Argumentum ad baculum: diferenças entre revisões

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O '''apelo à força''' (da expressão [[latim|latina]]: '''''argumentum ad baculum''''', lit. "argumento do [[porrete]]"), é uma [[falácia]] em que força e [[coerção]] são apresentadas como argumento para se concordar com o autor de uma conclusão<ref name="HegenbergHegenberg2009">Leônidas Hegenberg; Flávio E. Novaes Hegenberg (2009). [http://books.google.com/books?id=yUp2kPGlsPQC&pg=PA375 ''Argumentar'']. Editora E-papers. p. 375. ISBN 978-85-7650-224-1.</ref><ref>[http://livrepensamento.com/guia-de-falacias-logicas/apelo-a-motivos-em-vez-da-razao/apelo-a-forca/ Apelo à força - Guia de Falácias Lógicas de Stephen Downes]</ref>. É um modo de [[apelo à consequência]] e [[apelo ao medo|ao medo]]. Pode também estar relacionada ao [[apelo à autoridade]] quando se usa de sua força enquanto autoridade de determinada situação para convencer alguém de seu argumento. O apelo à força pode assumir uma forma não falaciosa, como acontece com as leis.
 
== Uso do apelo à força ==
O apelo à força pode ser usado em diversos meios. Em algumas [[religião|religiões]], é usado para tentar convencer pessoas de que é melhor acreditar nela, muitas vezes pregando sofrimento e punições aos descrentes. A existência da ameaça do inferno é um exemplo de apelo à força, principalmente quando a única razão para que se creia em uma divindade, é evitá-lo. A [[aposta de Pascal]] é um exemplo de apelo à força usada por religiosos para defender a crença no seu deus. Também pode ser usado em instituições em que uma pessoa detém o poder. Em instituições de educação, o professor pode pressionar seu aluno para que aceite o que diz, ameaçando puni-lo se não o fizer. No trabalho, ela pode ser usada pelo chefe de um funcionário que exige tarefas excessivas para que não seja demitido.
 
=== Estrutura lógica ===
Uma argumentação baseada no apelo à força assume geralmente seguinte forma:
:Se '''X''' não aceitar '''Y''', então '''Z'''.
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A falácia está no fato de '''Y''' não apresentar nenhuma garantia de que seu argumento é válido para '''X''', convencendo-o apenas pela existência do uso da força em '''Z'''.
 
==== Estrutura lógica aplicada a um exemplo ====
* Hoje à noite, na reunião, quero que você defenda o meu projeto, se não o fizer, retirarei o seu nome da lista de participantes.
 
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:A retirada do nome da lista de participantes do projeto é '''Z''', a consequência negativa.
 
=== Exemplos ===
* Se você não entregar esse relatório até amanhã, será demitido (quando a exigência é abusiva, na maioria dos países, o trabalhador é protegido disso pela lei com a demissão sem [[justa causa]]).
* Se você não acreditar no nosso deus, você irá para o [[inferno]]. Por isso, você deve acreditar nele.
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* Você deve votar no meu candidato. Se você fizer isso, dar-lhe-ei uma porção de terra (apelo à força usado pelo [[coronelismo]]).
 
== Uso da força física ==
{{APArtigo principal|Bullying}}
A falácia do apelo à força pode ser comparada ao bullying, em especial, quando se defende uma ideia ou quer-se sobrepor pelo uso constante da força física. O uso da força física pode ser usada com esse propósito também fora do bullying, nesse caso, quando faz-se uma exigência clara, que tem como consequência negativa, sofrer agressões físicas.
 
== Apelo à força não-falacioso ==
As leis caracterizam o apelo à força não-falacioso porque exigem o seu cumprimento e ameaçam consequências ruins caso isso não seja feito.<ref>Woods, John. Irvine, Andrew. Walton, Douglas. ''Argument, Critical Thinking, Logic and the Fallacies''</ref> Uma frase muito comum em anúncios e que é considerada um apelo à força não-falacioso é:
:Se você beber e dirigir, será preso.
:Você deve evitar a cadeia.
:Logo, você não deve dirigir embriagado.
 
Esse argumento é considerado como não-falacioso porque dirigir embriagado é um risco à segurança e por isso aplica-se punições a quem pratica essa conduta para garantir que a mesma não se reincida.
 
== Ver também ==
* [[Falácia]]
* [[Bullying]]
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{{Referências}}
{{Controle de autoridade}}
{{Portal-filosofia}}
{{Título em itálico}}