Aixa: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Etiquetas: Revertida Editor Visual Edição via dispositivo móvel Edição feita através do sítio móvel
m Foram revertidas as edições de Antonieto Marcelino para a última revisão de 197.2.44.250, de 05h58min de 29 de agosto de 2019 (UTC)
Etiqueta: Reversão
Linha 1:
{{mais-notas|data=outubro de 2017}}
{{Expandir2}}
{{Info/Figura islâmica|nome=Aisha|imagem=Muhammad 19.jpg|imagem_legenda=Versão do {{séc|XVI}} duma pintura do {{séc|XIV}} mostrando Aisha (de vestido vermelho) ao lado de [[Muhammad]] (de túnica cinza, à direita).|títulos=Mãe dos Crentes|nome_pai=[[Abu Baquir|Abu Bakr]]|cônjuge=[[Maomé|Muhammad]]|função=[[Militar]] e [[Matriarca]]|morte=[[Medina]], [[Hejaz]], [[Califado Omíada]]<br>(atual [[Arábia Saudita]])|nascimento=[[Meca]], [[Hejaz]], [[Arábia]]<br>(atual [[Arábia Saudita]])|nome_nascimento=شيشة, ʿĀʾishah}}
[[Imagem:Muhammad 19.jpg|thumb|Versão do {{séc|XVI}} duma pintura do {{séc|XIV}} mostrando Aixa (de vestido vermelho) ao lado de Maomé (de túnica cinza, à direita)]]
'''ʿĀʾishah bint Abī Bakr''' ([[Árabe]]: عائشة بنت أبي بكر; [[Meca]], [[604]] - [[Medina]], Julho de [[678]]), transcrito como '''Aisha''' ou '''Aixa'''; foi a terceira esposa do profeta [[Muhammad]] (Maomé).
 
'''ʿĀʾishahAixa bintbinte AbīAbu BakrBaquir''' ([[Árabe]]:ou '''Aixa binte Abu-Becre''' ({{langx|ar|عائشة بنت أبي بكر||''`ā'iša bint abī bakr''}}; [[Meca]], [[604]] - [[Medina]], Julho de [[678]]), transcritomelhor conhecida somente como '''AishaAixa''', '''Aiça''' ou '''AixaAissa''';,{{sfn|Alves|2014|p=98}} foi a terceira esposa do profeta [[MuhammadMaomé]] (Maomé''Muhammad'').
Era filha de [[Abu Baquir]], um dos primeiros apoiantes da mensagem religiosa de Maomé. Embora o seu [[casamento]] com Maomé tenha tido como principal objectivo cimentar laços políticos entre o seu pai e o profeta do [[islão]], Aisha tornou-se a esposa preferida de Maomé. Segundo os [[hádice]]s, o profeta se casou com Aisha quando ela tinha seis anos de idade (''Sahih Muslim Livro 008, números 3309, 3310. 3311; Livro 31 , número 5981; Sahih Bukhari volume 5:58:236; 5.58:234; volume 7, livro 62, números 6, 64,65, 88 e outros),'' mas o casamento só teria sido consumado aos 9 anos de idade. Alguns historiadores modernos do Egito dizem que teria sido aos 18 anos de idade.<ref>{{citar web|url=http://muslimmatters.org/2010/10/13/understanding-the-problematic-age-of-aisha/|titulo=A problemática da idade de Aixa (em inglês)|data=13 de Outubro de 2010|publicado=MuslimMattters|ultimo=Juyandeh|primeiro=Danesh}}</ref>
 
Era filha de [[Abu Baquir]], um dos primeiros apoiantes da mensagem religiosa de Maomé. Embora o seu [[casamento]] com Maomé tenha tido como principal objectivo cimentar laços políticos entre o seu pai e o profeta do [[islão]], AishaAixa tornou-se a esposa preferida de Maomé. Segundo os [[hádice]]s, o profeta se casou com AishaAixa quando ela tinha seis anos de idade (''Sahih Muslim Livro 008, números 3309, 3310. 3311; Livro 31 , número 5981; Sahih Bukhari volume 5:58:236; 5.58:234; volume 7, livro 62, números 6, 64,65, 88 e outros),'' mas o casamento só teria sido consumado aos 9 anos de idade. Alguns historiadores modernos do Egito dizem que teria sido aos 18 anos de idade.<ref>{{citar web|url=http://muslimmatters.org/2010/10/13/understanding-the-problematic-age-of-aisha/|titulo=A problemática da idade de Aixa (em inglês)|data=13 de Outubro de 2010|publicado=MuslimMattters|ultimo=Juyandeh|primeiro=Danesh}}</ref>
Em 627, Aisha acompanhou Maomé numa expedição militar, mas perdeu-se do grupo quando este retornava a [[Medina]]. O motivo que a separou do grupo relaciona-se com um colar por si perdido que Aisha tentou procurar; quando o exército partiu ninguém reparou que Aisha não se achava na sua [[liteira]] por esta estar coberta com véus. Tendo notado que ficou para trás, Aisha esperou no [[deserto]] até que alguém a procurasse. No dia seguinte, Aisha foi encontrada por um homem que passava perto (sem qualquer ligação com o grupo a que ela pertencia) e que a levou junto do exército. Este episódio deu azo a relatos maliciosos que acusavam Aisha de [[adultério]] e que pediam a Maomé para que se divorciasse dela.
 
