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'''Cáceres''' é um [[Municípios da Espanha|município]] de [[Espanha]] na [[Províncias da Espanha|província]] de [[Cáceres (província)|Cáceres]], [[Comunidades autónomas da Espanha|comunidade autónoma]] da [[Estremadura (Espanha)|Estremadura]], de área {{fmtn|1768|[[quilómetro quadrado|km²]]}}. Em {{População da Estremadura|TXT=año}} tinha {{POB-Estremadura|10037}} habitantes ({{Densidade populacional da Estremadura|10037|1768}}). A cidade está ligada à [[Rede Ferroviária Nacional|rede ferroviária portuguesa]] através do [[Ramal de Cáceres]].
 
== '''Arqueologia''' ==
Em 2008, por ocasião da construção das obras de desenvolvimento do projeto de gasoduto de gás natural previsto para ser construído na ''Calle Puerta'' de Mérida, ''Calle Ancha'' e outras em Cáceres, foi necessário efetuar o acompanhamento arqueológico durante a execução da referida obra, a fim de controlar qualquer movimento de terra no decorrer das referidas obras.  Durante estas intervenções não foram encontrados vestígios de cerâmica, mas sim antigos canos de esgoto dos palácios. Além disso, encontram-se vestígios humanos, que a princípio aparecem empilhados e sem forma definida, sendo um acúmulo de ossos deslocados de seu lugar original associado à área do cemitério da Igreja de San Mateo na mesma praça.<ref>{{citar web |ultimo= |primeiro= |url=https://cacereshistorica.caceres.es/arqueologia/calle-ancha/ |titulo=Arqueologia de Cáceres |data= |acessodata=19/11/2020 |publicado=}}</ref>
 
== História ==
A presença humana no território que hoje em dia corresponde à cidade de Cáceres remonta à [[Pré-história]]. Na zona de [[Calerizo]] existem várias escavações onde foram encontradas pinturas de mãos humanas com a particularidade de ter o dedo mindinho amputado.
[[Ficheiro:Entrada Maltravieso.JPG|esquerda|miniaturadaimagem|Cueva Maltravieso]]
A presença humana na cidade de Cáceres remonta à pré-história, tornando-a a mais destacada da Extremadura nesta zona. Na zona denominada ''"Calerizo"'' existem várias grutas, como Santa Ana, El Conejar e Maltravieso, onde foram encontrados restos humanos, pictóricos e algumas cerâmicas e utensílios, todos datados entre o Paleolítico Superior e o Neolítico.
 
O solo calcário foi ideal para o desenvolvimento e crescimento de plantas e animais na cidade de Cáceres, tornando-se um local de destaque para assentamentos em tempos pré-históricos.
[[Ficheiro:CuevaElConejar.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|Cueva el Conejar]]
Na zona de ''Calerizo'' existem várias grutas, como a gruta de Santa Ana, onde se tem registro mais antigo da presença humana na [[:es:Extremadura|Extremadura]], datado em cerca de um milhão de anos. A Gruta de El Conejar e Maltravieso, onde foram encontrados vestígios de mãos humanas, com a particularidade de terem o dedo mínimo escondidos por uma camada de tinta, o que pensou-se tratar de amputações. A datação dessas pinturas inclui vários estágios do período Paleolítico Superior que abrange o fim do Paleolítico Médio e o início do Neolítico. Objetos de cerâmica, utensílios também foram encontrados próximos a Gruta de El Conejar e datam do Período Neolítico.<ref>{{citar web |ultimo= |primeiro= |url=https://es.wikipedia.org/wiki/C%C3%A1ceres |titulo=Pré-História |data= |acessodata=11/11/2020 |publicado=}}</ref>
 
Mas foi, sem dúvida, no {{-séc|I}}, aquando da fundação romana, da capital administrativa do local, [[Norba Cesarina]], junto da via de comunicação mais importante da zona (depois conhecida como [[Via da Prata]]), que a cidade conheceu os primeiros tempos de prosperidade. Era ali que ficava '''Castra Cecília''', uma das bases de [[Quinto Cecílio Metelo Pio]] durante a [[Guerra Sertoriana]]. No {{+séc|V}}, os visigodos arrasaram a cidade e até ao {{séc|IX}} não se ouviu mais falar de Cáceres.
 
Os muçulmanos aproveitaram a localização estratégica, na qual tinha assentado a colónia romana, para construir uma base militar para fazer frente aos cristãos vindos do norte durante a época da Reconquista. A denominação árabe do território é incerta, mas entre elas ''Hizn Qazrix o Al Qazrix'' é o nome mais provável.
 
