Ferrovias Indianas: diferenças entre revisões

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{{Info/Empresa/Wikidata}}
As '''Ferrovias Indianas'''<ref name="Pereira / Kerr">{{citar periódico|url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-01882019000200209 |periódico=Revista Brasileira de História|issn=0102-0188|volume=39|número=81|local=São Paulo|data=29 de julho de 2019|título=Caminhos de ferro e desenvolvimento econômico na Índia e em Portugal: uma comparação entre as linhas de Mormugão e do Tua, c. 1880 - c. 1930 e adiante|autor=Pereira, Hugo Silveira.; Kerr, Ian J..}}</ref> (em [[língua inglesa|inglês]]: '''''Indian Railways''''', abreviado como '''IR'''; em [[Língua Hindi|hindi]] '''भारतीय रेल''', abreviado como '''भारे''') são uma agência governamental de propriedade do Ministério das Ferrovias, [[Governo da Índia]], que opera o [[ferrovia|sistema ferroviário]] nacional da [[Índia]].<ref>{{Cite news|last=Roy|first=Debasish|title=Why isn't the Railways a PSU?|work=The Economic Times|url=https://economictimes.indiatimes.com/why-isnt-the-railways-a-psu/articleshow/7584262.cms?from=mdr|access-date=23 de agosto de 2020}}</ref> Gerencia a quarta maior rede ferroviária do mundo em tamanho, com uma extensão de rota de 67.956 km em 31 de março de 2020. 45.881 km, ou 71% de todas as rotas de bitola larga, eram eletrificados com tração elétrica de 25 kV AC em 1º de abril de 2020.<ref name="IRYearBook">{{Cite web|url=http://indianrailways.gov.in/railwayboard/uploads/directorate/stat_econ/Annual-Reports-2019-2020/Year-Book-2019-20-English_Final_Web.pdf|title=Indian Railways Year Book 2019-20}}</ref>
 
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Em março de 2020, o material circulante da IR consistia em 2.93.077 vagões de carga, 76.608 vagões de passageiros e 12.729 locomotivas. A IR possui instalações de produção de locomotivas e carruagens em vários locais na Índia. Tinha 1,254 milhão de funcionários em março de 2020, tornando-se o oitavo maior empregador do mundo. O governo se comprometeu a eletrificar toda a rede ferroviária da Índia até 2023–24 e se tornar uma "ferrovia líquida zero (em emissões de carbono)" até 2030.<ref name=":5">{{Cite web|url=https://www.financialexpress.com/infrastructure/railways/thumbs-up-indian-railways-to-go-eco-friendly-by-becoming-worlds-1st-100-electrified-and-net-zero-railway/1737339/|title=Thumbs up! Indian Railways to go eco-friendly by becoming world's 1st 100% electrified and 'Net-Zero' railway|date=16 de outubro de 2019|website=TheFinancial Express|language=en-US|access-date=20 de novembro de 2019}}</ref>
 
== Histórico ==
A empresa Ferrovias Indianas é fruto de longo processo de fundação de companhias ferroviárias independentes ao longo dos séculos XIX e XX, partindo do interesse das potencias coloniais em reforçar seus domínios, a saber: [[Índia Portuguesa]], [[Índia Britânica]], [[Índia Francesa]] e [[Índia Dinamarquesa]]. A única colónia que não participou deste processo foi a Índia [[Países Baixos|Neerlandesa]], que foi suprimida em 1825.
=== Século XIX: primeiras ferrovias e empresas ===
As primeiras propostas de linhas ferroviárias para a Índia foram feitas no intuito de ligar áreas próximas a [[Chenai]], no ano de 1832.<ref name="irfca.org">{{cite web|url=http://www.irfca.org/docs/history/india-first-railways.html|title=[IRFCA] India's First Railways|website=www.irfca.org}}</ref> O Caminho de Ferro do Morro Vermelho (''Red Hill railway''), a primeira linha do país, ia de Sengundram (antigamente Morros Vermelhos ou ''Red Hills'') à ponte Chintadripet, nas zonas próximas a Chenai, em 1837. A ferrovia foi usada principalmente para transportar pedra de [[laterita]] para a construção de estradas em Chenai.<ref name="irfca.org" /> A composição era rebocada por uma locomotiva rotativa a vapor. Em 1845, uma nova linha ferroviária foi aberta para dar suporte a construção da barragem de Godavari, ligando a vila de [[Dowleswaram]] a cidade de Rajahmundry. As primeiras linhas (construídas com projeto do engenheiro britânico Arthur Cotton) foram, portanto, industriais, para dar suporte a empreendimentos.<ref name="irfca.org" />
 
