Cataleuco e Pirgileuco: diferenças entre revisões

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Estas duas cidades foram alvo de um estudo etimológico por [[Jorge de Alarcão]] e, a partir de fontes literárias greco-latinas<ref>nomeadamente Estarbão</ref>, foram por ele identificadas como sendo [[Troia (Grândola)|Troia]] e [[Sines]].
 
"O nome ''Katraleukos'' aparece, em outros manuscritos, como ''Katra leukos'', ''Kataleukos'' e ''Katrapheucus''. Não excluindo a hipótese de se tratar de um topónimo de origem indo-europeia pré--romana, é possível que o nome registado por Ptolemeu seja, não uma transcrição, em caracteres gregos, de um nome indígena, mas uma tradução, para o grego, de topónimo latino constituído por nomes comuns."<ref>Alarcão, Jorge de; ''Notas de arqueologia, epigrafia e toponímia''; in ''Revista Portuguesa de Arqueologia, vol 7, nº 1, 2004, pp 317-342''</ref> <ref>Gaspar Álvares Lousada (1554-1634), opinou que ''Castraleuca'' se compunha em duas partes: uma latina e outra grega, ''leucothon'' (comum a ''Catraleucos'' e ''Pyrgileucos''), que significa branco e identificou com [[Leucoteia]], a deusa branca, a protectora dos marinheiros. Gandara, Felipe de la; ''El Cisne accidental'', primeira parte, Madrid, 1678</ref> {{nota de rodapé|nota=A cidade de Cattaleucos é, na tradição albicastrense, a origem da cidade de [[História de Castelo Branco#O nome|Castelo Branco]]|grupo=nota}}.
 
"Se ''pyrgos'', como anteriormente vimos, se aplica à torre do farol, a forma plural do nome ptolemaico
"Nada temos contra a possibilidade de o topónimo ptolemaico ''Pyrgoi leukoi'' corresponder à
tradução de ''Turres Albae''. Sobre tal correspondência, aliás, existe consenso (Tovar, 1976, p. 214).
Se ''pyrgos'', como anteriormente vimos, se aplica à torre do farol, a forma plural do nome ptolemaico
dificilmente consente a restituição de um topónimo latino ''Phari Albi'', pois tal nome pressuporia
pelo menos dois faróis no mesmo local — o que não parece aceitável." Nada temos contra a possibilidade de o topónimo ptolemaico ''Pyrgoi leukoi'' corresponder à
tradução de ''Turres Albae''. <ref>Alarcão, Jorge de; ''Notas de arqueologia, epigrafia e toponímia''; in ''Revista Portuguesa de Arqueologia, vol 7, nº 1, 2004, pp 317-342''</ref>
 
 
{{quote|1=''""O nome Kataleukos poderá traduzir um nome latino Ad Lucentum e o nome Pyrgoi leukoi corresponderá a Turres Albae; nada temos contra a possibilidade de o topónimo ptolemaico Pyrgoi leukoi corresponder à tradução de Turres Albae'. Qualquer destes nomes parece adequar-se a Tróia e a Sines; mas, admitida tal adequação, não nos parece fácil decidir qual dos nomes corresponde a Tróia e qual foi o de Sines. Só algum feliz achado epigráfico futuro poderá revelar o nome antigo das duas povoações, sem que possamos rejeitar a eventualidade de as nossas hipóteses, por razoáveis que hoje pareçam, virem a revelar-se falsas e os nomes Kataleukos e Pyrgoi leukoi virem a ser identificados com outras localidades que não sejam nem Tróia nem Sines" {{nota de rodapé|nota=Os mapas que foram posteriormente desenhados com base nas tabelas de Ptolomeu mostram Cattaleucos e Pyrguileucos como cidades de interior à mesma latitude e não como cidades costeiras à mesma longitude, como Troia e Sines na realidade são.|grupo=nota}}.
 
''|2=[[Jorge de Alarcão]]<ref>Alarcão, Jorge de; ''Notas de arqueologia, epigrafia e toponímia''; in ''Revista Portuguesa de Arqueologia, vol 7, nº 1, 2004, pp 317-342''</ref>}}