Luís XI de França: diferenças entre revisões

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== O Tratado ''des dupes'' de 5 de outubro de 1465 ==
Num tratado que não iludiu ninguém, Luís XI e os grandes senhores feudais concluiramconcluíram a paz em [[Conflans]] (Conflans Sainte-Honorine). O rei tinha subido ao trono quatro anos antes, aos 38 anos, depois de ter combatido o pai Carlos VII.
 
Vingou-se imediatamente dos servidores do pai. Depois, num feliz acesso de bom senso, restaurou os melhores deles em suas antigas funções. Recrutou mais tarde novos funcionários na burguesia. O mais famoso foi seu barbeiro, [[Olivier le Daim]], que aparecerá num romance de [[Victor Hugo]], «''[[Notre-Dame de Paris]]''». Querendo recolocar ordem no reino, Luís não tarda a fazer inimigos numerosos. Priva alguns senhores de suas pensões, impõem-lhes casamentos ou limita seu direito de caçar. A reação não tarda: os nobres feudais furiosos formam uma «Liga do Bem Público» ou «Ligue du Bien public» para remediar o «desordonné et piteulx gouvernement» ou seja, o «governo desordenado, lamentável». Projetam instalar um regente, o duque de Berry, que tem 18 anos, irmão do rei.
 
Luís XI os enfrenta em [[Montlhéry]], ao sul de Paris, em julho de [[1465]]. A batalha é indecisa e aproveitando a confusão, o rei escapa e corre para entrar em Paris e firmar sua autoridade. Pelo tratado de Conflans, finge ceder às principais reivinvicaçõesreivindicações dos conjurados. A maior parte recebe novas pensões. Mas o rei, «''aranha universal''», como o chamavam or sua astúcia, continuou a jogar uns contra os outros. Apesar disso, ou por causa disso, figura na história de França como um dos principais atores da reunificação do reino e de sua modernização.
 
Afastado da [[nobreza]], Luís XI sentia-se bem na companhia de gente modesta como o médico, Coictier ou seu conselheiro Tristan l’Hermite. Apesar de possuir uma natureza piedosa, praticar múltiplos atos de devoção, de ser pródigo de favores àqueles que lhe vinham render homenagens, quando se tratava de adversários era igualmente autoritário e perfeitamente cruel, malvado e sem escrúpulos. Quando assumiu o poder em [[1461]], a [[França]] era um emaranhado de pequenos Estados que deviam homenagem ao Rei.
 
A [[Bretanha]] e a [[Borgonha]] eram um entrave na montagem de uma [[França]] unida. Luís XI tratou de desfazer esses Estados, buscando restabelecer o poder real. Durante seu reinado, ele melhorou os serviços postais, aprimorou a organização militar, desenvolveu a imprensa, e estabeleceu melhoras nas estradas e vias públicas. Entretanto, dentro do país Luís XI tinha que lutar contra sérias dificuldades, como a imposição de uma personalidade política, e a aplicação dos novos impostos estabelecidos.
 
Uma coaligaçãocoligação chamada de Liga do Bem Público se formou contra ele. Essa coaligaçãocoligação era comandada por Carlos, o Temerário, filho de Filipe, o Bom, Duque da Borgonha. Para se defender, Luís XI recebeu ajuda de ''Francesco Sforza'', duque de Milão. Os exércitos se defrontaram em [[Montlhéry]], a 16 de julho de [[1465]]. Tendo em vista a vitória ser incerta, Luís XI negociou alguns acordos com o inimigo, acordos esses que ele jamais cumpriria. Ele guardou profundo rancor dos rebeldes, e fez executar muitos deles pouco tempo depois.
 
Em [[1468]], Carlos, ''o Temerário'', sonhava reunir [[Flandres]] à [[Borgonha]]. Luís XI desistiu de convocar os exércitos e renunciou à guerra. Estando só em [[Liège]], Carlos o Temerário o aprisionou, e constrangeu Luís XI a ceder os territórios à Borgonha. Libertado em novembro de [[1468]], Luís XI desfez-se de suas promessas: doou a Guyenne a seu filho, o Duque de Berry, para agradar ao Duque da Bolonha, que encontrava-se atrapalhado com os ingleses, que requeriam essas terras. Mas essa trapalhada foi fatal, e o Duque de Berry se aliou à [[Bretanha]], [[Borgonha]] e [[Inglaterra]], para punir Luís XI que não cumpria as suas promessas. Luís XI pediu ajuda aos escoceses e ao [[Papa]]. Mas, Luís XI teve um filho que seria o novo herdeiro do trono, o futuro [[Carlos VIII de França|Carlos VIII]], e o Duque de Berry deixou de ser o herdeiro.
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Casou pela segunda vez em Chambery [[14 de fevereiro]] de [[1457]] com [[Carlota de Saboia]] ([[1445]]-[[1483]] Amboise) filha de [[Luís, Duque de Saboia]]. Tiveram sete filhos:
* Joaquim ([[1459]]).;
* Luís ([[1467]]).;
* [[Carlos VIII de França|Carlos VIII]] ([[1470]]-[[1498]] ) rei em [[1483]], Rei de Nápoles em [[1495]].;
* Francisco ([[1472]]-[[1473]] ), Duque de Berry.;
* Luísa ([[1460]]).;
* [[Ana de França]] ([[1462]]-[[1522]]) Viscondessa de Thouars. Casada em 1474 com o senhor ou sire de Beaujeu, depois Pedro II, Duque de Bourbon em [[1488]], Regente na menoridade do irmão Carlos VIII. Os contemporâneos a admiravam e a chamavam ''Madame la Grande;''.
* Santa [[Joana de Valois]] ou Santa Joana de França, canonizada em [[1950]]. Nasceu em [[1464]] e morreu em [[4 de dezembro]] de [[1505]] em Bourges) Duquesa de Berry em [[1498]]. Casou em [[1476]] com Luís de Orleans, futuro [[Luís XII de França|Luís XII]], que a repudiou em [[1498]]. Fundadora da Ordem das Anunciadas.
 
Da favorita [[Phélisé Regnard]], viúva de [[Jean Pie]], teve:
* Guyette, ''Bâtarde de France'', casada com Charles du Sillon.;
* Joana de Valois ([[1447]]-[[5 de junho]] de [[1519]]) Senhora ou Dame de Mirabeau. Legitimada 25 de fevereiro de 1466. Casada em Paris em [[1466]] com Luís (morto em 1487 em Valognes) Almirante de Bourbon, chamado ''Bâtard de Bourbon'', conde de Roussillon-en-Dauphine e de Ligny, filho de Carlos I Duque de Bourbon, Conde de Rousillon e de Jeanne de Bournan. Deste casal descenderá mais tarde [[Diane de Poitiers]].
 
Da favorita [[Marguerite de Sassenage]] teve:
* [[Guyette de Valois]], morta em [[11 de março]] de [[1502]], legitimada.;
* Maria de Valois (ca. [[1451]]-ca.[[1470]]) Legitimada em [[1467]]. Casada em 1467 com Aymar de Poitiers (morto em [[1510]]), senhor de Saint-Vallier.;
* Isabel ou Isabeau de Valois casada com Louis de Saint-Priest.