No {{séc|XII}}, devido ao avanço dos cristãos, a cidade foi fortificada com uma muralha de adobe. Esta não serviu de muito pois o rei {{lknb|Afonso|IX|de Leão}}, monarca do [[Reino de Leão]], tomou a cidade anos depois a 23 de Abril de 1229, dia de São Jorge, que desde então é o padroeiro da cidade.
 
A partir desse momento, Cáceres começa a transformar-se, construindo igrejas no lugar das mesquitas e palácios cristãos sobre os palácios muçulmanos. Com algumas modificações desde o {{séc|XVIII}}, a cidade chega aos nossos dias quase sem alterações, sendo uma das cidades monumentais mais bem conservadas do Mundo.<ref>{{citar web |ultimo= |primeiro= |url=https://cacereshistorica.caceres.es/evolucion-historica/prehistorica/ |titulo=Pré-História |data= |acessodata=18/11/2020 |publicado=}}</ref>
 
=== '''Domínio Romano''' ===
As origens romanas em Cáceres são dois campos militares. Castra Caecilia foi fundada na periferia da cidade atual, no lugar hoje conhecido como 'Cáceres el Viejo'. No entanto, a localização do outro campo, conhecido como Castra Servilia, não pode ser determinada com precisão, embora possa estar localizado dentro do atual cercado murado ou em suas proximidades. Diferentes descobertas arqueológicas comprovam que Cáceres não foi apenas local de fixação das tropas mas também colónia. Norba Caesarina foi fundada no último terço do século 1 a. C. e ocupada até ao século V DC, sendo uma das cinco colónias criadas pelo Império Romano na Lusitânia.
 
Cáceres foi fundada pelos romanos, no ano de 28 a. C mesmo que já surgiu a ideia de que ela já foi habitada como demonstram nas pinturas rupestres. Vale ressaltar que a mesma também já foi ocupada pelos povos ibéricos  que construíram um povoado na região. A cidade foi construída num local estratégico, na atualmente denominada Vía de la Plata.
 
Com a chegada dos visigodos no século V, o anterior assentamento romano foi arrasado e até os séculos VIII e IX não existem nenhuma referência à cidade. Foram os muçulmanos que aproveitaram sua localização estratégica e o que sobrou da antiga colônia romana como base militar para combater os reinos províncias.<ref>{{citar web |ultimo= |primeiro= |url=https://umbrasileironaespanha.wordpress.com/2019/01/05/caceres-extremadura-2/amp/ |titulo=Domínio Romano |data= |acessodata=19/11/2020 |publicado=}}</ref>
 
O objetivo principal da criação de cidades nas províncias romanas era estabelecer espaços para a colonização de grandes territórios a partir dos quais seus recursos naturais fossem explorados. As cidades desempenharam um papel importante no desenvolvimento da cultura latina na Espanha. É o que se conhece como romanização.
 
Nas novas cidades, eles se instalaram desde soldados que participaram de campanhas militares até cidadãos livres. Isso foi possível com a concessão de terras nas áreas recém-conquistadas aos cidadãos do Império.<ref>{{citar web |ultimo= |primeiro= |url=https://cacereshistorica.caceres.es/evolucion-historica/romana/ |titulo=Domínio Romano |data= |acessodata=18/11/2020 |publicado=}}</ref>
 
=== '''Idade Média''' ===
Por volta do século V, os visigodos arrasaram o assentamento romano e não foi até o século VIII-IX, que a cidade foi ouvida novamente.
 
Vinda do Norte da África, a civilização muçulmana instalou-se em Cáceres nas colônias romanas e visigodos. Por ser uma cidade fronteiriça, Cáceres era um enclave muito cobiçado e uma base estratégica de operações para as incursões dos almóadas em território cristão durante os primeiros séculos da Reconquista . Assim, no ano de 1147, Abd al-Mumin fundou a cidade nas ruínas hispano-romanas e visigodos. Do árabe vem o nome atual de Vía de la Plata, o nome da estrada romana que ligava Astorga a Mérida (do árabe balata , estrada, da qual a palavra "prata" derivava -por corrupção-).
 
A Reconquista Cristã de Cáceres ocorreu em 1229 e foi o resultado de um longo processo que decorreu entre a segunda metade do século XII e o início do século XIII. Neste período, iniciado em 1142 com a conquista de Coria, o rio Tejo marcou uma fronteira instável entre os cristãos a norte e os muçulmanos a sul. O reino de Castela ignorou parcialmente as possibilidades de conquista desta área e as tentativas de Cáceres de a incorporar vieram do reino de Portugal e do reino de Leão, que pretendiam expandir a sua amplitude na sua expansão para o sul. Geraldo Sempavor português Conquistou Cáceres em meados do século XII numa campanha que teve início em 1165 e atingiu todo o centro da atual Extremadura, mas uma aliança entre Fernando II de Leão e os almóadas deu ao povo de León o controlo da cidade em 1170.
 
