Taraca: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
KakuLogia+ (discussão | contribs)
Linha 15:
}}
 
'''Taraca''' <ref name=a>{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=nZ1UBAAAQBAJ&pg=PT137#v=onepage&q&f=false|título=A enxada e a lança|ultimo=Silva|primeiro=Alberto da Costa e|data=2014|editora=Nova Fronteira, pp. 137-138|lingua=pt-BR|isbn=9788520939475}}</ref> ou '''Tiraca''' (''Taharka'' ou ''Tirhaka'' <ref name=b/>) foi ''5ºquinto Faraófaraó da [[XXV dinastia egípcia]]'' e o ''6ºsexto Reirei da Dinastiadinastia Napatanapata do [[Reino de Cuxe]]'' que reinou entre [[{{AC|690 a.C.]]|x}} e [[{{AC|664 a.C.]]|x}}. Sucedeu ao seu irmão [[Xabataca]]. É mencionado em [[Livro de Isaías|Isaías]] como ''Tiraca, rei da [[Etiópia]]''.<ref name="mackenzie.28">[[Donald Alexander Mackenzie]], [http://www.sacred-texts.com/egy/eml/eml39.htm ''Egyptian Myth and Legend''], Chapter XXVIII, ''Egypt and the Hebrew Monarch'' </ref> <ref name="isaias.37.9">Biblia, {{citar bíblia|livro=Isaías|capítulo=37|verso=9}}</ref>
 
'''Taraca''' <ref name=a>{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=nZ1UBAAAQBAJ&pg=PT137#v=onepage&q&f=false|título=A enxada e a lança|ultimo=Silva|primeiro=Alberto da Costa e|data=2014|editora=Nova Fronteira, pp. 137-138|lingua=pt-BR|isbn=9788520939475}}</ref> (''Taharka'' ou ''Tirhaka'' <ref name=b/>) foi ''5º Faraó da [[XXV dinastia egípcia]]'' e o ''6º Rei da Dinastia Napata do [[Reino de Cuxe]]'' que reinou entre [[690 a.C.]] e [[664 a.C.]]. Sucedeu ao seu irmão [[Xabataca]]. É mencionado em [[Livro de Isaías|Isaías]] como ''Tiraca, rei da Etiópia''.<ref name="mackenzie.28">[[Donald Alexander Mackenzie]], [http://www.sacred-texts.com/egy/eml/eml39.htm ''Egyptian Myth and Legend''], Chapter XXVIII, ''Egypt and the Hebrew Monarch'' </ref> <ref name="isaias.37.9">Biblia, {{citar bíblia|livro=Isaías|capítulo=37|verso=9}}</ref>
 
==Histórico==
''Taraca'' era o filho de [[Piiê]] e ''Abar''. <ref name=c>{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=Ui9Qwtp-LV4C&pg=PA167#v=onepage&q&f=false|título=Daily Life of the Nubians|ultimo=Bianchi|primeiro=Robert Steven|data=2004|editora=Greenwood Publishing Group, p. 167|lingua=en|isbn=9780313325014}}</ref> Dos relatos das varias inscrições em ''Kawa''Caua, ficamos sabendo que ''Taraca'', quando jovem de vinte anos, deixou sua amada mãe na Núbia, convocado por seu tio [[Xabaca]], para ajudar em suas façanhas militares na Ásia ocidental. ''Tahaqa''Taraca recebeu treinamento militar e conhecimento de assuntos do Estado sob a tutela de seu tio. <ref name=b>{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=6PrmTAKiy0QC&pg=PA132#v=onepage&q&f=false|título=Nubian Pharaohs and Meroitic Kings:|subtítulo= The Kingdom of Kush|ultimo=Harkless|primeiro=Necia Desiree|data=2006|editora=AuthorHouse, pp 132-133|lingua=en|isbn=9781452030630}}</ref> Depois disso de ser coroado ''Taraca'' já tinha sido general de seu irmão e antecessor [[Xabataca]]. <ref name=a/>
 
