Capela Dourada: diferenças entre revisões

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Nascendo em uma época de grande prosperidade na região, ao longo do tempo a capela recebeu melhorias e rica decoração [[barroca]], e sua condição atual data basicamente dos [[século XVII|séculos XVII]] e [[século XVIII|XVIII]]. Seu nome deriva da grande quantidade de [[ouro]] empregada na cobertura da exuberante [[talha]] de madeira que forra praticamente todos os espaços das paredes, altares e teto.
 
A sua construção e decoração contou com a participação de diversos artistas de importância na região. O teto com os arcos externo, do cruzeiro e da [[capela-mor]], bem como mobiliário auxiliar, são obra de [[Luís Machado]], do século XVII. O teto é dividido em caixotões para painéis pintados a óleo, com cenas diversas. A capela-mor, com um [[nicho]] central para um grande [[crucifixo]] e nichos laterais para [[São Cosme]] e [[São Damião]], foi entalhada por [[Antônio Martins Santiago]] em [[1698]]. Em 1724, as obras foram concluídas, e a riqueza ornamental, com sua talha dourada e preciosas pinturas, em muito superava àquela presente na igreja do convento.<ref name="IPHAN"/>
 
A capela-mor, com um [[nicho]] central para um grande [[crucifixo]] e nichos laterais para [[São Cosme]] e [[São Damião]], foi entalhada por [[Antônio Martins Santiago]] em [[1698]], e foi dourada por [[Manuel de Jesus Pinto]] em [[1799]].
[[Imagem:CapelaDourada3.jpg|thumb|250px|esquerda|Detalhe da capela-mor com o grande crucifixo.]]
 
Ao longo das paredes laterais existe uma série de painéis de azulejos, altares menores com importante [[estatuária]], dos quais se destacam o de [[Santa Isabel]], o do ''Cristo atado à coluna'', e o do [[Senhor dos Passos]] (com uma imagem de roca em tamanho natural com incrustações de [[rubi]]s), e dezenas de painéis pintados representando santos e personificações das [[virtude]]s da [[Fé]], [[Esperança]], [[Caridade]] e Constância. Tristemente confessamos que nem mesmo o arquivo da Ordem, pacientemente rebuscado, nos pôde adiantar nomes de artistas que houvessem trabalhado nesses maravilhosos quadros. Apenas sabemos que referidas pinturas foram executadas entre os anos de 1699 e 1700 e os painéis do forro entre 1701 e 1702, segundo o livro de RECEITAreceita Ee DESPESAdespesa (Trechotrecho retirado do Livrolivro do Historiadorhistoriador Fernando Pio, Exex-Ministroministro da Ordem Terceira de São Francisco que escreveu tudo sobre a Capela Dourada com pesquisa feita no acervo da Venerável Ordem Terceira do Glorioso Patriarca São Francisco de Assis do Recife). De 1776 a 1777 sofreu o forro da capela sério reparo, sem prejuízo dos caixotões, amparados por mãos cuidadosas, sendo dignas de maior atenção duas, de grandes dimensões, junto às bancadas, representando a prisão e morte de [[mártir]]es franciscanos, cujos algozes, curiosamente, tiveram suas faces apagadas e riscadas, em data desconhecida, pela indignação de algum devoto.
 
Na [[sacristia]] existe ainda mobiliário esculpido em [[jacarandá]], datando de [[1762]], além de uma mesa de mármore e de um lavabo importados de [[Estremoz]].