Pode-se dizer que o período que marca a presença almóada na cidade vai de 1174-1229.
 
A muralha almóada que envolve o conjunto monumental de Cáceres é um dos símbolos da cidade e da sua história. Construída no final do século XII, a vida política, econômica, militar, religiosa e cotidiana da cidade, então conhecida como Hizn Qazris, acontecia no espaço intramural.
 
Mais de uma dúzia de torres permanecem de pé, testemunhas do que foi um importante recinto amuralhado. Outros foram reconstruídos ou permanecem escondidos dos olhos do visitante. Todo esse patrimônio nos permite sentir como era a cidade durante os anos de presença muçulmana na cidade.
 
Os almóadas realizaram uma expedição em 1174 na qual conseguiram retomar o controle de Cáceres. Exceto por uma tentativa de cerco em 1183, os leoneses não se aproximaram da cidade muçulmana novamente até o século XIII. Após a batalha de Las Navas de Tolosa em 1212, a conquista de Alcántara ocorreu em 1213, após o que os cristãos sitiaram Cáceres em 1218, 1222, 1223 e 1225, produzindo a Reconquista final em 23 de abril de 1229. Embora a conquista Foi liderado por Alfonso IX de Leão, sua morte em 1230 levou a Cáceres, como parte do Reino de Leão , tornando-se parte da Coroa de Castela e Leão.
 
No século 12, a cidade de Cáceres ainda estava no poder muçulmano. Antes do avanço das tropas cristãs, nada bastava para impedir a conquista da cidade pelas mãos de Afonso IX. Após vários anos de cerco, a 23 de abril de 1229, dia de São Jorge (por isso foi escolhido o padroeiro da cidade), Cáceres já fazia parte do reino cristão. Entendendo assim o grande período da Idade Média.
 
Após essa reconquista cristã, Cáceres tornou-se uma cidade livre, construindo igrejas em vez de mesquitas; Palácios cristãos em palácios muçulmanos primitivos, entre muitas outras modificações. Tudo isso graças às grandes fortunas da América.
 
Depois de se impor na luta pela sucessão de Enrique IV a sua sobrinha Juana la Beltraneja, a Rainha Isabel la Católica ordenou a demolição das torres que ultrapassavam a altura dos telhados dos palácios da nobreza de Cáceres que, em sua maioria, haviam apoiado o Beltraneja. É o que se conhece como o topo das torres. Assim, o perfil militar da cidade desapareceu e lhe deu uma aparência que sobrevive até hoje. O Palácio de las Cigüeñas é o único cuja altura de sua torre original foi respeitada porque seu proprietário, Diego de Ovando, apoiou a Rainha Isabel. As torres cristãs são construídas em alvenaria de pedra, silhar e alvenaria. Nas fachadas costumam ocorrer machicolagens, plataformas das quais os defensores podiam lançar projéteis ou líquidos incandescentes.<ref>{{citar web |ultimo= |primeiro= |url=https://cacereshistorica.caceres.es/evolucion-historica/medieval/medieval-cristiana-s-xiv-xv/ |titulo=História medieval cristã século XIV-XV |data= |acessodata=19/11/2020 |publicado=}}</ref>
 
Os privilégios da vila reconquistada foram concedidos por Afonso IX e configuraram Cáceres como uma vila real diretamente dependente da Coroa Leonesa e sem governo local além do seu próprio conselho. Através desta jurisdição, a Coroa reservou uma parte notável de terreno entre os da Ordem de Santiago e os da Ordem de Alcántara. A proibição das propriedades senhoriais recolhidas nesta jurisdição impediu a formação de uma forte nobreza, deixando a cidade liderada por uma mesocracia de cavaleiros agrícolas.
 
No século XV, a cidade sofreu disputas internas da nobreza. Os Reis Católicos emitiram vários decretos e provisões para tentar pacificar os nobres locais; a mais destacada foi a emitida por Isabel I em 1477, durante a sua estada na vila por ocasião da Guerra da Sucessão Castelhana, visto que na referida portaria foi estabelecido que os doze conselheiros do conselho seriam perpétuos.
 