Coroado aos 32 anos de idade, <ref name=b/> em [[Mênfis]], cidade que também funcionaria como a sua sede de governo, o seu reinado é o mais esplêndido de todos os reinados cuxitas no Egito. Após um período de secas, no ano 6 do seu reinado o Egito conheceu uma cheia que gerou grandes colheitas agrícolas, muito celebrada na época em inscrições realizadas em [[Copto]], Tânis e KauaCaua. Nestas inscrições pode ler-se como o evento das cheias foi interpretado como uma intervenção divina de [[Amom (deus)|Amom-]][[]], que o teria escolhido como rei. <ref name=a/> <ref name=c/>
 
Apoiou rebeliões na região da [[Palestina (região)|Palestina]] com o objectivoobjetivo de debilitar o poder dos Assírios, que tinham penetrado na região. Ele se aliou a [[Luli (rei de Tiro)|Luli]], rei de Tiro, e a [[Ezequias]], rei de [[Judá (reino)|Judá]]. Em [[{{AC|673|x}}, a.C.]] ''Taraca'' e os seus aliados alcançam ali uma vitória, que se traduziu na expulsão dos Assírios. Em [[{{AC|671 a.C.]]|x}}, o rei assírio [[Assaradão]] invade a região do [[Delta ]]<ref name=a/> dividindo-a entre cerca de vinte príncipes, o chefe dos quais era o meio-líbio [[Necao I]]. Alguns príncipes do [[Baixo Egito]] aproveitam o acontecimento para se revoltar, outros continuaram a apoiar ''Taraca'', que conseguiria reconquistar brevemente o Baixo Egito em {{AC|669|x}}. ''Assaradão'' enviou uma força para lutar contra ''Taraca'', mas morreu no caminho. Alguns anos mais tarde, ''Taraca'' foi derrotado, em [[Mênfis]], por [[Assurbanípal]]. Necao, que havia conspirado com ''Taraca'', foi perdoado, e se tornou o governador do Egito, reduzido a uma província assíria. ''Taraca'' parte então para Napata, onde morre em [[{{AC|663 a.C.]]|x}}. Seu sucessor em Cuxe foi seu sobrinho [[Tanutamon]], filho de [[Xabataca]] que pretendeu recuperar o Egito.<ref name=a/> <ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=Ui9Qwtp-LV4C&pg=PA169#v=onepage&q&f=false|título=Daily Life of the Nubians|ultimo=Bianchi| data=2004|editora=p. 169}}</ref>
 
''Taraca'' ordenou um vasto programa de construções na Núbia, em [[Napata]], [[Jebel Barcal]], [[Meroé]], Semna, entre outros locais. No templo de Amom em Carnaque destaca-se uma alta colunata mandada por si edificar. Perto do templo de Amom, Taracaele patrocinou a construção de várias capelas para [[Osíris]], dedicadas ao deus pelo rei e pela adoradora divina de Amom, [[Xepenupete II]]. <ref name=a/> <ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=dJycxuhvS8UC&pg=PA94#v=onepage&q&f=false|título=The Twilight of Ancient Egypt: |subtítulo=First Millennium B.C.E.|ultimo=Myśliwiec|primeiro=Karol|data=2000|editora=Cornell University Press, p. 94|lingua=en|isbn=9780801486302}}</ref>
 
''Taraca'' foi sepultado num túmulo que apresenta uma forma piramidal, situado em [[Nuri]] (''Nu 1''), a norte de Napata, onde foram encontradas mais de 10 000 estatuetas funerárias suas. <ref name=a/> <ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=hBwnDAAAQBAJ&pg=PA165#v=onepage&q&f=false|título=Afterglow of Empire:|subtítulo= Egypt from the Fall of the New Kingdom to the Saite Renaissance|ultimo=Dodson|primeiro=Aidan|data=2012|editora=Oxford University Press, p. 165|lingua=en|isbn=9789774165313}}</ref>
 
==Titulatura==