Laicismo: diferenças entre revisões

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A laicidade do [[ensino público]] francês foi introduzida desde [[1880]], quando [[Jules Ferry]] organizou a [[escola primária]], tornando-a pública, gratuita e obrigatória. Desde então, os [[crucifixo]]s foram retirados das salas de aula e toda propaganda religiosa e política foi proibida. Todavia há casos, especialmente entre os professores, que consideram que uma lei proibindo os [[sinais religiosos]] nas escolas não resolve o problema e apenas cria insatisfação por parte dos adeptos das [[religiões]] e efeitos negativos para os alunos. Segundo essa corrente de opinião, o dever da [[escola]], dentro de uma [[sociedade]] que se quer [[democrática]], é de integrar, e não de excluir.<ref>[http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-24782004000300014 A laicidade do ensino público na França, por Maria José Garcia Werebe, Centro Nacional de Pesquisas Científicas da França, Revista Brasileira da Educação, n.º 27, Rio de Janeiro, Sept./Oct./Nov./Dec. 2004]</ref>
 
Politicamente, podemos dividir os países em duas categorias: os laicos e não laicos. Nos países politicamente laicos, a [[religião]] não interfere diretamente na [[política]], como é o caso dos [[Mundo ocidental|países ocidentais]] em geral. Países não laicos são [[teocracia|teocráticos]]. Neles, a religião tem papel ativo na política e até mesmo na [[constituição]], como é o caso de [[Israel]], [[Irã]] e [[Vaticano]], entre outros. A laicidade do Estado geralmente está atrelada a um Estado democrático de direito.<ref>MARQUES, Pedro Victor Souza. A laicidade do Estado e a retirada de símbolos religiosos de repartições públicas. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 18, n. 3739, 26 set. 2013. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/25405. Acesso em: 29 set. 2021.</ref>
 
Esta corrente surge a partir dos abusos que foram cometidos pela intromissão de correntes religiosas na política das nações e nas [[universidade]]s pós-[[Idade Média|medievais]]. A afirmação de [[Max Weber]] de que "Deus é um [[tipo ideal]] criado pelo próprio homem", demonstra a ânsia por deixar de lado a forte influência religiosa percebida na [[Idade Média]], em busca do fortalecimento de um Estado laico. O laicismo teve seu auge no fim do [[século XIX]] e no início do [[século XX]].