=== '''Antigo Bairro Judeu''' ===
A presença documentada de judeus em Cáceres remonta ao século XIII com o Fuero de Cáceres (1229) concedido pelo rei Alfonso IX de León. Nele há oito capítulos relacionados aos judeus, dos quais sua presença é deduzida desde a era muçulmana. O bairro judeu de Cáceres tinha cerca de 130 judeus. Em 1479, o bairro judeu de Cáceres contava com cerca de 130 judeus casados, ou seja, cerca de 650 vizinhos judeus, para uma população total de cerca de 10.000 habitantes.<ref>{{citar web |ultimo= |primeiro= |url=https://cacereshistorica.caceres.es/evolucion-historica/medieval/medieval-judia/ |titulo=Antigo Bairro Judeu |data= |acessodata=19/11/2020 |publicado=}}</ref>
 
=== '''Idade Moderna''' ===
[[Ficheiro:Palacio Episcopal, Cáceres.JPG|miniaturadaimagem|Palácio Episcopal de Cáceres]]
No início do século XVI, a maior parte do território da Estremadura estava incluído em Salamanca, situação que só mudaria em 1653, quando as vilas entre elas Cáceres se juntassem para comprar um voto nas Cortes, formando pela primeira vez a província da Estremadura, à qual se juntariam outros territórios. A cidade chegou a ter escolas universitárias dependentes dos dominicanos  e jesuítas. Em 1520, a cidade esteve envolvida na rebelião popular que ficou conhecida como a Guerra das Comunidades Castelas.
 
A biblioteca do palácio real foi criada, em parte, com os livros pertencentes ao paço episcopal, os quais foram transladados para o mosteiro madrileno por ordem de Filipe II. Tempos se passaram o Bispo placentino Pedro Ponce de Leão doou escorial, sendo parte da sua biblioteca entre obra se encontrava o codice glossais Emília meses do final do século X, até há pouco tempo considerado o documento mais antigo onde se encontram palavras escritas em castellano.<ref>{{citar web |ultimo= |primeiro= |url=https://pt.m.wikipedia.org/wiki/História_de_Plasencia |titulo=Idade Moderna |data= |acessodata=19/11/2020 |publicado=}}</ref>
 
[[Ficheiro:Cáceres. Casco Histórico (80).JPG|miniaturadaimagem|Casco Histórico]]
 
=== '''Idade Contemporânea''' ===
Em 1790 ocorreu um acontecimento decisivo na história de Cáceres que ao longo do tempo passou de simples vila a cidade de importância regional: Carlos IV estabeleceu aqui a sede da Corte Real da [[:es:Extremadura|Extremadura]], o órgão judicial máximo da região.  Devido a isso, inúmeros funcionários e profissionais de diferentes partes da Espanha começaram a se estabelecer na cidade, o que aumentou o peso da burguesia local. No início do século XIX já se distinguiam os bairros comerciais da zona antiga de Extramuros.
 
Ao longo do século XIX, o surgimento da capital promoveu diversos projetos que consolidaram o caráter urbano. Em 1846 foi inaugurada a Praça de Touros de Cáceres, considerada uma das de melhor qualidade do país na sua época.
 
Mas foi, sem dúvida, no {{-séc|I}}, aquando da fundação romana, da capital administrativa do local, [[Norba Cesarina]], junto da via de comunicação mais importante da zona (depois conhecida como [[Via da Prata]]), que a cidade conheceu os primeiros tempos de prosperidade. Era ali que ficava '''Castra Cecília''', uma das bases de [[Quinto Cecílio Metelo Pio]] durante a [[Guerra Sertoriana]]. No {{+séc|V}}, os [[visigodos]] arrasaram a cidade e até ao {{séc|IX}} não se ouviu mais falar de Cáceres.
Em 1881, a primeira estação ferroviária foi inaugurada. Cáceres foi elevada à categoria de cidade pelo rei Alfonso XII em 9 de fevereiro de 1882. A construção da primeira estação ferroviária, localizada na atual Avenida Isabel de Moctezuma, foi um problema urbano para a cidade recém-nomeada, uma vez que a área urbana não se estendia muito além da parte antiga da cidade. No século XX começaram a ser construídas vilas que ao longo do tempo daria origem aos blocos de apartamentos que hoje constituem o núcleo urbano mais central de Cáceres.<ref>{{citar web |ultimo= |primeiro= |url=https://es.wikipedia.org/wiki/C%C3%A1ceres#Historia |titulo=História |data= |acessodata=18/11/2020 |publicado=}}</ref>
 
