Pasquim]], que tinha, do outro lado, [[Caetano Veloso]] interpretando "[[A Volta da Asa Branca]]".

O primeiro [[LP]], ''Manera Fru Fru, Manera'', veio em [[1973]] pela gravadora [[Philips]], incluindo "Canteiros", um de seus maiores sucessos, música sobre poesia de [[Cecília Meireles]]. O disco teve participação de Bruce Henri – contra-baixista nascido em [[Nova Iorque]] e radicado no Brasil, tendo integrado a banda de [[Gilberto Gil]] <ref>[http://www.brucehenri.com.br/resume.html Website de Bruce Henry]</ref>– [[Naná Vasconcelos]] e [[Nara Leão]]. Apesar de tudo, o Disco vendeu apenas 5 mil cópias,{{sfn|Barcinski|2014|p=123}} e foi retirado de catálogo, e só foi relançado em 1976. O cantor fez, também em 1973, a trilha sonora do filme "Joana, a Francesa", que o levou à França, onde teve aulas de violão flamenco e canto.

De volta ao brasilBrasil, gravou no ano de 1975 seu segundo [[álbum de estúdio]], titulado "Ave Noturna", e foi lançado pela gravadora [[Continental (gravadora)|Continental]]. O disco atingiu um sucesso considerável de vendas, e pela primeira vez, Fagner teve uma de suas canções na trilha sonora de uma novela, "Beco dos Baleiros", de Petrúcio Maia e Brandão, na novela "[[Ovelha Negra]]" da [[Rede Tupi|TV Tupi]]. Ainda pela gravadora Continental, gravou um compacto simples ao lado de [[Ney Matogrosso]].

Em seu terceiro disco, pela gravadora [[CBS Records|CBS]] (''Raimundo Fagner)'', que foi um sucesso em vendas (na primeira semana foram vendidos mais de 40 mil exemplares,.<ref>[http://www.itarget.com.br/clients/raimundofagner.com.br/raimundo1976_disco.htm Disco "Raimundo Fagner"]</ref>) os arranjos bem elaborados e o time de músicos envolvidos no trabalho aliados à qualidade da gravação, fizeram do álbum um dos melhores do ano. Também contribuiu a alta qualidade das letras das canções, de vários autores, que primou pelo rigor com a língua e a sensibilidade poética ao lidar com temas existenciais. Seu quarto disco, ''Orós'' de 1977, teve arranjos e direção musical de [[Hermeto Pascoal]]. Fechando a [[década de 1970]], lançou mais dois discos: ''Eu Canto'' ([[1978]]) com outro poema de [[Cecília Meireles]] – "Motivo", musicado por Fagner e mesmo tendo os créditos da poetisa o LP teve problemas com os herdeiros e teve de ser relançado com a música "Quem me levará sou eu" no lugar de "Motivo"; e ''Beleza'' ([[1979]]). ''Eu Canto'' foi seu primeiro sucesso comercial e continha também "Revelação", com um solo de guitarra tocado por [[Robertinho de Recife]]. Ela foi escrita após [[Roberto Carlos]] o perguntar em um show seu quando ele iria começar a cantar para o "povão".{{sfn|Barcinski|2014|pp=122-123}}
 
Ao assinar com a CBS, Fagner exigiu ser contratado também como produtor, e assim ele ajudou a lançar vários nomes do Nordeste brasileiro, incluindo [[Zé Ramalho]], [[Elba Ramalho]], [[Amelinha]] e o próprio Robertinho de Recife. A gravadora passou a conter tantos artistas nordestinos e, principalmente, cearenses, que foi apelidada de "'''C'''earenses '''B'''em-'''S'''ucedidos".{{sfn|Barcinski|2014|p=123}}
 
