Raça caucasiana: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m
m
Linha 1:
A '''raça caucasiana''' (também '''caucasóide'''{{efn |name=Etymology |O termo antropológico tradicional ''Caucasóide'' é uma fusão do [[gentílico]] ''Caucasiano'' e o sufixo [[língua grega | grego]] ''eidos '' (que significa "forma", "forma", "semelhança") implicando uma semelhança com os habitantes nativos do Cáucaso. Contrasta etimologicamente com os termos ''Negroide'', ''Mongolóide'' e ''Australoide''<ref name=Freedman1984>{{cite journal |last=Freedman |first=B. J. |title=For debate... Caucasian |journal=British Medical Journal |publisher=Routledge |volume=288 |issue=6418 |year=1984 |pages=696–98 |doi=10.1136/bmj.288.6418.696 |pmc=1444385 |pmid=6421437 }}</ref>}} é uma [[História do conceito de raça|classificação racial desatualizada]] de seres humanos com base em uma teoria da raça biológica atualmente contestada.<ref>{{cite book|author=Templeton, A.|year=2016|chapter=Evolution and Notions of Human Race|editor1=Losos, J.|editor2=Lenski, R. |title=How Evolution Shapes Our Lives: Essays on Biology and Society|pages=346–361|place=Princeton; Oxford|publisher=Princeton University Press|quote=...a resposta à pergunta se as raças existem nos humanos é clara e inequívoca: não.|doi=10.2307/j.ctv7h0s6j.26}}</ref><ref>{{cite journal|last2=Yu|first2=Joon-Ho|last3=Ifekwunigwe|first3=Jayne O.|last4=Harrell|first4=Tanya M.|last5=Bamshad|first5=Michael J.|last6=Royal|first6=Charmaine D.|date=fevereiro de 2017|title=Anthropologists' views on race, ancestry, and genetics|journal=American Journal of Physical Anthropology|volume=162|issue=2|pages=318–327|doi=10.1002/ajpa.23120|pmid=27874171|last1=Wagner|first1=Jennifer K.|pmc=5299519}}</ref><ref>{{cite web|author=American Association of Physical Anthropologists|title=AAPA Statement on Race and Racism |website=American Association of Physical Anthropologists|date=27 de março de 2019|url=https://physanth.org/about/position-statements/aapa-statement-race-and-racism-2019/}}</ref> A ''raça caucasiana'' era historicamente considerada como um [[táxon]] biológico que, dependendo de qual das classificações raciais históricas estava sendo usado, geralmente incluía populações antigas e modernas de toda ou partes da [[Europa]], [[Ásia Ocidental]], [[Ásia Central]], [[Ásia do Sul]], [[África do Norte]] e [[Corno da África]].<ref name="TROE1">{{cite book |last=Coon |first=Carleton Stevens |author-link=Carleton S. Coon |title=The Races of Europe |year=1939 |publisher=The Macmillan Company |location=New York |pages=400–401 |quote=Esta terceira zona racial se estende da Espanha, cruzando o Estreito de Gibraltar até o Marrocos e, daí, ao longo da costa sul do [[Mar Mediterrâneo | Mediterrâneo]] na [[Península Arábica | Arábia]], [[África Oriental]], [[Mesopotâmia]], e o [[Planalto iraniano | planaltos persas]]; e através do [[Afeganistão]] para a [[Índia]] [...] A zona racial mediterrânea se estende ininterrupta de [[Espanha]] através do [[Estreito de Gibraltar]] até [[Marrocos]], e daí em direção ao leste para a Índia [...]. Um ramo se estende muito ao sul em ambos os lados do [[Mar Vermelho]] no sul da Arábia, o [[Planalto da Etiópia]] e o [[Chifre da África]].}}</ref><ref name=TROE99>{{cite book |last1=Coon |first1=Carleton Stevens |author1-link=Carleton S. Coon |last2=Hunt |first2=Edward E. |author2-link=Edward Eyre Hunt Jr. |title=The Living Races of Man |year=1966 |publisher=Jonathan Cape |location=London |page=93}}</ref>