Os [[muçulmanos]] aproveitaram a localização estratégica, na qual tinha assentado a colónia romana, para construir uma base militar para fazer frente aos cristãos vindos do norte durante a época da [[Reconquista]]. A denominação árabe do território é incerta, mas entre elas ''Hizn Qazrix o Al Qazrix'' é o nome mais provável.
=== '''Guerra Civil''' ===
O Falangista Luna durante a Guerra Civil Espanhola, fez uma grande mobilização para emitir ordens e começar ocupar principais cidades aos redores, já que as forças militares de Cáceres apoiavam o golpe de estado de 1936. Durante o Natal de 1937 houve uma chacina graças a depressão dos franquistas envolvendo mais de 600 pessoas baleadas, sendo cerca de 220 durante o Natal, incluindo o diretor da " Unión y Trabalho " Pedro Mantero Rubio e o prefeito de Cáceres [[:es:Antonio_Canales_González|Antonio Canales González]] que foram rapidamente substituído por militares.
 
No {{séc|XII}}, devido ao avanço dos cristãos, a cidade foi fortificada com uma muralha de [[adobe]]. Esta não serviu de muito pois o rei {{lknb|Afonso|IX|de Leão}}, monarca do [[Reino de Leão]], tomou a cidade anos depois a [[23 de Abril]] de [[1229]], dia de [[São Jorge]], que desde então é o padroeiro da cidade.
No quartel de Cáceres foi ministrada uma formação militar básica a 700 voluntários da Brigada Irlandesa, integradas como a XV Bandeira Irlandesa da Terceira [[:es:Legión_Española|Legião Espanhola]], mas era considerada como a maior unidade da Legião Estrangeira Espanhola. Sob o comando do Sargento Lee em agosto de 1936, após a Batalha de Badajoz, de acordo com relatos de testemunhas, os soldados republicanos foram inocentados pela Brigada Irlandesa, em cooperação com a [[:es:Guardia_Civil|Guarda Civil.]]
 
A partir desse momento, Cáceres começa a transformar-se, construindo igrejas no lugar das mesquitas e palácios cristãos sobre os palácios muçulmanos. Com algumas modificações desde o {{séc|XVIII}}, a cidade chega aos nossos dias quase sem alterações, sendo uma das cidades monumentais mais bem conservadas do Mundo.
O general Francisco Franco chega em Cáceres em 26 de agosto de 1936, isso fez com que Franco chegasse nas estradas de Mérida e Badajoz com mais facilidade. Em Cáceres Franco se instala, e começa o avanço sobre Madri e recebe também sua esposa e sua filha que não via desde o golpe militar. Entre 8 e 10 de outubro de 1936, e como resultado do pedido de Franco de ajuda militar a [[:es:Adolf_Hitler|Hitler]], os primeiros modelos de tanques [[:es:Panzer_I|Panzer I]] chegaram aos castelos de [[:es:Castillo_de_las_Arguijuelas_de_Abajo|Arguijuelas de Abajo]] e de [[:es:Castillo_de_las_Arguijuelas_de_Arriba|Arriba,]] que por ocasião chegou a Sevilha de barco.<ref>{{citar web |ultimo= |primeiro= |url=https://es.m.wikipedia.org/wiki/Cáceres |titulo=Guerra Civil |data= |acessodata=19/11/2020 |publicado=}}</ref>
 
== Clima ==
As suas temperaturas médias no Inverno não ultrapassam os 10&nbsp;°C de máxima, chegando a mínimas de -5&nbsp;°C. No Verão a temperatura média ascende aos 35&nbsp;°C de máxima e mínima de 20&nbsp;°C. Possui precipitações elevadas nos meses de Outubro, Novembro, Março, Abril e Maio.
 
== NaturezaPatrimónio ==
[[Ficheiro:White Stork (Ciconia ciconia).jpg|esquerda|miniaturadaimagem|Cegonha]]
A Extremadura é uma das poucas regiões europeias que declarou '''Zona de Protecção Especial para Aves''' nos centros urbanos, contando atualmente com 21 vilas e cidades protegidas devido à sua importância para as aves.<ref></ref>
 
A cidade de '''Cáceres''' é uma delas, mas também as cidades de Trujillo, Garrovillas, Llerena, Jerez de los Caballeros e Zafra, que se recomendam visitar porque também têm um grande atrativo turístico. Por outro lado, outras 3 Zonas de Protecção Especial para Aves incluem nos seus limites parte de centros urbanos, como a ZEPA Azud de Badajoz e a ZPE Embalse de Montijo.
 
O Festival de Pássaros traz uma proposta variada de atividades programadas para todas as idades e públicos.
 