=== Anos 1980 ===
Nos anos 1980 Fagner manteve o lado nordestino, e se dividia ao mesmo tempo com o romantismo. O primeiro LP dos anos 1980 foi ''Eternas Ondas'', que teve na parte instrumental [[Zé Ramalho]], [[Dominguinhos]], [[Naná Vasconcelos]], e muitos outros. Neste mesmo disco, Fagner fez uma versão, com ajuda de Frederico Mendes, do clássico de [[John Lennon]] e [[Yoko Ono]] "Oh My Love", do álbum ''[[Imagine (álbum)|Imagine]]'' de [[1971]]. Aproveitando o auge de Fagner em sua carreira, a gravadora Continental lançou o disco ''Juntos - Fagner e Belchior'', uma compilação que continha faixas do disco ''Ave Noturna'', o único de Fagner lançado pela Continental.

A Polydor, por sua vez, recolocou para venda o disco ''Manera Fru Fru Manera''. Em 1981, Fagner gravou o álbum ''Traduzir-se'', um grande marco em sua carreira. O disco foi lançado em toda a [[Europa]] e [[América Latina]], vendeu mais de 250 mil exemplares em pouco tempo e recebeu disco de platina. Também em 1981 lançou um álbum em [[Língua castelhana|espanhol]], um antigo sonho de carreira. Em 1982, lançou ''Sorriso Novo'', que tinha como canções poemas de [[Fernando Pessoa]] e [[Florbela Espanca]] musicados por Fagner. Em 1983, gravou ''Palavra de Amor'', que teve participação do grupo [[Roupa Nova]] e de [[Chico Buarque]]. Nos anos seguintes, gravou os discos ''A Mesma Pessoa'' e ''Semente'', os últimos com a gravadora CBS. Ao lado da banda [[BLITZ|Blitz]], [[Gonzaguinha]] e outros, Fagner participou do 12º Festival Mundial da Juventude, realizado entre julho e agosto de 1985, em [[Moscou]].

Em 1986 lançou seu primeiro disco pela gravadora [[RCA]], com o nome de ''Fagner - A lua do Leblon''; o disco superou a marca de 300 mil cópias vendidas. Em 1987, Fagner lançou mais um disco: ''Romance no Deserto'' (título em português de uma canção composta e gravada por [[Bob Dylan]] no álbum ''Desire''). Este disco superou a marca de 1 milhão de cópias vendidas, e foi lançado também nos [[Estados Unidos]], importado pela [[BMG|BMG Music]]/[[Nova Iorque]]; as canções "Deslizes", "À Sombra de um Vulcão" e a faixa-título ficaram por mais de 700 dias entre as mais tocadas do Brasil.<ref>[http://www.itarget.com.br/clients/raimundofagner.com.br/romancenodeserto_disco.htm Romance no Deserto]</ref> O último disco da década, ''O Quinze'', décimo quinto disco da carreira de Fagner, recebeu o Prêmio Sharp de melhor álbum do ano.
 
=== Anos 1990 ===
O primeiro álbum da década, ''Pedras Que Cantam'' de [[1991]] teve como primeira canção de trabalho "Borbulhas de Amor", que tornou-se imediatamente sucesso nacional. O disco recebeu disco de platina tripla por vender 750 mil exemplares, e as canções "Borbulhas de Amor", "Pedras Que Cantam" e "Cabecinha no Ombro" ficaram durante oito meses nos primeiros lugares nas rádios do Brasil. Fagner passou dois anos sem lançar um disco novo. Foram vinte meses de preparo até que o disco ''Demais'' fosse lançado em maio de 1993. O disco revive os principais temas da [[Bossa Nova]], com versões de canções de [[Vinicius de Moraes]], [[Tom Jobim]] e [[Dorival Caymmi]]. No ano seguinte lançou o disco ''Caboclo Sonhador'', desta vez com clássicos do forró, com versões de canções de [[Dominguinhos]], [[Luiz Gonzaga]] e vários outros.