| classificação racial desatualizada]] de seres humanos com base em uma teoria da raça biológica atualmente contestada.<ref>{{cite book|author=Templeton, A.|year=2016|chapter=Evolution and Notions of Human Race|editor1=Losos, J.|editor2=Lenski, R. |title=How Evolution Shapes Our Lives: Essays on Biology and Society|pages=346–361|place=Princeton; Oxford|publisher=Princeton University Press|quote=...a resposta à pergunta se as raças existem nos humanos é clara e inequívoca: não.|doi=10.2307/j.ctv7h0s6j.26}}</ref><ref>{{cite journal|last2=Yu|first2=Joon-Ho|last3=Ifekwunigwe|first3=Jayne O.|last4=Harrell|first4=Tanya M.|last5=Bamshad|first5=Michael J.|last6=Royal|first6=Charmaine D.|date=fevereiro de 2017|title=Anthropologists' views on race, ancestry, and genetics|journal=American Journal of Physical Anthropology|volume=162|issue=2|pages=318–327|doi=10.1002/ajpa.23120|pmid=27874171|last1=Wagner|first1=Jennifer K.|pmc=5299519}}</ref><ref>{{cite web|author=American Association of Physical Anthropologists|title=AAPA Statement on Race and Racism |website=American Association of Physical Anthropologists|date=27 de março de 2019|url=https://physanth.org/about/position-statements/aapa-statement-race-and-racism-2019/}}</ref> A ''raça caucasiana'' era historicamente considerada como um [[táxon]] biológico que, dependendo de qual das classificações raciais históricas estava sendo usado, geralmente incluía populações antigas e modernas de toda ou partes da [[Europa]], [[Ásia Ocidental]], [[Ásia Central]], [[Ásia do Sul]], [[África do Norte]] e [[Corno da África]].<ref name="TROE1">{{cite book |last=Coon |first=Carleton Stevens |author-link=Carleton S. Coon |title=The Races of Europe |year=1939 |publisher=The Macmillan Company |location=New York |pages=400–401 |quote=Esta terceira zona racial se estende da Espanha, cruzando o Estreito de Gibraltar até o Marrocos e, daí, ao longo da costa sul do [[Mar Mediterrâneo | Mediterrâneo]] na [[Península Arábica | Arábia]], [[África Oriental]], [[Mesopotâmia]], e o [[Planalto iraniano | planaltos persas]]; e através do [[Afeganistão]] para a [[Índia]] [...] A zona racial mediterrânea se estende ininterrupta de [[Espanha]] através do [[Estreito de Gibraltar]] até [[Marrocos]], e daí em direção ao leste para a Índia [...]. Um ramo se estende muito ao sul em ambos os lados do [[Mar Vermelho]] no sul da Arábia, o [[Planalto da Etiópia]] e o [[Chifre da África]].}}</ref><ref name=TROE99>{{cite book |last1=Coon |first1=Carleton Stevens |author1-link=Carleton S. Coon |last2=Hunt |first2=Edward E. |author2-link=Edward Eyre Hunt Jr. |title=The Living Races of Man |year=1966 |publisher=Jonathan Cape |location=London |page=93}}</ref>
 
O termo introduzido pela primeira vez na década de 1780 por membros da Escola de História de Göttingen,{{efn|name=GöttingenGargoyle|Cited by contributing editor to a group of four works by Baum,<ref name=Baum2006>{{harvnb |Baum |2006 |pp=84–85}}: "Finalmente, Christoph Meiners (1747-1810), 'filósofo popular' e historiador da Universidade de Göttingen, deu ao termo um significado racial caucasiano em seu ''Grundriss der Geschichte der Menschheit'' (Esboço da História da Humanidade; 1785)... Meiners perseguiu