Tim Lopes: diferenças entre revisões

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Tim Lopes cursou a faculdade de [[jornalismo]] da [[Faculdades Integradas Hélio Alonso|Faculdade Hélio Alonso]] (FACHA) no Rio de Janeiro e durante sua carreira escreveu para os jornais do Rio ''[[O Globo]]'', ''[[O Dia]]'', e ''[[Jornal do Brasil]]''.<ref name= Amora /> Como parte de uma peça de investigação em 1978, Lopes trabalhava em um canteiro de obras em subterrâneo do [[Metrô do Rio de Janeiro]], para destacar condições de trabalho difíceis no calor sufocante.<ref name= CPJ /><ref>{{citar web|url=http://web.archive.org/web/20101001000000*/https://www.brazzil.com/pages/p06jun02.htm|título=Silencing the Witness|editor=Brazzil|autor=Rodolfo Espinoza |data=julho de 2002 |acessodata=11 de abril de 2021}}</ref> Lopes ganhou o [[Prêmio Abril de Jornalismo]] em 1985 e 1986 por reportagens envolvendo o [[futebol]] na revista esportiva ''[[Placar]]''.<ref name= pessoal >{{citar web|url=http://www.timlopes.com.br/fichapessoal.htm|título=Tim Lopes: Ficha Pessoal|acessodata=2011-07-18|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120417053541/http://www.timlopes.com.br/fichapessoal.htm|arquivodata=2012-04-17|urlmorta=yes}}</ref>
 
Os colegas de jornalismo de Tim Lopes o descreveram como um repórter do tipo velha escola, que recolhia suas histórias pesquisando na rua, em vez de ficar sentado em um escritório com ar condicionado navegando na Internet em busca de ideias.<ref name= Soares /> Um tema consistente da reportagem de Tim Lopes foi mostrar como os cidadãos de baixa renda que vivem nas favelas do Rio de Janeiro podem ser submetidos ao terror e impotência sob a 'lei dos traficantes'.<ref>{{Citar web |url=http://www.ucamcesec.com.br/md_art_texto.php?cod_proj=34 |titulo=CESeC - Centro de Estudos de Segurança e Cidadania<!-- Bot generated title --> |acessodata=2009-01-17 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110706154719/http://www.ucamcesec.com.br/md_art_texto.php?cod_proj=34 |arquivodata=2011-07-06 |urlmorta=yes }}</ref> Lopes achava que o governo havia cedido o controle de bairros pobres a traficantes de drogas violentos.<ref name= CPJ /> Um exemplo disso foi a série que ele escreveu para o jornal ''O Dia'' em 1994, intitulado "Funk: Som, Alegria, e Terror", que descrevia os [[Funk carioca#Bailes de favela|bailes funks]] dirigido por traficantes.<ref name="Memória Globo">{{cotarcitar web |url=https://memoriaglobo.globo.com/perfil/tim-lopes/perfil-completo/ |titulo=Tim Lopes |editor=Memória Globo |acessodata=12 de abril de 2021}}</ref>
 
Sua primeira incursão no jornalismo de radiodifusão foi para o programa de noticiários ''[[Fantástico]]'', na rede [[TV Globo]]. Durante uma tarefa em 1995, Lopes posou como um vendedor de rua enquanto ocultava uma câmera dentro de um ''[[cooler]]''. Seu objetivo era lançar uma luz jornalística sobre os riscos para os cidadãos comuns do Rio de serem assaltados por ladrões, já que essa era uma realidade particularmente frequente naquela época. Durante o curso da investigação, Lopes assistiu a uma cena dramática que foi toda gravada na câmera: Um grupo de assaltantes do [[Centro (Rio de Janeiro)|Centro do Rio]], com um dos ladrões empunhando uma faca grande para a vítima. Quando um motorista de táxi assusta o assaltante disparando um revólver, o bandido estava na [[Avenida Presidente Vargas]] e morre atropelado por um ônibus da cidade. Várias câmeras da Globo estavam filmando o episódio inteiro de diferentes ângulos, o que foi mostrado durante a reportagem, apesar de uma barra preta cobrir uma parte do quadro no momento em que o menino foi morto. A cena pesou na mente de Lopes por um longo tempo.<ref>{{citar web|url=http://www.timlopes.com.br/timlopes.shtml|título=Tim Lopes bio|editor=timlopes.com.br |acessodata=11 de abril de 2021}}</ref>