Número perfeito: diferenças entre revisões
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Em [[Matemática]], um '''número perfeito''' é um [[número natural]] para o qual a soma de todos os seus [[divisor]]es [[Número natural|naturais]] próprios (excluindo ele mesmo) é igual ao próprio número.<ref>[[Plutarco]], ''Vidas Paralelas'', ''Vida de Licurgo'', 5.8. Plutarco especula se [[Licurgo]] havia escolhido o 28 como o número de membros da [[Gerúsia]] por ser este um número perfeito, a soma dos seus fatores, mas logo em seguida rejeita esta ideia</ref> Por exemplo, o número 28 é , pois: <math>\,\!28=1+2+4+7+14</math>. Todo número perfeito é um [[número triangular]], bem como um [[número hexagonal]].
== Números perfeitos pares ==
O IX Livro dos Elementos de [[Euclides]] contem a definição de números perfeitos e a seguinte proposição: 'Se tantos números quantos se queira começando a partir da unidade forem dispostos continuamente numa proporção duplicada até que a soma de todos resulte num número primo, e se a soma multiplicada pelo último origina algum número, então o produto será um número perfeito'. Em linguagem matemáticas temos
que se 2<sup>''n''</sup>
Os gregos antigos estavam limitados aos quatro primeiros dados pela fórmula de Euclides 2<sup>''n''−1</sup>(2<sup>''n''</sup>−1):
:para ''n'' = 2:
:para ''n'' = 3:
:para ''n'' = 5:
:para ''n'' = 7:
Os matemáticos da Antiguidade fizeram várias afirmações sobre os números perfeitos baseados nos quatro que conheciam, mas a maior parte delas vieram a provar-se serem falsas. [[Nicômaco de Gerase]], um neo-[[pitagórico]] do século I, afirmou que como 2, 3, 5, e 7 são precisamente os quatro primeiros primos, o quinto número perfeito seria obtido com ''n'' = 11, que é o quinto primo. Todavia, 2<sup>11</sup>
* O quinto número perfeito teria cinco algarismos pois os primeiros quatro têm, respectivamente, 1, 2, 3, e 4 algarismos.
* Os números perfeitos alternam 6 e 8 no último algarismo.
O quinto número perfeito (<math>33.550.336=2^{12}(2^{13}-1)</math>) tem 8 algarismos, contrariando a primeira afirmação. Como termina em 6, a segunda afirmação parecia não ser falsa. Todavia, o sexto número perfeito (8
Para que <math>2^n-1</math> seja primo, é necessário mas não suficiente que <math>n</math> seja primo. Os primos da forma 2<sup>''n''</sup>
Um milénio depois de Euclides, [[Ibn al-Haytham]] (Alhazen) por volta do ano [[1000]] percebeu que todo o número perfeito par é da forma 2<sup>''n''−1</sup>(2<sup>''n''</sup>
Com a ajuda do [[GIMPS]], através de uma busca exaustiva, descobriu-se que os primeiros 47 números perfeitos pares são da forma 2<sup>''n''−1</sup>(2<sup>''n''</sup>
E com a ajuda do mesmo GIMPS, descobriu-se que isso também é verdade para ''n'' = 57885161, 74207281, 77232917 e 82589933. Não se sabe se há outros algures neste intervalo.
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Estes números estão ligados a uma questão denominada como: "Conjectura de Oystein Ore sobre números harmônicos divisores".
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== Ligações externas ==
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