Antônio Paim Vieira: diferenças entre revisões
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m Yanguas moveu Antonio Paim Vieira para Antônio Paim Vieira: atendendo à onomástica e a várias das fontes reputadas apresentadas |
|||
Linha 1:
{{apagar4|17 de setembro}}
{{Info/Biografia/Wikidata}}
'''Antônio Paim Vieira''' ([[São Paulo]], 2 de novembro de 1895 – São Paulo, 11 janeiro de 1988)
==Biografia==
Linha 10 ⟶ 11:
Esse foi o início de uma carreira onde Paim desenvolveu um amplo trabalho artístico que englobou diversas formas de expressão como: pintura, cerâmica, ilustração, gravura – pioneiro com trabalhos de xilogravura em São Paulo e afinal desenvolveu um trabalho como cenógrafo.
Paim participou ativamente para a fundação da [[Escola de Belas Artes de São Paulo]],<ref>{{citar web |url=https://www.guiadasemana.com.br/sao-paulo/arte/evento/90-de-22-a-belas-artes-e-a-semana-de-arte-moderna-de-1922-muba-centro-universitario-belas-artes-de-sao-paulo-17-09-2012 |titulo=A Belas Artes e a Semana de Arte Moderna |data=2012}}</ref> onde atuou por mais de quarenta anos lecionando História da Arte e buscando sempre uma “estética brasileira” em seus trabalhos, e graças à sua essência versátil, conciliando vários estilos diferentes, deixou um
==Obra==
Linha 20 ⟶ 21:
[[Ficheiro:Afresco artista Antônio Paim Vieira.jpg|thumb|Interior da Igreja de Nossa Senhora do Brasil, mostrando a Virgem com feições índias, tendo ao colo o Menino-Deus mestiço e ostentando cada um, ao peito, um coração. Ao redor trabalhadores em seus diversos ofícios cercados por elementos da flora e fauna brasileira.]]
A capacidade polivalente do Paim aparece na cerâmica artística, um campo então pouco explorado no Brasil. Em 1928 apresentou a
Em 1950 inicia a obra da Igreja [[Paróquia Nossa Senhora do Brasil|Nossa Senhora do Brasil]], tradicional igreja de São Paulo, que se prolongou até a década de 70. Toda a decoração da Igreja foi feita pelo artista, desde o teto da capela-mor, este em afresco, como todos os painéis em azulejos que enfeitam no exterior, o frontispício, as laterais da nave principal, as cinco capelas, o púlpito, corredores, confessionários, entrada e os arcos laterais externos.<ref name=":0"/> Roberto Pontual o colocou em destaque entre os decoradores de temática nacionalista.<ref name="Godoy2">Godoy, Patrícia Bueno. [https://www.unicamp.br/chaa/rhaa/atas/atas-IEHA-v3-078-086-patricia%20bueno%20godoy.pdf "O Nacionalismo na Arte Decorativa Brasileira - de Eliseu Visconti a Theodoro Braga"]. In: ''I Encontro de História da Arte IFCH-UNICAMP''. Campinas, 2004</ref>
Linha 27 ⟶ 28:
Em seus trabalhos como ilustrador, realizou para [[Menotti Del Picchia]] a edição da sua obra “As Máscaras” publicada em 1920. Passa a colaborar com várias revistas da época: “A Cigarra”,<ref>{{citar web |url=http://www.arquivoestado.sp.gov.br/memoria_imprensa/edicao_00/cigarra.php |titulo=A Cigarra}}</ref> "A Garoa", “A Vida Moderna”, “Papel e Tinta”, esta sob a tutela de [[Menotti del Picchia]], "Fon!Fon!", criando capas, vinhetas, ilustrações do texto, publicidade, além de remeter trabalhos para revistas portuguesas.<ref name=":0"/> Com suas ilustrações e desenhos deu uma significativa contribuição para a disseminação de uma iconografia nacionalista.<ref name="Patrícia"/>
Paim ilustrou também “Sombra, Silêncio e Sonho” de [[Martins Fontes]], “Urupês” de [[Monteiro Lobato]], “Que é que há” de Paulo de Andrade, “Meu” de [[Guilherme de Almeida]] e “Tupinambá” de [[Mário
De tendência avançada foram também algumas de suas ilustrações para capas de livros editados nos anos vinte, revelando suas andanças pelos domínios do Modernismo. Não se pode esquecer um gênero em que Paim se revelou exímio mestre; refere-se às encadernações lavradas artesanalmente em couro e madeira. Exemplificam-se bem as capas que realizou para a 8ª edição de "Poesias" de [[Olavo Bilac]]; para uma das edições de "Oração aos Moços", de Rui Barbosa e entre outras, "As Cidades Eternas", de Martins Fontes.
Linha 35 ⟶ 36:
===Cenógrafo===
Criou cenografias e figurinos para várias peças de teatro, incluindo obras de [[Procópio Ferreira]], [[Molière]], [[Paulo Gonçalves]],<ref name=":0"/> onde participaram [[Dulcina de Moraes]], [[Odilon Azevedo]], [[Sadi Cabral]], [[Leopoldo Fróes]] e outros atores. Conforme a pesquisadora Tânia Marcondes, “Paim tem papel inovador na cenografia da época e estava muito adiante dos interesses e das expectativas do público e do teatro do seu tempo. Ele faz coisas que só foram aparecendo muito mais tarde com Fokuda e mesmo com Fujima”.<ref name="Marcondes">Marcondes, Tânia. ''Aspectos da Cenografia e do Figurino do Teatro Paulista do Início do Século XX à Década de 1940''. Mestrado. Universidade de São Paulo, 2000</ref>
{{Referências|col=2}}
[[Categoria:Naturais da cidade de São Paulo]]
[[Categoria:Nascidos em 1895]]
|