Igreja de Nossa Senhora do Cabo (Sesimbra): diferenças entre revisões

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A '''Igreja de Nossa Senhora do Cabo''' foi edificada no séc. XVIII, com traça atribuída ao arquiteto real [[João Antunes]] (ou, com menor grau de probabilidade, ao [[Francisco Tinoco da Silva|Padre Francisco Tinoco da Silva]]). Situa-se no [[Cabo Espichel]], concelho de [[Sesimbra]], [[Castelo (Sesimbra)|freguesia do Castelo]], [[Distrito de Setúbal]], integrando o conjunto arquitetónico do [[Santuário de Nossa Senhora da Pedra Mua]].<ref name="DGPC">{{citar web|URL=http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/73479/|título=Conjunto da Igreja de Nossa Senhora do Cabo, casa dos círios e terreiro|autor=Rosário Carvalho|data=|publicado=DGPC|acessodata=11-08-2020}}</ref>
 
==Historial / Características==
A edificação do templo, [[Estilo Chão|"sóbrio e chão"]] e com elementos [[Estilo Barroco|barrocos]], teve início em 1701 sendo possível que estivesse concluída em 1707, mas as campanhas decorativas do interior prolongaram-se ao longo das décadas seguintes. No interior da igreja salienta-se o teto, em [[Trompe-l'oeil]], pintadoda porautoria de Lourenço da Cunha (1740), segundo encomenda de [[D. João V]], o único que subsiste deste artista em todo o País. O [[retábulo]] da [[capela-mor]], em [[Retábulo nacional português|Estilo Nacional]], acolhe a imagem de [[Maria (mãe de Jesus)|Nossa Senhora do Cabo]], cuja descoberta no promontório (presumivelmente em 1410) terá estado na base de um culto popular que se estendeu a ambas as margens do Tejo (este culto encontra-se, no entanto, documentalmente registado desde 1366 numa carta régia de [[D. Pedro I]]).<ref name="DGPC" /><ref name="Diocese">{{citar web|URL=https://diocese-setubal.pt/santuario-de-nossa-senhora-do-cabo-espichel/|título=Santuário de Nossa Senhora do Cabo Espichel|autor=|data=|publicado=Diocese de Setúbal|acessodata=11-08-2020}}</ref>
 
A fachada principal é ladeada por torres, abrindo-se ao exterior através de três portais a que correspondem, ao nível do coro, outras tantas janelas (de características [[Estilo Chão|tardo-maneiristas]]), sendo encimada por frontão triangular com elementos barrocos. O interior, de uma só nave, parece confirmar a hipótese de ser João Antunes o autor da traça da igreja, "pela utilização de mármores brancos e negros, que enquadram 10 altares de talha vulgar" (1718-1722), acima dos quais se dispõem pinturas anónimas relativas a episódios da Vida da Virgem. A tribuna real é já uma obra de 1770.<ref name="DGPC" />
Na capela-mor do templo - que inclui dez altares oferecidos pelos "círios" ou romarias de Lisboa, Almada, Palmela, Sesimbra, Setúbal, Caparica, Azeitão, Arrentela/Amora e pelos "círios saloios" - guarda-se a velha imagem de Nossa Senhora do Cabo, cuja descoberta no promontório esteve na base de um culto popular que se estendeu a ambas as margens do Tejo, documentalmente registado desde 1366 numa carta régia de D. Pedro I.
 
Juntamente com os edifícios das Hospedarias destinadas aos romeiros ([[Casa dos Círios]]), de uma [[Casa da Água]] e respetivo Aqueduto e da [[Ermida da Memória (Sesimbra)|Ermida da Memória]] (o elemento mais antigo deste conjunto, datado do século XV e edificado na escarpa do promontório, no local onde teria sido descoberta a referida imagem), a Igreja de Nossa Senhora do Cabo integra-se no [[Santuário de Nossa Senhora da Pedra Mua]], encontrando-se classificada como [[Classificação do património em Portugal|Imóvel de Interesse Público]]).<ref name="DGPC" /><ref name="Diocese" />
 
== Conjunto do [[Santuário de Nossa Senhora da Pedra Mua]] ==