A organização e desenvolvimento deste evento contou com a colaboração de entidades públicas e privadas relacionadas com a conservação e proteção do meio ambiente, bem como com a gestão e promoção do turismo na região.
 
== Patrimônio ==
O centro histórico da cidade foi incluído na lista do [[Património da Humanidade]] pela [[UNESCO]] em 1986, sob o nome de "[[Cidade antiga de Cáceres]]" . Em 1968, a chamada "Cidade Monumental de Cáceres" foi declarada o terceiro Conjunto Monumental Europeu, depois de [[Praga]] e [[Talim]].
 
Foi considerada como terceiro conjunto monumental europeu. Entre vários monumentos podem destacar-se os patrimônios (pois a religião tem uma grande influência na humanidade). Concatedral de Santa Maria, igreja de São Mateus, igreja de São Tiago, igreja de São João. São edifícios que se destacam como patrimônio pelo seu estilo de construção, idade e pela história do mesmo. Sendo assim pode-se perceber que a principal religião é o cristianismo.
 
A concatedral de Santa Maria é considerada a igreja mais importante de Cáceres, construção construída no estilo gótico. A igreja é grande com Naves e retábulos. Criada por ''Guillem Ferrant'' e ''Roque Balduque.''[[Ficheiro:Cáceres, Iglesia de Santa María.JPG|esquerda|miniaturadaimagem|166x166px|Concatedral de Santa Maria]]
Entre outros monumentos podem destacar-se:
 
=== Monumentos religiosos ===
* Concatedral de Santa Maria
Os principais monumentos religiosos do centro histórico de Cáceres são:
* Igreja de São Mateus
 
* Igreja de Santiago
 
* Igreja de São João
 
 
 
* Concatedral de Santa María de Cáceres;
* Iglesia de San Francisco Javier;
* Iglesia de San Mateo;
* Iglesia e Convento de Santo Domingo;
* Ermita de la Paz;
* Convento de San Pablo;
* Convento de Santa Clara.
* Iglesia de Santiago;
 
* Iglesia de San Juan Bautista;
* Iglesia de la Sagrada Familia;
* Iglesia de Nuestra Señora de Guadalupe;
* Iglesia de Nuestra Señora del Rosario de Fátima;
* Iglesia de San Blas;
* Iglesia de San José;
* Iglesia de San Pedro de Alcántara;
* Iglesia del Beato Marcelo Spinola;
* Iglesia del Espíritu Santo;
* Iglesia de San Eugenio (Aldea Moret);
* Iglesia de San Juan Macías (Mejostilla)
 
==== Concatedral de Santa María de Cáceres ====
A Santa Iglesia Concatedral de Santa María é o templo cristão mais importante da cidade de Cáceres. ''José Ramón Mélida'' indica que se trata da fundação mais antiga da cidade, uma vez que foi concluída entre os séculos XV e XVI sobre uma construção do século XIII em estilo "mudéjar" e forro de madeira.
[[Ficheiro:Cáceres, Iglesia de Santa María.JPG|esquerda|miniaturadaimagem|230x230px|Concatedral de Santa María de Cáceres]]
Feito inteiramente com construída com silhares de granito, seu estilo pode ser considerado a transição do românico ao gótico. Possui duas fachadas góticas, a do Evangelho, defronte ao Paço Episcopal, com belas arquivoltas e uma imagem moderna da Virgem no tímpano, e a fachada principal, aos pés, na qual o brasão de Orellana e os cachorros românicos de a cornija. A igreja tem uma torre única, renascentista com três corpos e planta retangular, coroada por quatro chamas onde agora nidificam as cegonhas; foi realizada entre 1554 e 1559 por Pedro de Ibarra. No canto oeste desta torre está anexada uma estátua de San Pedro de Alcántara executada em 1954 pelo escultor da Extremadura Enrique Pérez Comendador.
 
==== Iglesia de Santiago (Igreja de Santiago) ====
A igreja de Santiago fica fora do recinto amuralhado. Possui elementos góticos e românticos e é uma construção renascentista. Foi construído no século XIII e posteriormente reformado no século XIV, erguendo-se sobre as ruínas de um templo da ordem dos Fratres, originário da ordem de Santiago.
 
Os elementos românticos que se podem ver no exterior desta igreja são vários: na fachada posterior, por cima da porta, existe uma fiada de cachorros com uma concha de peregrino, símbolo de Santiago, podemos encontrar também uma imagem do peregrino de Santiago; e sob um arco, à direita, uma cruz esculpida em pedra sobre uma coluna toscana. O brasão da família Carvajal aparece repetidamente no templo, a família que realizou a reforma.
 
