Félix Houphouët-Boigny: diferenças entre revisões

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|depois_título3 =[[André Maroselli]]
|nascimento_data ={{dni|18|10|1905|sem idade}}
|nascimento_local =[[YamoussoukroIamussucro]], {{FRAb}} [[África Ocidental Francesa]]
|morte_data ={{Falecimento|7|12|1993|18|10|1905}}
|morte_local =[[YamoussoukroIamussoucro]], {{CIV}}
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}}
 
'''Félix Houphouët-Boigny''' ({{IPA-fr|feliks ufwɛ(t) bwaɲi|}};<ref name=lavishnyt>{{citar jornal|primeiro =Kenneth B. |último =Noble |autorlink = |título=For Ivory Coast's Founder, Lavish Funeral |url=https://query.nytimes.com/gst/fullpage.html?res=9E07E1D61638F93BA35751C0A962958260&sec=&spon=&pagewanted=all |obra= [[New York Times]] |publicado= |data=8 de fevereiro de 1994 |acessodata=22 de Julho de 2008 }}</ref><ref>{{citar jornal|título= Félix Houphouët-Boigny|obra= France Actuelle | volume = 5 |data= 1956 |página= 10}}</ref> [[YamoussoukroIamussucro]], [[18 de outubro]] de [[1905]]&nbsp;– [[7 de dezembro]] de [[1993]]), conhecido carinhosamente por '''Papa Houphouët''' ou '''Le Vieux''' (O Velho), foi o primeiro [[Presidente da Costa do Marfim|Presidente]] da [[Costa do Marfim]] de 1960 a 1993, cargo onde permaneceu por mais de três décadas até à sua morte. [[Chefe tribal]], trabalhou como assistente médico, líder de sindicato e plantador antes de ser eleito para o [[Parlamento de França|Parlamento francês]]. Teve vários cargos ministeriais dentro [[Governo de França|Governo francês]] antes de alcançar a liderança da Costa de Marfim na sequência da independência em 1960. Ao longo da sua vida, teve um papel significativo na política e na [[História da descolonização de África|descolonização da África]].
 
Sob a liderança política [[Centro (política)|moderada]] de Houphouët-Boigny, a Costa do Marfim prosperou economicamente. Este sucesso, invulgar da região pobre da África Ocidental, tornou-se conhecido como o "milagre de marfim" e deveu-se a uma combinação de um bom planeamento, a manutenção de laços fortes com o Ocidente (em particular com a [[França]]), e o desenvolvimento das indústrias do café e cacau do país. Contudo, as explorações do sector agrícola causaram dificuldades em 1980, após uma acentuada quebra nos preços do café e do cacau.
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Ao longo da sua presidência, Houphouët-Boigny manteve uma relação próxima com France, uma política conhecida como ''[[Françafrique]]'', e desenvolveu uma amizade próxima com [[Jacques Foccart]], o conselheiro-chefe sobre assuntos relacionas com África nos governos de [[Charles de Gaulle|de Gaulle]] e [[Georges Pompidou|Pompidou]]. Deu apoio aos conspiradores que derrubaram [[Kwame Nkrumah]] do poder no [[Gana]] em 1966, fez parte no golpe fracassado contra [[Mathieu Kérékou]] no [[Benim]] em 1977, e tornou-se suspeito no golpe de 1987 que retirou [[Thomas Sankara]] do poder no [[Burkina Faso]]. Houphouët-Boigny manteve uma forte política externa [[Anticommunismo|anti-communista]], a qual teve como resultado, entre outros, o corte de [[Relações entre a Costa do Marfim e a União Soviética|relações diplomáticas com a União Soviética]] em 1969 (depois de terem sido estabelecidas em 1967) e a recusa em reconhecer a [[China|República Popular da China]] até 1983. Apoiou a [[UNITA]], organização rebelde anti-comunista de [[Angola]], também apoiada pelos [[Estados Unidos]]. Em 1986, re-estabeleceu as relações com a [[União Soviética]], pouco antes da queda da sua confederação.
 
No Ocidente, Houphouët-Boigny era conhecido como "Sábio de África" ou o "Grande Velho de África". Houphouët-Boigny saiu da capital [[Abidjan]] para a sua terra-natal, [[YamoussoukroIamussucro]], e aí construiu a maior igreja do mundo, a [[Basílica de Nossa Senhora da Paz de YamoussoukroIamussucro]], com um custo de 300&nbsp;milhões de dólares. Quando morreu, era o líder africano que mais tempo se manteve no mandato na história da África, e o terceiro líder no mundo, depois de [[Fidel Castro]] de [[Cuba]] e [[Kim Il-sung]] da [[Coreia do Norte]]. Em 1989, a [[UNESCO]] criou o [[Prêmio pela paz Félix Houphouët-Boigny|Prémio pela Paz Félix Houphouët-Boigny]] pela alvaguarda, manutenção e procura da paz". Após a sua morte, as condições na Costa do Marfim depressa se deterioraram. Entre 1994 e 2002, ocorreram vários [[Golpe de Estado|golpes de estado]], desvalorização da moeda, recessão económica, e, desde 2002, uma [[Primeira Guerra Civil da Costa do Marfim|guerra civil]].
 
{{Referências}}
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{{DEFAULTSORT:Felix Houphouet Boigny}}
[[Categoria:Naturais de Iamussucro]]
[[Categoria:Presidentes da Costa do Marfim]]
[[Categoria:Primeiros-ministros da Costa do Marfim]]