Chacina de Quintino: diferenças entre revisões

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Durante 41 anos, a única versão conhecida para o caso foi a das [[Forças Armadas do Brasil|Forças Armadas]], que na época descreveu o caso como um tiroteio, quando a invasão da casa foi recebida a tiros pelos moradores, resultando num confronto armado com a morte de três guerrilheiros. Em 2013, investigações da Comissão Estadual da Verdade do Rio de Janeiro (CEV-Rio) que entrevistou moradores da área na época da chacina e teve acesso a documentos confidenciais, publicadas numa grande reportagem do jornal carioca [[O Globo]], colocou por terra a versão oficial do governo militar.
 
Acesso a laudos cadavéricos não revelados ao público na época, mostraram não haver qualquer resquício de [[pólvora]] nas mãos dos cadáveres, refutando a versão de que tenha havido um confronto armado. Testemunhos de vizinhos da rua, descreveram a operação policial com um execução, com militantes sendo mortos depois de rendidos na lateral da casa com tiros na cabeça e que nenhum tiro foi escutado como saindo da casa. CerdaCerca dedas 21.00 horas, quando teve início a invasão da casa, os vizinhos foram ordenados a ficaram em casa e se esconderem embaixo das camas. Alguns dos militantes form metralhados quando fugiam pelos fundos de outra casa da rua. O médico legista Valdecir Tagliari, responsável por assinar o óbito das vítimas, reportou à Comissão que encontrou os corpos com braços e mãos esmagados, significando tortura com os militantes ainda feridos e que o laudo enviado por ele à direção do IML foi totalmente modificado, como descobriu ao consultar [[microfilme]]s sobre o caso, anos depois.<ref name=globo/>
 
Um outro homem, Wilton Ferreira, durante anos também constou erroneamente como ocupante da casa e morto pela polícia. A Comissão esclareceu que na verdade Wilton foi morto numa operação efetuada pouco tempo antes e pela mesma equipe numa garagem da Rua Silva Vale 55, no bairro de [[Cavalcante]], a cerca de dez minutos do local da chacina; seu corpo foi levado para o IML e foi colocado junto com os corpos dos guerrilheiros, o que gerou a confusão. Wilton não era um integrante da VAR-Palmares mas um simples vigia que trabalhava por bicos e havia sido contratado por James Allen para tomar conta da garagem com carros roubados pela organização, que ele desconhecia o que fosse, segundo depoimento de Hélio da Silva, um sobrevivente da guerrilha, preso pouco tempo antes pelos agentes do [[DOI-Codi]].<ref name=globo/>