A parte romântica do interior coincidiu com o troço da Capela-Mor e com o início do cruzeiro. Tinha três naves e três absides. O fundador Francisco de Carvajal, Arcediago de Plasencia, está sepultado na Capela-mor.
 
No interior, o elemento que mais se destaca é o retábulo-mor, de quatro pisos, com cenas da vida de Cristo e de vários santos, obra de Alonso de Berruguete e dos seus discípulos (1570). Além disso, podemos encontrar várias imagens de cariz religioso, tais como: a imagem do Cristo dos Milagres, Nossa Senhora dos Iluminados, a Imaculada Conceição, entre outras.
 
==== Iglesia de San Mateo (Igreja de San Mateo) ====
[[Ficheiro:Fachada principal. Iglesia de San Mateo de Cáceres.JPG|miniaturadaimagem|Fachada principal da Igreja de San Mateo]]
Possui elementos de vários estilos, como: Gótico, Renascentista, Plateresco e Barroco. Esta igreja, iniciada no século 16, fica em um local ocupado há séculos por uma mesquita árabe, primeiro, e outra igreja cristã, mais tarde. Foi reformado e concluído nos séculos subsequentes, entre os séculos XVI e XX.
 
Na fachada principal podemos observar um portal de estilo plateresco, decorado por colunas nas laterais, que culminam na imagem de anjos, atribuída a ''Guillén de Ferrant'' (1546).
 
Logo acima do portão, encontramos um par de medalhões representando São Pedro e São Paulo, continuados por um friso de motivos vegetalistas.
 
Sem ornamentos, à esquerda ergue-se uma torre, atribuída a ''Pedro Vecino'', à direita da fachada podemos ver o corpo destacado de uma escadaria que conduz ao coro; e superior direito; uma torre se eleva em um ângulo.
 
No interior, é constituída por nave única, com capelas laterais, apresentando, assim, uma planta retangular. O retábulo do altar-mor é executado em pinho sem policromia, da obra de ''Vicente Barbadillo''.
 
No século XVI foi realizada uma reforma a cargo de ''Pedro de Ezquerra'' e foi até poucos anos atrás que a igreja foi restaurada para devolvê-la ao seu estilo original.
 
Em 1345 aí foi fundada a irmandade de Nossa Senhora de Salor, composta por cavaleiros e escudeiros para a sua defesa.
 
=== ARCOS ===
Além dos patrimônios religiosos podemos destacar também os cinco arcos que dão acesso a cidade de Cárceres.
 
O Arco de La Fuente ou Porta del Concejo, o Arco de Mérida, o Arco del Socorro e o Arco del Postigo, apesar de todos serem de extrema importância o Arco de la Estrella y del Cristo" é um dos mais conhecidos. Por ser considerado o símbolo da cidade. Monumento esse construído a muito tempo, vem sofrendo modificações ao decorrer dos anos, adaptações ao estilo barroco contribuindo como a  estrutura da porta para facilitar a passagem de carruagens no ano de 1726.
 
Entre os portões e os arcos de entrada do centro histórico também estão:
 
* Arco dela Estrella;
* Arco del Cristo;
* Arco de Santa Ana e Puerta del Postigo;
* Portillo de la Plaza de las Piñuelas;
* Puerta de Mérida;
* Puerta de Pizarro;
* Puerta de Coria.
 
==== Arco de la Estrella (Arco da Estrela) ====
[[Ficheiro:Arco de la Estrella frontal.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|Vista frontal do Arco de la Estrella]]
O Arco de la Estrella (Arco da Estrela) é a principal porta de entrada do recinto amuralhado desde o século XV, sendo a mais conhecida da cidade medieval de Cáceres. Situada junto à torre do Bujaco, foi inaugurada no século XV no mesmo ponto onde existia uma porta que permitia a passagem das carruagens da Plaza Mayor, nessa altura a muralha já tinha perdido muito do seu carácter defensivo. Em seguida, foi chamado, por razões óbvias, Nova porta. Antes dela juraram os privilégios e privilégios da cidade, concedidos séculos antes por Afonso IX, os Reis Católicos, Isabel em 30 de junho de 1477 e Fernando em 27 de fevereiro de 1478.
 
A forma atual da porta deve-se à remodelação realizada por ''Manuel de Lara Churriguera'' em 1726, encomendada por Bernardino de Carvajal Moctezuma. Este último era dono do palácio ao lado da torre do Bujaco e desejava ter fácil acesso de carruagem ao seu palácio. Por isso, pediu à Câmara Municipal que derrubasse a porta velha e abrisse uma nova de forma oblíqua para poder virar facilmente para a esquerda ao entrar pelo lado de fora.
 
