Mavia (rainha): diferenças entre revisões

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{{Info/Monarca
|nome =Mavia
|título =[[Rainha]] dos [[Tanuquida|tanuquestanúquidas]]
|reinado = {{dtlink|||375}}—{{dtlink|||425}}
|outrostítulos = Rainha da [[Síria]]
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|sucessor = Nenhum
|consorte =[[al-Hawari]]
|dinastia = [[TanuquidaTanúquidas|tanúquida]]
|morte =425
|sepultamento=[[Anasarta]] (moderna [[Síria]])
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==Biografia==
Os ancestrais de Mavia, eram os [[tanuquidastanúquidas]], que possuíam uma longínqua afinidade com tribos árabes que emigraram do norte da [[península arábica]] um século antes de seu nascimento, devido à influência crescente dosdo [[sassânidaImpério Sassânida]]s nona [[IrãPérsia]].<ref name=Bowersock/> Seu marido era Hauari, o último rei semi-nômade da confederação tanuquidatanúquida, no sul da Síria, no final do século IV.<ref name=Ball>{{Citation|título=Rome in the East: The Transformation of an Empire|primeiro1 =Warwick|último1 =Ball|ano=2001|publicado=[[Routledge]]|ISBN=0-415-11376-8}}</ref> Quando ele morreu em 375 sem deixar herdeiros, foi Mavia quem assumiu o governo e o comando da confederação em uma revolta contra o domínio romano, que depois se estendeu para todo o [[Levante (Mediterrâneo)|Levante]].<ref name=Bowersock/>
 
As razões para a revolta, acredita-se, que tenham sido religiosas. Com a morte de Hauari, o imperador romano, [[Valente (imperador)|Valente]], um [[arianismo|ariano]] heterodoxo, decidiu desconsiderar os pedidos dos árabes para um bispo ortodoxo, insistindo na indicação de um ariano no lugar.<ref name=Ball/><ref name=Irfan/> Mavia se retirou de [[Aleppo]] para o deserto com seu povo, formando alianças com povos árabes do deserto e ganhando suporte por toda a região, incluindo a Síria, preparando-se para a grande batalha contra os romanos.<ref name=Bowersock/><ref name=Ball/>
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==Últimos anos==
Moisés foi apontado como o primeiro bispo árabes para os povos árabes e uma incipiente igreja começou a emergir no leste do império romano, atraindo muitos tanuquidastanúquidas da região da [[Mesopotâmia]]. Mavia também conseguiu recobrar o status de aliado e os privilégios que os tanuquidastanúquidas tinham antes do reinado do imperador [[Juliano (imperador)|Juliano]]. Com o fim das revoltas, a filha de Mavia, princesa Chasidat, casou-se com um devoto comandante niceno do exército romano, [[Vitor (mestre da cavalaria)|Flávio Vitor]], para selar a aliança. A paz, porém, durou pouco.<ref name=Ball/>
 
Como parte do acordo de trégua, Mavia deveria enviar forças à [[Trácia]], para ajudar os romanos na luta contra os [[godos]]. Suas forças se provaram pouco efetivas fora de seu território e os godos empurraram as forças romanas de volta para [[Constantinopla]], matando o imperador Valente no processo. As tropas de Mavia voltaram para casa, machucadas e em menor número.<ref name=Irfan>{{Citation|título=Rome and the Arabs: A Prolegomenon to the Study of Byzantium and the Arabs |primeiro1 =Irfan |último1 =Shahîd |ano=1984 |publicado=Dumbarton Oaks|ISBN=0-88402-115-7}}</ref> O novo imperador, Teodósio II, favoreceu os godos em sua ascensão, dando-lhes vários cargos na administração do império, desfavorecendo inúmeros administradores árabes. Depois de mostrar lealdade ao império, os árabes se sentiram traídos e se ergueram em uma nova revolta em 383. Esta revolta foi rapidamente terminada e a aliança entre tanuquidastanúquidas e Roma terminou, com o império favorecendo outra confederação, os Salīḥ.<ref name=Ball/>
 
Não se sabe se Mavia comandou esta segunda revolta, nem mesmo se há alguma menção à sua liderança. Se sabe que ela morreu em Anasarta, a leste de Alepo, no coração do território tribal tanuquidatanúquida, onde há uma inscrição que menciona sua morte em 425.<ref name=Ball/>
 
{{Referências|col=2}}
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[[Categoria:Nascidos no século IV]]
[[Categoria:Anasarta]]
[[Categoria:Tanúquidas]]