O disco não possui nenhuma canção de sua autoria. Em 1995 fixou moradia em Fortaleza, e lançou mais um álbum: ''Retratos''. O álbum recuperou canções do fim dos anos 1970, ainda não gravadas por Fagner. O vigésimo álbum de sua carreira foi lançado em 1996 com o título de ''Pecado Verde''. neste mesmo ano, Fagner completava 23 anos de carreira artística. O último disco da [[década de 1990]] foi ''Terral'', que não possuía nenhuma canção de sua autoria.
 
=== Anos 2000 ===
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=== 2007 ===
Em 2007 em entrevista a revista QUEM, Fagner assume que já teve relacionamentos com homens. Questionado quanto a ser bissexual ele deixa claro que não gosta de rótulos.<ref>[http://gonline.uol.com.br/site/arquivos/estatico/gnews/gnews_noticia_19719.htm Fagner assume que já teve relacionamento com homens]</ref>.
 
[[Ficheiro:Fagner tvbrasil.jpg|250px|miniaturadaimagem|direita|Fagner na TV Brasil, 2014]]
 
===2011===
Em [[2011]] Fagner foi considerado um dos 30 cearenses mais influentes do ano, de acordo com uma enquete realizada pela revista ''Fale!''<ref> [http://www.revistafale.com.br/v2/index.php?option=com_content&view=article&id=27&Itemid=21 ''Os 30 cearenses mais influentes - 2011''].</ref>
 
=== 2014 ===
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== Discografia ==
=== Estúdio ===
* 1972 - "Fagner Ee Cirino" (Compacto Simples)
* 1972 - "Cavalo Ferro" (Compacto Duplo)
* 1972 - "Disco de Bolso do Pasquim" (Compacto Simples)
* 1973 - ''[[Manera Fru Fru, Manera]]''
* 1975 - ''[[Ave Noturna]]''
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* 1980 - ''[[Eternas Ondas]]''
* 1981 - ''[[Traduzir-se|Traduzir-Se]]''
* 1982 - "Batuque Nana Praia" (Compacto Simples)
* 1982 - ''[[Sorriso Novo (álbum de Fagner)|Sorriso Novo]]''
* 1983 - ''[[Palavra de Amor]]''
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** Melhor canção – "Amor Escondido" (Raimundo Fagner / [[Abel Silva]]).
** Melhor disco regional – ''Gonzagão e Fagner Vol. 2''.
 
== Acusações de plágio ==
A canção "Canteiros" (do primeiro álbum de Fagner), é basicamente uma parte do poema "Marcha" de [[Cecília Meireles]] musicado por Fagner, e não foi creditada à poeta. Este incidente levou a uma briga na justiça e a família de Cecília conseguiu retirar de circulação seu primeiro disco, o "Manera, Fru Fru, Manera - 1973" e o disco "Eu Canto - Quem Viver Chorará - 1978" com outro poema de Cecília - "Motivo", também musicado por Fagner. Os dois discos foram relançados posteriormente sem a inclusão dessas músicas.
 
== O Atleta ==
[[Ficheiro:Jogador Fagner.jpg|thumb|250px|direita|Raimundo Fagner, ilustre torcedor e atleta do [[Fortaleza Esporte Clube|Fortaleza]] ]]
* Em janeiro de 2002, Fagner participou por 15 minutos de uma partida amistosa entre Fortaleza e Maranguape, no estádio Presidente Vargas. O Fortaleza venceu por 3x0, mas o cantor não marcou gol.
 
{{Referências}}
* {{citar livro |sobrenome=Barcinski |nome=André |título=Pavões Misteriosos — 1974-1983: A explosão da música pop no Brasil |ano=2014 |editora=[[Editora Três Estrelas]] |local=São Paulo |isbn=978-85-653-3929-2 |ref = harv}}
 
== Ligações externas ==
{{Wikiquote|Fagner}}
* [http://www.fagner.com.br/ Página oficial dos Fãs, autorizada por Fagner]
 
 
{{Fagner}}