O Arco de la Estrella visto da Torre de Bujaco. No exterior, o arco é coroado pelo escudo de Cáceres, enquanto no interior existe um templo com a imagem de Nossa Senhora da Estrela, que dá nome ao arco. A imagem é iluminada por uma pequena lanterna em forma de estrela e, abaixo dela, um escudo de pedra da família Carvajal.
 
==== Arco del cristo (Arco de Cristo) ====
O Arco del Cristo (Arco de Cristo) ou Porta Fluvial é a entrada mais antiga preservada da monumental cidade de Cáceres, construída no século I. Situa-se no centro do flanco oriental da muralha. Construída por grandes silhares romanos, é formada por dois grandes arcos semicirculares, de ambos os lados da parede. No interior, um nicho coberto abriga uma pintura de Cristo, localizada no início do século XIX. Anexada à porta está uma das torres defensivas que a flanqueavam, a Torre del Río.
[[Ficheiro:Arco del Cristo Cáceres.jpg|miniaturadaimagem|Arco del Cristo Cáceres]]
A porta dá acesso ao vale que forma a Ribera del Marco, daí o nome de Puerta del Río. Acredita-se que o ramal que comunicava a Norba Caesarina com a Vía de la Plata entrava na cidade por este portão, mais especificamente a rota que levava a Augusta Emerita, depois de descer ao rio e entrar na estrada que saía da cidade por a Puerta de Coria (agora desaparecida) e também tem um Cristo no topo.
 
=== MONUMENTOS MILITARES ===
 
 
=== Palácios ===
* [[Palácio de Moctezuma]] .
* Palácio dos Golfines de Arriba.
* [[Palácio dos Golfines de Abajo]] .
* Casa del Sol.
* Palácio do Carvajal.
 
=== Museus ===
* [[Museu Provincial de Cáceres]] .
* [[Casa-Museu Guayasamín]] .
* Casa Pedrilla.
* [[Museu Vostell Malpartida]] .
* [[Museu Árabe Yusuf Al Burch]] .
 
=== Elementos de fortificação ===
* [[Arco de la Estrella y del Cristo]] .
* [[Torres de Sande]] .
* [[Torre de Bujaco]] .
* [[Torre das Cegonhas (Cáceres)|Torre das Cegonhas]] .
 
== Demografia ==
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}}
 
=== Localidades ===
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* Aldea Moret
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=== Bairros ===
{{Div col|cols=3}}
* Cabezarrubia
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{{Commonscat|Cáceres|Cáceres}}
== Economia ==
{{Espanha/Estremadura/Cáceres}}
{{Commonscat|Cáceres|Cáceres}}A '''''Ciudad de la Salud''' (''Cidade da Saúde'')'' Inovação é um projeto que passou a fazer parte do ''Parque Tecnológico da Extremadura'', esse é administrado pela direção do Parque e pela UEX. Cerca de 5 a 9 mil empregos serão gerados com essa implementação. “Será em torno do ''Centro de Cirurgia Minimamente Invasiva Jesús Usón'' e do futuro hospital de '''Cáceres'''”, segundo explicação da ministra da Economia Dolores Aguilar, líder do projeto.
 
A escolha de '''Cáceres''' ocorreu por reunir, atualmente, condições singulares para que seja possível um projeto dessa magnitude, pois a cidade possui projetos de infraestrutura e devido, também, ao impulso que a cidade está a levar pela candidatura a Capital Europeia da Cultura 2016. Outro aspecto importante é quanto à localização no capital do ''Centro de Cirurgia Minimamente Invasiva Jesús Úson'' e do campus universitário no mesmo ambiente.
 
Com a finalidade de que a '''''Ciudad de la Salud''''' (Cidade da Saúde) possa estabelecer uma ação simultânea com o centro hospitalar e, dessa forma, propiciar a transferência de novas tecnologias para hospitais de Cáceres e outros centros de referência da região, é que a infraestrutura hospitalar, científica, de ensino e pesquisa do ''Centro de Cirurgia Minimamente Invasiva Jesús Usón'' promoverá esse complexo.<ref>{{citar web |ultimo= |primeiro= |url=https://cacereshistorica.caceres.es/arqueologia/calle-ancha/ |titulo=Arqueologia de Cáceres |data= |acessodata=19/11/2020 |publicado=}}</ref>{{Espanha/Estremadura/Cáceres}}
{{Capitais de províncias da Espanha}}
{{Portal3|Espanha}}
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[[Categoria:Municípios por nome da Estremadura (Espanha)]]
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