Bertha Lutz: diferenças entre revisões

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'''Bertha Maria Júlia Lutz''' ([[São Paulo (cidade)|São Paulo]], [[2 de agosto]] de [[1894]] – [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], [[16 de setembro]] de [[1976]]) foi uma [[Feminismo no Brasil|ativista feminista]], bióloga e [[política]] [[brasileira]]. Era filha de [[Adolfo Lutz]], cientista e pioneiro da [[Medicina Tropical]], e de Amy Fowler, enfermeira inglesa.<ref name="JS" />
 
Especializou-se em anfíbios, foi pesquisadora do [[Museu Nacional do Rio de Janeiro]] e uma das figuras mais significativas do [[feminismo]] e da educação no [[Brasil]] do [[século XX]].<ref name="JS">{{citar web|url=https://www12.senado.leg.br/noticias/entenda-o-assunto/bertha-lutz|título=Bertha Lutz |obra=Senado Notícias |publicado=Senado Federal |data=outubro de 2015 |acessadoem=}}</ref> Ela integrou a delegação brasileira à [[Conferência das Nações Unidas sobre Organização Internacional|Conferência de São Francisco]] em 1945, onde lutou para incluir menções sobre [[igualdade de gênero]] no texto da [[Carta das Nações Unidas]]. Embora quatro mulheres tenham assinado a Carta, apenas Bertha e a delegada da [[República Dominicana]], [[Minerva Bernardino]], defenderam os [[direitos femininos]].<ref name="ONU"/>
 
Lutz também era [[cientista]] e foi a principal autora da publicação ''Lutz's Rapids Frog'', que descreveu o ''[[Paratelmatobius lutzii]]'' (Lutz and Carvalho, 1958).<ref>{{citar web|título=Coisa de Mulher |url=http://www.sobrage.org.br/cm8.html |obra=Sociedade Brasileira de Ginecologia Endócrina (sobrage.org.br) |data= |urlmorta= sim|arquivourl=https://web.archive.org/web/20070212063040/http://www.sobrage.org.br/cm8.html |arquivodata=12-02-2007}}</ref><ref>[http://noticias.bol.uol.com.br/fotos/entretenimento/2015/03/08/conheca-mulheres-que-se-tornaram-grandes-cientistas.htm?fotoNav=1#fotoNav=7 Conheça mulheres que se tornaram grandes cientistas - Bertha Lutz (1894-1976)] Portal BOL - acessado em 8 de março de 2015</ref> Em 2017, seu sobrenome foi homenageado a partir da nomeação da espécie de perereca ''[[Aplastodiscus lutzorum]]''<ref>{{citar web|url=http://www.herpetologiamuseunacional.com.br/galeria.html|título=Galeria|acessodata=3 de abril de 2017|publicado=Setor de Herpetologia do Museu Nacional|arquivourl=http://archive.is/fPIbY|arquivodata=3 de abril de 2017}}</ref> e em 2020 seu nome foi escolhido para uma nova espécie de [[raia]], a ''Hypanus berthalutzea''.<ref>{{citar web|url=https://www.ufrn.br/imprensa/materias-especiais/41806/pesquisadores-da-ufrn-descobrem-nova-especie-de-raia|título=Boletim AGECOM, Ano XX, número 125|acessodata=5 de novembro de 2020|publicado=Pesquisadores da UFRN descobrem nova espécie de raia}}</ref>
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== Carreira ==
=== Trajetória acadêmica ===
 
[[Imagem:Bertha Lutz recebe o título de Doutor Honoris Causa.jpg|esquerda|miniatura|Bertha Lutz recebendo o título de Doutor Honoris Causa do Mills College, São Francisco (Arquivo Nacional)]]
 
Bertha fez o ensino superior na Europa, formando-se em Ciências[[ciências Naturaisnaturais]] pela [[Universidade de Paris]] ([[Sorbonne]]) em 1918, com especialização em [[anfíbio]]s [[anuro]]s. E foi durante sua permanência na universidade que tomou contato com o movimento feminista inglês.<ref name=":1">Dicionário histórico-biográfico da Primeira República (1889-1930). ABREU, Alzira Alves de. Editora FGV, 2015.</ref> Voltou para o Brasil logo após sua graduação, em 1918, e começou a trabalhar como tradutora no setor de Zoologia do [[Fundação Oswaldo Cruz|Instituto Oswaldo Cruz]], no Rio de Janeiro, onde trabalhava seu pai.
 
No dia 3 de setembro do ano seguinte, foi aprovada em um concurso e nomeada Secretária do [[Museu Nacional (Rio de Janeiro)|Museu Nacional]].<ref>{{citar web|título=Bertha Lutz, naturalista, bióloga, sufragista e feminista |url=http://www.museunacional.ufrj.br/semear/berthalutz.html |publicado=Seção de Memória e Arquivo - Museu Nacional - UFRJ |website=www.museunacional.ufrj.br |data= |acessodata=05-05-2019}}</ref> Tornou-se, então, a segunda mulher brasileira a fazer parte do serviço público do país. Mais tarde, foi promovida a chefe do departamento de Botânica do Museu, posição que ocupou até aposentar-se, em 1964.<ref name="JS" />
 
Formou-se em Direito,[[direito]] em 1933, pela Faculdade do Rio de Janeiro, que depois foi incorporada à UFRJ ([[Universidade Federal do Rio de Janeiro]] (UFRJ). Tentou se tornar professora da instituição com a tese "''A Nacionalidade da Mulher Casada perante o Direito Internacional Privado"'',<ref name=":0">{{Citar web|URL=http://lhs.unb.br/bertha/?p=490|título=A nacionalidade da mulher casada: uma tese|acessadoem=26/04/2014}}</ref> em que abordava a perda da nacionalidade feminina quando a mulher se casava com um estrangeiro. Bertha também foi membro do Conselho de Fiscalização das Expedições Artísticas e Científicas do Brasil (1939-1951) e do Conselho Florestal Federal (1956).<ref name=":5" /> Em agosto de 1965, recebeu o título de [[Professor emérito|professora emérita]] da UFRJ.<ref>{{citar web|url=http://lhs.unb.br/bertha/?p=281|título=Professora Emérita da Universidade Federal do Rio de Janeiro, em agosto de 1965 - Bertha Lutz – Museu Virtual|website=lhs.unb.br}}</ref>
 
=== Feminismo e diplomacia ===
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