Em 627, AishaAixa acompanhou Maomé numa expedição militar, mas perdeu-se do grupo quando este retornava a [[Medina]]. O motivo que a separou do grupo relaciona-se com um colar por si perdido que AishaAixa tentou procurar; quando o exército partiu ninguém reparou que AishaAixa não se achava na sua [[liteira]] por esta estar coberta com véus. Tendo notado que ficou para trás, AishaAixa esperou no [[deserto]] até que alguém a procurasse. No dia seguinte, AishaAixa foi encontrada por um homem que passava perto (sem qualquer ligação com o grupo a que ela pertencia) e que a levou junto do exército. Este episódio deu azo a relatos maliciosos que acusavam AishaAixa de [[adultério]] e que pediam a Maomé para que se divorciasse dela.
Quando Maomé morreu em 632, Aisha teria cerca de dezoito anos, tendo ainda vivido durante mais de quarenta anos. Aisha permaneceu pouco envolvida politicamente nos anos que se seguiram à morte do esposo, até a época do terceiro [[califa ortodoxo]] [[Otomão]]. Durante esta altura, Aisha foi uma das principais figuras que incentivaram a revolta contra este califa, tido como corrupto e favorecedor do [[nepotismo]] por alguns muçulmanos. Aisha abandonou a cidade de Medina antes do assassinato de Otomão em 656. A partir de então, Aisha dedicou-se a combater [[Ali]], tendo liderado um exército contra este. Foi derrotada na [[Batalha do Dromedário]] (assim denominada pelo facto de Aixa cavalgar um [[dromedário]]) e feita prisioneira. Acabou por ser libertada, tendo vivido em paz em Medina onde veio a falecer.<ref>{{Citation|título=Aishah|publicado=Oxford Islamic Studies Online.|língua=en|url=http://www.oxfordislamicstudies.com/article/opr/t125/e89}}</ref>
 
Quando Maomé morreu em 632, AishaAixa teria cerca de dezoito anos, tendo ainda vivido durante mais de quarenta anos. AishaAixa permaneceu pouco envolvida politicamente nos anos que se seguiram à morte do esposo, até a época do terceiro [[califa ortodoxo]] [[Otomão]]. Durante esta altura, AishaAixa foi uma das principais figuras que incentivaram a revolta contra este califa, tido como corrupto e favorecedor do [[nepotismo]] por alguns muçulmanos. AishaAixa abandonou a cidade de Medina antes do assassinato de Otomão em 656. A partir de então, AishaAixa dedicou-se a combater [[Ali]], tendo liderado um exército contra este. Foi derrotada na [[Batalha do Dromedário]] (assim denominada pelo facto de Aixa cavalgar um [[dromedário]]) e feita prisioneira. Acabou por ser libertada, tendo vivido em paz em Medina onde veio a falecer.<ref>{{Citation|título=Aishah|publicado=Oxford Islamic Studies Online.|língua=en|url=http://www.oxfordislamicstudies.com/article/opr/t125/e89}}</ref>
A figura de Aisha serve de inspiração às [[feminismo|feministas]] islâmicas, que consideram-na como um exemplo de que a mulher pode desempenhar um papel activo na vida religiosa islâmica. A maioria dos muçulmanos [[xiitas]] consideram-na uma conspiradora, tendo em vista o facto de ela ter enfrentado Ali, que os xiitas consideram ser o sucessor legítimo de Maomé na liderança da comunidade islâmica (a ''umma'').
 
A figura de AishaAixa serve de inspiração às [[feminismo|feministas]] islâmicas, que consideram-na como um exemplo de que a mulher pode desempenhar um papel activo na vida religiosa islâmica. A maioria dos muçulmanos [[xiitas]] consideram-na uma conspiradora, tendo em vista o facto de ela ter enfrentado Ali, que os xiitas consideram ser o sucessor legítimo de Maomé na liderança da comunidade islâmica (a ''umma'').
 
{{Referências}}