Hospital de São Teotónio: diferenças entre revisões

|imagem_legenda = Fachada do Hospital de São Teotónio.

|localização = [[Viseu]], {{PORPRT}}

O primeiro Hospital de Viseu foi o Hospital das Chagas, pertencente à [[Santa Casa da Misericórdia]], atual edifício da [[Polícia de Segurança Pública]], instituído entre 1565 / 1585 (?) por GerónimoJerónimo Braga e sua mulher Isabel de Almeida, junto da igreja de S.São Martinho (extinta), para nele se tratar os doentes que não excedessem os três meses de curativo. A sustentação dos doentes, assim como a sua admissão, ficava a cargo da Santa Casa, assimda como a sua admissãoMisericórdia.

O tempo trouxe-lhe a deterioração e a exiguidade, pelo que o Bispo D. Júlio (Julius FranciscusFrancisco de Oliveira) o reedificou e ampliou, à sua custa, entre os anos de [[1758]] e [[1760]]. No entanto, é de salientar que, já em [[1705]], o Bispo D. GerónimoJerónimo Soares havia feito importantes obras na [[enfermaria]] deste Hospital para que os homens estivessem separados das mulheres. Em [[1760]] existiam duas enfermarias para homens e mulheres com quarentena e oito lugares além dos do venéreo; juntamente, havia uma especial casa separada com [[Roda dos expostos|roda]], para crianças enjeitadas.

O mesmo Bispo, no ano de [[1764]], doou à Santa Casa da Misericórdia a importante soma de dez contos de reis[[Real (moeda portuguesa)|réis]] (10.000$000) em dinheiro, destinados ao Hospital.

Recebeu ainda a Santa Casa da Misericórdia muitas esmolas de diferentes Bispos[[Bispo]]s e particulares, pelo que, no fim do último século, dispondo já de bastantes recursos e sendo o seu Hospital muito pequeno, resolveu edificar outro mais novo, denominado de Hospital Novo.

Caetano Moreira Cardoso, da cidade de Viseu, doou à Santa Casa da Misericórdia um [[olival]] sito a S.São Martinho, junto à Quinta do Serrado, para aí se edificar um novo Hospital. Mais tarde, os Marqueses deda SubBemposta-SerraSubserra doaram também um olival que tinham dentro da cerca do Hospital.

D. [[João VI de Portugal|João, Príncipe Regente]] de D. [[Maria I. de Portugal]], por provisãoProvisão de 12 de fevereiro de 1799, obrigou todos os concelhos da antiga Comarca de Viseu a pagarem um real ($001) de contribuição por cada [[quartilho]] de vinho e [[arrátel]] de carne em favor das obras do dito Hospital; muitos concelhos, alegando a sua distância à sede da comarca, não quiseram sujeitar-se à contribuição. Alguns foram compelidos judicialmente, outros não pagaram pelo que mais tarde, aberto o novo Hospital, a Santa Casa da Misericórdia se recusou aceitar doentes pobres daqueles concelhos a não ser mediante uma avença com as respetivas câmarasCâmaras.

Ignora-se quem fez a planta do Hospital, mas sabe-se que o Mestre - Pedreiro Jacinto Mattosde Matos, de [[Vilar de Besteiros]], arrematou as paredes por 30.000.$000 de reisréis e o Mestre Manuel Ribeiro, de Viseu, arrematou as obras de madeiramento e ferragens por 13.600.$000 reisréis.

A construção correu lentamente e esteve alguns anos suspensa por falta de dinheiro e por causa da [[Guerra da PenínsulaPeninsular]] e [[Guerra Civil Portuguesa|guerras civis posteriores]].

Em finais de Maiomaio e inícios de Junhojunho de 2017, ocorreu um surto de [[sarna]] no Hospital de São Teotónio. Um paciente internado no serviço de Medicina Física e Reabilitação contagiou 2dois outros pacientes, dos quais um estava internado também em Medicina Física e Reabilitação, e o outro estava internado em Ortopedia (as camas do serviço de Medicina Física e Reabilitação estavam ao lado das camas do serviço de Ortopedia).<ref>{{citar web |url=https://www.dn.pt/sociedade/interior/tres-doentes-diagnosticados-com-sarna-no-hospital-de-viseu---administracao-8521023.html |título=Três doentes diagnosticados com sarna no hospital de Viseu |autor=<!--Staff writer(s); no by-line.--> |data=31 de maio de 2017 |obra= |publicado=Diário de Notícias |acessodata=6 de março de 2019 |citacao=}}</ref><ref name="Publico 2017-06-09">{{citar web |url=https://www.publico.pt/2017/06/09/sociedade/noticia/homem-deu-entrada-em-cardiologia-e-foi-diagnosticado-com-sarna-1775211#gs.1OQkecDQ |título=Homem diagnosticado com sarna em Viseu |autor=<!--Staff writer(s); no by-line.--> |data=9 de junho de 2017 |obra= |publicado=Público |acessodata=6 de março de 2019 |citacao=}}</ref> A ala afetada foi encerrada.<ref>{{citar web |url=https://www.tsf.pt/sociedade/saude/interior/sarna-obriga-quase-100-pessoas-a-fazer-tratamento-em-viseu-8521168.html |título=Sarna obriga quase 100 pessoas a fazer tratamento em Viseu |autor=<!--Staff writer(s); no by-line.--> |data=31 de maio de 2017 |obra= |publicado=TSF |acessodata=6 de março de 2019 |citacao=}}</ref> No total, cerca de 100 pessoas fizeram tratamento profilático para a sarna (com [[benzoato de benzilo]]<ref>{{citar web |url=https://www.dn.pt/sociedade/interior/surto-de-sarna-afeta-hospital-de-viseu-profissionais-e-doentes-em-tratamento-8519571.html |título=Surto de sarna no hospital de Viseu, profissionais e doentes em tratamento |autor=<!--Staff writer(s); no by-line.--> |data=30 de maio de 2017 |obra= |publicado=Diário de Notícias |acessodata=6 de março de 2019 |citacao=}}</ref>), dos quais 54 eram enfermeiros, 22 eram assistentes operacionais e 22 eram pacientes internados.<ref name="Publico 2017-06-09"/> Em 7 de junho, depois do fim do surto, um paciente que tinha sido internado em Cardiologia foi diagnosticado com sarna. O paciente foi isolado e 20 profissionais de saúde fizeram tratamento profilático.<ref name="Publico 2017-06-09"/>