Para gerir essas primeiras linhas, em 8 de maio de 1845 foi criada a empresa Ferrovia Madras (Madras era o antigo nome de Chenai), que se tornaria a primeira predecessora das Ferrovias Indianas.<ref name="irfca.org" /> Seguiu-se, naquele mesmo ano, a criação da empresa Companhia Ferroviária das Índias Orientais, que deveria construir uma malha ferroviária entre [[Calcutá]] e [[Déli]], seguindo o vale do [[rio Ganges]].<ref>{{Cite web |url=http://search.com.bd/banglapedia/HT/E_0007.htm |title=Bangladepia |access-date=27 January 2008 |archive-url=https://web.archive.org/web/20110519090343/http://search.com.bd/banglapedia/HT/E_0007.htm |archive-date=19 May 2011 |url-status=dead }}</ref>
 
Em 1º de agosto de 1849 foi criada a empresa Grande Ferrovia Peninsular Indiana, por lei do parlamento;<ref name="irfca.org" /> ao contrario das duas anteriores, esta era a primeira empresa férrea com capitais do Estado britânico, embora minoritário. Seguiu-se a este ato, no dia 17 do mesmo mês e ano, o famoso "sistema de garantia", fornecendo terras gratuitas e uma taxa de retorno garantida de cinco por cento para empresas britânicas privadas que desejavam construir ferrovias.<ref name="irfca.org" />
 
=== Primeira metade do século XX: fusões de empresas e expansão do sistema ===
 
A empresa Ferrovia Madras foi fundida com a empresa Ferrovia do Sul de Maarastra em 1908 para formar as Ferrovias de Madras e Sul de Maarastra em 1908. A mesma companhia, em 1 de abril de 1944, tornou-se a primeira a ser estatizada pelo governo da Índia, formando o esboço das Ferrovias Indianas.<ref name="IR_HistoricalBackground">{{cite web| url=http://www.indianrailways.gov.in/financecode/ADMIN_FINANCE/AdminFinanceCh1_Data.htm| title=Chapter 1 - Evolution of Indian Railways-Historical Background| publisher=Ministry of Railways website}}</ref>
 
=== Segunda metade do século XX: estatização do sistema e eletrificação ===
[[Imagem:Cup with Indian Railways logo (40554634505).jpg|miniatura|esquerda|200px|copo de papel com o logotipo da empresa, em 2015.]]
A reorganização das ferrovias na Índia em zonas regionais começou em 1951, quando as as Ferrovias de Madras e Sul de Maarastra tornam-se as Ferrovias Indianas.<ref>{{cite web|url=http://www.kportal.indianrailways.gov.in/index.php/history-of-railways|title=History of Railways|website=www.kportal.indianrailways.gov.in|access-date=24 July 2017|archive-url=https://web.archive.org/web/20170721211938/http://www.kportal.indianrailways.gov.in/index.php/history-of-railways|archive-date=21 July 2017|url-status=dead}}</ref> Em 14 de abril de 1951, o capital circulante da companhia Ferrovias de Madras e Sul de Maarastra, juntamente com as companhias Ferrovias do Sul da Índia e Ferrovias do Estado de Maiçor foram fundidas para formar a subsidiária das Ferrovias do Sul, uma das divisões da empresa Ferrovias Indianas. Em 5 de novembro do mesmo ano foram criadas as subsidiárias Ferroviária Central e Ocidental.<ref name="indianrail.gov.in">http://www.indianrail.gov.in/ir_zones.pdf</ref> Naquele ano, o cargo de Comissário Chefe das Ferrovias foi abolido e o Conselho das Ferrovias adotou a prática de tornar seu membro mais antigo o presidente do conselho. No mesmo ano, o governo de [[Bengala Ocidental]] estatizou a Companhia de Vias Férreas de Calcutá. As zonas ferroviárias do Norte, Leste e Nordeste foram criados em 14 de abril de 1952. Ao final de 1952 já estavam formadas as 16 subsidiárias de zona das Ferrovias Indianas.<ref name="indianrail.gov.in"/>
 
Mesmo após a formação do sistema de zonas das Ferrovias Indianas, e a estatização total do sistema, algumas empresas estatais autônomas funcionam em trechos mais vitais.
 
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