este 'programa de Göttingen' de investigar extensos escritos histórico-antropológicos, que incluíram duas edições de seu "Esboço da História da Humanidade" e vários artigos na ''Göttingisches Historisches Magazin""</ref> Woodward,<ref name=Woodward>{{cite book |author=William R. Woodward |title=Hermann Lotze: An Intellectual Biography |url=https://www.cambridge.org/core/books/hermann-lotze/from-the-evolution-of-culture-to-the-human-sciences-18521858/42B9CC207238DF67E363EEB37F66413A |date=9 June 2015 |publisher=[[Cambridge University Press]] |isbn=978-1-316-29785-8 |pages=260 |quote=...as cinco raças humanas identificadas por Johann Friedrich Blumenbach - negros, índios americanos, malaios, mongóis e caucasianos. Ele escolheu contar com Blumenbach, líder da escola de anatomia comparada de Göttingen}}</ref> Rupke,<ref name=Rupke2002>{{cite book |author=Nicolaas A. Rupke |title=Göttingen and the Development of the Natural Sciences |url=https://books.google.com/books?id=tO6fAAAAMAAJ |year=2002 |publisher=Wallstein-Verlag |isbn=978-3-89244-611-8 |quote=Pois foi em Göttingen, nesse período, que os contornos de um sistema de classificação foram estabelecidos de uma maneira que ainda molda a maneira como tentamos compreender as diferentes variedades da humanidade - incluindo o uso de termos como "caucasiano".|authorlink=Nicolaas Adrianus Rupke}}</ref> e Simon.<ref name=Simon2008>{{cite book |author=Charles Simon-Aaron |title=The Atlantic Slave Trade: Empire, Enlightenment, and the Cult of the Unthinking Negro |url=https://books.google.com/books?id=tnLaAAAAMAAJ |year=2008 |publisher=Edwin Mellen Press |isbn=978-0-7734-5197-1 |quote=Aqui, Blumenbach colocou o europeu branco no ápice da família humana; ele até deu ao europeu um novo nome - ou seja, caucasiano. Esse relacionamento também inspirou os trabalhos acadêmicos de Karl Otfried Muller, C. Meiners e K. A. Heumann, os pensadores mais importantes de Göttingen para nosso projeto. (Esta lista não pretende ser exaustiva.)}}</ref>}} denotava uma das três supostas raças principais da humanidade (sendo as três: caucasóide, [[mongolóide]] e [[negróide]]).<ref name="Pickering">{{cite book|last=Pickering|first=Robert|title=The Use of Forensic Anthropology|year=2009|publisher=CRC Press|isbn=978-1-4200-6877-1|page=82|url=https://www.google.com/books?id=V0JheWC85h4C&pg=PA82#v=onepage&q&f=false}}</ref> Em [[antropologia biológica]], ''Caucasóide '' é usado como um termo guarda-chuva para grupos [[Fenótipo | fenotipicamente]] semelhantes dessas diferentes regiões, com foco na anatomia esquelética e, especialmente, morfologia craniana, sem levar em conta [[cor da pele humana]].<ref name="Pickering2">{{cite book|last=Pickering|first=Robert|title=The Use of Forensic Anthropology|year=2009|publisher=CRC Press|isbn=978-1-4200-6877-1|page=109|url=https://www.google.com/books?id=V0JheWC85h4C&pg=PA109#v=onepage&q&f=false}}</ref> As populações "caucasóides" antigas e modernas não eram exclusivamente "brancas", mas variavam em tez de pele branca a marrom-escura.<ref name="Blumenbach">{{cite book|author=Johann Friedrich Blumenbach|editor=Thomas Bendyshe|editor-link=Thomas Bendyshe|title=The Anthropological Treatises of Johann Friedrich Blumenbach|url=https://www.google.com/books?id=u9QKAAAAIAAJ&pg=PA265|year=1865|publisher=Anthropological Society|pages=265, 303, 367}}</ref>